terça-feira, 30 de agosto de 2011

CONSUMO DE CHOCOLATES

Estudo vincula consumo de chocolate a redução de 30% em doenças cardíacas


Análise de sete estudos anteriores sobre o assunto confirma benefício potencial mas é preciso mais estudos, dizem especialistas.


Chocolate tem propriedades antioxidantes (Foto: BBC)O consumo de chocolate em grandes quantidades pode estar associado a uma redução de um terço nos riscos de desenvolvimento de certas doenças cardíacas, segundo um estudo britânico.

O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, confirma resultados de investigações anteriores sobre o assunto que, de maneira geral, encontraram evidências de um possível vínculo entre o consumo de chocolate e a saúde do coração.

Os autores enfatizam, no entanto, que é preciso fazer mais testes para saber se o chocolate realmente causa essa redução ou se ela poderia ser explicada por algum outro fator.

A equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, apresentou seu trabalho no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, nesta segunda-feira, em Paris.

Investigação
Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).

Entretanto, ainda não está claro de que forma o chocolate afetaria o coração.

Em uma tentativa de esclarecer a questão, o pesquisador Oscar Franco e seus colegas da Universidade de Cambridge fizeram uma revisão em grande escala de sete estudos sobre o assunto envolvendo 100 mil pessoas, com e sem problemas no coração.

saiba mais

Chocolate pode reduzir risco de insuficiência cardíaca, diz estudo Os especialistas estavam particularmente interessados em avaliar os efeitos do consumo de chocolate sobre ataques cardíacos e acidentes vasculares.

Em cada estudo, a equipe comparou o grupo de participantes que comia a maior quantidade de chocolate ao resultado do grupo que comia a menor quantidade do alimento. Para evitar distorções, a equipe levou em conta diferenças de metodologia e qualidade dos estudos.

Cinco estudos encontraram uma associação positiva entre índices mais altos de consumo de chocolate e um menor risco de problemas cardiovasculares.

"Os índices mais altos de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% em doenças cardiovasculares e uma redução de 29% na incidência de derrames em comparação aos índices mais baixos (de consumo)", os autores escreveram.

Não foram encontradas evidências significativas de redução em casos de falência cardíaca.

Os estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite. Entre os alimentos consumidos pelos participantes estavam barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas contendo chocolate.

Segundo a equipe britânica, as conclusões do estudo precisam ser interpretadas com cautela, porque o chocolate vendido comercialmente é altamente calórico (contendo cerca de 500 calorias por cada cem gramas) e sua ingestão em grandes quantidades poderia resultar em ganho de peso, o que aumentaria os riscos de diabetes e doenças cardíacas.

Entretanto, os especialistas recomendam que, dados os benefícios do chocolate para a saúde, iniciativas para reduzir a quantidade de gordura e açúcar nos produtos deveriam ser exploradas.

domingo, 28 de agosto de 2011

O presente de insultos

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro – conhecido por sua total falta de escrúpulos – apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama.

Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos – ofendendo inclusive seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:

“Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”

“Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?”, perguntou o samurai.

“A quem tentou entregá-lo”, respondeu um dos discípulos.

“O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos”, disse o mestre. “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo”.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Amy Winehouse

Autópsia revela que não houve uso de drogas

Amy: exames só apontaram uso de álcool, mas nada ainda é conclusivo

Os testes toxicológicos realizados após a autópsia no corpo de Amy Winehouse não revelaram a presença de drogas ilegais. A informação é de um representante da família da cantora. Segundo a família, os exames detectaram a presença de álcool no corpo da cantora, mas ainda não explicaram se a bebida teve papel determinante em sua morte.

Amy foi encontrada morta em sua casa, em Londres, em 23 de julho. Os resultados iniciais da autópsia foram inconclusivos. Dias depois da morte de Winehouse, tabloides britânicos publicaram que a cantora tinha comprado cerca de R$ 3 mil em drogas na noite anterior. Já a família da cantora afirmou que ela teria morrido em decorrência de uma forte abstinência de álcool, alegando que ela tinha parado de beber três semanas antes de morrer.

O inquérito para determinar a causa da morte está previsto para terminar em outubro. No comunicado, a família agradeceu a polícia "pela continuidade nas investigações e por mantê-los informados durante todo o processo".

Meios de pagamento

Uso do cheque é cada vez menor


Em 2001, 46% dos pagamentos eram com cheques. Atualmente, esse porcentual não chega a 16%


O uso do cheque está caindo em desuso em Goiânia, como ocorre em quase todo o Brasil. Há uma década, o pagamento através desse meio vem diminuindo gradualmente. Para se ter uma ideia, no ano de 2001, o cheque liderava a forma de pagamento no comércio, com 46%.

Atualmente, não chega a 16% do total das transações comerciais, e deverá diminuir ainda mais, de acordo com os lojistas goianos.

É comum observar nos postos de gasolina, nas pequenas e grandes lojas espalhadas por toda a cidade avisos nas vitrines e junto aos caixas: "não aceitamos cheques", ou "não trabalhamos com cheques".

Dias contados

Na opinião do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, o uso do cheque está com os dias contados. Contudo, a assessoria econômica da Serasa Experian acredita que ainda é cedo para falar em fim do cheque.

Entre janeiro e julho de 2001, foram compensados 1,75 bilhão de cheques em todo o Brasil. No mesmo período do ano passado foram 652,57 milhões. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 589,68 milhões, segundo dados da Serasa Experian. Portanto, em um ano houve uma redução de 10,6% na emissão de cheques. Nos últimos 12 meses, a queda foi de mais de 170%.

Em Goiás, em julho de 2007, foram compensados 4,64 milhões de cheques, dos quais 102,1 mil foram devolvidos por falta de fundos. No mesmo período do ano passado, foram transacionados 3,41 milhões de cheques e 71,9 mil foram devolvidos. Em julho último, o número de cheques compensados caiu para 3,18 milhões, mas os devolvidos aumentaram para 78 mil.

Restrições

A diretoria da Flávios Calçados, uma rede de lojas em Goiânia e no interior do Estado, decidiu restringir o recebimento de cheques, seja para desconto à vista ou pré-datado, para evitar calotes. Atualmente, o recebimento de cheques no total das vendas não passa de 1%, segundo o gerente de Crédito e Cobrança da empresa, Genésio Franco Júnior. "Preferimos trabalhar com cartões, carnês da própria loja ou pagamento em dinheiro", disse.

Também, cansados de serem os maiores alvos dos "caloteiros" de cheques, os postos de combustíveis de todo o Estado pararam de trabalhar com cheques. "Aceitamos pagamentos com cheques apenas daqueles clientes fieis, antigos, muito conhecidos, e que já tem cadastro conosco", justifica o empresário Luiz Pucci, dono de uma rede de postos em Goiânia.

Ele informa que, apesar de terem cortado o recebimento de cheques para pagamento de combustíveis, as vendas não caíram. "Quem trabalha com cheque firme, que tem saldo na conta que sustenta a compensação, não se incomoda de usar cartões de crédito ou de débito ou mesmo pagar com dinheiro em espécie. O cheque é um meio de pagamento falido", afirma Luiz Pucci, que é diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Estado (Sindiposto).

Vulnerabilidade

José Evaristo observa que os comerciantes estão receosos de trabalhar com cheques devido a sua vulnerabilidade. Ele lembra que o calote era grande demais no comércio goiano. "As pessoas emitiam cheques e depois sustavam o pagamento, faziam pequenas rasuras para inviabilizá-lo, falsificavam assinaturas, além do recebimento de cheques roubados e clonados", reclama o presidente da Fecomércio-GO.

Ele lembra que, atualmente, até mesmo os bancos estão incentivando seus clientes a optarem pelo uso dos cartões de crédito ou de débito, que são mais seguros e têm custo operacional menor. De acordo com as empresas de recuperação de crédito, o principal vilão da inadimplência no Brasil é o cheque.

Esse meio de pagamento já caiu em desuso, há muitos anos, em vários países europeus e nos Estados Unidos. Nos países desenvolvidos, por exemplo, 99% dos pagamentos são feitos sem uso dos cheques. As transações são feitas por meios eletrônicos, e o principal deles é o cartão de crédito.

No Brasil, outros meios de pagamento já estão sendo usados, como os débitos em conta corrente por meio de cartão bancário. Ele é muito mais seguro do que o cheque convencional e mais confiável até do que o cartão de crédito, já que não existe a possibilidade de estar clonado, pois além do cartão o cliente precisa digitar uma senha

terça-feira, 23 de agosto de 2011

NÃO É ISTÓRIA DE PESCADOR...



Dupla pega peixe 'monstro' de 2,02 metros na Bélgica
Dupla fisgou o peixe em um canal em Sint-Lenaarts.
Eles levaram mais de nove horas para tirá-lo da água.


Os pescadores Seppe Kox, de 25 anos, e Tim Jansen, de 31, travaram uma batalha no sábado (20) para fisgar um peixe de 2,02 metros de comprimento em um canal em Sint-Lenaarts, na Bélgica. Eles levaram mais de nove horas para tirar o "monstro", que pesava entre 80 e 100 quilos, da água, segundo o jornal "Gazet van Antwerpen".

MEIOS DE PAGAMENTOS

Uso do cheque é cada vez menor


Em 2001, 46% dos pagamentos eram com cheques. Atualmente, esse porcentual não chega a 16%

O uso do cheque está caindo em desuso em Goiânia, como ocorre em quase todo o Brasil. Há uma década, o pagamento através desse meio vem diminuindo gradualmente. Para se ter uma ideia, no ano de 2001, o cheque liderava a forma de pagamento no comércio, com 46%.

Atualmente, não chega a 16% do total das transações comerciais, e deverá diminuir ainda mais, de acordo com os lojistas goianos.

É comum observar nos postos de gasolina, nas pequenas e grandes lojas espalhadas por toda a cidade avisos nas vitrines e junto aos caixas: "não aceitamos cheques", ou "não trabalhamos com cheques".

Dias contados

Na opinião do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, o uso do cheque está com os dias contados. Contudo, a assessoria econômica da Serasa Experian acredita que ainda é cedo para falar em fim do cheque.

Entre janeiro e julho de 2001, foram compensados 1,75 bilhão de cheques em todo o Brasil. No mesmo período do ano passado foram 652,57 milhões. Nos primeiros sete meses deste ano, foram 589,68 milhões, segundo dados da Serasa Experian. Portanto, em um ano houve uma redução de 10,6% na emissão de cheques. Nos últimos 12 meses, a queda foi de mais de 170%.

Em Goiás, em julho de 2007, foram compensados 4,64 milhões de cheques, dos quais 102,1 mil foram devolvidos por falta de fundos. No mesmo período do ano passado, foram transacionados 3,41 milhões de cheques e 71,9 mil foram devolvidos. Em julho último, o número de cheques compensados caiu para 3,18 milhões, mas os devolvidos aumentaram para 78 mil.

Restrições

A diretoria da Flávios Calçados, uma rede de lojas em Goiânia e no interior do Estado, decidiu restringir o recebimento de cheques, seja para desconto à vista ou pré-datado, para evitar calotes. Atualmente, o recebimento de cheques no total das vendas não passa de 1%, segundo o gerente de Crédito e Cobrança da empresa, Genésio Franco Júnior. "Preferimos trabalhar com cartões, carnês da própria loja ou pagamento em dinheiro", disse.

Também, cansados de serem os maiores alvos dos "caloteiros" de cheques, os postos de combustíveis de todo o Estado pararam de trabalhar com cheques. "Aceitamos pagamentos com cheques apenas daqueles clientes fieis, antigos, muito conhecidos, e que já tem cadastro conosco", justifica o empresário Luiz Pucci, dono de uma rede de postos em Goiânia.

Ele informa que, apesar de terem cortado o recebimento de cheques para pagamento de combustíveis, as vendas não caíram. "Quem trabalha com cheque firme, que tem saldo na conta que sustenta a compensação, não se incomoda de usar cartões de crédito ou de débito ou mesmo pagar com dinheiro em espécie. O cheque é um meio de pagamento falido", afirma Luiz Pucci, que é diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Estado (Sindiposto).

Vulnerabilidade

José Evaristo observa que os comerciantes estão receosos de trabalhar com cheques devido a sua vulnerabilidade. Ele lembra que o calote era grande demais no comércio goiano. "As pessoas emitiam cheques e depois sustavam o pagamento, faziam pequenas rasuras para inviabilizá-lo, falsificavam assinaturas, além do recebimento de cheques roubados e clonados", reclama o presidente da Fecomércio-GO.

Ele lembra que, atualmente, até mesmo os bancos estão incentivando seus clientes a optarem pelo uso dos cartões de crédito ou de débito, que são mais seguros e têm custo operacional menor. De acordo com as empresas de recuperação de crédito, o principal vilão da inadimplência no Brasil é o cheque.

Esse meio de pagamento já caiu em desuso, há muitos anos, em vários países europeus e nos Estados Unidos. Nos países desenvolvidos, por exemplo, 99% dos pagamentos são feitos sem uso dos cheques. As transações são feitas por meios eletrônicos, e o principal deles é o cartão de crédito.

No Brasil, outros meios de pagamento já estão sendo usados, como os débitos em conta corrente por meio de cartão bancário. Ele é muito mais seguro do que o cheque convencional e mais confiável até do que o cartão de crédito, já que não existe a possibilidade de estar clonado, pois além do cartão o cliente precisa digitar uma senha

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

REVISTA VENDA MAIS DE AGOSTO DE 2011



Revista VendaMais, a mais completa revista de vendas do Brasil.

www.vendamais.com.br

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O consumo que assusta

Não faltam estudos para deixar com os cabelos de pé (os que os têm) quem se preocupa com o futuro da espécie humana neste planeta. Num deles, "Marine Ecology Progress Series", da Universidade do Havaí, Camilo Mora afirma que, com o ritmo atual do consumo de recursos no mundo, chegaremos a 2050 com uma população acima de 9 bilhões de pessoas, que precisará, para abastecê-la, de 27 planetas como a Terra.


Quem olhar uma publicação recente da revista National Geographic (maio de 2011) talvez encontre ali reforço para a tese, ao saber qual foi o número de animais mortos em um único ano (2009) para serem transformados em alimentos: 52 bilhões de frangos, 2,6 bilhões de patos, 1,3 bilhão de porcos, 1,1 bilhão de coelhos, 633 milhões de perus, 518 milhões de ovelhas, 398 milhões de cabras, 293 milhões de bois, 24 milhões de búfalos asiáticos e 1,7 milhão de camelos.

Thomas Lovejoy, o respeitadíssimo biólogo norte-americano, acha que já estamos consumindo 50% de recursos além do que o planeta pode repor ( Ideia Sustentável , março de 2011). Outros estudos, inclusive da ONU, falam em "mais de 30%". Estes afirmam que a disponibilidade média de área e recursos para atender às necessidades de uma pessoa estaria em 1,8 hectare; mas o uso tem estado em 2,7 hectares (no Brasil, 2,1; nos Estados Unidos, 10 hectares; no Haiti, menos de um hectare). O uso excessivo leva à aridificação e desertificação de terras, problemas com água, exaustão de certos recursos.

Na conferência de Nagoya, no ano passado, estabeleceu-se como meta chegar a 17% das terras e 10% dos oceanos em áreas protegidas - o que parece pouco provável, já que as metas para 2010, menores, não foram cumpridas, embora haja 100 mil áreas protegidas, com 17 milhões de quilômetros quadrados de terras (o dobro do território brasileiro) e 2 milhões de quilômetros quadrados de áreas oceânicas. Mesmo nessas áreas, entretanto, há desgastes fortes na biodiversidade, por causa de impactos climáticos e contaminação.

Mas o problema não está só na área da biodiversidade. Segundo a publicação BrasilPnuma (junho/julho de 2011), também chegaremos a 2050 consumindo 140 milhões de toneladas anuais de minérios, combustíveis fósseis e biomassa, três vezes mais do que hoje - o que envolve outros riscos de esgotamento. Mesmo hoje já nos aproximamos do limite de muitos minérios fundamentais para tecnologias de uso intensivo, como computadores, celulares e outras. Nos países industrializados, o consumo médio anual por habitante nessa área dos minérios é de 16 toneladas (40 em alguns); em 2000, era de 8 a 10 toneladas; em 1900, de 4 a 5.

Na área dos alimentos, o problema não é diferente. Diz a ONU (AP, 27/10/10) que também a biodiversidade em matéria de alimentos está ameaçada. Em 100 anos, 75% das espécies de plantas alimentares já desapareceram; até 2050, mais 22% podem ter o mesmo destino, inclusive variedades de batata, feijão e nozes - e neste caso o clima é uma das questões centrais. Por isso mesmo, a Embrapa tenta produzir variedades de culturas resistentes ao calor, como soja, feijão e milho, pois as variedades atuais já estão sendo afetadas pelo aumento da temperatura, especialmente no Centro-Oeste. E convém não esquecer que o café, que dominou a economia agrícola de São Paulo e Norte do Paraná durante mais de um século, teve de migrar para regiões mais altas, principalmente em Minas Gerais, por causa do aumento de mais de um grau na temperatura (que leva a flor do cafeeiro a cair prematuramente, com redução da produtividade).

É em meio a esse panorama que chegam as notícias de que mais uma vez o desmatamento na Amazônia voltou a crescer, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - mais 28% no mês de julho, comparado com o mesmo período do ano passado, e mais 35% comparando 11 meses de 2010/11 com igual período anterior. Certamente o total de um ano ficará acima de 7 mil quilômetros quadrados, embora o governo federal tenha até criado uma força especial para conter o abate de árvores. É grave, até mesmo porque a floresta absorve um terço das emissões de dióxido de carbono, cerca de 2,4 bilhões de toneladas anuais ( Science/France Presse , 17/7/11). E seu papel é decisivo no Brasil, onde mudanças no uso do solo, desmatamentos e queimadas respondem por quase 60% do total das emissões brasileiras que afetam o clima.

Mas fora do Brasil os sinais também não são animadores. Já se sabe que a próxima reunião da Convenção do Clima, na África do Sul, No fim do ano, não levará a nenhum acordo global. Da mesma forma que o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e permite a países industrializados e suas empresas financiar projetos que levem a reduções de emissões em outros países e contabilizar as reduções em seus balanços. As lógicas financeiras continuam a prevalecer, agora ainda mais, no meio da gigantesca crise financeira mundial.

Mas o futuro está em jogo. Não há como escapar às graves questões planetárias que assustam a ciência.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Comportamento

Salário não é tudo na vida de um profissional


Pesquisa aponta que o bom relacionamento no trabalho e o reconhecimento motivam mais os profissionais.



O que é mais importante na avaliação de um bom emprego? Se essa pergunta for feita diretamente a vários profissionais, provavelmente o salário vai aparecer como a principal resposta da maioria deles. Mas quando se amplia a análise para saber quais os fatores que mais os motivam na carreira, é possível perceber que outros itens, como clima organizacional agradável, bom relacionamento com colegas e reconhecimento dos chefes somam mais pontos do que apenas uma alta remuneração.

A Catho Online teve essa confirmação ao entrevistar mais de 46 mil pessoas. A Pesquisa Executivos 2011 foi realizada em abril e parcialmente divulgada este mês (veja quadro) . O gerente-executivo da Grow RH (antiga Catho Goiás), Garibaldi Teixeira, explica que o fato de o mercado de trabalho estar aquecido pode ter contribuído para essa mudança de parâmetro.

Diante da grande oferta de vagas de emprego e a falta de profissionais capacitados, os salários estão supervalorizados. Com isso, é possível que os candidatos sejam mais exigentes quanto a critérios mais subjetivos, como a forma com que consegue se relacionar dentro da empresa.

Além disso, a mudança na estrutura das próprias corporações permite que o empregado selecione o ambiente de trabalho a partir de itens comportamentais. "Há dez anos, uma empresa que oferecia bons salários e benefícios podia escolher o candidato 'estrela', o talento, porque poucas empresas tinham esse perfil. Hoje, quase todas as organizações oferecem os mesmos benefícios que antes era privilégio de poucas. Esse já não é o critério principal para quem busca emprego", frisa Garibaldi.

A psicóloga e consultora de carreira do Grupo Empreza, Sayonara de Castro Brotherhood, ressalta que, nos níveis mais operacionais, os candidatos ainda se influenciam pela certeza do pagamento de uma remuneração fixa e benefícios em data certa. "Isso representa uma segurança para eles."

Ela discorda da pesquisa no que se refere à menor importância dada ao dinheiro entre os profissionais. "O executivo tem um perfil ambicioso por natureza", acrescenta.

Garibaldi lembra que os interesses e motivações profissionais também têm mudado em função da forma como as novas gerações absorvem as tecnologias e encaram as prioridades no trabalho. A chamada geração Y, ou da internet, prezam menos a estabilidade, em detrimento de salários melhores e, sobretudo, de atividades que lhe dêem prazer.

Comportamento

Como o trabalho é um local contínuo de relacionamento, é fundamental manter um bom nível de contato com colegas, chefes e subordinados. Saber ouvir, opinar quando necessário e evitar fomentar fofocas são atitudes que contribuem para um clima organizacional satisfatório.

"Manter um bom relacionamento na empresa não significa ser bonzinho o tempo todo ou ser aquela pessoa que aceita tudo. É manter uma relação justa, coerente com sua missão e saber trafegar bem em todos os níveis de hierarquia, seja entre seus pares, superiores ou subordinados", explica Sayonara