Por trás do glamour da escuderia italiana de Fórmula 1, há milhões de euros investidos em tecnologia para ter o melhor carro da categoria, a estratégia mais inteligente da corrida e o piloto campeão da temporada

"Sou um piloto eletrônico

A escuderia realiza pelo menos três testes por dia durante todo o ano na sua sede em Maranello, na Itália. Graças a simuladores, esse processo ganhou agilidade. "Antes você fabricava uma peça e a testava", afirma Roberto Brandão, gerente de tecnologia da Advanced Micro Devices (AMD), fabricante de microprocessadores e parceira da Ferrari desde 2002. "Hoje você faz simulações muito próximas da realidade". A equipe inovou nesse quesito há três anos, quando passou a incluir a previsão do tempo na preparação para as corridas. Isso é importante, porque afeta a performance. "Hoje todas fazem o mesmo", afirma Brandão.

Na sala de telemetria,engenheiros e técnicos pilotamo coração do carro É na pista que o carro é colocado à prova. Um modelo de F1 tem 150 sensores que captam 500 aspectos de sua performance. Tudo é criptografado para garantir que nenhuma outra equipe tenha acesso. No box, engenheiros acompanham tudo em computadores. Enquanto uma parte deles avalia os dados, outros simulam estratégias, planejam alterações e enviam instruções aos pilotos por rádio. "A telemetria é o coração do carro", diz Massa. "Ela mostra onde você perde, onde você ganha e o que precisa acertar". A equipe italiana se diferencia das demais nesse quesito. Uma nova regra criou uma telemetria padrão para todas as equipes, mas elas só a adotam se assim quiserem. A Ferrari optou por usá-la como um complemento ao sistema que já tinha. "Temos um acesso mais rápido e melhor aos dados, que assim são mais confiáveis", afirma Gundel.
0 Comentar:
Postar um comentário