quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Inadimplência da pessoa física atinge o maior patamar desde 2002

A taxa de inadimplência das pessoas físicas subiu em janeiro pelo quarto mês seguido e alcançou o maior patamar desde maio de 2002. A alta foi puxada principalmente pelas linhas de financiamento de veículos, que fecharam o mês passado com a maior inadimplência da série histórica do BC, iniciada em 1991.

De acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado nesta quinta-feira (26), a inadimplência do consumidor passou de 8% para 8,3%. Em maio de 2002, estava em 8,4%. Esse indicador vinha crescendo desde a piora da crise. Em setembro, estava em 7,3 pontos percentuais.

O indicador nas linhas de aquisição de veículos passou de 4,5% para 4,7%. No cheque especial, recuou de 10,6% para 10,3%. No crédito pessoal, subiu de 5,5% para 5,7%.

A inadimplência geral, que inclui também pessoa jurídica, passou de 4,4% em dezembro para 4,6% em janeiro, a taxa mais alta de agosto de 2007 (4,7%).

Para o BC, esse crescimento não é uma tendência que preocupa o governo. "Ele é alto em relação ao padrão de 2007 e 2008, mas essa evolução mais recente não mostra uma aceleração tão significativa. A expectativa é que esse nível de inadimplência se estabilize nesse patamar e depois recue", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Também houve aumento na provisão dos bancos para devedores duvidosos, que cresceu 4% no mês, para R$ 67,8 bilhões. Nos últimos três meses, esse valor cresceu 10,6%. Em 12 meses, subiu 29,2%.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Bancos têm 100 mil carros de inadimplente

Para evitar retomada, instituições financeiras estendem prazos e negociam perdão de parte de multa e juros atrasadosMaior volume de carros recuperados deve chegar a partir de março devido à demora no processo por tentativas de negociação

Carros recuperados por inadimplência chegam ao pátio do leiloeiro Sodré Santoro, em Guarulhos TONI SCIARRETTADA REPORTAGEM LOCAL
Os bancos brasileiros têm em conjunto um estoque de pelo menos 100 mil carros recuperados de clientes inadimplentes, o equivalente à metade das vendas mensais de veículos novos no país, para desovar no mercado de autos usados.
Esse estoque é mais um motivo de pressão no segmento de usados, que vive queda sem precedente nos preços e cuja falta de liquidez trava as ações para retomar a venda de carros novos.Os principais bancos que financiam veículos relatam que o volume de recuperação cresceu de 20% a 30% no início do ano em relação ao que acontecia até setembro. Já leiloeiros e empresas terceirizadas de recuperação veem alta de até 50% no número de veículos que costumava chegar aos pátios.
Segundo o Banco Central, o sistema financeiro tinha uma inadimplência média de 4,3% em dezembro, o maior nível desde 2002. Se todos esses carros voltassem ao mercado, somariam até R$ 3,506 bilhões -o valor efetivamente recuperado, no entanto, é sempre menor do que a inadimplência total porque os bancos procuram esgotar todas as possibilidades de negociação (leia abaixo).
A retomada também não costuma cobrir o valor da dívida financiada devido à depreciação e aos custos envolvidos na recuperação.
Do dinheiro arrecadado em leilão, parte cobre a dívida em aberto no banco e o restante volta ao cliente para indenizar as prestações pagas, como define o Código de Defesa do Consumidor.No Bradesco, o volume financeiro de carros recuperados triplicou no ano passado até dezembro -saltaram de R$ 76,1 milhões, no final de 2007, para encerrar o ano em R$ 207,5 milhões.
Só a recuperação de carros teve um impacto de R$ 300,3 milhões na contabilidade do banco, sendo R$ 92,892 milhões em provisão para perdas. O Banco do Brasil teve recuperação de R$ 20,7 milhões no final de dezembro, ante R$ 584 mil no final de 2007.
O Santander/Real, cuja financeira Aymoré é uma das líderes no setor, não diferencia as receitas provenientes de recuperação de veículos e imóveis (que têm a menor inadimplência do mercado), mas reporta um volume retomado de R$ 277,7 milhões em dezembro -no ano anterior estava em R$ 192,8 milhões.
Outro líder do mercado, o Banco Votorantim, não detalha em seu balanço o crescimento da recuperação, mas os executivos afirmam que se trata de uma das menores do mercado. Itaú e Unibanco ainda não divulgaram resultados.Infraestrutura limitadaA retomada de carros pelos bancos está tão alta que esbarra inclusive na infraestrutura limitada de pátios, que se esgotaram em São Paulo e lotam áreas no interior do Estado.Apesar da preocupação crescente com a inadimplência, o volume de carros retomados representa pouco mais de 1% dos 9 milhões de veículos alienados no país, segundo a Fenabrave (associação das concessionárias).
Na conta dos bancos, de cada 4 financiamentos inadimplentes, apenas 1 termina com a retomada.Para o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, a recuperação de veículos cresceu junto com a inadimplência, mas encontra-se ainda em um patamar "absorvível" pelo mercado, criando oportunidades para lojas de usados, empresas de recuperação, leiloeiros e administradores de pátios.
"Os 100 mil [veículos recuperados] estão dentro dos padrões normais. É um pouco mais de 1% dos financiamentos. Se fosse uma coisa de outro mundo, viraria um negócio para a gente [concessionárias]. Se os leilões vendem, não há encalhe. O problema dos bancos acaba virando um negócio para terceiros", disse Reze.Maior leiloeiro de veículos do país, Luiz Fernando Sodré Santoro afirma que vendeu 5.300 carros em janeiro em seu pátio em Guarulhos (Grande São Paulo), 20% mais do que em janeiro do ano passado.
"Em fevereiro, o movimento continua firme. Quem compra um carro no leilão costuma pagar, no mínimo, 30% menos", disse."Temos um aumento de mais de 50% de veículos retomados desde o final do ano", disse Mário Cássio Maurício, da CNVR (Comercialização Nacional de Veículos Reintegrados), que faz a recuperação de carros.
O maior volume desses carros, no entanto, só deve chegar aos pátios a partir de março, refletindo a inadimplência de janeiro. Isso porque a reintegração da posse de um veículo alienado pode demorar até três meses, dependendo da disputa judicial.
"Infelizmente, quando a inadimplência sobe, a atividade de cobrança aumenta, incluindo a recuperação. A inadimplência de 4,3% ainda é administrável. O que me preocupa é a curva [crescente]. Onde ela vai parar?", disse Luiz Montenegro, presidente da Anef (associação dos bancos das montadoras).

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Desemprego sobe forte e vai a 8,2% em janeiro, diz IBGE

População desocupada cresceu 20,6%, para 1,9 milhão de pessoas.Rendimento médio real dos trabalhadores subiu para R$ 1.318,70.

Após registrar em dezembro o menor nível desde 2002, a taxa de desemprego no país registrou forte alta em janeiro, para 8,2%, a maior desde abril do ano passado, refletindo a piora na situação econômica mundial. Em dezembro, a taxa havia ficado em 6,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de janeiro é similar à do mesmo mês do ano passado, quando ficou em 8,0%. A população desocupada cresceu 20,6% em frente a dezembro, para 1,9 milhão de pessoas. Em janeiro, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas reduziu-se em 1,6% em relação ao mês anterior, para 21,2 milhões de pessoas.
Frente a janeiro de 2007, no entanto, a população ocupada representa uma alta de 1,9%, ou cerca de 385 mil postos de trabalho. O número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou menor no mês – 1,3% na comparação com dezembro, para 44,9% da população ativa.
O desemprego também atingiu os empregados sem carteira assinada: na passagem de dezembro para janeiro, esse contingente teve uma queda de 4,5%.

Corte de vagas
O resultado apresentado pelo IBGE nesta sexta-feira já era amplamente esperado pelos analistas. Desde novembro, o Ministério do Trabalho vem apresentando números que mostram uma forte redução no número de vagas formais de trabalho no país.
Só nesses meses, foram eliminados quase 800 mil empregos. A 'defasagem' entre os dados do Ministério do Trabalho ocorre por conta das diferenças de metodologia. O Ministério analisa os dados apenas de empregos formais, em 1.102 municípios de todo o país.
Já o IBGE leva em conta empregos formais e informais em apenas seis regiões metropolitanas. Nessas áreas analisadas pelo IBGE, a indústria tem peso menor – justamente o setor que vem apresentando o maior número de demissões pelos dados do Ministério.

Rendimento
Mesmo com menos vagas, o rendimento m médio real habitual dos trabalhadores subiu 2,2% no mês, para R$ 1.318,70 – uma alta de 5,9% frente a janeiro de 2008. Alta também no rendimento médio real domiciliar per capita, de 1,7% no mês e 6,4% no ano, para R$ 840,62.
Já a massa de rendimento real efetivo dos ocupados de dezembro de 20081 (R$ 35 bilhões) mostrou variação de 17,6% no mês e 7,1% na comparação com dezembro de 2007.

Correntista se afunda no especial

Levantamento do BC mostra que o uso do cheque especial cresceu 23,5% em um ano. Dívida chega a R$ 16 bi


O brasileiro está cada vez mais pendurado no cheque especial, apesar dos juros exorbitantes que deveriam afugentar qualquer pessoa. Muita gente comete o grave equívoco de considerar esse dinheiro extra uma extensão de sua renda mensal, gerando um grande endividamento depois de uma certo período. Essa dependência ficou ainda maior depois do agravamento da crise financeira.

Um levantamento do Banco Central revela que, no último mês de dezembro, os brasileiros deviam R$ 16,042 bilhões no cheque especial, um volume 23,5% maior que no mesmo período de 2007,quando a dívida era de R$ 12,9 bilhões. No último mês de 2009, o consumidor ficou, em média, 21 dias com a conta no vermelho, mesmo com a ajuda do décimo terceiro.

O problema é o elevado custo deste dinheiro. Segundo a Pesquisa Mensal de Juros feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média de juros do cheque especial em dezembro e janeiro foi de 7,91%ao mês e 149,31% ao ano. Isso para uma taxa básica de juros (Selic) de 12,75% ao ano.

O empresário Humberto Soares Moura conhece bem o peso de uma dívida como essa. Ele conta que, depois de esgotar o limite de R$ 2 mil, seu banco elevou o crédito para R$ 3 mil, que também foi utilizado depois que a crise reduziu o volume de seus negócios.

Dois meses depois, a dívida já era de R$ 3.840,00. Para não ser negativado, ele parcelou a dívida no banco em 24 parcelas mensais de R$ 350, o que elevou o valor para R$ 8,4 mil, po causa de uma taxa mensal de 8,6%. “Isso me gerou muitos problemas. Quando terminar de pagar, não quero mais ter de usar de novo.”

O economista Marcus Antônio Teodoro, mestre em Finanças e autor do livro Erros e Acertos na Gestão do Dinheiro (Editora RF 2ª edição), lembra que a metodologia de cálculo utilizada pelos bancos, que embute outros custos, encarece ainda mais o valor da dívida no final. Daí a exigência de apresentação do Custo Efetivo Total (CET) nas operações de crédito.

Uma pessoa que utiliza o limite de R$ 1 mil do cheque especial por seis meses, com juros mensais de 8%, terá uma dívida de R$ 1,4 mil no final deste período. Essa diferença, literalmente jogada fora, é suficiente para comprar uma televisão de 21 polegadas. Para Marcus Teodoro, o problema está na facilidade de acesso ao crédito. “O dinheiro está na conta a qualquer hora. Não precisa nem ligar para o gerente, por isso acaba se tornando uma renda extra. Mas, na verdade, é uma grande despesa”, alerta o economista.

Ele adverte que a melhor alternativa é não usar esse dinheiro. Se precisar, é melhor liquidar a dívida o quanto antes. “É o mesmo que refinanciar a dívida com cartão de crédito”, destaca.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, economista coordenador da pesquisa da Anefac, o problema é que o brasileiro não tem nenhum conhecimento sobre juros. Uma pesquisa da instituição revelou que 95% dos brasileiros entram num financiamento sem saber qual a real taxa de juros embutida nas prestações. “Mesmo que a taxa seja de 12% ao mês, ele ignora. Só quer saber se a prestação cabe no bolso”, informa.

De acordo com o Banco Central, a taxa cobrada no cheque especial alcançou 174,9% ao ano, o maior valor desde junho de 2003, quando ela estava em 176,9%. Isso significa que, em 2008, os juros do cheque especial avançaram 36,8 pontos porcentuais, pois fecharam 2007 em 138,1% ao ano

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Casal Obama enfrenta os perigos de educar os filhos na Casa Branca

Lá tem cinema, boliche, piscina, cinco cozinheiros em tempo integral e dezenas de empregados prontos para servir sorvete a qualquer hora. Há viagens para o estrangeiro, jantares com reis e celebridades, multidões de paparazzi e o estardalhaço das comitivas de carros, com todo o potencial para transformar criancinhas em seres autoritários e arrogantes. (Ou solitários e disfuncionais.) Como então os pais devem agir?
De acordo com o mais novo casal presidencial na mansão do Executivo, eles devem ser rígidos. O presidente Barack Obama e sua mulher, Michelle, podem não estar mais em Chicago, mas dizem que as velhas regras ainda se aplicam no que diz respeito a suas filhas, Malia, 10, e Sasha, 7.
Na Casa Branca dos Obama, o horário de dormir continua sendo oito da noite. As meninas ainda programam seus próprios despertadores e levantam sozinhas para ir à escola de manhã. Elas arrumam a própria cama e limpam seus quartos. E quando o tão esperado animalzinho de estimação chegar, elas irão levá-lo para passear e recolher sua sujeira.
"Isso foi a primeira coisa que eu disse para alguns dos empregados quando fiz minha primeira visita", disse Michelle Obama em entrevista à ABC News, sobre suas conversas com os empregados da Casa Branca."Não arrumem a cama delas. Arrumem a minha e deixem as das meninas.Elas têm que aprender essas coisas".
Mesmo enquanto Barack Obama enfrenta a recessão e Michelle Obama abraça o papel de primeira-dama, os Obama estão mantendo a posição de pais na Casa Branca. Eles se esforçam, e às vezes têm dificuldades, para equilibrar o intenso interesse público por sua família com o desejo de preservar um senso de normalidade e privacidade em suas vidas e na de suas filhas, de acordo com parentes, amigos, e entrevistas deles próprios na televisão e revistas.
Barack Obama é um pai moderno que deixa o Salão Oval para jantar com suas filhas, raramente perde uma reunião de pais e mestres ou recital de piano e se orgulha de ter lido todos os sete livros da série Harry Potter em voz alta com Malia.
Michelle Obama intercala tardes de brincadeira e tarefas com discursos para órgãos federais e estudantes. Ambos estão comprometidos em manter suas filhas ancoradas, dizem amigos e auxiliares.
"Essas meninas são especiais, e todos estão torcendo para que elas passem por isso intactas", disse Craig Robinson, irmão de Michelle Obama, numa entrevista.
O presidente corroborou esse sentimento. "Agora, elas não são crianças difíceis. Quer dizer, elas não têm uma atitude arrogante", disse Obama para a CBS News. "E acho que uma das nossas maiores prioridades durante os próximos quatro anos é manter isso".
Os Obama acreditam há tempos que as regras e a rotina ajudam as crianças a crescer, particularmente em tempos conturbados. Durante a campanha presidencial, Michelle Obama manteve firme o horário de dormir das meninas, e Obama às vezes tinha de correr para pegar suas filhas ainda acordadas.
"Michelle não deixa elas acordadas para esperar o pai", disse Valerie Jarret, conselheira do presidente e amiga da família, ao New York Times em 2007. "O horário de dormir faz parte da normalidade deles.
Não será interrompido só porque ele está num evento para levantar fundos".
Mas como todos os pais sabem, existem as regras, e existe a realidade.
Então, apesar de os Obama valorizarem alimentos saudáveis e orgânicos, as meninas comem bolo em festas de aniversário e com frequência tomavam sorvete e comiam lanches durante a campanha.
Eles limitam a televisão, mas não as proíbem de assistir ao Discovery Channel. (As garotas eram grandes fãs de "American Idol", "Hannah Montana" e Cheetah Girls.)
Elas se revezam na oração antes do jantar, mas não têm ido à igreja todos os domingos nos últimos anos. Os pais não batem nelas, mas discutem bastante as ações e suas consequências.
Barack Obama disse que tentou dar dinheiro a Malia regularmente - US$ 1 por semana - mas isso ficou para trás por conta da movimentada campanha presidencial. Ainda assim, ele insiste que a primeira-dama, conhecida entre suas amigas por delegar tarefas, não seja a única disciplinadora. "Não sou um molenga", disse Obama durante a entrevista à ABC, na qual ele disse que sua mulher com certeza pode "gritar um pouco com elas".
Susan Davis, uma das amigas de Michelle Obama, disse que o casal tem tentado com afinco evitar que suas filhas se tornem mimadas ou arrogantes. "Elas não agem como se fossem superiores", disse. "Elas só parecem crianças".
O que os Obama mais querem, dizem os amigos e parentes, é que suas filhas continuem se sentindo como meninas comuns. Então a mãe de Michelle Obama, Marian Robinson, mudou-se para lá, e as meninas continuam fazendo suas atividades normais, disse Susan Sher, uma conselheira presidencial e amiga próxima de Michelle Obama.
Michelle Obama, diz Sher, é "alguém que vê humor nas coisas e gosta de brincar. A diversão é muito importante".
Os Obama são guiados por suas próprias experiências. Barack Obama, que cresceu sem seu pai, diz-se determinado a ser uma força ativa na vida de suas filhas. Michelle Obama cresceu numa família estável com pai e mãe que valorizavam a estrutura e a rotina.
Como ambos vieram de famílias com dificuldades financeiras esporádicas, enfatizam que as coisas boas nem sempre vêm com facilidade. E ao longo dos anos, Michelle Obama tem enfatizado a importância da boa educação e da compaixão.
Ainda assim, a história sugere que criar crianças felizes, bem ajustadas e bem comportadas na Casa Branca não é fácil.O presidente Jimmy Carter, forte defensor da educação pública, matriculou sua filha, Amy, 9, numa escola pública, mas ela ficou muito solitária no começo, de acordo com jornalistas que cobriam a menina.
O presidente Theodore Roosevelt teve de lidar com as estranhezas de sua filha adolescente Alice, que era considerada rebelde por fumar em público e voltar tarde de festas. A mulher do presidente Grover Cleveland, Frances, foi exposta ao ridículo por fechar os portões sul da Casa Branca para que sua criança pudesse desfrutar dos dias de sol sem ser beijada por turistas.
Proteger as crianças do público é mais difícil hoje em dia com sites de notícias 24 horas por dia, blogs sobre celebridades, revistas de fofoca e jornais competindo por novidades. Agora as câmeras são gentis, mas poderão ser mais agressivas à medida que as meninas entram na adolescência.
"Não será algo normal - não dá para ser normal", disse Doug Wead, ex-conselheiro da família Bush, sobre a infância das filhas de Obama.
"Todos os melhores esforços deles não mudarão o fato de que ser uma criança com pais na presidência apresenta desafios únicos", disse Wead, autor de "All the Presidents' Children: Triumph and Tragedy in the Lives of America's First Families" [algo como "Todos os Filhos dosPresidentes: Triunfo e Tragédia nas Vidas das Famílias na Casa Branca"].
Wead disse que os filhos de presidentes normalmente tem dificuldades em determinar quais amigos são verdadeiros e para estabelecer uma identidade separada da de seus pais, um tema que normalmente continua depois que a família deixa o número 1600 da Avenida Pennsylvania.
Os Obama, que querem criar uma Casa Branca mais aberta e acessível, tem se debatido em relação à quanta informação devem abrir sobre sua família. Eles permitiram que as meninas fossem entrevistadas para o "Acess Hollywood" em julho e depois disseram ter se arrependido.
Eles discutiram a criação de filhos na TV, e Michelle Obama e suas filhas posaram para uma foto que acabou na capa da US Weekly este mês.Mas a primeira-dama também pressionou a companhia Ty Inc. para tirar as bonecas de Sasha e Malia do mercado, e seus assessores desencorajaram os repórteres a escrever em detalhes sobre suas filhas.
Barack e Michelle Obama se recusaram a fazer comentários para este artigo.
Essa busca de equilíbrio não é incomum para as famílias presidenciais, que notoriamente relutam em falar sobre a criação de filhos na Casa Branca. (Os Clinton e os Carter - as famílias mais recentes com filhos pequenos - também se recusaram a dar entrevistas.) Mas alguns filhos de pais presidentes enfatizam que a vida na Casa Branca pode ser extraordinária.
As filhas do presidente George W. Bush, Barbara e Jenna, contaram que escorregavam nos corrimões quando seu avô era presidente e jantaram com a realeza quando seu pai liderava o país. "É um lugar mágico em qualquer idade", escreveram numa carta aberta para as filhas de Obama.De fato, Michelle Obama está ansiosa para viajar com suas filhas e mostrá-las o mundo, dizem os assessores.
E depois de uma exaustiva campanha presidencial, Barack Obama diz que a paternidade nunca foi tão tranquila.
"No fim das contas eu tenho um ótimo escritório em casa", disse Obama numa entrevista à NBC este mês. "E no final do dia vou para casa, mesmo que eu tenha mais trabalho para fazer, e posso jantar com elas", disse o presidente. "Posso ajudá-las com a lição de casa. Posso colocá-las para dormir. E posso voltar para o escritório, se precisar".

Empresário alemão esquece 10 mil euros em banheiro público

Notas carregadas em saco plástico ainda não foram devolvidas. Homem demorou meia hora para perceber que estava sem a quantia.


Um empresário alemão esqueceu em um banheiro público um saco plástico com mais de 10 mil euros (cerca de R$ 30 mil), segundo informaram autoridades na quinta-feira (19). O dinheiro ainda não foi devolvido.
A polícia do estado de Hesse afirmou que o homem carregava essa quantia com ele, quando parou em um posto de serviços na estrada perto de Haiger. Ele então partiu, sem levar com ele o plástico que continha os 10 mil euros.
Um porta-voz da polícia disse que não ficou claro por que o homem demorou cerca de meia hora para perceber que não estava mais com o dinheiro. Quando voltou ao local, a quantia já havia desaparecido.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

BA: Em bloco de carnaval, “Jegue de Cueca” casa com “Jega de Calçola”

O carnaval de Salvador começou ontem, com direito a Rei Momo (o cantor Gerônimo), entrega de chaves da cidade e todos os ritos de acolhida da folia.

O que ninguém poderia esperar é que, na manhã seguinte, um jegue de cueca estivesse entre os foliões do carnaval baiano. E pior ainda: atrás da noiva, a jega de calçola.

Realizado na Península de Itapagipe - um pouco distante dos circuitos mais badalados do carnaval - o Encontro do Jegue de Cueca com a Jega de Calçola retoma uma tradição interrompida há mais de trinta anos.

Nesta sexta-feira, às 10h, dois cortejos começam a desfilar pelas ruas da Península: um saindo em frente ao Bahia OutLet Center (no bairro do Uruguai) e o outro, da Associação Tenda de Olorum (em Massaranduba).

- Usamos o velho e bom celular para garantir a saída simultânea dos cortejos - diz Wanderley, um dos organizadores do bloco.

Os cortejos do jegue e da jega percorrem ruas do Massaranduba e Uruguai, respectivamente, animados por um conjunto de músicos e com o acompanhamento de dois animais (de verdade!) enfeitados.

Encontram-se no Largo do Papagaio, onde é realizado, com muita pompa e circunstância, o seu festivo e carnavalesco casamento. Lá, forma-se um grande bloco.

Ambos os animais vão vestidos à caráter: além das peças íntimas, usam elementos decorativos, dignos da ocasião. Além deles, muitos foliões vestem não apenas cuecões e calçolões, mas também as orelhas características dos equinos.

Após as merecidas reverências ao casal, o cortejo segue até a Beira Mar para um refrescante banho de mar a fantasia, como uma releitura da manifestação de outrora que era realizada na madrugada.

Em sua versão contemporânea, o Encontro ocorreu apenas uma vez, no carnaval de 2008. Participaram dele cerca de 800 pessoas, mesmo número esperado para a 2a. edição do evento.
Considerado uma “Mudança” (bloco que traz críticas sociais e políticas), a presença do jegue e da jega referia-se antigamente às condições precárias dos bairros quando o animal transportava para os moradores desde gêneros alimentícios até mesmo água, logo que não havia abastecimento d’água na região.

- Agora o jegue é quase um animal em extinção por aqui. Quase não existe mais como meio para transportar as coisas. Fazemos uma releitura, mantendo o aspecto satírico da atividade - diz Gilcinéa Barbosa, arquiteta e membro do Centro de Arte e Meio Ambiente (CAMA), que integra o Colegiado Local de Cultura, organizador da atividade.

Antes, os cortejos saíam na madrugada de sábado para domingo. Gilcinéa também explica a mudança de data e horário:

- Antigamente era uma iniciativa de boêmios, que abria o carnaval. Agora o tempo é outro. O carnaval começa mais cedo e por conta da violência, fazemos o bloco pela manhã. Assim crianças e outras pessoas também podem participar, e não apenas os boêmios - argumenta.

A retomada do Encontro faz parte de uma série de atividades (como festas juninas, quadrilhas, reza de Santo Antônio etc.) que o Colegiado de Cultura da Península de Itapagipe está resgatando para incentivar o convívio na cidade baixa através da cultura.

Roteiro dos cortejos:
Uruguai (Jega de Calçola)Saída em frente ao Bahia OutLet Center, segue pela Rua do Uruguai, Rua Araújo Bulcão, Travessa da Esperança, Rua Marechal Teixeira Lote, Rua Nilton França, Rua do Uruguai, Praça do Uruguai, Rua Bela Vista, Rua Resende Costa, Rua Demóstenes Paranhos, Rua Lopes Trovão, Largo da Massaranduba, Rua Carlos Lopes, Avenida Caminho de Areia, Largo do Papagaio.

Massaranduba (Jegue de Cueca)Saída da Associação Tenda de Olorum, segue pela Rua Lopes Trovão, Rua Juracy Magalhães, Largo Juracy Magalhães, Rua Genésio Sales,Praça da Redenção, Rua Santos Titara, Travessa maestro Wanderlei, Rua Coronel Filinto Sampaio, Rua Rafael Uchoa, Rua Capitão Vicêncio Constantino Figueiredo, Rua Rubens Amorim, Rua Jorge Leal Gonçalves, Travessa Vila união, Avenida Porto dos Mastros, Largo do Papagaio

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Grupo da USP e UFRJ "encolhe" cérebro humano

Um grupo de neurocientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da USP (Universidade de São Paulo) que elaborou um método diferente de contagem de células nervosas chegou a uma nova estimativa sobre a quantidade de neurônios no cérebro humano: 86 bilhões. O número é uma redução de 14% em relação à estimativa mais conhecida, de 100 bilhões.

A ala carioca da equipe, que inclui os pesquisadores Roberto Lent e Suzana Herculano-Houzel -colunista da Folha-, também propõe uma revisão de estudos que previam diferenças no número de neurônios em cérebros de homens e mulheres. O grupo, além disso, apresenta novos dados sobre a proporção entre neurônios e células gliais, que dão suporte ao sistema nervoso.

É difícil estimar quantos neurônios tem um cérebro porque ele é muito heterogêneo. Essa dificuldade foi superada por meio do novo método de contagem, criado pelos brasileiros, que consiste em dissolver cérebros em detergente, fazendo um "sopão" homogêneo de núcleos de células cerebrais.

Os quatro cérebros dissolvidos no trabalho eram masculinos. Quando o método for aplicado em mulheres, os pesquisadores pretendem ter novos dados sobre as diferenças entre os cérebros dos dois sexos.

Acreditava-se também que existissem dez células gliais realizando funções de suporte e nutrição para cada neurônio. Os cientistas encontraram uma proporção de um pra um. Os resultados, segundo Lent, aproximam os humanos dos primatas. Somos, diz ele, apenas um "macaco com cérebro grande".

Entender agora como neurônios e células gliais se relacionam pode ajudar a elucidar disfunções como a epilepsia. Atualmente essa é "uma das áreas mais quentes" da neurologia, afirma Herculano-Houzel.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cérebro masculino vê mulher de biquíni como objeto, aponta estudo

Os homens podem não dizer isso explicitamente, mas há ocasiões em que todos tendem a pensar nas mulheres como objetos --principalmente quando elas estão de biquíni e não mostram o rosto. É isso o que acaba de mostrar um experimento realizado nos Estados Unidos com 21 homens heterossexuais estudantes de pós-graduação, apresentado em Chicago, na reunião anual da AAAS (Sociedade Americana para o Avanço da Ciência).

Talvez seja esse o efeito que explica sucesso que dançarinas mascaradas --como as personagens Tiazinha e Feiticeira-- costumam ter na televisão brasileira. O experimento usou máquinas de ressonância magnética para mostrar que os circuitos cerebrais ativados nos homens durante a observação de um corpo feminino sensual desprovido de identidade são os mesmos que os permitem de reconhecer uma ferramenta, um objeto inanimado.

Pesquisadores usaram máquinas de ressonância magnética para medir atividade cerebral
"Tecnicamente, podemos usar uma espécie de eufemismo neurológico e dizer que o homem não tem essa atitude de uma forma premeditada. É algo que ele não racionaliza", afirma Susan Fiske, professora de Psicologia da Universidade de Princeton, uma das mentoras do experimento. Ela mostrou que o córtex pré-motor dos homens --uma das partes do cérebro mais envolvidas no reconhecimento-- foi a área cerebral mais ativada nos voluntários que observavam fotografias de um colo feminino.

Essa parte do cérebro também é acionada quando é feita uma interpretação mecânica de uma imagem -em oposição a interpretações sociais.

Questionada pela Folha sobre o possível viés cultural que o estudo possa ter --só americanos participaram do experimento-- Fiske disse não crer que o resultado mudaria se o experimento fosse feito em países, como o Brasil, onde mulheres de biquíni são comuns.

Fiske selecionou seus voluntários após aplicar um questionário a todos. Eles também precisaram passar por análises neurológicas. Só então os participantes puderam ser submetidos ao teste dentro de uma máquina de ressonância magnética funcional, que registra as atividades cerebrais.
Praia ou escritório
No total do teste, cada participante ficou diante de 160 imagens. Elas eram de mulheres e de homens. Nos dois casos, foram apresentadas durante o experimento fotos com roupas de trabalho e também em trajes de banho.

Imagens de rostos humanos, para medir a capacidade de reconhecimento de cada participante do teste, também foram exibidas.

Basicamente, a intenção era medir o grau de bem-estar dos voluntários após terem visto imagens de mulheres e de homens, tanto com o corpo exposto quanto coberto com roupas de trabalho. As imagens não eram pornográficas nem eróticas, disse Fiske. Os registros foram tabulados por meio de análises estatísticas de uso corrente por psicólogos.

De acordo com a pesquisadora americana, os seus resultados apresentados agora têm algumas implicações práticas. "Um dos desdobramentos pode ser o fato de que um patrão, por exemplo, pode beneficiar certas companheiras de trabalho em detrimento dos demais funcionários da empresa, dependendo de como ele idealiza aquele corpo", diz a psicóloga.

Susan Fiske afirma que seus resultados também indicam que atitudes machistas de intimidação estão relacionadas com uma menor ativação de uma área do cérebro estudada por ela e envolvida na racionalização do pensamento, o córtex pré-frontal médio. "O sexismo hostil prediz uma menor ativação do córtex pré-frontal médio", afirma a pesquisadora.

TRABALHO EM CONJUNTO

Ninguém realiza um sonho sozinho, da mesma forma que ninguém exerce a liderança isoladamente. As parcerias são fundamentais nessa empreitada. Todo grande realizador precisa de pessoas para trabalharem ao seu lado.

É justamente aí que reside outra característica importante dos Líderes Cinco Estrelas: muitos conseguem obter resultados incomuns de pessoas comuns, fazendo mais que o combinado, superando quase sempre o esperado.

Em vez de apenas dar ordens e cobrar rendimento, incentivam cada um a fazer o seu melhor, porque dão o seu melhor.

O Líder Cinco Estrelas sabe que a equipe só se beneficia da diversidade dos talentos se houver complementaridade. Por isso estimula parcerias e apóia iniciativas, a fim de montar uma equipe de alta performance – em outras palavras, uma “Equipe Cinco Estrelas”.

Esse líder avalia o desempenho de sua equipe, dá oportunidades, mas sabe detectar aqueles que são improdutivos. Não acumula pendências nem vive cercado de pessoas acomodadas ou pessimistas; prioriza aquilo de que a equipe realmente precisa, não apenas o que desejam seus integrantes. Consegue o grau de compromisso e disciplina necessário para realizar sonhos traçados em conjunto, não apenas satisfações imediatistas.

Alcança, enfim, seus propósitos pela força do conjunto, pela sinergia construída. Atua, portanto, como o instrumento pelo qual um grupo de pessoas atinge seu objetivo. E distribui parte dos resultados obtidos à comunidade, em retribuição

Banqueiro dá US$ 60 milhões a empregados

Ao todo, 399 funcionários receberam esse bônus. Até mesmo 72 ex-empregados foram beneficiados


Depois de vender seus investimentos no banco City National Bancshares, de Miami, Leonard Abess Jr resolveu dar US$ 60 milhões que recebeu entre seus caixas, contadores, secretários, boys e todos aqueles que fazem parte de sua folha de pagamento. Ao todo, 399 funcionários receberam esse bônus. Até mesmo 72 ex-empregados foram beneficiados. A notícia foi publicada no jornal local Miami Herald.

O bônus foi baseado nos anos de serviços e chegou a dezenas de milhares de dólares. De acordo com o jornal, alguns empregados receberam mais de US$ 100 mil. Os funcionários receberam uma carta de agradecimento pelos anos trabalhados e foram informados qual seria o valor da bonificação.

Abess disse que pensava em uma forma para recompensar seus funcionários. E queria criar um programa de ações para os funcionários antes de vender o banco. Em novembro, 83% do banco de Abess foi vendido para o espanhol Caja de Madrid por US$ 927 milhões. O banqueiro ficou como sócio minoritário e permanece como CEO da instituição financeira.

O executivo preferiu não fazer propaganda de seu ato. No dia da entrega das cartas dos empregados, Abess não foi ao banco. No entanto, recebeu centenas de cartas naquela tarde. “Aquelas pessoas se juntaram a mim e permaneceram no banco sem qualquer compromisso de equidade. Sempre pensei em, um dia, surpreende-los”, afirmou ao jornal.

Abess mantém um grande laço de amizade com o banco. Todos os anos, ele organiza um jantar para os ex-empregados.

Telecheque dá desconto de até 50% na renegociação de cheque sem fundo

Empresa inicia nesta sexta-feira (21) campanha de renegociação. Objetivo é reativar crédito antes do período de compras de Natal.


A Telecheque, empresa especializada na verificação de cheques emitidos, vai iniciar nesta sexta-feira (21) uma campanha de renegociação de dívidas para clientes que emitiram cheques sem fundos nos estabelecimentos que contratam seus serviços. Os descontos no valor do cheque podem chegar a 50%, de acordo com a companhia.

De acordo com Dirlene Martins, diretora da Telecheque, o objetivo é facilitar a volta dos clientes inadimplentes ao mercado de consumo, para as compras de Natal, ou então ajudá-los a começar 2009 com o nome limpo. De acordo com a empresa, quanto mais antiga a dívida, maior será o desconto. Em todos os casos, o abatimento vale somente para pagamento à vista, a ser feito até 10 de dezembro de 2008.

Veja a tabela:

Emissão do cheque
Desconto máximo
Até dezembro/2007 50%

Janeiro a março/2008 40%

Abril a julho/2008 30%

Agosto a outubro/2008 15%

Emissão de cheque pré-datado cresce 8,5% em novembro

Em novembro, 81% dos cheques emitidos foram pré-datados. Entre os estados, Pernambuco é o que mais usa o meio de pagamento.


O hábito de fazer pagamentos com cheques pré-datados registra crescimento no país, segundo pesquisa realizada pela Telecheque. Em novembro, os pré-datados chegaram a 81,14% do total de documentos emitidos - uma alta de 8,56% em relação ao mesmo período de 2007 e de 0,56% sobre o mês de outubro.

Segundo a empresa responsável pela pesquisa, o cenário econômico atual propicia o aumento do uso do cheques, principalmente os pré-datados. "Com o cheque, o consumidor pode escolher a data de pagamento, negociar direto com o lojista e, na maioria das vezes, ele mesmo define seu limite de crédito", diz José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque.

Dados regionais
No ranking por segmento, na liderança, continuam os segmentos de vestuário (90,45%) e calçados (86,67%), seguidos por supermercados (85,10%). Já na divisão por estados, a liderança ficou com Pernambuco, com 91,88% de cheques pré-datados entre os emitidos. Na seqüência, estão Maranhão (91,69%), Rio Grande do Norte (88,43%), Amazonas (88,13%), Pará (87,19%) e Rio de Janeiro (86,76%).

Emissão de cheques sem fundos aumenta 8% em dezembro, informa Serasa

No mês, foram devolvidos 20,2 cheques a cada mil compensados.Serasa prevê crescimento da inadimplência no primeiro semestre.

Em dezembro, o volume de cheques devolvidos por falta de fundos em todo o país aumentou 8% na comparação com o mesmo período de 2007, divulgou a Serasa Experian nesta quarta-feira (21).

De acordo com balanço realizado pela empresa, no último mês de 2008, foram devolvidos 20,2 cheques a cada mil compensados. Em dezembro de 2007, eram 18,7.

No total, em dezembro, 2,48 milhões de cheques foram devolvidos entre 122,82 milhões de cheques compensados, segundo a Serasa. No ano, foram 27,6 milhões de devoluções.

Os números, na avaliação da Serasa, sinalizam um período de expansão da inadimplência do país, motivado pela crise financeira.

"A gente acredita que o primeiro semestre será muito crítico para a inadimplência", explica o assessor econômico do Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. Segundo ele, os três primeiros meses do ano já são tradicionalmentes mais favoráveis à inadimplência, em razão de despesas como IPVA e matrículas escolares.

Já em relação a novembro, o calote do cheque caiu 6,5%. Segundo a Serasa, a queda é consequência da utilização do cheque pré-datado nas compras do Dia das Crianças, o que fez de novembro uma base de comparação alta.

2008
De janeiro a dezembro do ano passado, a inadimplência com cheques registrou aumento de 1,5% ante o acumulado de 2007, com 19,8 cheques sem fundos a cada mil compensados. Em 2008, os cheques compensados totalizaram 1,4 bilhão.

Na análise regional, os Estados do Norte do País lideram o ranking do calote do cheque, com 43 devolvidos a cada mil compensados, enquanto o Sudeste registrou o menor nível de inadimplência: 16,6 devolvidos na mesma base de comparação. Entre os Estados brasileiros, Roraima ficou com o primeiro lugar, onde 80 cheques voltaram por falta de fundos a cada mil compensados, seguido por Maranhão (73,3)

Pré-datado depositado antes do prazo dá direito a indenização, decide STJ

Ministros do STJ editaram súmula que define entendimento sobre o tema. Juízes de instâncias inferiores deverão aplicar súmula editada na segunda.


O depósito de cheque pré-datado antes do prazo combinado entre comerciante e consumidor configura dano moral, com direito a indenização, de acordo com súmula editada nesta segunda-feira (16) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e anunciada nesta terça-feira (17). Com a edição da súmula, o STJ passará a adotar a orientação em suas decisões futuras.

A súmula do STJ, no entanto, serve apenas como "guia" para os juízes de instâncias inferiores, que podem ou não aplicá-la –ao contrário das súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que obrigatoriamente precisam ser acatadas pelos poderes Executivo e Judiciário.A súmula de jurisprudência 370 fixa que “caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado”. Em uma das primeiras decisões do STJ sobre o caso, em 1993, os ministros condenaram um comerciante que apresentou o cheque antes do prazo a pagar indenização de 20 salários mínimos (o equivalente hoje a R$ 4.650) à vítima.

Em outro julgamento, realizado em 2005, os ministros também condenaram um comerciante a pagar indenização de 20 salários mínimos a um consumidor da Paraíba que teve o cheque devolvido sem fundos por ter sido depositado fora do prazo combinado. Em uma decisão tomada em 2000, o ministro Eduardo Ribeiro já havia ressaltado que constitui dano moral a devolução de cheque pré-datado por insuficiência de fundos quando a apresentação é feita antes da data acertada entre as partes.

Após 30 anos de enxaqueca, homem descobre que remédio piora problema

Por pelo menos 30 anos, o militar reformado Walacir Cheriegate, 66, sentiu-se "como se tivesse dois estiletes pontiagudos entre os olhos, na altura da pálpebra". As dores de cabeça, no início esporádicas, foram aumentando de frequência até que se tornaram diárias.

Durante dez anos ele viveu assim, com dor 28 dias por mês, em média. "Tomava até seis analgésicos diariamente. Em qualquer roupa, bolsa ou paletó, tinha um comprimido. Quando abria uma farmácia nova, eu ia ver se tinha chegado algum remédio forte", conta.

Orocurou "todos os especialistas que podem existir". Foram no mínimo 20 profissionais, entre neurologistas, acupunturistas e massoterapeutas, entre outros. "Busquei até aconselhamento espiritual. Eu corria atrás de tudo o que existia, mas a dor era constante."

Walacir Cheriegate sofreu de enxaqueca por mais de 30 anos, até descobrir que os analgésicos que utilizava pioravam o problema
Ele chegou a torcer para que algum exame acusasse uma doença. "Uma vez fiz uma ressonância magnética e pensei: "Se Deus quiser, vão encontrar um problema no meu cérebro". Ficava torcendo para dar positivo e eu descobrir o que era."

Walacir diz que a disciplina militar o ajudou a tocar a vida mesmo quanto tinha as dores fortes. "Somos preparados para o combate. Se eu for chamado para uma missão, tenho que ir independentemente de como estiver. Nunca deixei de dirigir uma reunião, mesmo com a cabeça latejando. Eu dizia que a vida tinha que continuar", diz.

Mas, quando estava em casa e a dor vinha, trancava-se num quarto escuro, tomava pelo menos dois analgésicos e colocava gelo na cabeça. "Quando o desespero era grande", ia ao pronto-atendimento do hospital para tomar remédio na veia.

Walacir brinca que sua mulher, com quem é casado há 37 anos, é "uma santa" por ter passado por tudo isso ao seu lado.

Diagnóstico
Foi com a bolsa cheia de exames que ele chegou ao consultório de um neurologista que fez um diagnóstico que surpreendeu Walacir: ele sofria de uma enxaqueca que havia se tornado diária justamente por causa dos analgésicos que tomava para aliviar a dor.
Não foram os exames que acusaram o problema, já que, nesse caso, eles servem apenas para descartar outras doenças, como um possível tumor.

O diagnóstico da enxaqueca é todo clínico, baseado nos sintomas que cada paciente tem e nos exames feitos pelo médico no consultório.

Segundo o neurologista Abouch Krymchantowski, que atendeu Walacir, tomar analgésicos duas ou três vezes por semana por de um a três meses é suficiente para que quem já tem enxaqueca -doença neurovascular que afeta de 12% a 15% da população- passe a ter crises diárias ou quase diárias.

Isso acontece porque quem tem enxaqueca tem uma disfunção no chamado sistema antinociceptivo, ou sistema antidor. "É ele que produz endorfinas, nossos analgésicos endógenos. Com o uso regular de analgésicos, o cérebro interpreta, burramente, que não precisa produzir esses analgésicos endógenos, e aí vem a dor", explica o neurologista, que é coordenador técnico do Ambulatório de Cefaleias Crônicas do Instituto de Neurologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O recomendado, em casos como o de Walacir, é tomar remédios preventivos, que ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das dores.

Já os analgésicos usados nas crises têm que ser suspensos temporariamente, algo que não é fácil, pois, além da dor, o paciente pode experimentar sintomas da abstinência do remédio -como suor frio, tremores, insônia ou náuseas.

"Os primeiros dez dias [de tratamento] foram os piores da minha vida. Foi duro porque eu tinha que continuar trabalhando, mas o organismo foi reagindo", lembra Walacir.

O sacrifício valeu a pena. Com a ajuda do remédio preventivo e a "desintoxicação" dos analgésicos, ele disse que "voltou a viver". "Ressuscitei para a vida. Há cinco anos nunca mais tive uma dor que passasse da leve", comemora.

Homem que sofria de câncer afirma que gato descobriu doença

Leionel Adams, 59, diz que deve sua vida a Tiger, seu gato de oito anos. O felino não o salvou de nenhum perigo externo. Segundo o dono, Tiger detectou um câncer que surgiu em seu pulmão e do qual ele próprio nem sequer desconfiava.

Adams mora na cidade canadense de Calgary. Ele afirmou ao jornal "Calgary Sun" que o animal começou a passar insistentemente a pata no lado esquerdo de seu corpo. Intrigado, foi procurar um médico, que descobriu a doença por meio de um exame de raio-x.

A história de Lionel Adams e seu gato, Tiger, virou notícia de jornal na cidade canadense

O homem passou por uma cirurgia de retirada do tumor e se recupera bem.

"Tiger subia na cama e tentava arranhar o lado esquerdo do meu corpo. Ele estava certo de que havia algo", disse Adams ao jornal. "E era bem ali que o câncer estava."

Apesar de outros problemas como enfisema e bronquite, o homem nunca havia apresentado sintomas de câncer de pulmão, informa o jornal. Porém, sete meses atrás, relatou o curioso comportamento de Tiger ao médico da família e foi encaminhado a um especialista, que o diagnosticou com câncer em estágio inicial.

"Posso dizer que Tiger é meu herói", diz Adams.

A ciência ainda pouco sabe sobre a ligação entre animais e detecção de doenças, porém pesquisas recentes reforçam a ideia de que eles de fato têm essa habilidade.

Confira lista com hotéis mais estranhos do mundo

No hotel Propeller Island, em Berlim, hóspedes dormem em caixões.Há ainda hotéis construídos em árvore, cápsula, avião e floresta (veja outros no g1.com)

Cada quarto do hotel Propeller Island, em Berlim, tem um tema diferente. Em um deles, hóspedes dispõem de caixões para dormir. A diária custa 115 euros.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Neguinho da Beija-Flor emociona a Sapucaí em ensaio técnico

Ínterprete, que se recupera de um câncer, mostrou que está pronto para o desfile oficial, daqui a uma semana.

O setor 1 anunciou em coro a chegada de Neguinho da Beija-Flor à Sapucaí: “Ei, ei, ei, o Neguinho é nosso rei!”, gritaram os fãs.

O intérprete, que se recupera de um câncer no intestino, foi a grande atração da escola de Nilópolis neste domingo (15), último dia de ensaio técnico antes do desfile oficial do Grupo Especial do carnaval do Rio, nos dias 22 e 23.
Esbanjando simpatia e com o sorriso contagiante de sempre, Neguinho recebeu beijos e abraços dos colegas de escola, de pessoas do samba e, claro, foi ovacionado pelo público.


“O carinho do povo é emocionante. Eles estão muito acostumados com a minha presença na Avenida, afinal, 35 anos de carreira não são 35 dias”, disse Neguinho, que vai continuar o tratamento de quimioterapia até o fim de maio. “Mas estou 100%, vou aguentar os 82 minutos de desfile”, garantiu.


Saiba mais

Depois de só conseguir cantar alguns minutos no primeiro ensaio técnico da Beija-Flor, em 5 de dezembro; de não comparecer ao segundo ensaio no dia 11 de janeiro, a presença de Neguinho no desfile deste ano ficou ameaçada. Mas o ensaio deste domingo confirmou que ele tem tudo para brilhar na Sapucaí daqui a uma semana.


O intérprete manteve o pique em cima do caminhão de som durante todo o ensaio. Depois deste terceiro ensaio técnico no Sambódromo, a diretoria da Beija-Flor garantiu que está tudo pronto para buscar o terceiro tricampeonato de sua história.


“Esse ensaio nada mais é que um reconhecimento da passarela, mas os integrantes da escola já estão cansados de desfilar aqui. Cerca de dois terços deles fazem parte da comunidade, ensaiam na quadra toda segunda e quinta”, contou Farid Abrão David, presidente da escola.








Contato com limão seguido de exposição ao sol pode levar a queimaduras de segundo grau

A combinação de frutas cítricas e sol pode ter resultados desagradáveis, que vão de manchas na pele a queimaduras de segundo grau. No verão, são mais frequentes os casos de fitofotodermatose --termo médico para a inflamação da pele provocada pela reação de compostos chamados furocumarínicos à radiação solar.

Presente nas cascas de cítricos como limão e laranja, em frutos não maduros como morangos e figos, e em outros vegetais, essa substância, na presença de sol, gera uma irritação que se manifesta pelo aumento de pigmentação no local de contato, causando manchas.

Após o contato do limão com a pele sob o sol, a reação é desencadeada depois de uma média de 30 minutos de exposição

A lesão ocorre quando há contato com a polpa e com a casca de frutas cítricas --onde está a maior concentração dos compostos que causam a reação-- seguida de exposição ao sol, sem antes lavar bem as mãos.

Segundo Jayme de Oliveira Filho, dermatologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, a maioria das lesões é causada por frutos cítricos, principalmente o limão.

Também há lesões graves provocadas por contato com o figo verde e suas folhas --usadas em receitas caseiras de bronzeadores, elas contêm alta concentração de furocumarínicos.

Oliveira Filho explica que a lesão nem sempre resulta em queimadura grave, mas gera uma mancha. "A maioria das pessoas não nota na hora. Normalmente, depois de 24 horas [após a exposição]."

A intensidade da lesão pode variar conforme a quantidade de substância com que se teve contato, com o tempo de exposição ao sol e com a suscetibilidade da pele.

"Essa não é uma reação alérgica. Cem por cento das pessoas que tiverem contato com a substância e se expuserem ao sol terão reação de fotoxicidade. Algumas evoluem para queimadura de segundo grau", diz Flávia Addor, membro do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Remédio e prevenção

A reação é desencadeada após uma média de 30 minutos de exposição ao sol. Na maioria dos casos, constata-se uma mancha vermelha um dia após o contato, que pode ser acompanhada ou não por sensação de ardor ou coceira, e podem surgir bolhas no segundo dia.

Horas ou dias depois, a área fica ainda mais vermelha, as cascas das bolhas secam e começam a se soltar. No geral, as cicatrizes não são permanentes.

É recomendável procurar um médico após o acidente, mas é melhor prevenir a lesão, evitando manusear frutas cítricas sob o sol. Se o fizer, utilize um espremedor ou luvas.

Após contato com os vegetais citados, deve-se lavar bem as mãos, com água e sabonete. Se precisar sair ao ar livre durante o dia --o ideal é não fazê-lo durante ao menos cinco horas após manusear as frutas, de acordo com Oliveira-- use bloqueador solar. Também é importante não tocar outras partes do corpo antes de se lavar.

Médica recomenda salto de, no máximo, 3cm

Nas últimas temporadas, a moda tem levado as mulheres a viver nas alturas. Literalmente. Saltos cada vez mais altos parecem ignorar o formato do corpo, propondo uma nova postura.
As experientes modelos têm tido dificuldades em andar sobre tais plataformas - quedas em passarelas são cada vez mais comuns. Uma modelo caiu no último desfile da marca Chanel, em Paris. Para saber até que altura é possível chegar, a ortopedista Cibele Réssio, da Universidade Federal de São Paulo Unifesp), dá algumas recomendações e dicas para combinar seu estilo com boa saúde. Entre elas, salto de apenas 3cm.
Confira:
1. Três centímetros é a altura recomendada para que os saltos não tragam prejuízos ao corpo. Mais do que isso, começa a provocar deformidades ósseas, principalmente joanetes.
2. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não são sapatos apertados que causam joanete, mas sim a pressão feita no dedão quando andamos com saltos superiores a 3 cm.
3. Além de joanete, saltos muito altos podem causar outras deformidades como dedos em garra, aumento da incidência de entorses e fraturas de tornozelo.
4. Não é verdade que as mulheres precisam usar um pouco de salto. As que reclamam não conseguir usar sapatos baixos desenvolveram encurtamento da musculatura posterior da perna e sentem dores quando tiram o salto. Para quem sofre desse sintoma, a ortopedista recomenda alongar diariamente os músculos da região.
5. Evite andar longas distâncias com saltos muito altos. Reserve esses sapatos para ocasiões nas quais você não irá se movimentar muito.
6. Os modelos altíssimos com sola meia-pata oferecem um pouco mais de conforto, pois a plataforma na região frontal do pé ameniza a altura do salto. Mas fique atenta ao caminhar. Pois qualquer irregularidade no caminho pode provocar quedas.
7. Fique atenta ao tamanho dos seus pés. Ao longo dos anos, 90% das pessoas passam a calçar um número ou dois a mais. Portanto, nada de comprar sapatos sem experimentar.
8. Compre sapatos sempre no fim da tarde ou à noite, quando os pés estão mais inchados.
9. Sempre experimente os dois pés dos calçados a serem comprados.
10. O modelo deve deixar folga de uma polpa digital entre seus dedos e o material.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

"Israel é o maior perigo para a paz mundial"

Sessenta por cento dos europeus vê Israel como o maior perigo para a paz mundial. Foi o que mostrou uma pesquisa de opinião realizada pela União Européia com a participação de 7.500 pessoas de 15 países-membros da UE (500 de cada país).
Em segundo e terceiro lugar apareceram o Irã e os Estados Unidos, seguidos pela Coréia do Norte, pelo Afeganistão e pelo Iraque. Em relação a Israel, a metade dos europeus crê que os cinco milhões de judeus do Estado de Israel são uma ameaça maior para a paz no mundo do que seus vizinhos árabes, que somam 500 milhões de habitantes e nos últimos anos tentaram acabar com Israel através de diversas guerras de agressão. Desse modo, cinqüenta por cento dos europeus concordam com os muçulmanos, que afirmam ser Israel o demônio do mundo.

O Ministério do Exterior de Israel reagiu indignado à publicação dos resultados negativos da pesquisa, que prejudicam ainda mais a imagem de Israel perante o mundo. "Por que, afinal, uma pesquisa dessas foi feita? E por que a União Européia publicou os resultados?" No Ministério do Exterior e no gabinete do primeiro-ministro de Israel supõe-se que a UE deseja arruinar a imagem do Estado judeu. Diferentemente do que ocorre nos países muçulmanos ou na Coréia do Norte, Israel se vê confrontado com um perigoso terrorismo. Mas essa realidade não foi mencionada na pesquisa. Simplesmente perguntou-se às pessoas qual país elas consideravam a maior ameaça para a paz no mundo.
"O fato da UE ter apresentado apenas uma lista de quinze países foi uma tática desonesta e influenciou de antemão os entrevistados", afirmaram funcionários do Ministério do Exterior. Um porta-voz do Vaticano condenou a publicação da pesquisa da UE, classificando-a de anti-semitismo maldoso.

Terrorismo é legal; combatê-lo é ilegal
O que teria motivado os europeus a assumirem essa posição antiisraelense seriam as constantes imagens de soldados israelenses armados presentes nos territórios palestinos e o controverso muro de segurança ao redor dos territórios autônomos palestinos.

O ministro israelense para Assuntos Judeus na Diáspora, Natan Sharansky, avalia que aumentam as evidências de que a crítica política dos europeus oculta uma postura anti-semita. "Os europeus, que tanto se empenham pelos direitos humanos no mundo inteiro, finalmente deveriam coibir a lavagem cerebral contra Israel e o denegrimento do Estado judeu nos países árabes", declarou Sharansky.

Para o Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, a pesquisa é um sinal de que a mídia européia fez um "bom trabalho" e alcançou seus objetivos nos muitos anos em que passou condenando Israel. O que teria motivado os europeus a assumirem essa posição antiisraelense seriam as constantes imagens de soldados israelenses armados presentes nos territórios palestinos e o controverso muro de segurança ao redor dos territórios autônomos palestinos. A luta de Israel contra o terrorismo passou a ser considerada pelos europeus como evidente agressão ao povo palestino, enquanto o terrorismo é apresentado como legítimo e justificado.

Cartão amarelo para Israel
Conforme o Dr. Alon Li’al, os europeus repreenderam Israel com um cartão amarelo, como ocorre nos jogos de futebol. "Devemos nos perguntar se os europeus realmente nos odeiam ou se eles têm medo de nós porque representamos uma ameaça à paz mundial", disse o Dr. Li’al, que foi diretor-geral do Ministério do Exterior no governo de Barak.
Na sua opinião, os europeus têm medo. Esse medo, porém, não deveria tê-los induzido a usar truques políticos contra Israel. "Para estabelecer a paz sempre são necessárias duas partes interessadas. Mas o mais importante "parceiro" de Israel, Yasser Arafat, o chefe da OLP, foi excluído da pesquisa da UE", declarou o Dr. Li’al. "Em 1994 os europeus recompensaram Arafat com o prêmio Nobel da Paz e agora ele foi mais uma vez honrado pela UE. O arquiteto da presente onda de violência não foi mencionado na pesquisa e, assim, foi poupado."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Filhos só valorizam os pais a partir dos 22 anos

A velha máxima de que só se dá valor aos pais quando se tem filhos não é totalmente verdadeira, a julgar pelos resultados de um levantamento realizado na Grã-Bretanha com 5.000 famílias.

Em média, somente quando os filhos completam 22 anos começam de fato a valorizar seus pais, constatou a empresa de pesquisa de mercado One Poll.

Mais da metade dos entrevistados disseram que sentiram mais respeito pelos pais depois que saíram de casa e tiveram seus filhos

Nessa idade, os filhos já saíram de casa para estudar, começaram a trabalhar ou, em alguns casos, até se tornaram pais.

Um quarto dos entrevistados disseram que sair de casa foi um choque, e mais da metade afirmou que sentiu falta da proteção paterna. Cerca de 17% disseram que foi preciso entrar na universidade para passar a valorizar o apoio recebido dos pais.

Mais da metade das pessoas ouvidas disseram que sentiram mais respeito por seus pais depois de terem passado meses em claro, cuidando de seus próprios filhos e aprendendo a ser bons pais.
Outra conclusão do estudo é que as mulheres começam a escutar os conselhos do pai e da mãe sobre seus filhos, em média, aos 27 anos de idade. Com os homens, isso ocorre mais tarde, aos 29.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Com alta de 4,4%, vendas a prazo sustentam crescimento do varejo em 2008

SÃO PAULO - De acordo com o Indicador Serasa Experian do Nível de Atividade do Comércio, divulgado nesta quinta-feira (22), as vendas a prazo encerraram o ano de 2008 com acréscimo de 4,4%, sustentando assim o crescimento de 4,2% verificado na atividade do comércio varejista em todo o Brasil.

A pesquisa aponta que esta é a segunda vez consecutiva que o fenômeno acontece. Em 2007, o pagamento parcelado registrou alta de 12,6%, promovendo uma evolução de 6,3% nas vendas totais sobre o ano de 2006.

Por outro lado, nos últimos dois anos, as vendas à vista apresentaram recuo, de 21,1%, em 2008, e de 19%, no ano retrasado.

Motivos

Ainda segundo a Serasa, por outro lado, a desaceleração no crescimento das vendas no ano passado refletiu o encolhimento do crédito, por conta dos juros elevados e pelo maior endividamento de parte da população em prazos mais longos.

Além disso, diz a entidade, tal cenário teria sido agravado pela crise financeira internacional, que promoveu a redução da oferta de crédito e tornou os critérios de concessão mais conservadores.
Para a entidade, numa razão inferior, o recuo dos pagamentos à vista também representou uma contribuição para o menor crescimento das vendas, com uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação a 2007.

No geral, o crédito ao consumidor cresceu 30,7% em 2007 e 23,3% no acumulado de janeiro a novembro de 2008, segundo dados mais recentes do Banco Central.
Sobre a pesquisa

O Indicador Serasa Experian do Nível de Atividade do Comércio tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa Experian, o único de alcance nacional. Foram consideradas as consultas realizadas em 2008 e comparadas às consultas realizadas nos períodos durante os doze meses de 2007.

Estudo associa uso frequente de maconha com câncer de testículo

O uso frequente ou em longo prazo de maconha pode dobrar os riscos de um usuário desenvolver câncer de testículo, segundo um estudo do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos.


O estudo, publicado na revista especializada "Cancer", entrevistou 369 pacientes de câncer de testículo e concluiu que o uso frequente da droga dobrava o risco de desenvolver a doença em comparação com os homens que nunca fumaram maconha.

O uso frequente da maconha dobra o risco de ter a doença em comparação com os homens que nunca fumaram maconhaOs resultados sugerem ainda que a maconha pode estar associada à forma mais agressiva deste câncer. Esse é o primeiro estudo a analisar, especificamente, a relação entre o uso de maconha e câncer de testículo.

Tipo raro
O câncer de testículo corresponde a 5% dos casos de tumores malignos entre os homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer, e afeta entre 3 a 5 indivíduos a cada 100 mil. Ele é mais comum entre homens com idades entre 15 e 50 anos e tem alto índice de cura, principalmente se for diagnosticado no estágio inicial.A incidência na Europa e na América do Norte é bem mais alta do que em outras regiões do mundo, e vêm aumentando sem nenhuma razão aparente.

Os fatores conhecidos da doença incluem ferimentos nos testículos, histórico familiar, ou a criptorquidia (testículo que não desce para a bolsa escrotal durante a infância).

No estudo, foram entrevistados 369 homens, com idade entre 18 e 44 anos, que haviam sido diagnosticados com câncer de testículo. Eles responderam perguntas sobre seus hábitos de fumar maconha.
Suas respostas foram comparadas às de cerca mil homens, aparentemente saudáveis. Mesmo depois de ajustar os números levando em consideração outros fatores, o uso da maconha permaneceu como um claro fator de risco para o câncer de testículo.

O estudo indicou que fumar maconha aumenta em 70% o risco e que fumar maconha com frequência ou fumar desde a adolescência aumenta o risco em 100% em comparação com os que nunca fumaram.Também foi encontrada uma relação do uso da droga com o não-seminoma, um tipo mais agressivo de câncer testicular, que corresponde a cerca de 40% dos casos e tende a atingir os mais jovens.

PuberdadeSegundo Janet Daling, uma das autoras do estudo, na puberdade os homens estariam mais vulneráveis a fatores ambientais, como a ação de substâncias químicas encontradas na maconha, por exemplo.
"Isso é consistente com a conclusão do estudo de maior risco do tipo de câncer testicular não-seminoma estar particularmente associado ao uso de maconha antes dos 18 anos", disse ela.Segundo Stephen Schwartz, que também participou do estudo, "o que os jovens devem saber é que, primeiro, sabemos pouco sobre as consequências do uso da maconha para a saúde a longo prazo, especialmente, do uso frequente, e segundo, nosso estudo traz alguma evidência de que o câncer de testículo pode ser uma dessas consequências".

O próximo passo, diz ele, seria estudar mais a fundo as células nos testículos para verificar se alguma delas têm receptores para as substâncias encontradas na maconha.Segundo Henry Scowcroft do instituto Cancer Research UK, para que seja alcançada qualquer conclusão firme sobre a relação entre causa e efeito nos casos de câncer de testículo

Dúvidas éticas: lavar o edredom em casa gasta mais água

Lavar o edredom na lavanderia gasta menos água porque as máquinas são mais eficientes, segundo o diretor do centro tecnológico da indústria da moda do IPT, Eraldo Maluf. "As máquinas industriais são do tipo "front-load" [de alimentação frontal], e usam menos água", diz.

O gerente operacional da lavanderia Quality, Ricardo Monteiro, diz que o processo industrial usa até 50% menos água do que em casa. "As máquinas têm mais recursos e mais tecnologia que lavadoras domésticas", afirma.

Ele lembra que não são todas as máquinas domésticas que têm capacidade de lavar edredons maiores, como o de casal ou "king-size". "Se couber um de solteiro na lavadora doméstica, a limpeza gasta cerca de 180 litros de água.

Em uma lavanderia, o consumo é de 90 a 110 litros", diz. Existem outros mecanismos que também geram economia de água nos processos industriais de lavagem.

Em usinas que tercerizam o serviço para lavanderias menores não é preciso fazer o primeiro enxágue dentro da máquina --ele pode ser realizado em um tanque. "Sem contar que aqui existe uma estação de tratamento que consegue reaproveitar até 90% da água", afirma Carlos Alfredo Faria, sócio-gerente da lavanderia Nova Paulistana.

Para o coordenador do programa de uso racional da água da Sabesp, José Maurício da Fonseca Maia, não há problemas em lavar um edredom em casa, porque a peça ocuparia a capacidade total da lavadora. "Se o consumidor for consciente, ele vai reusar a água do enxágue para lavar o quintal, por exemplo", diz.

Umidade do ar controla transmissão do vírus da gripe, diz estudo

Pesquisadores encontraram correlação com baixa na umidade absoluta.Aparentemente, condições atmosféricas favorecem partículas virais.

As ondas de gripe que se abatem mundo afora durante o inverno têm relação direta com o nível de umidade absoluta do ar, afirma uma nova pesquisa: quanto mais baixa, mais forte se torna a transmissão do vírus causador da doença. A conclusão é dos pesquisadores americanos Jeffrey Shaman, da Universidade do Estado do Oregon, e Melvin Kohn, do Departamento de Serviços de Saúde do Oregon, em artigo na revista científica "PNAS".

Micrografia mostra vírus causador da gripe


Antes do trabalho, os pesquisadores haviam tentado encontrar uma correlação entre o avanço do vírus da gripe e baixas na umidade relativa do ar (que se refere não à quantidade total de vapor d'água na atmosfera, mas sim ao nível de umidade dependente da temperatura do ar). O novo estudo mostra que o importante é realmente a umidade absoluta do ar, e que aparentemente as partículas do vírus conseguem sobreviver por mais tempo quando o tempo está frio e seco. Isso explicaria a facilidade de transmissão da doença nessas condições

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Devolução de cheques sem fundos

Ocorre quando uma pessoa emite um cheque sem fundos e este é devolvido duas vezes pelo Banco onde esta pessoa tem uma conta ativa. Neste caso, deve-se proceder da seguinte forma:

Procurar a agência do banco indicado como apresentante da ocorrência de cheque sem fundos;
Solicitar ao banco informações sobre o número, valor e data do cheque;
Verificar nos canhotos de cheques em seu poder para quem foi emitido o cheque. Procurar a pessoa ou a empresa para regularizar o débito e recuperar o cheque;
Em posse do cheque, preparar uma carta, conforme orientação do gerente da sua conta no banco. Junte à carta o original do cheque recuperado. Recolher no banco as taxas pela devolução do cheque e protocolar uma cópia dos documentos entregues ao banco. A carta deve ser entregue no banco em que a pessoa possui conta;
A regularização no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) é feita pelo Banco Central. O banco em que a pessoa mantém a conta-corrente envia ao Banco Central todos os documentos comprobatórios de que a situação foi regularizada;
A regularização de cheques sem fundos só ocorre após o Banco Central enviar o comando específico para a Serasa e o SPC, por meios magnéticos. O tempo de espera é de, no mínimo, 10 dias úteis.

Você sabia que a divida pode ser executada e cobrada até o prazo de 20 anos?

Após cinco anos, o nome do devedor que não honrou suas dívidas sai das listas de devedores em atraso, seja das que atendem o comércio, seja da lista de emitentes de cheques sem fundo. Do ponto de vista do crédito, a pessoa está novamente limpa na praça.


Porém, isso não significa que a dívida foi perdoada. O credor pode executar uma ação judicial contra o consumidor até 20 anos após o não pagamento da dívida. Nestes casos, dependendo da decisão do juiz, qualquer bem do consumidor pode ser penhorado para a quitação do débito, mesmo que este bem não esteja hipotecado ou alienado à entidade credora.

Saiba que exercícios gastam mais calorias

Natação:

12 calorias por minutoA natação, em suas várias modalidades, continua sendo considerado por muitos um dos exercícios mais completos.
Desenvolve a flexibilidade, agilidade, musculatura, capacidade aeróbia, entre outros aspectos. Por outro lado, a prática é desaconselhada para quem tem problemas no aparelho auditivo, devido ao contato constante com a água.

Neguinho da Beija-Flor encara o câncer e se prepara para a Sapucaí

Um dos símbolos da vaidade de Neguinho da Beija-Flor era não falar de sua idade. Agora, ele conta até com orgulho: "59". "Para quem ia morrer, por que esconder a idade? Estou no lucro. Acabei com essa vaidade."

Em julho do ano passado, após ter tido um forte sangramento e ter ouvido do médico que estava com câncer, o atual mais conhecido intérprete de sambas-enredo do país -posto que herdou de Jamelão (1913-2008)- foi para a mesa de cirurgia e dela saiu sem 40 cm de intestino, afetados pelo tumor.

Um dos símbolos do Carnaval carioca, o cantor e compositor Neguinho da Beija Flor, 59, encara câncer e se prepara para a festa.

Uma semana depois da operação, já dava entrevistas falando de sua doença. "O público sabe dos meus discos, dos meus shows, das minhas viagens, do carro que eu tenho...Tem que saber das coisas ruins que estou passando também. Eu cresci no meio do câncer; vi quantos amigos eu tenho em todo o Brasil e até no exterior", diz.

Passou a receber enxurradas de mensagens de apoio, muitas delas vinculadas a religiões diversas. "Aceito tudo", avisa, ecumênico. A doença o ajudou a mudar prioridades: "Minhas preocupações eram viagens, shows, conta bancária. Meu lado espiritual estava esquecido. Eu não sabia nem rezar. Mas a necessidade faz o sapo pular."

Além das orações, Neguinho enfrenta o câncer com duas sessões de quimioterapia por mês. Já fez seis, perdeu todos os pelos, e até 17 de maio fará mais seis. A sétima será na próxima quinta, dez dias antes de ir à avenida Marquês de Sapucaí para ser, pelo 35º ano consecutivo (com 11 títulos), a voz principal da Beija-Flor de Nilópolis.

A médica que aplica a quimioterapia não aceitou interromper as sessões às vésperas do Carnaval, como ele sonhava. Mas, mesmo angustiado pela "queimação" que sente no corpo em razão das aplicações, ele diz que cantará durante os 80 minutos de desfile. "E vai sobrar, você vai ver. Estou tomando vacinas que me fortalecem, vou tomar muita vitamina até o dia D e vou conseguir."

E seu coração será posto à prova antes do desfile. Ainda na concentração, um juiz de paz e um padre o casarão com Elaine Reis, sua companheira há quatro anos e com quem tem um de seus cinco filhos -além de quatro netos. E minutos antes de dar o grito "olha a Beija-Flor aí, gente! Chora, cavaco!", que inventou em 1978, será homenageado por todos os puxadores de samba do Grupo Especial.

"A Beija-Flor me proporcionou tudo. Sem ela, eu não conheceria o mundo", diz ele, que recebe do presidente de honra da agremiação, o bicheiro Aniz Abrahão David, o Anísio, sem ter um salário formal.

Luís Antonio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes -seu nome completo desde 2008- faz planos: lançará seu 31º disco e o 2º DVD, "Nos Braços da Comunidade". Quer completar 60 anos tendo vencido a doença. "Câncer não é uma pneumoniazinha. É vai ou fica."