domingo, 31 de outubro de 2010

Uso de cheques despenca em uma década, mas continua representativo
Para especialistas, hábito de pagamento é uma questão cultural.
Volume de cheques compensados caiu, mas valor das transações cresceu.
Fabíola Glenia
Do G1, em São Paulo

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(Foto: Editoria de Arte/G1)Há uma década, o uso de cheques no Brasil vem caindo gradualmente. Para se ter uma ideia, entre janeiro e agosto do ano 2000, foram compensados 1.755.490.439 cheques; em igual período de 2010, os cheques compensados totalizaram 747.539.896, segundo dados da Serasa Experian. Portanto, em uma década, houve uma redução de 57,4% na emissão de cheques.

Há quem acredite que a “morte” do cheque é uma questão de tempo. Mas especialistas ouvidos pelo G1 discordam desta teoria. “Não acreditamos que o cheque se extinga”, diz Walter Tadeu Pinto de Faria, diretor adjunto da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “Ainda é muito cedo falar em morte do cheque”, acredita Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian.

Muita gente deixou de usar cheque, mas muita gente entrou no mercado financeiro, tornou-se bancarizado, e passou a utilizar. Portanto, você tem estes dois movimentos"Walter Tadeu Pinto de Faria, diretor adjunto da FebrabanFaria, da Febraban, explica que a queda acentuada no volume de cheques ocorreu a partir da implantação do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP), em 2002. Naquele ano, o número de cheques compensados foi em torno de 2,4 bilhões. Em 2009, sete anos depois, o volume caiu praticamente à metade, com a compensação de 1,2 bilhão de cheques, aproximadamente.

“Muita gente deixou de usar cheque, mas muita gente entrou no mercado financeiro, tornou-se bancarizado, e passou a utilizar. Portanto, você tem estes dois movimentos”, diz Faria.

Para ele, as pessoas que estão entrando agora no mercado financeiro tendem a priorizar o uso do cheque por falta de familiaridade com os meios eletrônicos. Mas, na análise do executivo, a partir do momento que a pessoa passe a conhecer melhor as alternativas de pagamento – como as transferências de crédito e os cartões de débito e crédito – a tendência é que também migre para estas modalidades.

Almeida, da Serasa Experian, destaca que, embora o volume de cheques compensados venha caindo ano a ano, ainda é muito grande o volume de documentos compensados. “A gente tem mania de avaliar olhando os grandes centros urbanos. No interior, o volume [de cheques emitidos] é muito grande”, diz.

Para ele, as empresas também são responsáveis por um volume constante de compensação de cheques. “Vamos ter a pessoa jurídica usando cheque durante bastante tempo. Não é o cartão corporativo que vai pagar o fornecedor”, avalia.

O economista da Serasa Experian cita os dados do Banco Central, que apontam que 15,1% das transações feitas no país em 2009 foram com cheques; 28,3% com cartão de débito; 34% com cartão de crédito; e 22,6% por meio de transferência de crédito (que se faz pela internet e em caixas eletrônicos). Para ele, embora os cheques hoje correspondam praticamente à metade da utilização do cartão de crédito, ainda assim, é um volume representativo.

Cultura
José Antônio Praxedes Neto, presidente da TeleCheque, ressalta que o uso do cheque no Brasil tem uma característica bastante diferente do que ocorre no restante do mundo. “No Brasil, o cheque é usado como instrumento de crédito e não como meio de pagamento. Isso é uma diferença muito séria”. Segundo ele, 80% dos cheques emitidos no país são pré-datados.

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Inadimplência tem maior alta para setembro desde 2000, diz Serasa Cheques sem fundos têm menor nível em 5 anos, diz Serasa Transações bancárias pela internet cresceram 14,4%, diz Febraban Cresce a quantidade de cheques honrados no Brasil, informa TeleCheque O executivo concorda que o número de cheques emitidos vem caindo gradativamente, mas destaca que o valor movimentado por este meio de pagamento está aumentando. Segundo dados do Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo do Brasil, publicado pelo Banco Central, em 2005, o cheque movimentou R$ 2,2 trilhões; em 2009, este valor subiu para R$ 2,5 trilhões.

O estudo do BC aponta que, em 2009, a média de cheques emitidos por habitante foi de 6; em 2005, este número chegava a 10.

Para Praxedes Neto, enquanto houver tamanha concentração de renda e famílias com renda média de R$ 1.100, o cheque continuará servindo como mecanismo de crédito. “Quem dá crédito realmente para o consumidor é o varejista, é o lojista, é o próprio mercado”, defende.

Ele explica, ainda, que o cheque é a primeira opção quando se fala em compras de maior valor agregado, como uma geladeira, material de construção ou automóvel. No entanto, no caso das chamadas compras triviais, ou seja, um almoço, uma roupa, a tendência é que o uso do cartão aumente cada vez mais.

No Brasil, o cheque é usado como instrumento de crédito e não como meio de pagamento"José Antônio Praxedes Neto, presidente da TeleChequeCarlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian, diz que hábito de pagamento é uma questão cultural. “No Japão, o cheque não teve penetração, porque lá é a cultura do cartão. Nos Estados Unidos, tem bastante volume de cheques compensados. O americano paga suas contas de água, luz por cheque; coloca no envelope e manda para o banco. As universidades usam com seus alunos o cheque pré-datado”, cita.

Walter Tadeu Pinto de Faria, da Febraban, concorda. “É uma questão cultural. Muita gente compra pré-datado. No cartão, pode parcelar, mas prefere soltar dez cheques. Existe a cultura da utilização do papel”, diz.

O executivo admite que, embora os bancos coloquem o cheque à disposição de todos os clientes, as instituições financeiras preferem o uso dos meios eletrônicos. “É um custo menor para os bancos, mas também por segurança. Como [o cheque] é um meio físico, é mais factível de uma fraude.”

Inadimplência
Praxedes Neto, da TeleCheque, destaca que, embora a inadimplência do consumidor esteja subindo, a inadimplência no cheque está caindo. “Isso se deve ao aumento do uso de cartão na classe C.”

“Hoje, temos a inadimplência crescendo e a utilização do cheque caindo. Não é o cheque que pressiona a inadimplência”, diz Almeida, da Serasa Experian. Para ele, o consumidor endividado vai optar pelo uso do cartão de crédito, por exemplo, que oferece um prazo maior para pagamento, dá a possibilidade de fazer apenas o pagamento mínimo, de renegociar a dívida.

Mas Faria, da Febraban, lembra que o número de cheques sem fundo ainda é alto. “Se pegar o volume de cheques sem fundos, está na faixa de quase 5 milhões de cheques por mês. Em 2010, a média tem sido aproximadamente esta.”

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sempre vale a pena pagar para ver

A leitora Soraia envia a seguinte história, que pensa ter sido publicada no New York Times. Eu tenho minhas dúvidas, mas como sempre achei que vale a pena pagar para ver, resolvi transcrevê-la aqui.

Uma pessoa fez o seguinte anúncio no jornal The New York Times: Vendo Mercedes Benz, pouquíssimo uso, preto, turbo. Preço: “US$ 85,00”; tratar com Carolinne, Tel: xxxxxxxxx.

Os que leram o anúncio pensaram que, por um erro gráfico, ao invés de US$ 85.000,00 imprimiram apenas US$ 85,00. Outros acharam que era uma espécie de trote, e acabaram não telefonando.

Até que Joseph Smith, em sua ingenuidade, resolveu ligar para Carolinne e esta lhe confirmou o preço. Quis saber se era algum acessório, ou uma miniatura – e a mulher lhe informou que não, tratava-se do próprio automóvel.

Mais do que depressa Joseph correu para a casa de Carolinne com os US$ 85,00 e – para seu espanto – lá estava Mercedes, lindo e reluzente na garagem.

Depois de ter pago, e já com o recibo nas mãos, perguntou:

“Senhora, fechamos o negócio e o carro é meu, mas por que o vendeu tão barato?”

“Bem, meu marido faleceu recentemente. Em seu testamento, pediu que o automóvel fosse vendido, e o valor destinado a Anny, sua secretária. Como sempre desconfiei que era sua amante, eu, como inventariante, estou executando seu desejo, mas à minha maneira”.

sábado, 23 de outubro de 2010

REVISTA VENDAMAIS OUTUBRO DE 2010



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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Autorizada obra de duplicação da BR-060

As obras de duplicação da BR-060 e da construção do viaduto no cruzamento da rodovia com a Avenida Consolação, na Vila Adélia, foram autorizadas ontem à tarde pelo Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. A solenidade foi realizada no perímetro urbano da BR-060, na saída para Abadia de Goiás, próximo ao local onde será construído o viaduto.

O ministro Paulo Sérgio Passos assinou as ordens de serviço referentes às duas obras, que têm como objetivo melhorar o fluxo de veículos e eliminar os pontos críticos que existem na rodovia. A primeira ordem de serviço a ser assinada foi a da obra de duplicação e restauração do trecho de 17 quilômetros da rodovia, que vai de Goiânia (Avenida Pedro Ludovico) a Abadia de Goiás.

Serão gastos R$ 129,6 milhões nesta obra, que deverá beneficiar 400 mil moradores de 28 bairros região. Cinco viadutos serão construídos neste segmento da rodovia para que o acesso aos bairros seja realizado com mais segurança.

O viaduto no cruzamento da Avenida Pedro Ludovico, na BR-060, com a Avenida Consolação vai custar R$ 11,4 milhões. A obra começa no ano que vem.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

INADIMPLÊNCIA

Inadimplência deve se manter estável até o início de 2011, diz Serasa
Tendência é apontada pelo Indicador de Perspectiva da Inadimplência.
Pagamento do 13º salário também contribui para recuo.

Do G1, em São Paulo

imprimir O nível de inadimplência dos consumidores tende a se estabilizar, pelo menos, até o início de 2011, segundo levantamento da Serasa. A tendência é apontada pelo Indicador de Perspectiva da Inadimplência, que se manteve estável em 94,6 pontos em agosto. O índice antevê as oscilações da inadimplência num horizonte médio de seis meses.

De acordo com a Serasa, “eventuais elevações do nível de inadimplemento dos consumidores não seriam suficientes para reverter a atual trajetória de crescimento do crédito às pessoas físicas”.

A entidade lembra ainda que o pagamento do 13º salário, que ocorre a partir da segunda metade do 4º trimestre, também contribui para o recuo da inadimplência dos consumidores, pelo menos no curto prazo