quarta-feira, 29 de junho de 2011

TEMPO FRIO

Tempo frio prejudica carros flex sem manutenção correta; veja dicas
Gasolina velha no tanquinho pode afetar partida.


Saiba que cuidados são necessários com modelos bicombustíveis.

Temperaturas frias como as vistas nos últimos dias no país também podem afetar o funcionamento de carros. Modelos flex, quando abastecidos com etanol, podem não pegar depois de ficarem parados da noite para o dia, se não houver manutenção correta do sistema de partida a frio. Ele entra em ação somente quando a temperatura ambiente fica abaixo de 15°C.

Como num país quente como o Brasil isso costuma acontecer somente no inverno, há o risco de a gasolina do tanquinho estar velha quando o veículo precisar dela. Nesse caso, ela perde seu poder de queima e o etanol não consegue, sozinho, atingir temperatura suficiente para iniciar a combustão no motor.

Gasolina aditivada
"Cuidar" da gasolina do tanquinho é a principal dica de especialistas consultados pelo G1 para evitar problemas no frio. Segundo eles, o combustível usado no reservatório deve ser, de preferência, aditivado. E essa gasolina precisa ser trocada após um longo período de calor ou a cada 90 dias, para não envelhecer. Quem abastece o carro por muito tempo com gasolina e, depois, volta a usar o álcool, deve estar atento ao tempo em que a gasolina do tanquinho está ali.

A troca da gasolina velha do sistema de partida a frio deve ser feita em uma oficina, e não no posto de combustível, diz o diretor do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa), César Samos. “É preciso limpar o reservatório e, em alguns casos, o mecânico tem que desmontar o conjunto”, explica.

Gasolina do tanquinho tem 'prazo de validade
(Foto: Arquivo/G1)O especialista diz que, após a limpeza, o mecânico tem que testar o sistema antes de colocar o combustível novo. Samos afirma que este tipo de serviço, contando com a cobrança da mão de obra, custa R$ 100, em média.

Para evitar o gasto adicional, a recomendação é não completar o tanquinho de partida a frio ao abastecer com gasolina. Pouca quantidade do combustível é suficiente para fazer o sistema funcionar em dias frios. “Assim, quando a frente fria vai embora, não sobra muito combustível no tanque”, explica o diretor do Sindirepa.

Quando o carro não pegar...
Mais esquecido do que o tanquinho costuma ser o sistema de ignição. O assistente técnico da fabricante de velas NGK, Hiromori Mori, alerta que o motorista não deve insistir em girar a chave quando o carro não pegar de primeira. Segundo ele, a insistência pode causar o encharcamento das velas.

“Se o problema ocorrer, é necessário aguardar, com o carro desligado, até que o combustível evapore por completo. Esse tempo varia de carro para carro e pode levar até 30 minutos, mas não é garantia de que o carro pegue”, explica Mori, sobre uma possível necessidade de visita ao mecânico.

As velas com vida útil ultrapassada ou com excesso de desgaste podem diminuir o desempenho do veículo, dificultando também a partida após o carro ficar da noite para o dia desligado. A durabilidade da vela varia conforme o fabricante, por isso o prazo de manutenção é estabelecido pela montadora. “O que recomendamos é que a cada 10 mil km rodados, ou uma vez por ano, a pessoa leve o carro a um mecânico capacitado para examinar as condições da vela”, diz Mori.

Segundo ele, para veículos que circulam por trânsito intenso, o tempo é menor porque as velas desgastam mais. “Nos grandes centros urbanos, o veículo não ganha quilometragem, mas o motor continua funcionando e, assim, a vela se desgasta”, explica o assistente técnico da NGK.


Ao trocar o tipo de combustível, carro flex deve rodar
de 8 km a 15 km (Foto: Reprodução/TV Globo)Troca de combustível principal
Outra recomendação de Mori é ficar atento ao trocar o tipo de combustível do motor principal dos carros flex. Segundo o especialista, quando o carro está abastecido com gasolina e é feita a troca para etanol, ou vice-versa, é necessário dirigir o veículo de 8 a 15 km antes de estacioná-lo por longo período.

“Isso é necessário para que o sistema de controle do motor reconheça o combustível presente no tanque e reprograme a estratégia de funcionamento do motor, inclusive a partida a frio”, detalha. Caso o procedimento não seja feito, o condutor só vai se dar conta no dia seguinte, com o carro frio.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

DESABAFO

O prefeito Humberto Machado não vem dando importância a todos os bairros de Jataí. Refíri-mo ao Bairro Alto das Rosas, continuidade do Bairro Vila São Pedro. Hoje, sou morador desse bairro e alí quando chove ou está sem chuva, é totalmente intrasitável. É lama demais ou poeira demais. Estou construindo uma casa na Rua Dona Mariquinha, onde a rua tive que mandar abrir, sendo que a prefeitura me cobrou IPTU e taxa de liberação de contruação. Prefeito humberto, vamos passar alí pelo menos um dia para Vossa Excelência ver a dificuldade dos moradore?.

Saúde

Dobra o número de adultos com diabete

26 de junho de 2011 (domingo)

São Paulo - O número de adultos com diabete no mundo mais do que dobrou nos últimos 30 anos, chegando a quase a 350 milhões de pessoas. A conclusão é de um estudo global publicado na prestigiosa revista médica Lancet . Foram pesquisados dados de 199 países e territórios, desde 1980 até 2008.

O número é bem maior do que o que constava em uma previsão feita para 2010, publicada em 2009 no periódico Diabetes Research and Clinical Practice , que estimava o número de diabéticos em 285 milhões.

As diferenças podem ser explicadas pelo maior número de estudos usados pela pesquisa do Lancet e pela diferença de metodologias.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Imperial College London e de Harvard, e teve apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Dos 347 milhões de pessoas no mundo que têm diabetes, 40% estão na China e na Índia, e outros 10% moram nos EUA e na Rússia.

Obesidade

Grande parte desse aumento (cerca de 70%) se deve ao crescimento e ao envelhecimento da população (o que aumenta o risco de desenvolver diabete). Mas os pesquisadores notaram uma forte correlação entre a prevalência de diabete e a tendência mundial de aumento do IMC (Índice de Massa Corpórea), principalmente entre as mulheres.

A diabete aumentou mais nos países do Pacífico, que agora têm os maiores níveis de diabete no mundo. Nas Ilhas Marshall, por exemplo, uma em cada três mulheres e um a cada quatro homens têm diabete.

PAÍSES RICOS

Entre os países ricos, o aumento da diabete foi maior na América do Norte, principalmente nos Estados Unidos, e relativamente baixo na Europa Ocidental.

As taxas de diabete e de glicose foram maiores nos Estados Unidos, como esperado, na Groenlância, em Malta, na Nova Zelândia e na Espanha, e mais baixas na Holanda, na Áustria e na França.

As regiões com menores níveis de glicose foram a África subsaariana, seguida pelo leste e pelo sudeste da Ásia.

"A diabete pode ser o principal assunto em se tratando de saúde global na próxima década", disse um dos autores do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College de Londres

domingo, 26 de junho de 2011

Especialistas explicam as diferenças entre alimentos diet, light e zero

Produtos light, diet e zero costumam causar confusão na hora da compra. E as opções aumentam a cada dia. Afinal, qual deles não contém açúcar, gordura e ajuda a emagrecer? O que é mais indicado para cada caso? Muitas pessoas não sabem, mas alguns alimentos light ou diet podem ser tão ou mais calóricos que os normais.

Para tirar essas dúvidas frequentes, o Bem Estar desta quarta-feira (22) recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Amanda Poldi, diretora do departamento técnico da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e uma das maiores especialistas em rotulagem do país.



sábado, 25 de junho de 2011

Rio

Francês morre ao cair de bondinho


Rio- O turista francês Charles Damien Pierson, de 24 anos, morreu na tarde de ontem, ao cair do bondinho que liga o Centro ao bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. O bonde trafegava sobre os Arcos da Lapa, cuja altura é de 17,6 metros, quando o rapaz, que viajava no estribo, do lado de fora do veículo, inclinou o corpo para tirar uma fotografia.



Ele, então, perdeu o equilíbrio e caiu.O trilho é cercado por tela, mas, segundo as testemunhas, a proteção só fica presa pelas laterais, em barras de ferro. Um morador de rua, que presenciou a queda, disse que o rapaz agonizou alguns instantes, mas já estava morto quando os bombeiros chegaram. Pierson estava acompanhado de uma alemã. A moça entrou em desespero e foi amparada. O grupo seguiu para a 5.ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá), onde o caso foi registrado.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Negócios

Indústrias de móveis querem ampliar mercado no Estado

Setor tem crescido 20% ao ano e espera elevar sua participação nas vendas internas

Pedro Silvério em sua indústria:"Produto de qualidade" As indústrias goianas de móveis querem ampliar sua participação no mercado moveleiro no Estado, que ainda compra 70% dos produtos que demanda em outros estados, principalmente do Sul do País. O setor cresce 20% ao ano em Goiás, impulsionado pela expansão do mercado imobiliário, mas a meta é crescer ainda mais nos próximos anos, já que o Estado é conhecido pela alta qualidade de seus produtos. O que falta é quantidade.

Para ampliar sua participação no mercado, elas estão se fortalecendo através do associativismo e se capacitando para aumentar sua produtividade em projetos como o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), desenvolvido pelo Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira de Goiás (Sindmóveis), Sebrae e Federação das Indústrias do Estado (Fieg). Ontem, os empresários do setor participaram do 2º Encontro de Madeira e Móveis Goiás 2011 e conheceram um projeto do Sindmóveis para melhoria organizacional e tecnológica do Arranjo Produtivo Local (APL) do setor.

Goiás tem hoje 1.300 empresas do setor, que geram cerca de 13 mil empregos diretos. Uma delas é a Atacadista de Móveis Brasil (Amobras), do empresário Pedro Silvério Pereira, que está há 30 anos no mercado e gera 110 empregos. Para ele, a participação no Procompi rendeu uma nova visão para atender melhor o mercado, num momento de crescimento. "Já temos os melhores produtos do País em qualidade, mas deixamos a desejar em quantidade", avalia.

Incentivo

Para o presidente do Sindmóveis e diretor da Fieg, Manoel Paulino Barbosa, o grande benefício do Procompi, que está na segunda edição, é o incentivo à melhoria da qualidade e emprego de tecnologia nas empresas.

Ele é realizado ao longo de 18 meses e conta com a participação de 21 empresas por adesão nesta etapa.

"Esta segunda edição do projeto registrou grande procura por parte das empresas, porque todas as metas de crescimento em produtividade e vendas foram alcançadas na primeira", informa Manoel.

Segundo ele, o programa é adotado em todo Estado, mas o de Goiânia se tornou referência nacional pelo sucesso alcançado nas metas. Manoel informa que Goiás também tem grande potencial para ampliar mercados fora de seu território por causa de sua localização geográfica privilegiada, que facilita o transporte de matérias-primas e produtos acabados, além de contar com uma mão de obra de menor custo. "Estamos entrando no Sudeste com a mesma força que o Sul do País e preço menor", destaca.

O projeto apresentado ontem tem foco na modernização da gestão empresarial, melhoria da produtividade e da qualidade de produtos e processos traduzidos no aumento da competitividade e na ampliação de acesso a mercados.

O gerente de Indústria do Sebrae Goiás, Claudio Laval, diz que a meta é incentivar a participação de mais empresários nos projetos, visando a melhoria da produtividade, competitividade e associativismo das empresas, fortalecendo o setor.

Juiz diz que agiu por Deus ao proibir união gay

Ao receber o apoio da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, ontem, em Brasília (DF), o juiz goiano Jeronymo Pedro Villas Boas, que ganhou as manchetes dos principais jornais do Brasil esta semana depois de anular, de ofício, contrato de união homoafetiva registrado em Goiânia contrariando decisão do Supremo, admitiu ser pastor e agir segundo sua doutrina. "Deus me incomodou, como que me impingiu a decidir", segundo disse aos jornalistas presentes no ato das frentes parlamentares Evangélica e da Família, que trataram de sair em defesa do magistrado.

Ontem, a corregedora-geral de Justiça, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, disse que o juiz não atendeu à avocação feita por ela do processo em questão, despachando irregularmente nele após medida administrativa adotada pela corregedoria. A desembargadora levou o caso ao conhecimento da Corte Especial do Tribunal de Justiça, que tem o poder de abrir sindicância para apurar possível indisciplina do juiz no episódio. Ela reiterou ontem que, com a medida adotada pela corregedoria, tornando sem efeito a decisão do magistrado, o contrato anulado pelo juiz volta a ter validade e os cartórios devem voltar a firmar os contratos de união homoafetiva.

Irritação

Jeronymo Villas Boas afirmou durante sua passagem pela Câmara dos Deputados que tem o direito de expressar sua fé, embora tenha se irritado com as perguntas dos jornalistas quanto a possível interferência da religião na decisão tomada por ele. "Sou pastor da Assembleia de Deus Madureira e não nego a minha fé", disse o magistrado durante entrevista em Brasília.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Advogados devem usar terno e gravata mesmo em cidades quentes, decide CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu hoje (21) que os advogados devem usar terno e gravata nos tribunais, a não ser que haja autorização dos tribunais locais. O CNJ respondeu a um pedido da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), que pedia que a própria OAB determinasse a forma de os advogados se vestirem.

A ação da OAB-RJ pedia o fim da obrigatoriedade do uso do terno e gravata para os advogados do Rio de Janeiro durante o verão, quando as temperaturas atingem 40 ºC.

Apesar de fazer referência apenas ao Rio de Janeiro, o pedido era embasado em uma regra geral da advocacia. De acordo com o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, o Estatuto da Advocacia diz que cabe à OAB regular a forma de vestir dos advogados.

A OAB-RJ propunha que os advogado pudessem usar calça e camisa social nas cidades mais quentes. Há dois anos, a OAB-RJ baixou portaria dispensando os advogados do uso de terno e da gravata no verão. No verão de 2009/2010, muitos profissionais foram impedidos de circular nos tribunais por este motivo e a entidade levou o caso ao CNJ. Em um primeiro momento, o conselheiro Felipe Locke determinou que não cabia ao CNJ dispor sobre a vestimenta dos advogados.

No verão de 2010/2011, os tribunais dificultaram o trânsito de advogados, e a OAB-RJ acionou o CNJ novamente.

O PÃO E A MANTEIGA

Nossa tendência é sempre acreditar na famosa “lei de Murphy”: tudo que fazemos sempre tende a dar errado. Eis uma interessante história a respeito:

Um homem tomava relaxadamente seu café da manhã. De repente, o pão onde acabara de passar manteiga, caiu no chão.

Qual foi sua surpresa quando, ao olhar para baixo, viu que a parte onde tinha passado a manteiga estava virada para cima! O homem achou que tinha presenciado um milagre: animado, foi conversar com seus amigos sobre o ocorrido – e todos ficaram surpresos, porque o pão, quando cai no solo, sempre fica com a parte da manteiga virada para baixo, sujando tudo.

- Talvez você seja um santo – disse um. – E está recebendo um sinal de Deus.

A história logo correu na pequena aldeia, e todos se puseram a discutir animadamente o ocorrido: como é que, contrariando tudo o que se dizia, o pão daquele homem tinha caído no chão daquela maneira? Como ninguém conseguia encontrar uma resposta adequada, foram procurar um Mestre que morava nas redondezas, e contaram a história.

O Mestre pediu uma noite para rezar, refletir, pedir inspiração Divina. No dia seguinte, todos foram até ele, ansiosos pela resposta.

- É uma solução muito simples – disse o mestre. – Na verdade, o pão caiu no chão exatamente como devia cair; a manteiga é que havia sido passada no lado errado

terça-feira, 21 de junho de 2011

BRASILEIROS ENDIVIDADOS

Pesquisa mostra o crescimento no valor da dívida das famílias brasileiras


Pesquisa exclusiva - encomendada pelo Jornal da Globo - indica que uma boa parte do maior endividamento é causada por juros mais altos.

Como você faz suas compras?


Fazer um financiamento ainda é bem fácil.

Com tanta oferta de crédito, muita gente se acostumou a comprar parcelado. O problema é que de parcela em parcela, muitas famílias brasileiras estão ficando mais endividadas.

Uma pesquisa feita pela Fecomércio em todas as capitais brasileiras mostrou que o valor da dívida das famílias cresceu de R$ 1.298 no começo de 2010 para R$ 1.527 neste ano.

Na maioria das vezes, os brasileiros usam o financiamento pra comprar produtos caros, como televisão, computador, carro e imóveis e tem ainda algumas diferenças regionais.

Em Curitiba, 88% das famílias estão endividadas, é o maior percentual do país - a média nacional é de 64%. Em Natal, a renda mensal comprometida com dívidas é de 39%.

Os especialistas alertam que o recomendado é até 30%. Em Porto Alegre é onde as famílias pagam as dívidas mais altas: R$ 2.145 contra R$ 1.527 na média do Brasil.

Segundo o economista da Fecomércio, Antônio Carlos Borges, o aumento de endividamento das famílias é resultado das medidas de restrição ao crédito que engordaram as parcelas dos financiamentos novos.

“Nós atribuímos isso basicamente à elevação da taxa de juros, os dados de vendas estão mostrando que o consumo vem caindo e, ao mesmo tempo, as pessoas estão mais endividada, é preciso lembrar que os juros na ponta vem crescendo sistematicamente nesses quatro primeiros meses do ano. Então a pessoa que vai comprar o mesmo produto está pagando um juro maior do que aquela que comprou em momentos anteriores”.

domingo, 19 de junho de 2011

Homoafetividade

Juiz anula contrato de união estável entre gays


Magistrado diz que STF não tem poder para alterar normas da Constituição, a não ser que união seja reconhecida pela Justiça

Odílio Cordeiro e Léo Mendes: união estável questionada O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas, determinou, de ofício, na sexta-feira à tarde, o cancelamento do primeiro contrato de união estável celebrado em Goiás, após o reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da união homoafetiva como entidade familiar, no dia 5 de maio passado. Ele entende que a corte suprema não tem competência para alterar normas contidas na Constituição Federal, que apenas aponta homem e mulher como formadores da família.

O magistrado mandou ainda que seja comunicado a todos os Cartórios de Registro de Títulos e Documentos e do Registro Civil da comarca da capital para que se abstenham de proceder a qualquer escrituração de declaração de união estável entre pessoas do mesmo sexo sem que haja, anteriormente, expressa determinação em sentença judicial de reconhecimento do relacionamento.

O magistrado analisou o caso de ofício por entender que se trata de assunto de ordem pública. Ele justifica a decisão argumentando que mesmo o STF tendo estendido os direitos dos casais heterossexuais aos homossexuais, ele não tem competência para mudar o texto contido na Constituição. Quem tem de fazê-lo, diz, é o Congresso Nacional, que tem representantes eleitos pelo povo.

Jeronymo afirma que "o Judiciário não pode ampliar o leque de proteção constitucional da Família, para incluir neste conceito positivo outro tipo de coabitação, contrário senso daquilo que se sedimentou e evoluiu como comportamento natural na sociedade."

Ele cita que os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. "A idéia de um terceiro sexo, decorrente do comportamento social ou cultural do indivíduo, quando confrontada com a realidade natural e perante a Constituição Material da Sociedade, não passa de uma ficção jurídica, incompatível com o que se encontra sistematizado no ordenamento jurídico constitucional."

ANIVERSÁRIO DO GUILHERME

Foi super legal o aniversário do Guilherme. Ele completou 7 (sete) aninhos. Foi feito uma festinha tipo festa junina, com várias brincadeiras, pula-pula, fogueira, docinhos típicos, maçã do amor, e teve a presença de vários coleguinhas do mesmo. Estavam presentes às avós Ana e Francisca, Irmões Wendel e Junior, e a sobrinha Ana Laura.

Veja algumas fotos.


Aniversariante Guilherme

















Mãe do Guilherme (Cida)















Wanteilzo (pai) Cida (mãe) Lucas (irmão) e Guilherme

















Wanteilzo, pai do Guilhermes









As avós Francisca e Ana









Júnior, tio do Guilherme















Ana Laura

A covardia ocultada na culpa

Nos sentimos culpados por tudo que há de autêntico em nós; por nosso salário, nossas opiniões, nossas experiências, nossos desejos ocultos, nossa maneira de falar – nos sentimos culpados até mesmo por nossos pais e nossos irmãos.

E qual o resultado? Paralisia. Ficamos com vergonha de fazer qualquer coisa diferente do que os outros estão esperando de nós. Não expomos nossas idéias, não pedimos ajuda. E justificamos isto, dizendo: “Jesus sofreu, e o sofrimento é necessário”.

Jesus atravessou muitas situações de sofrimento, mas jamais procurou permanecer nelas. Não se pode ocultar a covardia com desculpas deste tipo, senão o mundo inteiro não segue adiante

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Aprenda a fazer receitas refinadas usando ingredientes simples

RAGU DE SALSICHA PARA 4 PESSOAS



Ingredientes:


- 400 gramas de salsicha picadinha a gosto;

- 100 ml de azeite ou óleo de milho;

- 400 gramas de massa (fusili ou massa a gosto);

- 1 dente de alho picadinho;

- basílico fresco a gosto;

- 800 gramas de tomate fresco bem maduro cozido e sem pele e batido no liquidificador a gosto;

- orégano fresco a gosto;

- sal a gosto;


Modo de preparo:

Molho:

coloque em uma panela fria o azeite e o alho. Deixe fritar rapidamente o alho e, em seguida, coloque a salsicha. Refogue por 5 minutos. Em seguida coloque o molho de tomate e adicione as ervas, o sal a gosto e deixe cozinhar em fogo baixo por duas horas, mexendo de vez em quando. Adicione a massa, misture bem e está pronta para servir.


Massa:

sempre cozinhar após o preparo do molho. Colocar em água fervendo sem sal. Coloque o sal após colocar a massa para cozinhar. Caso seja massa feita com ovos, cozinhar por 5 minutos. Massa de sêmola cozinhar por 8 minutos.


TRIO NORDESTINO

Ingredientes:
- 100 gramas de rapadura;

- 600 gramas de queijo de coalho;

- 300 gramas de doce de leite;

- ½ litro de manteiga de garrafa;

- 200 gramas de coco seco ralado;

- 4 bananas compridas (bem maduras);

- 2 ovos;


- Óleo para fritura;


- Suco de 2 laranjas;


Modo de preparo:
Corte as pontas das bananas e arrume no tabuleiro untado com um pouco de manteiga degarrafa e cubra com papel alumínio. Leve ao forno para assar por aproximadamente 30minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Retire as cascas e as sementes das bananas e amasse com a ponta do garfo. Em uma panela, junte as bananas amassadas ao suco de laranja e quatro colheres de manteiga de garrafa. Deixe cozinhar até formar um purê.


Com um aro redondo de 5 cm, corte o queijo de coalho em 4 blocos e divida cada bloco emtrês discos. Bata levemente os ovos. Em seguida, passe os discos de queijo no ovo e no cocoseco ralado e frite no óleo bem quente. Reserve.


Em uma tigela, junte o doce de leite com 6 colheres de manteiga de garrafa e bata com o batedor manual até unir e formar uma mistura homogênea. Arrume no meio do prato, colocando o doce de leite por cima dos discos de queijo e, em seguida, o purê de banana. Repita colocando outro disco de queijo, mais um pouco de purê e finalize com mais um disco. Decore polvilhando com rapadura amassada.

Pastoras lésbicas querem fazer 'evangelização' na Parada Gay de SP

Lanna Holder e Rosania Rocha dizem que movimento perdeu o propósito.

Organização diz que evento continua reivindicando direitos humanos.

Para o casal de pastoras, a Parada Gay perdeu seu propósito inicial de lutar pelos direitos dos homossexuais (Foto: Clara Velasco/G1)Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para "evangelizar" os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.

“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”

As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.

Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”

Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”

Negação e aceitação da sexualidade
As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.

O casal passou por sessões de descarrego e regressão por causa da orientação sexual “Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.

A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”

Igreja Cidade de Refúgio
Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.

Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.

Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.

Moradia

Construir está 15% mais caro

Preços do material de construção e da mão de obra sobem e elevam valores dos imóveis

José dos Santos em sua obra: peso dos reajustes de material Reajustes nos preços de material de construção, mão de obra cada vez mais escassa e cara e preços dos terrenos em disparada. Este cenário de custos mais altos das obras é encontrado hoje por quem está construindo ou reformando.

Estimativas de construtores e lojistas é de que o custo da construção aumentou, em média, 15% nos último meses, elevando os preços dos imóveis. Além disso, a liberação de financiamentos para compra de imóveis também já não está mais tão acelerada quanto antes.

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção, divulgado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado (Sinduscon-GO), subiu 5% de abril para maio e já acumula 9,6% de aumento nos últimos 12 meses (veja quadro) . Mas os aumentos pesam bem mais para os pequenos construtores, que se queixam de reajustes de até 15% no custo dos materiais e da mão-de-obra.

O pequeno construtor José dos Santos Carvalho, que está fazendo várias obras no momento, conta que está sentindo o peso dos reajustes de produtos como ferragens, pisos e vidros. Segundo ele, hoje está 20% mais caro construir. "Uma casa que eu vendia por R$ 100 mil no ano passado, hoje está em R$ 120 mil", informa Santos. Além do aumento do custo, outro problema atual é a escassez de financiamentos liberados pela Caixa Econômica Federal.

Cléber Gontijo, que está construindo 13 casas hoje, reclama do custo maior do ferro, cimento e materiais hidráulicos. A mão de obra também está entre 10% e 15% mais cara este ano. "A diária de um pedreiro já oscila entre R$ 75 e R$ 80 e a do servente sai por R$ 45. Eles querem ganhar muito mais que o piso do sindicato." Com isso, as casas ficaram até 20% mais caras.

Tijolo

O preço do milheiro do tijolo é um dos que mais subiu este ano. A gerente da Cemaco, Mônica Machado, informa que o preço passou de R$ 400 no ano passado para R$ 700 atuais. Os preços das louças também subiram quase 20%. Com isso, os clientes estão fazendo mais cotações e as vendas estão sendo mais trabalhadas. Para Mônica, outro problema foi a desaceleração dos financiamentos liberados pela Caixa. "Por isso, as vendas não estão tão aceleradas quanto deveriam nesta época do ano".

A opinião é compartilhada pelo empresário Pedro Ramos de Oliveira, proprietário da Madeireira 2000, que faz parte da Rede da Construção. Ele lembra que, nos anos anteriores, as vendas cresciam até 10% e este ano ainda estão empatando com o mesmo período de 2010. Segundo Pedro, os fornecedores culpam os custos operacionais, como salários, energia, matérias-primas e carga tributária, pelos reajustes de até 15%. "Os construtores estão colocando o pé no freio porque os financiamentos também não sendo liberados como antes", diz.

Rubens Nastar, gerente da Flamboyant Materiais de Construção, diz que o preço do tijolo passou de R$ 540 para R$ 640 nas últimas semanas. Já a barra de ferro passou de R$ 15,90 para R$ 16,99. Mas, para ele, mesmo com os aumentos, as obras continuam aceleradas porque os construtores querem aproveitar o período de estiagem.

O preço dos terrenos também têm assustado quem está construindo. O empresário Edson Paiva, que está fazendo duas casas, também reclama do preço do tijolo furado, encontrado por mais de R$ 600 o milheiro. Mas, para ele, o que mais está pesando é o preço dos terrenos em Goiânia. "Um terreno que eu comprei por R$ 100 mil, hoje estão querendo R$ 140 mil, o que está inviabilizando o início de novas obras", explica.

Combustíveis

Para o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção em Goiás (Acomaco-GO), Leonardo de Lelis Rocha, até os reajustes nos preços dos combustíveis no início do ano ajudaram a elevar os preços dos materiais para construção. O aquecimento do mercado no ano passado também impulsionou os preços este ano. "Porém, este ano as vendas ainda não decolaram. A esta altura, deveria estar bem mais aquecido", avalia Leonardo.

Para as grandes construtoras, o que mais pesou foi o aumento médio de 10% concedido aos trabalhadores da construção na data base do setor. O diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-GO, Ibsen Rosa, lembra que algumas categorias tiveram reajustes até maiores. "Este custo é quase metade do CUB", destaca. Ele dá o exemplo de sua própria empresa, onde o salário médio de um pedreiro passou de R$ 1.600 para R$ 1.800 e o dos serventes subiu de R$ 800 para R$ 900. "Hoje, os profissionais ainda ficam buscando as melhores ofertas das empresas."

Ibsen confirma o fato do governo também estar segurando mais o crédito habitacional este ano, o que afeta diretamente a venda de imóveis. Nesta época de estiagem, quando a demanda é mais aquecida com a entrada mais fortemente dos pequenos construtores no mercado, ele avisa que ainda há pressão por reajustes de alguns produtos, como o aço e do tijolo, que devem continuar elevando o custo neste mês de junho.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

FUTEBOL

Parabéns para o Santos que ontem arrancou um empate jogando fora pela final da libertadores das américas.
Mesmo eu sendo torcedor do Fluminense, quero que o Santos ganhe, pois é Brasil.
Não gosto do Neymar, mas na verdade é um crac. Adoro o treinador. O perfil dele parece com o meu. Gosto das coisas certas e sérias.

Pesquisa

Inadimplência deve seguir em alta, diz Serasa


(Agência Estado)
15 de junho de 2011 (quarta-feira)

Brasília - A inadimplência de consumidores e de empresas no País deve continuar a subir nos próximos meses, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito.

O levantamento aponta que a perspectiva de inadimplência dos consumidores cresceu 1,7% em abril ante março e chegou ao nível de 98,7. No mesmo período analisado, a perspectiva de inadimplência das empresas subiu 2,1%, para o nível de 97,4.

A sondagem da Serasa Experian procura antever o cenário econômico brasileiro dos próximos seis meses e, para isso, considera variantes como os níveis da atividade econômica e as concessões de crédito feitas no País.

O resultado dessa compilação é "traduzido" para uma escala em que valores abaixo de 100 indicam inadimplência dentro do padrão histórico, isto é, dentro do que é considerado normal pelos economistas. Já dados acima de 100 indicam que a inadimplência está acima da normalidade.

avanço

A perspectiva de não pagamento das dívidas por parte dos consumidores teve o sétimo avanço mensal consecutivo e está mais próximo do nível 100, reforçando a tendência de elevação.

Segundo apuração de economistas da Serasa Experian, esse movimento é resultado de fatores como o maior grau de endividamento dos consumidores, a alta da inflação e o encarecimento do crédito

quarta-feira, 15 de junho de 2011

REVISTA VENDA MAIS DE JUNHO DE 2011




Revista VendaMais, a mais completa revista de vendas do Brasil.
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Serasa

Inadimplência do consumidor avança 8,2% em maio

Dívidas com os bancos foram o principal motivo responsável pelo resultado, respondendo por quase metade do índice

Brasília - A inadimplência dos consumidores cresceu 8,2% em maio ante abril, o que representa a maior alta mensal desde março de 2010, de acordo com dados divulgados ontem pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Em relação a maio do ano passado, a inadimplência dos consumidores avançou 21,7% no quinto mês de 2011. De janeiro a maio deste ano, a alta acumulada é de 20,6% ante o mesmo período de 2010.

Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento da inadimplência reflete a elevação das taxas de juros e as medidas do governo federal de restrição ao crédito e controle da inflação.

A instituição também afirma que os gastos com presentes no Dia das Mães e as dívidas acima da capacidade de pagamento agravaram a situação dos consumidores.

"O brasileiro continua se endividando, principalmente na aquisição de bens duráveis, que têm maior valor agregado, longos prazos de parcelamento e formas mais caras de crédito, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial", diz a instituição, em nota. Os economistas também lembram que maio teve um número maior de dias úteis na comparação com abril, o que contribuiu para a alta da inadimplência.

Todos os indicadores pesquisados apresentaram alta entre abril e maio, mas a inadimplência com os bancos foi a principal responsável pelo crescimento do indicador geral, respondendo por praticamente metade do índice. Já a inadimplência ligada a dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadores de serviços) subiu 5,1%. O valor médio das dívidas com bancos nos cinco primeiros meses de 2011 foi de R$ 1.292,01.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Negócios

Magazine Luiza compra lojas do Baú da Felicidade

São Paulo - O Magazine Luiza anunciou a compra das 121 lojas da rede Baú da Felicidade, do grupo Silvio Santos, por R$ 83 milhões. A operação deve ser concluída em julho. Desde o fim do ano passado, o grupo Silvio Santos negociava, com cinco empresas, a venda das lojas situadas no Paraná (80), em São Paulo (40) e em Minas (1).

A decisão de vender as lojas do Baú da Felicidade faz parte de uma reestruturação definida pelo grupo SS para amenizar os impactos da venda do banco PanAmericano para o BTG Pactual. A venda ocorreu após a descoberta de uma fraude contábil, que gerou rombo de cerca de R$ 4 bilhões na instituição.

Lásaro do Carmo Jr., vice-presidente do grupo, havia anunciado no mês passado que o grupo Silvio Santos concentraria seus negócios em três pilares: consumo, com a Jequiti Cosméticos; comunicação, com o SBT; e capitalização, com a Tele Sena.

O grupo SS também vendeu em maio a Braspag, empresa que faz intermediação de pagamentos digitais, por R$ 40 milhões para a Cielo.

Em nota, o grupo informou que "reitera a confiança de que as afinidades entre os dois, bem como o empreendedorismo que marca a trajetória de ambos, facilitarão a transição das lojas e farão dessa operação um negócio bem-sucedido''.

É a segunda aquisição do Magazine Luiza em um ano. Em julho de 2010, a varejista comprou 141 lojas da rede paraibana Maia e ampliou sua presença no Nordeste.

Goiânia

Jovem é preso no Recanto do Bosque acusado de tráfico de drogas

Andercilas Ferreira de Sousa, de 21 anos, foi preso no início da tarde desta segunda-feira (13) dentro de casa, no setor Recanto do Bosque, em Goiânia, acusado de tráfico de drogas. De acordo com a PM, os policiais chegaram até o acusado depois de flagarem dois usuários consumindo drogas na Av. Paranaíba, no Centro, que deram informações sobre o traficante.


Na residência de Andercilas foram encontrados dois revólveres calibre 38, um quilo e meio de maconha, e algumas pedras de crack. O acusado e os materiais vão ser encaminhados para o 1º DP.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Varejo

Magazine Luiza anuncia que vai comprar Lojas do Baú

Através de comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a rede varejista Magazine Luiza anunciou, na manhã desta segunda-feira (13), ter assinado um memorando de entedimentos acertando a compra das Lojas do Baú, do Grupo Silvio Santos, no Paraná, São Paulo e em Minas Gerais.

A aquisição envolve R$ 83 milhões, que - segundo o comunicado - deverão ser pagos integralmente no dia 31 de julho deste ano. O acordo foi fechado na última sexta-feira (10) com a BF Utilidades, empresa do Grupo Silvio Santos.

O comunicado informa ainda que a assinatura dos contratos definitivos deverá acontecer até o próximo dia 30.

Em nota, a Magazine Luiza informa que a transação envolve 121 lojas do Baú da Felicidade e inclui pontos de vendas, escritórios, centros de distribuição, sistemas de informática (hardwares e softwares) e a propriedade da base de clientes.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Comércio

Nem inadimplência nem juros altos seguram vendas a prazo


Crediário nas lojas cresce mesmo com restrições do governo e o aumento do calote

As vendas a prazo continuam crescendo, apesar das medidas de restrição ao crédito do governo federal. Com os juros e o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) maiores, o custo do financiamento subiu e os prazos foram até alongados para adequar o valor da prestação ao orçamento do consumidor. Porém, o comércio lojista está mais preocupado com a inadimplência, que aumentou 8,2% no último mês, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Os lojistas informam que as taxas de juros no crediário aumentaram apenas 0,5 ponto porcentual, o que não foi suficiente para produzir um grande impacto no valor das parcelas mensais a ponto de afugentar o consumidor. Na rede Novo Mundo, o gerente comercial José Roberto Souza informa que as vendas no carnê aumentaram.

Segundo ele, com o custo do financiamento maior, o mercado flexibilizou os prazos para facilitar a compra para o consumidor. A média histórica de parcelamento era em oito vezes. Hoje, já passa de dez. Antes, a loja vendia em até 15 meses e, hoje, vende em até 20 parcelas. "Fizemos promoção de uma lavadora em 20 vezes de R$ 69 e batemos recorde de vendas."

juros

Para José Roberto, a influência da alta de juros acaba sendo pequena porque as empresas absorvem parte dos aumentos para continuar vendendo. Isso aconteceu no Dia das Mães e deve continuar para o Dia dos Namorados, quando é grande a venda de produtos tecnológicos, que requerem prazos maiores de pagamento. "O consumidor só pára de comprar se há risco de desemprego". Ele reconhece que houve um aumento da inadimplência, mas nada preocupante a ponto de restringir o crédito.

Ontem, a encarregada de produção Juliana Gomes Tortela comprou um aparelho de home theater em dez parcelas de R$ 89,90. Para ela, ainda está fácil financiar uma compra no comércio. "Só procuro evitar os juros do crediário. Hoje, é melhor parcelar porque à vista é o mesmo preço", justifica. Ela diz que não tem medo de se endividar porque o mercado de trabalho está aquecido.

Na Flávios Calçados, as vendas a prazo também continuam a todo vapor. O gerente comercial da rede, Genésio Batista Franco Júnior, informa que a participação das vendas parceladas no crediário próprio passaram de 50% de janeiro a junho de 2010 para 53% este ano. Segundo ele, as pessoas estão evitando mais o cartão de crédito depois das recentes mudanças que elevaram o limite mínimo de pagamento da fatura.

Por outro lado, ele também reconhece que a inadimplência aumentou 1,5 ponto porcentual, o que obrigou a rede a estudar medidas para controle da situação. A ordem é endurecer um pouco as regras para a concessão de crédito nas novas compras. Mesmo assim, para o Dia dos Namorados, a expectativa é vender 10% mais que em 2010.

As vendas a prazo também continuaram crescendo na rede Fujioka. O diretor comercial Carlos Alberto Yoshida acredita que o parcelamento neste mês dos namorados deve ser 10% maior que em junho do ano passado. Ele lembra que o parcelamento facilitou o acesso da população, principalmente da classe C, a novas tecnologias, como o smartphone e o computador. Hoje, a loja vende em até 15 vezes. "A faixa etária dos namorados consome muito estes produtos, que são adquiridos com parcelamento."

Cautela

Apesar da empolgação do comércio em relação às vendas para este Dia dos Namorados, a quarta elevação seguida na taxa de inadimplência reforçou a cautela do varejo, na opinião do economista e presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior. Para ele, o sinal que já estava amarelo ficou ainda mais preocupante. "Não apenas o governo deve agir, mas também os empresários do varejo, não concedendo crédito além da capacidade do consumidor em honrar seus compromissos."

Após iniciar o ano com baixa de 10,09%, a inadimplência acumula alta de 3,61% nos cinco primeiros meses do ano. Em maio, as consultas ao SPC já cresceram 7,7% em relação ao mesmo período de 2010. Com a proximidade do Dia dos Namorados, os cancelamentos de registros aumentaram porque o consumidor procura reativar o crédito para comprar.

Para o presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, o comércio sentiu os reflexos da restrição ao crédito e o aumento da inadimplência significa endividamento. "Um aumento de 0,5 ponto ao mês significa 6 pontos porcentuais no ano

terça-feira, 7 de junho de 2011

CLUBE AGUAS QUENTES JATAÍ


Esse é meu filhão Lucas.



O futuro médico da família.



Ele é lindo

H2O DE JATAÍ

Clube aguas quentes em Jataí, 05 de junho de 2011.


A foto abaixo foi tirada em um carro de raly que participaria do mesmo no mesmo dia.


Nada de especial.


Wanteilzo Antunes

Não procure ser coerente

Não procure ser coerente

Não procure ser coerente o tempo todo. Afinal, são Paulo disse que “a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus”.

Ser coerente é usar sempre a gravata combinando com a meia. É ser obrigado a ter, amanhã, as mesmas opiniões que tinha hoje. E o movimento do mundo – onde fica?

Desde que você não prejudique ninguém, mude de opinião de vez em quando, e caia em contradição sem se envergonhar disso.

Você tem este direito. Não importa o que os outros pensem – porque eles vão pensar de qualquer maneira.

Por isso, relaxe. Deixe o Universo se movimentar à sua volta, descubra a alegria de ser uma surpresa para você mesmo. “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios”, diz são Paulo

Comércio

Lojistas estão menos otimistas


Queda no índice de confiança dos empresários indica menor movimentação no segundo semestre

Menos otimistas em relação à economia, os comerciantes da Grande Goiânia devem entrar o segundo semestre com o pé no freio. Pesquisa divulgada ontem mostra que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) vem diminuindo nos últimos meses. Em maio, o indicador alcançou 132,8 pontos, numa escala que vai de zero a 200 - acima de 100 indica otimismo e abaixo, pessimismo.

Embora o resultado ainda aponte uma situação otimista, ele é 1% menor do que o de abril e 3,2% abaixo do de março, segundo a Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO), responsável pelo levantamento.

Diante desse cenário, a expectativa de vendas para o Dia dos Namorados é modesta: deve crescer entre 4% e 5% em relação ao ano passado. O presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo do Santos, explica que a atual desaceleração do comércio é reflexo direto das medidas adotados pelo governo federal para conter o consumo no País - aumento da taxa de juros (Selic), restrição de crédito e elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para reduzir os financiamentos de longo prazo.

"O comércio também não quer o retorno da inflação, mas discordamos da forma como o governo tem feito para frear a alta dos preços. Acreditamos que o melhor seria um estímulo da produção, para que a oferta de produtos passe a ser maior do que a demanda. Assim, necessariamente, os preços tendem a cair", argumenta José Evaristo.

Cenário

Ao desmembrar o Icec, quase todos os indicadores aparecem negativos em maio. Para os lojistas, a situação mais crítica é quanto às condições atuais do comércio, cuja pontuação caiu 6,5% em relação ao mês anterior - foi de 99,7, ou seja, pessimista (abaixo de 100). Nesse caso, a maioria (45,4%) dos comerciantes respondeu que a condição vivencidada pelo setor melhorou pouco de um mês para o outro, enquanto 34,4% deles disseram que piorou pouco.

A percepção sobre as condições atuais da economia também é menor. Caiu 4%, chegando ao limiar entre otimismo e pessimismo (apenas 100,3 pontos).

Quanto às expectativas tanto para a economia quanto para o comércio também foram reduzidas: -1% e -5,4%, respectivamente. Por outro lado, mesmo que o Icec aponte menos contratações e investimentos para os próximos meses, não há motivo para preocupação, segundo o presidente da Fecomércio.

"Pelo menos até metade do segundo semestre, achamos que continuará a haver uma desaceleração do comércio. Não deve haver demissões. Vamos crescer, mas devagar." Para o cálculo do Icec, a federação entrevistou 221 empresários da Grande Goiânia

domingo, 5 de junho de 2011

Paulo Roberto morre em Goiânia aos 68 anos

Luto

Com saúde já muito debilitada, ex-prefeito não resistiu a parada cardiorrespiratória; enterro será à tarde, em Rio Verde

O corpo do ex-prefeito Paulo Roberto Cunha será enterrado na tarde de hoje no Cemitério São Miguel, em Rio Verde. Internado desde sexta-feira no Instituto de Neurologia de Goiânia, ele morreu às 9h50 de ontem, aos 68 anos, vítima de parada cardiorrespiratória. Dezenas de autoridades políticas estiveram no velório e em missa de corpo presente ontem no Palácio das Esmeraldas, antes do corpo seguir, à noite, para a cidade-natal.



Paulo Roberto enfrentava problemas pulmonares e de coluna e chegou a se internar no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no início do ano. Com a saúde debilitada, ele disputou vaga ao Senado no ano passado na chapa aliada ao ex-governador Alcides Rodrigues (PP), que tinha Vanderlan Cardoso (PR) como candidato ao governo.


Filiado ao PP, o ex-prefeito de Rio Verde por três mandatos ressuscitou o jingle "Tá certo, Paulo Roberto", um dos mais famosos da história de Goiás, e fez campanha a bordo de um minicarro por conta da dificuldade de se locomover. Obteve 227.639 votos.De temperamento assumidamente forte, Paulo Roberto ingressou na vida política em 1986, ano em que venceu para o cargo de deputado federal. Com bases ruralistas, foi um dos fundadores da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais de Rio Verde (Comigo) e teve passagem em importantes órgãos, como a Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB).


Em 1989, Paulo Roberto Cunha assumiu a prefeitura de Rio Verde pela primeira vez e, no ano posterior, candidatou-se ao cargo de governador, derrotado por Iris Rezende (PMDB) por uma diferença de 352.111 votos. Após ter sido vencido na eleição do governo, o político foi encontrar guarita na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o governo de Fernando Collor de Melo, onde permaneceu até 1992.


Depois disso, Paulo Roberto ainda amargou mais duas derrotas consecutivas nas urnas: primeiro como padrinho de Nilce Spadoni para a prefeitura de Rio Verde em 1992 e depois como candidato ao Senado em 1994. Seu novo encontro com as urnas foi em 2000,quando, filiado ao PTB, venceu Wagner Guimarães, com 54, 27% dos votos válidos, na disputa pelo cargo de prefeito de Rio Verde.


Em 2004, mesmo sofrendo desgaste e queda na popularidade, o pepista conseguiu ainda se reeleger ao derrotar, novamente, Wagner. Após os dois mandatos, entregou o cargo ao atual prefeito, Juraci Martins (DEM).

sábado, 4 de junho de 2011

'A Igreja é um pedaço do mundo medieval'


Renato Conde Sua fala é mansa e doce, mas suas ideias são contundentes. Aos 82 anos e prestes a publicar mais um livro - O Cuidado Necessário, que sai ainda este ano pela Editora Vozes -, o teólogo Leonardo Boff ministra hoje em Goiânia a palestra Saber Cuidar, no cine Lumière do Shopping Bougainville, às 10h, em evento promovido pela Unipaz Goiânia. Mesmo se recuperando de uma cirurgia, Boff fez questão de vir. Para o homem que foi condenado a ficar em silêncio pelo Vaticano em razão de sua defesa da doutrina da Teologia da Libertação, no início dos anos 1980, falar é primordial. Ele conversou com O POPULAR assim que chegou a Goiânia e não se absteve de emitir opiniões fortes sobre temas que conhece bem, como ecologia, Igreja Católica e dogmas. Nesta entrevista, Leonardo Boff, que deixou a vida eclesiástica em 1992, quando foi ameaçado de receber outra punição do Vaticano por suas pregações, diz que o debate em torno do Código Florestal só teve viés econômico, aponta para o risco de a Amazônia ser internacionalizada e acusa a Igreja Católica de ter ficado mais retrógrada e de não ter "acertado o passo com a modernidade". Ele revela que sente tristeza ao ver o papa Bento XVI - o mesmo cardeal Joseph Ratzinger que conduziu seu julgamento quando Boff se sentou na cadeira que fora ocupada por Galileu Galilei 400 anos antes -, critica os padres cantores e midiáticos e afirma que é preciso respeitar o amor entre pessoas do mesmo sexo e reconhecer os direitos dos homossexuais.

Saber Cuidar é o nome de um de seus livros. Estamos sabendo cuidar do mundo, do próximo?

Uma das deficiências maiores em nossa cultura e no mundo inteiro é o cuidado. O aquecimento global é fruto da falta de consciência dos seres humanos. Para mim, o cuidado é tão essencial que, se daqui em diante, não cuidarmos do clima, do solo, do ar, teremos uma catástrofe humanitária e ambiental. Há uma tradição filosófica, retomada pelo maior pensador do século 20, Martin Heidegger, de que a maior característica do ser humano é o cuidado. O ser humano precisa ser cuidado e sentimos em nós a necessidade de cuidar. Assim é o planeta inteiro. Se não o cuidarmos, ele não fornece os bens que precisamos para a vida. O planeta não cuidado pode entrar num processo de enfermidade e diminuir a bioesfera para poder sobreviver, equilibrar os seus climas, com a consequência de que milhares vão desaparecer, não excluída a própria espécie humana.

A votação do novo Código Florestal no Congresso virou objeto de disputa política. Como o senhor avalia esse episódio?

O enfoque é totalmente equivocado. O enfoque está sendo econômico quando deveria ser ecológico, o da floresta em pé. Seria um benefício para todo o sistema Terra. Mantendo a floresta em pé, pelas mil formas de extrativismo e o racional aproveitamento da madeira, o que poderíamos produzir, que seria muito mais que todo o gado e toda a soja. A Amazônia equilibra todos os climas da Terra e lá está a maior biodiversidade e a maior reserva de água. Nosso Parlamento agiu de forma totalmente irresponsável nessa questão. Em momento algum houve essa dimensão ecológica, mas apenas a dimensão econômica. Quanto poderiam ganhar e quanto poderiam perder. E viram a Terra apenas como um baú de recursos que nós podemos usar. Hoje, toda a ciência diz que a Terra é um organismo vivo que se autorregula e nós somos filhos desse organismo. Esse discurso, nem os mais progressistas suscitaram no Parlamento.

Estamos assistindo a uma nova onda de eliminação de líderes camponeses na Amazônia. Isso ocorre desde os anos 1960, passou por Chico Mendes e permanece hoje. Por que esse quadro não muda?

A tragédia não acaba porque, por trás, há grandes corporações nacionais e internacionais interessadas no agronegócio de exportação. O gado dá dólar, vida humana não dá dólar. Por isso, todas as pessoas que a Comissão Pastoral da Terra indica que estão ameaçadas de morte, já que elas denunciam quem desmata, são eliminadas porque prejudicam o negócio. O Estado brasileiro fica impotente, dadas as dimensões da Amazônia. Ele não consegue nem controlar o desmatamento. Já foram desmatados 700 mil km². Isso corresponde a São Paulo e Minas Gerais juntos, equivale a metade da Europa. Quase metade dos deputados e senadores está ligada ao agronegócio, à soja, ao gado e não tem nenhum interesse em preservar essa herança que recebemos. Não temos os meios de fiscalizar essa extensão imensa de florestas para enfrentar esses verdadeiros assassinos da vida. Há o risco de que, com o aumento da consciência mundial e da importância das florestas, a Amazônia seja declarada de interesse vital mundial e o Brasil não tenha mais a soberania completa sobre ela. Isso está muito presente em grupos internacionais de que participo, com ativistas e políticos, que dizem que a região amazônica é vital para o planeta e que os sete países que nela estão não têm políticas de cuidá-la, sem tecnologia e fundos suficientes para isso. Eles querem, então, gerenciá-la para o bem da humanidade. Perderemos, assim, mais da metade de nosso País.

Quando houve o assassinato da missionária Dorothy Stang, militante das Comunidades Eclesiais de Base, houve o debate se, por uma postura mais conservadora da Igreja, trabalhos como o dela não teriam ficado mais desprotegidos. O senhor concorda com essa avaliação?

Quem acompanha as comunidades de base se dá conta que elas têm uma grande vitalidade e presença nas bases da sociedade. Ocorre que elas não têm mais a visibilidade que tinham antes. Na época da ditadura, nenhum grupo poderia se reunir, só as comunidades de base, que se reuniam sob a proteção da Igreja. Elas continuam lá e muitas delas estão no interior da Amazônia, aqui no Cerrado e são muito fortes no Norte e Nordeste, onde a Igreja é institucionalmente mais fraca. Agora, elas assumiram uma consciência ecológica que não tinham antes. Eu fui um dos que insistiram para que as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) passassem a ser Comunidades Ecológicas de Base. Elas se colocam como guardiãs da floresta e denunciadoras de quem desmata, de quem queima. Não é que a Igreja não proteja; ela também é ameaçada, bispos, padres. A situação é tão grave que o próprio Estado brasileiro se sente impotente e, quando atua, atua esporadicamente e, pouco tempo depois, tudo volta ao que era antes. Isso é uma tragédia.

O seu livro mais conhecido e polêmico é A Reinvenção da Igreja . O senhor acha que a Igreja vai se reinventar um dia?

Eu acho que devemos distinguir a Igreja hierárquica, do papa, dos bispos e dos padres, da Igreja comunidade, onde há grandes intelectuais. A Igreja institucional e hierárquica ainda não acertou as contas com a modernidade. É um pedaço do mundo medieval que subsiste em meio ao mundo moderno, que mantém ideias fundamentalmente contra a vida, porque ela proíbe a utilização dos contraceptivos, da camisinha, o que na África é uma tragédia. Eu creio que duas coisas são importantes. Primeiro, os bispos e a CNBB precisam aprender a viver numa democracia, que significa não ter o monopólio da palavra e da moralidade. A Igreja é uma força entre outras na sociedade e precisa respeitar outras opiniões. Que ela tenha a sua opinião e a diga, é seu direito, mas ela não pode coagir e manipular os fiéis e sua consciência em favor de seus interesses. Segundo, a Igreja tem de escutar a realidade e não repetir dogmas. Ela tem de escutar o povo. A Igreja institucional é monossexual, só é feita de homens. Os bispos e padres não têm mulheres e filhos. É uma visão reduzida que os tornam insensíveis e, às vezes, cruéis em face dos dramas humanos da sexualidade, dos homossexuais e todas essas expressões que devemos reconhecer como fato, respeitá-las e criar um quadro de legalidade para que vivam em sociedade sem serem discriminados e perseguidos. Essa missão civilizatória deveria ser a da Igreja, mas ela reforça o outro lado, como o preconceito e a perseguição, que é contra a mentalidade de Jesus, que era aberto a todos e que disse uma frase extraordinária: "Se alguém vem a mim, eu não mandarei embora." Poderia ser um herege, uma prostituta, um homoafetivo. E digo mais: se entre os homossexuais há amor, há algo misterioso e que tem a ver com Deus, porque Deus é amor. Esse discurso civilizatório deveria ser o da Igreja, para aproximar as pessoas e não afastá-las e torná-las agressivas quanto ao próximo.

O senhor acredita que estejamos vivendo um contra-ataque conservador diante de direitos que começam a ser reconhecidos?

No mundo inteiro há um retrocesso das igrejas, não só da Igreja Católica. Elas voltam à grande tradição doutrinária do mundo, rompem o diálogo com a modernidade, rompem o diálogo com outras igrejas, que era pacificador. À força desse afastamento do mundo, a Igreja está perdendo os pobres, os intelectuais e se transformando em um bastião de machismo, de reacionarismo, de medievalismo. É lamentável. Está havendo uma emigração das melhores inteligências leigas da Igreja e um esvaziamento enorme dos cristãos. As pessoas se sentem cristãs, seguidoras do Evangelho, mas já não sentem a Igreja como um lar. Esses cristãos são substituídos por movimentos carismáticos, conservadores, como a Canção Nova, que fazem da missa um show, esses padres cantores que se promovem mais a si mesmos com o aparato da vestimenta e cantos que nunca falam daquilo que era realmente importante para Jesus, que é o pobre, a justiça, a convivência, a fraternidade. Isso é cantar as rosas e esquecer o jardineiro que está sendo explorado, é falar de Deus, o Pai-Nosso, e dançar diante Dele, mas esquecer do Pão-Nosso, que falta na boca de milhões. Nesse retrocesso, a Igreja deixa de cumprir uma missão mais humanitária, ajudando o ser humano a ter mais alegria, mais sentido de viver, defendendo o fraco e o discriminado, aquele que é invisível.

Quando vê o papa Bento XVI, o que o senhor sente?

Eu sinto profunda tristeza porque ele era meu amigo, me apoiou na minha teologia, publicou minha tese doutoral e tínhamos grande diálogo como teólogos. Eu vejo que ele foi retrocedendo cada vez mais até ser um dos papas mais conservadores que tivemos na Igreja nos últimos séculos. Ele ressuscitou aquela velha ideia medieval de que fora da Igreja não há salvação e que as religiões do mundo são braços estendidos ao céu, mas sem a certeza de que Deus os atenda; de que as demais igrejas não são igrejas, tendo só elementos eclesiais. Essas são formas de diminuir, difamar, caluniar os outros e eu lamento profundamente a atitude regressiva dele, que deixou de ser um teólogo pensador para ser um burocrata de um grande aparato, que é a Cúria Romana, o Vaticano.

E a lembrança do julgamento que o hoje papa conduziu, quando o senhor se sentou na mesma cadeira em que Galileu Galilei ficou para ser julgado?

Aquela foi uma brutalidade que eu deixei morrer no século passado, porque se ela fosse contada nos dias de hoje, seria inacreditável. Só faltou a fogueira. Os métodos foram os mesmos da Inquisição. A mesma instância acusa você, a mesma instância julga você, a mesma instância o pune. Eu dizia ao então cardeal Ratzinger que até os países ateus, como a Rússia, tinham a divisão das instâncias para preservar a Justiça. Uma instância acusa, outra defende, outra pune e o acusado deve ter um advogado. Eu não tive advogado e fui punido nessa velha e medieval forma de tratar as questões conflituosas dentro da Igreja, o que revela que ela não deu o passo para a modernidade e não entrou na era dos direitos humanos. Ela ainda está na era dos privilégios.

A punição que o senhor recebeu foi o silêncio obsequioso. O que significa ter a voz cassada?

Um teólogo, um escritor só tem a palavra como instrumento, a falada ou a escrita. Quando lhe cassam esse instrumento, ele fica totalmente desarmado. Quando dom Paulo Evaristo Arns, cardeal de São Paulo e que foi meu professor, disse ao papa João Paulo II que ele havia feito comigo o que os militares faziam no Brasil, cortando a palavra, o papa, espantado, disse: "Eu, como os militares? Absolutamente. Libertem agora mesmo o frei Boff para que continue falando, ainda que tenhamos de vigiá-lo pela doutrina. Eu não sou um ditador como os militares latino-americanos." O silêncio obsequioso, que era por tempo indefinido, demorou 11 meses. Eu me recordo bem que na missa da meia-noite de Páscoa, de 1985, o secretário do papa telefonou pessoalmente ao cardeal Arns para que ele me dissesse que eu poderia falar, fazer homilias, que estava livre. Por um lado, João Paulo II era vigilante e conservador, mas era uma pessoa humanitária, que entendia o sofrimento do outro, invalidando uma medida que escandalizou o mundo inteiro.


Palestra: Saber Cuidar, com o teólogo e escritor Leonardo Boff
Data: Hoje, às 10 horas/Local: Cine Lumière, do Shopping Bougainville
Ingressos: 190 reais/
Mais informações: 3941-5556

"O gado dá dólar, vida humana não dá dólar. Por isso, todas as pessoas que a Comissão Pastoral da Terra indica que estão ameaçadas de morte, já que elas denunciam quem desmata, são eliminadas porque prejudicam o negócio. O Estado brasileiro fica impotente, dadas as dimensões da Amazônia"

"A Igreja institucional é monossexual, só é feita de homens. Os bispos e padres não têm mulheres e filhos. É uma visão reduzida que os tornam insensíveis e, às vezes, cruéis em face dos dramas humanos da sexualidade, dos homossexuais e todas essas expressões que devemos reconhecer"

"No mundo inteiro há um retrocesso das igrejas, não só da Igreja Católica. Elas voltam à grande tradição doutrinária do mundo, rompem o diálogo com a modernidade, rompem o diálogo com outras igrejas, que era pacificador"

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Economia brasileira cresce 1,3% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, cresceu 1,3% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior, informou nesta sexta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior destaque, de acordo com o IBGE, foi a agropecuária, que registrou aumento de 3,3% no volume do valor adicionado. Em seguida, aparecem a indústria, com expansão de 2,2%, e os serviços, com elevação de 1,1%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2010, o PIB registrou aumento de 4,2%. Nessa base de comparação, os serviços foram a atividade econômica com maior expansão (4%). A indústria cresceu 3,5% e a agropecuária, 3,1%.

O IBGE informou também que revisou o dado relativo ao quarto trimestre de 2010 em relação aos três meses anteriores. O dado previamente divulgado apontava uma expansão de 0,7%, mas na verdade o crescimento ficou em 0,8%

Ricardo Eletro anuncia investimentos em Goiás


O empresário Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, anunciou nesta quinta-feira (2), ao governador Marconi Perillo (PSDB) investimento num novo Centro de Distribuição e loja de atacado em Abadia de Goiás, num investimento total de R$ 25 milhões, com criação de 1 mil empregos diretos, que inclui também a abertura de mais dez lojas de varejo no Estado. A previsão do empresário é inaugurar os empreendimentos até o final deste ano. Leia mais no Blog do Jarbas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Endividamento

33% dos goianienses dizem não ter como pagar dívidas


Cartão de crédito e cheque especial lideram endividamento do consumidor goianiense, diz pesquisa

01 de junho de 2011 (quarta-feira)

Depois da euforia de crédito em 2010, boa parte dos goianienses amarga hoje dívidas que prometem se arrastar por um bom tempo. Mais de 33% dos moradores da capital têm ou terão problemas para liquidar as suas pendências. A constatação é da pesquisa sobre Endividamento do Consumidor, divulgada ontem pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas (Cepem) das Faculdades Alfa.

O número de consumidores endividados e sem perspectiva para pagar é recorde na série histórica. A primeira edição da pesquisa, realizada em 2008, mostrava que 23% estavam inadimplentes. "O aumento de 10 pontos porcentuais no número de endividados revela que a oferta de crédito começa a trazer suas consequências", afirma o coordenador do estudo, Aurélio Troncoso.

Mais endividado, o consumidor inadimplente pode frustrar as expectativas de vendas para o Dia dos Namorados - considerada a terceira melhor data de maior vendas do comércio local, só perdendo para o Natal e Dia das Mães.

Para Troncoso, os aumentos da Selic, feitos pelo Banco Central para frear o consumo e manter a inflação sob controle, mostra seus efeitos reversos. Apesar de tentar forçar o consumidor a se endividar menos, a alta dos juros levou à diminuição da produção e, por consequência, aumento dos preços dos produtos. "Como o consumidor não para de consumir, acaba pagando mais e ficando com dívidas maiores."

O economista da Alfa diz acreditar que, de posse dos resultados da pesquisa, o lojista ainda deve planejar suas ações de Dia dos Namorados, como dimensionar melhor o estoque. "No ano passado, havia menos pessoas endividadas. Este ano, devemos ter mais compras à vista, já que o consumidor deve não querer mais dívida."

Causa

Cartão de crédito e cheque especial estão entre as principais modalidades de endividamento dos moradores da capital. Mas, conforme Troncoso, o maior vilão é o próprio consumidor. Na busca pela satisfação, agem por impulso ou sensação. "Cerca de 30,4% responderam quase sempre agir por impulso e 19,6% disseram sempre", afirma o economista. Na prática, 50% agem por impulso.

"O problema não está no cartão ou no crediário. É na impulsão por comprar. Esse processo é também responsável pelo aumento dos endividados nos últimos três anos." Assim, a bola de neve das dívidas cresce, dificultando a liquidação.

Quem não consegue liquidar suas dívidas, diz não conseguir planejar o orçamento familiar. Cerca de 37,5% disseram que recorrem ao cheque especial. O fato mais curioso, porém, é que, para 31,2%, o cartão de crédito é um complemento de salário, o que favorece o endividamento.

Quanto à quitação, 32,1% disseram ter dívidas constantes. "Esse fato é preocupante", alerta Aurélio Troncoso. O processo de endividamento pode ser verificado entre os 39% que têm problemas em liquidar suas dívidas com cartão de crédito. O problema se agrava com a falta de reservas dos consumidores. Mais de 44% não têm poupança.

"Essas respostas são preocupantes num momento em que a inflação brasileira começa a dar sinais de aquecimento, fazendo com que os gestores de políticas econômicas passem a utilizar de ferramentas de controle inflacionário, com o aumento da taxa Selic", lembra Troncoso.