quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mitsubishi vai dobrar produção em Catalão

Nos próximos quatro anos, novos modelos serão lançados, inclusive um tipo sedã, e também a será instalada uma fábrica de motores

A Mitsubishi Motors do Brasil vai dobrar a capacidade de produção de veículos da unidade de Catalão, nos próximos quatro anos, com lançamentos de novos modelos, inclusive um tipo sedã, e a instalação de uma fábrica de motores, nacionalizando em 90% suas peças e componentes. Para isso, será investido R$ 1 bilhão e gerados mais 2,2 mil empregos diretos.


O anúncio foi feito ontem em Goiânia, com exclusividade ao POPULAR, pelo presidente da empresa, Robert Macedo Soares Rittscher. O executivo veio a Goiânia assinar com o governador Marconi Perillo, no Palácio das Esmeraldas, um termo aditivo de contrato, garantindo o investimento de R$ 1 bilhão em Catalão.


Ele antecipou que esses recursos serão aplicados no Programa Anhanguera 2, que consiste em aumentar a produção de veículos de 46 mil para 100 mil unidades ano, no lançamento de novos veículos, dentre eles o crossover ASX, que começa a ser produzido a partir do primeiro semestre de 2012, e do sedã Lancer, em 2014. Dentro desse programa a Mitsubishi Motors começou a fabricar este mês o Pajero Dakar, em Catalão.


A partir de 2013, a unidade de Catalão passará a fabricar motores para atender as necessidades da própria montadora. Em 2010, as vendas da Mitsubishi Motors do Brasil cresceram 25%, com cerca de 46 mil veículos e participação de 1,3% no mercado. Com os investimentos anunciados, a marca pretende aumentar sua participação no mercado nacional de 1,4% para 2%, em quatro anos. Para 2011, a previsão de crescimento é de 10% a 15%.


Robert Rittscher disse que com a ampliação da fábrica de Catalão haverá necessidade, também, de aumentar a cadeia de fornecedores. Atualmente, estão instaladas sete empresas satélites, que trabalham exclusivamente para atender as necessidades da Mitsubishi.


A previsão é que outras 14 empresas também venham a se instalar no município para atender as necessidades das outras empresasautomobilísticas do Estado, como a Cao-Hyundai, localizada em Anápolis, e a Suzuki, que na próxima semana vai confirmar sua instalação no município de Itumbiara, com investimentos de R$ 104 milhões.


Segundo o executivo, com a fábrica de motores e a chegada de novos fornecedores em Catalão, a Mitsubishi vai aumentar de 70% para 90% a nacionalização de seus veículos produzidos no Brasil.


Efeitos
Ele admitiu que a montadora já enfrenta problemas com a importação de algumas peças e componentes do Japão, porque as fábricas japonesas ainda sofrem com os efeitos do terremoto, seguido de tsunami, ocorridos no mês passado. "Nossa produção de veículos ainda não foi afetada com a falta de peças, mas temos feito ginástica na logística", admitiu.


O secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, disse que já negocia a vinda dessas empresas satélites para Goiás. Os investimentos serão da ordem de R$ 300 milhões. "O polo automobilístico goiano é uma realidade e estará consolidado com a ampliação da Mitsubishi e com a chegada da Suzuki, bem como das empresas satélites", disse.


Conquistas
O governador Marconi Perillo disse que, nos próximos quatro anos, a palavra-chave em Goiás será "desenvolvimento". "Vamos alcançar um estágio avançado de desenvolvimento, nunca visto no Estado. O primeiro passo é o anúncio de investimento de R$ 1 bilhão da Mitsubishi", disse.


O prefeito de Catalão, Velomar Rios, contou que 51% da arrecadação de impostos do município vem da produção da Mitsubishi. Nos próximos quatro anos, com a ampliação da fábrica, segundo ele, esse porcentual vai passar para 70%.


Montadora foi a 1ª na Região Centro-Oeste
A Mitsubishi Motors do Brasil foi a primeira montadora de veículos a se instalar no Centro-Oeste, precisamente no município de Catalão, há 13 anos.


Nesse período, a empresa já investiu cerca de R$ 1 bilhão, e agora anuncia mais R$ 1 bilhão, para os próximos quatro anos.


Atualmente, a empresa produz em Catalão os modelos L200 Outdoor, L200 Triton, Pajero TR4 e Pajeto Dakar. Os modelos importados do Japão são Pajero Full, Outlander, ASX e Lancer Evolution X. Conta também com um centro de distribuição de peças e motores em Catalão.


A Mitsubishi já produziu mais de 160 mil veículos no Brasil. A fábrica da Mitsubishi de Catalão não pertence à marca japonesa. Ela é licenciada e de propriedade do grupo MMC Automotores do Brasil, dirigido pelo empresário Eduardo de Souza Ramos.


Suzuki
Além da Mitsubishi, em Catalão, Goiás conta com outra montadora de veículos, a Caoa-Hyundai, em Anápolis. Na próxima semana, a Suzuki Veículos do Brasil vai anunciar a instalação de sua montadora em Itumbiara, com investimentos da ordem de R$ 104 milhões, no primeiro ano, para produzir o jipe Jimny, um off-road compacto 4x4.(Sônia Ferreira)▩

quarta-feira, 27 de abril de 2011

BC facilita compensação de cheques

Medida entrará em vigor no dia 20 de maio e o prazo de compensação ficará limitado para 48 horas

Brasília-

O Banco Central (BC) aprovou uma norma que vai facilitar a compensação de cheques emitidos em outras praças pelos clientes dos bancos. A compensação de cheques consiste no "acerto de contas entre os bancos".


De acordo com a circular 3.532, publicada ontem no Diário Oficial da União, as instituições financeiras que receberem cheques de clientes de outras praças não precisarão mais mandar o documento físico para que a compensação do documento seja efetuada.


Para que o saque na conta do emissor do cheque seja feito e o crédito do depositante seja confirmado, bastará que o banco que recebeu o cheque envie cópia digital do documento para a instituição do cliente que emitiu o cheque.


Com isso, o prazo de compensação que, às vezes levava vários dias para ocorrer, ficará limitado a apenas 48 horas, reduzindo custos para os bancos, que poderão repassar aos clientes, bem como riscos nas transações com cheques.


A medida entrará em vigor a partir do dia 20 de maio, segundo o Banco Central

terça-feira, 19 de abril de 2011

Mataboi retoma abates em Goiás e Minas Gerais

Dívida total do Grupo é de R$ 400 milhões, dos quais R$ 90 milhões com pecuaristas. Unidade no estado está localizada em Santa Fé de Goiás

O frigorífico Mataboi, em recuperação judicial desde o início do mês, informou, por meio de comunicado, ter retomado os abates e a produção de carne bovina nas unidades de Santa Fé de Goiás e Araguari (MG). "Voltamos a abastecer os clientes dos mercados interno e externo com nossos produtos", diz na nota o diretor administrativo e de marketing, Rubens Vicente.


O frigorífico afirma ter recebido o "apoio de fornecedores e pecuaristas". A empresa ainda ressaltou que em seu portal (www.mataboi.com.br) há um espaço com informações sobre o processo de recuperação judicial, com detalhes do diferimento, designação do administrador e lista de credores.


O Mataboi foi fundado em 1949 e é um dos frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para a União Europeia. Segundo dados disponíveis no site, a empresa passou por uma intensa fase de aquisições, que incluiu a incorporação de uma planta frigorífica em Rondonópolis (MT), com capacidade de abate de 750 animais/dia, em 2007. No ano seguinte, incorporou uma planta em Araçatuba (SP).

Em 2009 e 2010, colocou em operação as plantas de Santa Fé de Goiás e Três Lagoas (MS). A capacidade total de abate é de cerca de 4,1 mil animais por dia. Com a crise, todos os funcionários das unidades de Três Lagoas (MS) e Rondonópolis (MT) foram demitidos, totalizando cerca de 800 pessoas dispensadas.


No último dia 14, houve uma reunião dos dirigentes do frigorífico com pecuaristas credores e representantes das associações de criadores de diferentes Estados. A dívida total do Grupo Mataboi é de R$ 400 milhões, dos quais R$ 90 milhões com os pecuaristas de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

sábado, 16 de abril de 2011

Pré-datado é usado para driblar IOF

Em queda desde a ascensão do cartão de crédito há duas décadas, o cheque pré-datado voltou a ser mais usado no comércio. Para fugir das restrições de crédito impostas pelo governo, o consumidor vem usando cada vez mais essa modalidade de ordem de pagamento a fim de escapar dos altos juros embutidos em parcelamentos de longos prazo, segundo dados da empresa especializada em concessão de crédito TeleCheques.


Os voadores, como são chamados, emitidos no primeiro trimestre desse ano no País, na comparação com o último trimestre de 2010, saltaram de 76% para 78% do total de emissão. Os dados de Goiás, segundo a TeleCheques, ainda não foram compilados neste mesmo parâmetro, mas o destaque do Estado é evidente com os dados levantados pela empresa apenas neste ano. Goiás se manteve no primeiro trimestre na quarta colocação entre os que mais utilizaram esta forma de pagamento, com 85,22% de emissão de pré-datados, contra 14,78% à vista - atrás de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. No último mês, um novo avanço.


O uso do pré-datado nas compras com cheques em Goiás aumentou 1,63 ponto porcentual, comparado com março do ano passado. Segundo o vice-presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes Neto, a previsão é de que haja um crescimento moderado na utilização dessa forma de pagamento durante todo o ano de 2011.


"O pré-datado é um dos principais instrumentos de crédito no País, sofrendo influência direta das medidas adotadas pelo Banco Central visando a contenção de consumo, como o aumento da Selic e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)", afirma.


Medidas
O governo federal vem aplicando medidas macroprudencias para conter o consumo e, por tabela, a inflação, desde dezembro do ano passado. Essas ações fazem os juros para financiamentos longos ficarem mais altos e, com isso, crediários e parcelamentos longos perderem a vantagem para o consumidor.


"O que verificamos é que o uso de pré-datados pretende anular a alta dos juros", afirma Praxedes. Nesse ano, o crédito do pré-datado pode atingir R$ 53 bilhões, calcula o vice-presidente. O pré-datado, segundo ele, responde por 15% do volume de crédito livre destinado a consumidores e empresas no País e é uma alternativa de crédito com custo financeiro bem mais acessível que as linhas das financeiras. Problemas
A comodidade de fazer compras com cartões ainda encontra resistência entre os que preferem usar o cheque. Alguns comerciantes até estimulam clientes a usarem o cheque, oferecendo parcelamento com pré-datados para evitar as taxas de administradoras de cartões, que cobram até R$ 5,00 por transação.


O consumidor, porém, precisa de tomar cuidado ao usar esse sistema de pagamento para não ter aborrecimentos. Pela Súmula 370, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de fevereiro de 2009, o cheque não pode ser apresentado ao banco antes da data acertada entre consumidor e fornecedor. Mas isso nem sempre é cumprido pelo varejo. A data estabelecida ainda é desrespeitada com frequência. Na Superintendência de Defesa do Consumidor de Goiás (Procon), apenas nos últimos cinco anos foram 816 reclamações de cheques pré-datados que acabaram sendo devolvidos.


A professora Maísa dos Santos, de 30 anos, teve uma dor de cabeça arrastada por mais de três meses por conta de um cheque pré-datado oferecido a uma farmácia no interior. Ela pagou uma conta de R$ 500,00 no dia 19, com compensação determinada para o dia 1° do mês seguinte. Mas o estabelecimento comercial decidiu passar o cheque à frente no dia 23. Naturalmente, voltou. "Tive de ir atrás do cheque, que já tinha sido repassado a terceiros. Só depois consegui recuperá-lo e pagá-lo", afirma a professora.


O caso de Maísa, segundo o STJ, cabe indenização por dano moral e financeiro, mesmo que o cheque tenha sido pago. A súmula ratificou que o cheque pré-datado é uma forma de financiamento, em que a data prevista para a quitação da parcela deve ser respeitada. Para lojistas, cartão de crédito é o preferido Embora a pesquisa da TeleCheques revele aumento no uso de cheques pré-datados, no comércio a percepção é outra.


A Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio) e a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Goiânia contestam o crescimento dos pré-datados e dizem que o uso e aceitação de cheques voadores está em queda e se tornou quase que imperceptível no faturamento do varejo. O presidente da CDL, Romão Tavares da Rocha, diz que o uso do cartão de crédito, para financiamentos longos, se tornou a vedete dos consumidores que desejam fugir dos juros embutidos em prazos esticados. Segundo ele, o desuso do pré-datado é acentuado.


"O cheque perdeu sua credibilidade há muitos anos e o cartão não para de crescer no faturamento das lojas de Goiânia", diz. José Evaristo diz que, pela própria segurança do comércio e do consumidor, o uso de pré-datado para pagamentos caiu na velocidade da luz. Apesar das altas taxas pagas pelo varejo pelo cartão de crédito, a modalidade ainda é a que oferece as maiores garantias a todos os envolvidos. "Por confiança, o cartão é a melhor forma de realizar pagamentos longos com redução de juros. Até os bancos analisam dessa forma", destaca o presidente.


(RC) Juros de empréstimos sobem São Paulo- As taxas médias de juros para empréstimo pessoal subiram em abril em quatro dos sete bancos avaliados pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), enquanto as taxas de cheque especial subiram em três. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada ontem pela entidade.


A taxa média de juros do empréstimo pessoal subiu de 5,42% ao mês em março para 5,49% ao mês em abril (alta de 0,07 ponto porcentual) Com o avanço, a taxa alcançou o maior nível desde junho de 2009, quando registrava 5,52% ao mês. De acordo com a pesquisa, foram verificadas altas nas taxas de empréstimo pessoal do Banco do Brasil (de 5,28% para 5,48% ao mês), da Caixa Econômica Federal (de 4,78% para 4,95% ao mês), do Itaú (de 6,30% para 6,38% ao mês) e do Bradesco (de 6,04% para 6,08% ao mês).


Os demais bancos não mudaram suas taxas de empréstimo pessoal. A pesquisa também mostra que, no período analisado, a menor taxa foi verificada no HSBC (4,5% ao mês), enquanto a maior taxa foi a do Itaú (6,38% ao mês). Já a taxa média de juros do cheque especial passou de 9,31% ao mês em março para 9,35% ao mês em abril (alta de 0,04 ponto porcentual).


Esta é a maior taxa desde junho de 2003, quando o valor era de 9,43%, segundo o levantamento. Dos sete bancos analisados, houve aumento na taxas do cheque especial do Banco do Brasil (de 8,15% para 8,27% ao mês), do Itaú (de 8,85% para 8,96% ao mês) e do Bradesco (de 8,79% para 8,83% ao mês). Os demais bancos não mudaram.(AE)▩

terça-feira, 5 de abril de 2011

As coisas que aprendi na vida


“Eis algumas das coisas que aprendi na vida”:


Que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isto.


Que levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la.


Que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam.


Que as circunstâncias e o ambiente têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.


Que ou você controla seus atos, ou eles o controlarão. Aprendi que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.


Que paciência requer muita prática. Que existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.


Que algumas vezes a pessoa que você pensa que vai lhe dar o golpe mortal quando você cai, é uma das poucas que lhe ajudam a levantar-se.


Que só porque uma pessoa não o ama como você quer, não significa que ela não o ame com tudo o que pode.


Que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens: seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.


Que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Na maioria das vezes você tem que perdoar a si mesmo.

Que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido; “o mundo não pára, esperando que você o conserte”. (encontrado na Internet

Lojas Renner compra Camicado por R$ 165 mi

A Lojas Renner divulgou na noite de ontem que assinou contrato para a compra da cadeia de lojas Camicado, que atua no no segmento de casa e decoração em sete Estados, entre eles Goiás. O preço de aquisição é de R$ 165 milhões. A efetivação da compra ainda depende de aprovação em assembleia de acionistas, que será realizada no dia 4 de maio.

Segundo informou a Renner, o mercado de casa e decoração tem um potencial de consumo de R$ 15,7 bilhões. "O aumento da renda da classe média brasileira e o crescimento da construção civil, que tem um deficit de 7,2 milhões de moradias, impulsionam o setor de casa e decoração, criando um cenário atrativo para voltarmos a atuar num segmento cujo expertise está impresso na história da Renner", disse, em nota, o diretor presidente da Lojas Renner, José Galló.

A estratégia da rede é manter a independência jurídica da Camicado, com gestão operacional em separado, mas usando sua estrutura de áreas de apoio. A intenção é otimizar a complementaridade dos negócios, que estão focados no mesmo público-alvo: mulheres na faixa de consumo média e média alta", informou a empresa. A Renner aposta que seu cartão poderá ser um "importante alavancador" de vendas da Camicado. ▩

sábado, 2 de abril de 2011

Uma escada para a luz


É uma opinião comum entre os peregrinos de Compostela: tudo pode nos ajudar no caminho espiritual.


Tanto faz juntar conchas numa praia, pintar, conversar com os outros, ouvir música – até mesmo realizar um trabalho aborrecido.


O que importa não é o que fazemos, mas que tipo de energia colocamos em nossa tarefa. Se estamos apenas gastando nosso tempo, jamais seremos recompensados por isto – exceto por alguns trocados que recebemos.


Se, entretanto, focalizamos a mente no centro de nós mesmos, rezando em silêncio enquanto executamos algo repetitivo, esta tarefa aborrecida termina sendo uma escada para a luz.


Só quando nos entregamos as nossas tarefas, é que descobrimos o verdadeiro significado do que fazemos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Anglo American entrega primeira produção de níquel de Barro Alto

A Anglo American anunciou ontem a entrega da primeira produção de metal dentro de seu projeto de níquel no município de Barro Alto, no qual foi investido US$ 1,9 bilhão.


É o primeiro dos quatro grandes projetos de crescimento estratégico da empresa a ter suas operações iniciadas e um dos maiores responsáveis pelo aumento de 50% no crescimento da Anglo American até 2015. A empresa informa que alcançou sua primeira produção de metal no primeiro trimestre de 2011, como era planejado.


"Essa nova unidade de níquel atingirá capacidade total de produção no segundo semestre de 2012 e produzirá uma média de 41 mil toneladas anuais de níquel ao longo de seus cinco anos de produção máxima, utilizando nossa tecnologia de baixo risco", afirma Walter De Simoni, presidente da Anglo American/Níquel.


De acordo com Cynthia Carroll, presidente do Grupo Anglo American, a entrega do primeiro metal de Barro Alto é um importante marco no desenvolvimento de projetos de excelência da empresa e conduzirá a companhia a um aumento de 50% no volume de crescimento até 2015.


Segundo ela, Barro Alto mais que dobrará a produção no negócio níquel, além de ter longa vida, com extensa base de recursos e uma relação altamente competitiva na parte mais baixa da curva de custo. A Anglo American é uma das maiores companhias de mineração do mundo, com sede no Reino Unido. A empresa garante que tem potencial para ampliar sua produção de níquel em 66 mil toneladas ao ano, com possibilidade de crescimento ainda maior, por conta dos projetos ainda em fase de aprovação no Brasil, Jacaré e Morro Sem Boné, alavancando a experiência da companhia em níquel laterítico.


"O desempenho de segurança do projeto de Barro Alto também tem sido especialmente forte e foi reconhecido como a mina mais segura do Brasil, com mais de 13 milhões de homens-hora trabalhadas sem acidentes com afastamento até setembro de 2010", disse a presidente do Grupo Anglo American.


Para o geólogo Luiz Fernando Magalhães, da CPRM-Serviço Geológico do Brasil, a mina de Barro Alto garante o posicionamento de Goiás como primeiro produtor de níquel do Brasil, que também se posiciona como um dos grandes produtores mundiais do metal. Ele lembra que o Pará também iniciará a produção de grandes jazidas na região de Carajás. "Esse projeto foi o maior investimento privado já anunciado em Goiás. É uma jazida de porte mundial", destaca o geólogo.


Luiz Fernando prevê que o projeto, que criou 700 novos postos de trabalho na região de Barro Alto, resultará num significativo incremento de renda e divisas para o município e para o Estado, diante do alto valor do níquel no mercado internacional. "Barro Alto se tornará um dos municípios de maior renda de Goiás.


O projeto também vai impulsionar a indústria de serviços", prevê o geólogo. A expectativa, segundo ele, é que essa realidade da produção já vivida em Barro Alto se torne a mesma da região dos municípios de Iporá, Santa Fé e Jussara, no Oeste Goiano, que também contém grandes jazidas de níquel.


"É uma das grandes esperanças de renda para essa região", ressalta Luiz Fernando. Sustentabilidade
De acordo com a Anglo American, o projeto Barro Alto está comprometido com a sustentabilidade socioambiental.


A empresa criou parcerias com a comunidade de Barro Alto para reduzir o impacto de suas operações na cidade, implementando programas de desenvolvimento cultural e de pequenos negócios.


Barro Alto também deu ênfase à redução do consumo de água, criando um circuito fechado que limita as perdas de evaporação a 5%, reutilizando água da chuva. Mais de US$ 12 milhões foram investidos em iniciativas de preservação ambiental. ▩