sexta-feira, 31 de julho de 2009

NUNCA DESISTA

Aproveite as oportunidades que a vida lhe oferece. Encontre os oásis em seus desertos. Os perdedores vêem os raios. Os vencedores vêem a chuva e com ela a oportunidade de cultivar. Os perdedores paralisam-se diante das perdas e dos fracassos. Os vencedores vêem uma oportunidade para começar tudo de novo.

Por isso, desejo que você seja um grande empreendedor. E, quando empreender, não tenha medo de cometer falhas. E, quando cometê-las, não tenha medo de reconhecê-las. E, quando reconhecê-las, não tenha medo de chorar. E, quando chorar, não tenha medo de reavaliar a sua vida. E, quando reavaliá-la, não esqueça de dar sempre uma nova chance a si mesmo.

Você nasceu vencedor. Hoje, vencer não é cometer erros e falhas, mas reconhecer nossos limites e corrigir nossas rotas. Vencer é não desistir.

(texto de Augusto Cury, do livro “Você é Insubstituível”)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Afinal, que mundo é este?

Há poucas semanas, quando se festejava o 40º aniversário da chegada de seres humanos à Lua, a internet foi invadida por textos e vídeos que defendiam a tese de que aquele acontecimento na verdade foi uma fraude: a televisão, na época, teria exibido não imagens provenientes da Lua, e sim de filmes aqui produzidos pela Nasa, empenhada, na época, em demonstrar que passara à frente dos soviéticos na corrida espacial. Um dos argumentos centrais da tese da fraude é o da exibição – agora, na TV – não de imagens feitas na época pelas câmeras da Nasa levadas pelos cosmonautas à Lua, mas apenas imagens de filmes e fitas gravadas pelas emissoras de TV aqui na Terra. A alegação da Nasa foi a de que as imagens originais se apagaram com o tempo. Intrigante. Mas, tudo é possível: como diz o colunista José Simão (Folha de S. Paulo, 22/7), “faz 40 anos que o homem andou na Lua e a gente não consegue andar no trânsito”.

Washington Novaes
Seja o que for que se pense, ainda está muito nítida na memória deste escriba a emoção de ver aquelas imagens num aparelho de TV na redação do jornal Última Hora do Rio de Janeiro (à época ainda de Samuel Wainer), do qual era chefe da redação. Também continua forte na memória a manchete que redigiu para a edição do dia seguinte: O homem está na Lua. A Terra está em festa. Para a edição vespertina, o editor João Ribeiro escreveu nova manchete, baseada em imagens posteriores: Pularam e dançaram nas crateras da Lua. Imagens e emoções tão fortes levam a um impulso de não acreditar na tese atual da falsidade. Mas...

De certa forma, é espantoso como continuamos a saber pouco do universo em que estamos inseridos, quatro décadas depois desse episódio e de numerosas viagens espaciais. Nos mesmos dias da comemoração dos 40 anos, noticiava-se que um astrônomo amador australiano descobrira, em observações que fizera do Planeta Júpiter, imagens que aparentavam ser produto do impacto de um asteróide ou cometa naquele planeta. Ninguém as vira antes. A Nasa confirmou que era a primeira vez que se observavam aquelas imagens, que tinham a dimensão do Planeta Terra. Imagine-se o impacto do choque com o planeta.

Uns 20 dias antes, a sonda Phoenix mostrara que há neve de madrugada em Marte: cristais de gelo caem das nuvens em um dos pólos, mas evaporam-se antes de tocar o solo; forma-se uma neblina espessa, que produz geada; esta gera vapor ao amanhecer, que devolve a água à atmosfera; à noite, formam-se de novo os cristais. Um cientista brasileiro, Nilton Rennó, está entre os que estudam o fenômeno na Nasa.

Para aumentar os mistérios que nos desafiam, os observatórios continuam a reunir imagens de planetas extrassolares – cerca de 300 já foram observados. E como cada galáxia pode abranger bilhões de estrelas e cada uma destas pode ter muitos planetas em suas proximidades, cientistas começam a falar na existência de um trilhão de planetas. Cáspite! Até já se alterou o número de anos atribuído à origem do nosso universo: não mais 3,8 bilhões de anos, e sim 4,2 bilhões.

Mas não é só. Alguns centros de estudos, entre eles o Goddard Space Flight Center, nos EUA, trabalham com a possibilidade de haver outros universos ou corpos. Porque as galáxias conhecidas movem-se à velocidade de até mil quilômetros por segundo, ao que parece em direção a um ponto entre as constelações de Centaurus e Velo. Haveria algo mais além do horizonte cósmico? Se houver, onde ficam as teorias atuais sobre a origem da Terra? Teria havido uma colisão, logo após o Big Bang, entre o que conhecemos hoje como universo com outra “bolha” (New Scientist, 24/1/9)? Os objetos mais distantes que conhecemos estão a 45 bilhões de anos-luz.

Esse é um campo do conhecimento cada vez mais surpreendente. A tal ponto que agora empresas norte-americanas, associadas à Nasa, vão lançar ao espaço estufas em que serão plantadas flores e alimentos – na esperança de conseguir fazê-lo na Lua também. Na expectativa de alimentar alguém que chegue lá ou com a esperança de desbravar novos caminhos para a conservação, dadas as crises terrenas atuais? Sabe-se lá. Afinal, hoje temos até cientistas afirmando que estamos às vésperas de uma troca de posições entre os pólos da Terra, que teria profundas implicações em nossas vidas. Isso aconteceria cada 500 milhões de anos e já estaríamos atrasados, pois a última troca aconteceu há 500 milhões de anos.

Tudo pode ser. A julgar por um dos últimos números da revista Isto É, que divulga arquivos secretos da Aeronáutica das décadas de 1950 a 1970, são muitos os casos de óvnis (objetos voadores não identificados) documentados no Brasil, tal como aconteceu nos Estados Unidos, de acordo com documentos lá divulgados, também de décadas atrás. Com a velocidade da informação nos tempos atuais, talvez qualquer hora se abram revelações estarrecedoras. É preciso estar atento e forte, já disseram os artistas.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Inadimplência é a maior em 9 anos

Dado divulgado pelo BC se refere aos empréstimos bancários feitos por empresas

Brasília - Puxada pelas operações com empresas, a inadimplência nos empréstimos bancários subiu pelo sétimo mês seguido e chegou ao nível mais alto em nove anos, segundo dados do Banco Central. Em junho, os atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos das prestações atingiam 5,7% da carteira de crédito dos bancos, patamar que não era alcançado desde setembro de 2000.

Nos financiamentos destinados a pessoas físicas, porém, a inadimplência ficou estável em 8,6%. Já nos créditos para empresas, essa taxa subiu de 3,2% para 3,4% entre maio e junho. Em dezembro do ano passado, o nível de atraso nas transações com pessoas jurídicas estava em 1,8%. Os números se referem apenas às operações de crédito comercial, ou seja, não incluem empréstimos cujas taxas de juros são controladas pelo governo, como nos financiamentos do BNDES.

CréditoO Banco Central também informou ontem que o volume de crédito ofertado pelos bancos subiu 1,3% em junho deste ano, para R$ 1,27 trilhão, ou 43,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que é um valor sem precedentes.

Em maio deste ano, segundo números revisados pelo BC, o volume do crédito bancário estava em R$ 1,26 trilhão, ou 42,8% do PIB. A expectativa do Banco Central é de que o crédito bancário suba de 14% a 15% neste ano, chegando à marca de 45% do PIB no fim deste ano.

Segundo os dados apresentados, os bancos têm oferecido mais financiamentos e o juro cobrado dos clientes cai há sete meses. A taxa média de juros cobrada nas suas operações com pessoas físicas caiu de 47,3% ao ano em maio para 45,6% ao ano em junho, o menor valor desde dezembro de 2007 (43,9% ao ano), informou o Banco Central.

Contribuem para a queda dos juros bancários, neste ano, as reduções da taxa básica efetuadas pelo BC, além do aumento da oferta de crédito. No caso dos juros básicos, a Selic, que iniciou 2009 em 13,75% ao ano, atualmente está em 8,75% ao ano após cinco reduções. (FP e AG)

Sinal de alerta sobre a juventude

Reportagem do POPULAR mostrou, recentemente, o crack como a droga mais consumida atualmente entre os jovens da capital. Mostrou, ainda, o alto poder destrutivo da substância entorpecente, cujo uso e circulação estão diretamente ligados à criminalidade.

Menos de uma semana depois de ler sobre essa lamentável realidade, me deparo com a publicação, por este mesmo jornal, dos resultados de um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. A pesquisa mostra que Goiás possui quatro cidades entre as que apontam maior risco de violência contra os jovens no Brasil. Parece inacreditável, mas o estudo antecipa a quantidade de mortes que serão registradas nesta faixa etária até 2012: são 761.

No último domingo, nova reportagem, sob o título Jovens ricos de Goiânia entram para o crime e desafiam a polícia, mostra outra faceta de uma escalada de más notícias envolvendo nossa juventude. Fiquei ainda mais sobressaltado.

Como cidadão, pai de adolescentes e dirigente de uma das mais importantes instituições civis do País, penso que passou da hora de tomarmos atitudes concretas visando frear esta sequência de fatos altamente negativos envolvendo a população jovem. Apesar da gravidade da tenebrosa onda de notícias, pois nas três oportunidades são demonstrados números reais, pouca ou quase nenhuma ação ou reação efetiva tenho visto para o enfrentamento dos problemas, inclusive por parte das autoridades ligadas à segurança pública.

Será que vamos todos, inclusive as autoridades, assistir inertes, numa odiosa atitude de omissão generalizada, aos jovens se entregando diariamente às drogas, homicídios e aos crimes em geral sem nenhuma grande mobilização social?

Que País é este que, às voltas com o seu cotidiano de denúncias, vê o seu futuro ser levado às piores manchetes dos jornais sem um grito firme de reação? Evidente que o custo social, e mesmo econômico, de irmos deixando para depois o início de uma efetiva tomada de posições é incalculável e, pior, irrecuperável.

Há uma luz vermelha alertando para a urgência de lutarmos para tirar a juventude da marca do tiro e afastá-la da “bola da vez”, o crack, senão vamos pagar muito caro em um futuro que se anuncia bruto. Há o risco, inclusive, de ouvirmos uma legião de “caras pintadas” a nos dizer que somos nós os responsáveis por vê-la se transformar em “caso de polícia”, na triste expressão usada numa daquelas três reportagens.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Goianos estão superendividados

Procon-GO mostra que consumidor abusa do limite do cheque especial e utiliza crédito rotativo do cartão

O consumidor goiano está superendividado, abusa do limite do cheque especial e do crédito rotativo do cartão de crédito, não entende seu extrato bancário e não se preocupa com os juros altos cobrados no mercado ao fazer suas compras parceladas. A constatação é de uma pesquisa realizada pela Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO) com as pessoas que procuraram o órgão para fazer recálculos de suas dívidas, no período entre 9 e 23 de julho último.

Apenas no mês passado, 933 pessoas, de um total de 3. 327 no acumulado do primeiro semestre, procuram o Procon-GO para refazer cálculos de suas dívidas, sob a alegação de que as prestações estão pesando no bolso. O levantamento mostra que 74% dos consumidores goianos possuem cartão de crédito e a maioria deles (53%) utiliza o crédito rotativo para efetuar o pagamento da fatura, enquanto 58% utilizam o limite do cheque especial como complemento dos seus rendimentos mensais.

“Isso é extramamente preocupante. Quem utiliza o crédito rotativo do cartão de crédito ou usa o limite do cheque especial para pagar suas contas, por três meses seguidos, entra numa roda de endividamento que não consegue sair mais”, alerta a superintendente do Procon-GO, Letícia Franco de Araújo.

Nos próximos meses, será instalado no Procon-GO um núcleo de renegociação de dívidas para atender os consumidores e comerciantes.

PrestaçãoOutro ponto que chamou a atenção foi o fato de que a maior parte dos consumidores goianos se preocupa apenas se o valor da prestação cabe no orçamento e não com as taxas de juros cobradas no mercado. Daí quando há uma despesa extra no orçamento, como doença, morte ou perda de emprego, a pessoa não consegue manter suas contas em dia e fica endividada.
O mototaxista Anésio Souza esteve ontem no Procon pedindo ajuda para recalcular o valor da prestação de uma dívida, entre outras duas que possui. Ele confessa que, ao fazer a compra, considerou apenas se o valor da prestação caberia no seu bolso. “Agora percebo o quanto estou pagando de juros e como a minha renda de R$ 1.800,00 já não é suficiente para pagar os mais de R$ 500,00 de prestações e ainda bancar as outras despesas domésticas, como aluguel, contas de água, luz, telefone, remédios e ainda alimentação”, relata.

Já a dona de casa Maria de Fátima Alves da Silva fez um financiamento bancário, no valor de R$ 2 mil, em 24 meses, para pagar outras dívidas no comércio.

Agora, ela está assustada com os juros cobrados, pois o valor a pagar chega a R$ 5 mil. “Quero pagar o que devo, mas não aceito esses juros exorbitantes, pois isso está inviabilizando nosso orçamento doméstico”, reclama a dona de casa.

domingo, 26 de julho de 2009

As maiores empresas do varejo - fonte: Revista Exame



Rank
1
Empresa / Sede Casa Bahia/SP
Vendas (em US$ milhões) 7849,4
Crescimento
N/A

Rank
2
Empresa / Sede Pão de Açúcar/SP
Vendas (em US$ milhões) 7591,0
Crescimento
2,5%

Rank
3
Empresa / Sede Carrefour/SP
Vendas (em US$ milhões) 7064,2
Crescimento
N/A

Rank
4
Empresa / Sede Wal-Mart/SP
Vendas (em US$ milhões) 6233,1
Crescimento

N/A
Rank
5
Empresa / Sede Ponto Frio/RJ
Vendas (em US$ milhões) 2478,3
Crescimento
-3,3%

Rank
6
Empresa / Sede Lojas Americanas/RJ
Vendas (em US$ milhões) 2443,0
Crescimento
16,4%

Rank
7
Empresa / Sede Casas Pernambucanas/SP
Vendas (em US$ milhões) 2223,5
Crescimento
10,3%

Rank
8
Empresa / Sede B2W/SP
Vendas (em US$ milhões) 2014,8
Crescimento
N/A

Rank
9
Empresa / Sede Sendas/RJ
Vendas (em US$ milhões) 1905,3
Crescimento
-4,4%

Rank
10
Empresa / Sede Atacadão/SP
Vendas (em US$ milhões) 1786,8
Crescimento
N/A

Rank
11
Empresa / Sede Magazine Luiza/SP
Vendas (em US$ milhões) 1524,0
Crescimento
12,2%

Rank
12
Empresa / Sede Renner/RS
Vendas (em US$ milhões) 1505,9
Crescimento
18,7%

Rank
14
Empresa / Sede Sotreq/SP
Vendas (em US$ milhões) 1229,8
Crescimento
14,5%

Rank
13
Empresa / Sede Lojas Riachuelo/SP
Vendas (em US$ milhões) 1356,4
Crescimento
2,1%

Rank
15
Empresa / Sede G.Barbosa/SE
Vendas (em US$ milhões) 1110,2
Crescimento
19,7%

Rank
16
Empresa / Sede Insinuante/BA
Vendas (em US$ milhões) 1077,4
Crescimento
N/A

Rank
17
Empresa / Sede McDonald´s/SP
Vendas (em US$ milhões) 1066,9
Crescimento
N/A

Rank
18
Empresa / Sede Zaffari&Bourbon/RS
Vendas (em US$ milhões) 954,2
Crescimento
N/A

Rank
19
Empresa / Sede EPA,Mart Plus,ViaBrasil/MG
Vendas (em US$ milhões) 914,8
Crescimento
N/A

Rank
20
Empresa / Sede Bretas Superm./MG
Vendas (em US$ milhões) 912,7
Crescimento
7,5%

No limite



Difícil acreditar que um dia chegaríamos onde chegamos: na violência social desenfreada. A ação das gangues é a tônica de nosso cotidiano. Daquelas que atuam impunemente: pelas ruas de Goiânia, pelas favelas do Rio, pelos recônditos do Congresso Nacional. Entre elas um elemento comum: o crime.

A psicanálise que começou com Freud, nos idos de 1900, estava inserida em um contexto social diametralmente oposto ao que vivenciamos hoje. O indivíduo do tempo de Freud estruturava seu sofrimento em algo que não podia fazer, eram tempos de repressão. A pós-modernidade, com todas as suas incorporações tecnológicas e facilidades práticas para viver (energia elétrica, fogão a gás, geladeira, telefone e internet, entre tantas), revelaria um indivíduo cujo desejo é centrado em seu próprio umbigo. A queixa calcada na repressão foi amplamente substituída pela necessidade do homem de ser contido em seu desejo. Parece que chegamos efetivamente aos tempos em que “homo homini lupus” (o homem é o lobo do homem), como já antevia Plauto (254-184). Estamos na era do individualismo, do egoísmo desenfreado, onde o prazer de cada qual vale muitíssimas vezes mais que o bem-estar do próximo. E esse prazer extrapola em muito aquele antigo, do recalque sexual que tinha o pudor como freio. O prazer moderno é alcançado pela própria transgressão da lei, o gozo é dado pela prática do crime.

Jovens, não somente os desvalidos, sem estudo e sem dinheiro, mas também os abastados, vindos de famílias privilegiadas, saem às ruas de madrugada para disputar, pichar, brigar, competir na força e na raça, mostrar que tem “poder”, atirar em outros com a finalidade precípua de exibir a pontaria. E, o que é pior, se vangloriar disso tudo. São tempos de vandalismo, como nenhum teuto, godo ou visigodo poderia pensar, pois, naquela época, disputavam territórios. Havia uma finalidade no ato, ainda que vândalo, que se perdeu por completo, na constatação triste do “eu mato pra ver o tombo”.

No Congresso Nacional, casa de deputados e senadores, representantes do povo (e nós somos o povo), além da obediência às leis da comunidade, imperam ainda (ou deveriam imperar) as leis decorrentes do exercício da própria função, no caso, nada mais, nada menos do que fazer as ditas leis, portanto, garantir a democracia, a igualdade social. Prementes se fazem a legalidade, a publicidade e a transparência dos atos praticados pela casa de legisladores. E aí? Descobre-se com muita perplexidade que há atos secretos, e que não são secretos à toa, é claro. Se assim o são é justamente para esconder a prática de crimes cometidos, não por pessoas sem posses e sem condições de uma vida digna e boa, mas sim, por senhores que, desejosos de se igualarem quem sabe aos reis, constroem castelos, de alvenaria, de dinheiro e de poder.

É preciso desejar, sem desejo não há vida; mas é preciso refrear o gozo, sem freio não há sociedade. Nossas famílias, as “boas” inclusive, se esqueceram disso. Em tempos em que coisas são fáceis de se ter: TV, computador, carro (do ano e importado), o desejo fica comprometido quando tudo que eu quero eu tenho. O que deveria ser a redenção da sociedade acaba se tornando o limite da sua existência.

Cabe às famílias educar seus jovens membros (os filhos), colocando esses limites, mostrando que para ter é necessário se comprometer, é necessário merecer. Os ganhos devem vir em função da obediência aos códigos moral e ético que embasam a relação de cada qual com seu semelhante. A criança precisa aprender a trocar a frustração do seu desejo pelo prazer de fazer bem-feito, de agradar ao outro. Os pais precisam ensinar isso. O instrumento mais antigo para tanto é a alternância entre punição e recompensa. Aquele que merece ganha; se não merece e ganha assim mesmo, todos perdem.

Os pais que pensam que seus filhos podem tudo desrespeitam o princípio mais básico da existência humana, o da impotência, e perdem a oportunidade de ensinar a eles um caminho alternativo na busca da potência, o de se sentir valoroso. Os cidadãos que pensam que o Estado e seus representantes podem tudo e não lutam para fazer valer seus direitos, também.

A se continuar assim, teremos de pedir socorro aos bárbaros medievais, pois, eles sabiam que onde a impunidade impera, a lei existe, mas não vigora.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

De janeiro a junho deste ano, Estado registrou quase 30 cheques devolvidos por mil compensados, segundo dados da Serasa

De janeiro a junho dNegritoeste ano, Estado registrou quase 30 cheques devolvidos por mil compensados, segundo dados da Serasa


Sônia Ferreira
O número de cheques devolvidos cresceu 15,73% em Goiás, praticamente o mesmo porcentual da média nacional (15%), no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado, embora a quantidade de cheques compensados tenha diminuído 10,66%. De janeiro a junho, foram registradas 29,3 devoluções de cheques em cada mil compensados no Estado, enquanto no primeiro semestre de 2008 esse número foi de 22,6, de acordo com dados divulgados ontem pela Serasa Experian.

De acordo com o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, esse fato ocorrido em Goiás é o retrato do Brasil e deve-se a conjunturas econômicas diferentes entre os períodos analisados: 2009 com crise e 2008 com a economia em pleno crescimento.

A elevação da inadimplência de cheques também é em função dos ajustes relativos à crise, ao maior endividamento de parte da população e maior utilização do pré-datado, no período mais crítico da crise, no início do ano, por conta do crédito escasso.

O técnico da Serasa prevê queda da inadimplência de cheques nesse segundo semestre, como ocorre todos os anos. “A economia já mostra sinais de crescimento e isso estimula a geração de empregos e , circulação de riquezas, o que, automaticamente, favorece a quitação de contas”, afirma Carlos Henrique.

Campeão
Em Goiás, foram devolvidos 653,2 mil cheques e compensados 22,323 milhões. Entre os segmentos do comércio, o campeão em recebimento de cheques sem fundos é dos postos de combustíveis, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindiposto), Luiz Pucci.

“Os valores dos cheques sempre são baixos, e as pessoas não gostam de ficar esperando a gente checar o cadastro delas nas empresas de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Por isso, nem sempre a confirmação dos dados é feita de forma rigorosa, elevando o risco do calote do cheque sem fundos”, lamenta.

O diretor da rede de postos Z+Z, Márcio Andrade, disse que prefere perder vendas do que receber qualquer cheque. Além disso, só recebe cheques daqueles clientes cadastrados antecipamente. “Mesmo assim, ainda tenho recebido muitos cheques sem fundos. “

Substituição Para tentar fugir dos calotes dos cheques sem fundos, os comerciantes goianos têm incentivado seus clientes a pagarem suas compras em dinheiro ou com cartões de débito ou de crédito.

O gerente de Crédito e Cobranças do grupo Rival Calçados, Paulo Henrique Salves Moreira, conta que a loja tem concedido descontos de até 10% para aquelas pessoas que se dispõem a pagar com dinheiro em espécie ou cartão de crédito, apesar da taxa de administração de quase 5% cobrada pelas administradoras de cartão. “O risco de não ter o cheque compensado é muito grande”, lembra Paulo.

O advogado especialista em direito do consumidor, Ezequiel Morais, da Clarito, Ezequiel e Bernardino Advogados, lembra que aquelas pessoas que deixam de honrar seus compromissos financeiros, inclusive emitindo cheques sem fundos, poderão ter seu nome inscritos nos órgãos de restrição ao crédito e, em alguns casos, serão réus em ações judiciais.

Em junhoO Indicador Serasa Experian apontou, em junho, na comparação com igual mês do ano passado, estabilidade (0,84%) no número de cheques devolvidos. Foram devolvidos 96.645 cheques para um total de 3,846 milhões de documentos compensados.

Isso significa que, de cada mil cheques compensados em junho, 29,3 foram devolvidos. Esse número é bem superior ao da média nacional: 23 cheques para cada mil compensados. Apesar do número ser elevado, Goiás está entre os dez com a menor inadimplência de cheques no País.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Consumidores de Goiás são os primeiros no ranking de bons pagadores

SÃO PAULO - Consumidores do estado de Goiás e do interior de São Paulo foram os que mais honraram os cheques que passaram em junho deste ano. Pesquisa divulgada pela TeleCheque nesta segunda-feira (20) mostra que, a cada cem folhas emitidas, 98,62 e 98,25 foram compensadas, respectivamente.

Na média Brasil, a taxa foi de 97,69%. Das 20 localidades analisadas pela empresa, 9 tiveram desempenho acima desse total. As demais ficaram abaixo.

Acima

Em terceiro lugar na lista vem o estado do Sergipe, com índice de 98,24%, seguido por Minas Gerais, com 98,09%. Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraíba também tiveram destaque:

Cheques honrados

Goiás 98,62%
São Paulo Interior 98,25%
Sergipe 98,24%
Minas Gerais 98,09%
Rio de Janeiro 98,00%
Mato Grosso 97,99%
Paraíba 97,95%
Santa Catarina 97,76%
Paraná 97,74%


Fonte: TeleCheque

Abaixo

Os consumidores com menor taxa de compensação são os do Maranhão, Alagoas e Bahia:

Maranhão 96,23%
Alagoas 96,43%
Bahia 96,76%
Amazonas 96,81%
Ceará 97,22%
Pará 97,36%
Rio Grande do Norte 97,49%
São Paulo 97,54%
Pernambuco 97,60%
Espírito Santo 97,62%
Rio Grande do Sul 97,62%


Fonte: TeleCheque

Bolo de milho com queijo




Ingredientes:

· 3 ovos
· 2 xícaras (chá) de leite
· 1 1/2 xícara (chá) de açúcar
· 1 xícara (chá) de flocos de milho pré-cozidos
· 2 colheres (sopa) de margarina
· 3/4 de xícara (chá) de queijo meia cura
· 3/4 de xícara (chá) de farinha de trigo
· 1 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo:

Aqueça o forno a 200ºC. No liquidificador bata os ovos, o leite, o açúcar, os flocos de milho, a margarina e o queijo. Retire do liquidificador, misture a farinha de trigo e o fermento. Ponha em uma assadeira untada com margarina e leve ao forno por 40 minutos. Deixe esfriar e desenforme. Polvilhe açúcar e canela.

Dicas:

Substitua o queijo meia cura por branco fresco. Fica ótimo também.

TeleCheque: 97,69% dos cheques foram pagos em junho

SÃO PAULO - O número de cheques honrados em junho aumentou 0,71% no País, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da TeleCheque, que avalia a concessão de crédito no varejo. Do total de cheques emitidos no mês passado, 97,69% foram honrados. Em relação ao mês de maio, houve um aumento de 0,49%.
De acordo com José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque, a elevação dos pagamentos é reflexo da recuperação do poder de compra dos consumidores brasileiros. "Este crescimento é muito significativo para a economia do País. Após a reconquista do crédito, os consumidores farão de tudo para cumprir os compromissos e manter o nome ''limpo''", explicou. O cenário também é positivo para os varejistas.
"Eles se sentem mais seguros e ousam, criando promoções. Isso garante a lucratividade do estabelecimento e fideliza a clientela que busca acima de tudo, bons preços e facilidades de pagamento.
"Goiás se manteve na liderança do índice de bons pagadores pelo segundo mês consecutivo com 98,62% dos cheques honrados, seguido pelo interior de São Paulo (98,25%), Sergipe (98,24%), Minas Gerais (98,09%), Rio de Janeiro (98%) e Mato Grosso (97,99%). Na última colocação está o Maranhão, onde 96,23% dos cheques foram honrados em junho e 3,77% devolvidos.
Segundo a TeleCheque, em junho, a emissão de cheques fraudados teve queda de 12,50% no Brasil, ante maio, e de 6,67% em relação a junho do ano passado. Os critérios de pesquisa da TeleCheque consideram os valores em reais das transações com cheques e não a quantidade de folhas emitidas. De acordo com a empresa, essa metodologia é mais adequada à realidade e às necessidades do varejo.

Veja a importância de ser um VENDEDOR

click no link abaixo e veja a matéria...

http://especiais.jornalhoje.globo.com/mercadodetrabalho/

domingo, 19 de julho de 2009

Inadimplência do brasileiro cresceu 10,4% no semestre, diz Serasa

SÃO PAULO - O nível de inadimplência dos consumidores brasileiros aumentou 10,4% no primeiro semestre, em comparação a igual período de 2008, de acordo com os dados da Serasa Experian. Apenas no mês de junho, o volume de pagamentos atrasados cresceu 11% perante o mesmo intervalo do ano passado, embora tenha caído 2,1% em relação a maio de 2009. A elevação de 10,4% no semestre é resultado, segundo a empresa, de dois momentos distintos: o primeiro, no começo do ano, em que a inadimplência cresceu a um ritmo mais acelerado - de 11,4% no primeiro trimestre. E o segundo, nos três meses seguintes, quando o aumento da inadimplência arrefeceu para uma taxa de 9,4% (sempre na comparação anual). Esse ritmo de crescimento foi o mesmo do último trimestre de 2008.

De acordo com a análise dos técnicos da Serasa Experian, a moderação no ritmo de alta da inadimplência reflete o menor avanço da concessão de crédito neste ano, após o impacto da crise econômica mundial. No segundo semestre, os técnicos acreditam que a recuperação da economia e do nível de emprego nacionais deve ajudar a melhorar os indicadores de inadimplência.

As dívidas bancárias corresponderam a 43,9% dos débitos em atraso no primeiro semestre de 2009, com média de R$ 1.340,22. Compromissos com cartões de crédito e financeiras responderam por 36,8% da inadimplência, com valor médio de R$ 378,61. Os cheques sem fundos formaram 17,5% dos pagamentos atrasados no primeiro semestre (valor médio de R$ 865,08), enquanto os títulos protestados foram 1,9% do total (média de R$ 1.087,05).

Dez coisas que uma empresa não deve fazer na criseDa redação

Ilustração: NegreirosEm momentos de crise, bom saber o que não fazer e assim evitar prejuízos ainda maiores. Para ajudá-lo, a escola de negócios espanhola Centro de Estudos Financeiros (CEF) publicou uma lista com as dez coisas que as empresas não devem fazer em época de crise. Dê uma olhada.


1) Negar o impacto da crise: Mesmo se a sua empresa parece não estar sendo afetada pela crise financeira mundial, fique atento. Ainda que a crise passe apenas por áreas secundárias do negócio, é provável que ela atinja todas as empresas.
2) Não exagerar na cautela: Mantenha as contas a curto e médio prazo na ponta do lápis. É importante acompanhar cada passo do mercado e das finanças da empresa para saber a real necessidade de tomar determinadas medidas.
3) Descuidar da comunicação: Em momentos de crise, é especialmente importante administrar adequadamente a comunicação da empresa, seja com clientes, fornecedores ou funcionários. É imprescindível manter as pessoas informadas sobre os fatos que afetam a empresa, bem como sobre as medidas que estão sendo tomadas. Só assim consegue-se neutralizar os impactos negativos de rumores e informações imprecisas.
4) Não ponderar os custos e os ingressos para cada cenário: É importante estimar situações de máximo e mínimo risco, a fim de prever as possíveis ações que serão necessárias em cada uma delas.
5) Passar dos orçamentos para os endividamentos: É preciso ajustar os gastos com os ganhos previstos pela empresa e esforçar-se para cumprir as metas. Amargar prejuízo em períodos de crise pode fazer com que a empresa afunde mais facilmente. Concentre seus esforços em conseguir os financiamentos ou refinanciamentos necessários para alcançar o equilíbrio do negócio.
6) Descuidar da delegação de decisões: Frente à tanta incerteza, muitas decisões delegadas anteriormente ou automatizadas devem ser reexaminadas e, talvez, centralizadas de novo.
7) Continuar com projetos e investimentos sem reavaliá-los: Reconsidere os projetos previstos ou em andamento e congele aqueles que não vão melhorar a curto prazo os resultados da empresa. Como estamos em um cenário diferente, deve-se revisar a validade das estimativas feitas antes do período de crise.
8) Não atender as mudanças de mercado: As mudanças constantes nesse cenário de crise obrigam os empresários a estar em permanente vigilância em relação às variações de vendas e aos concorrentes. Quanto mais rápida for a resposta de uma empresa para as mudanças do mercado, melhor ela poderá planejar as estratégias que permitam restabelecer o negócio.
9) Ter uma reação exagerada: A crise é uma situação delicada e não se deve tomar decisões com pressa. Deve-se impor a moderação. Tão desaconselhável é a redução massiva de pessoal como fazer contratações indiscriminadamente.
10) Não prever os possíveis cenários uma vez superada a crise: Existe um depois da crise e é preciso pensar nele. O empresário tem que imaginar como pode ficar o setor e planejar a busca de novos mercados e produtos para quando a crise terminar.

Acúmulo de dívidas leva ao descontrole, diz analista

Acúmulo de dívidas leva ao descontrole, diz analista

Eventualidades, como o desemprego repentino em momentos de crise financeira, podem dificultar o pagamento de dívidas contraídas em outros momentos melhores. O resultado é o aumento da inadimplência. Na rede Novo Mundo, por exemplo, a inadimplência média subiu de 4,5% a 5,5% para 6% e 7% nos últimos meses.

Para o diretor administrativo da rede, Agenor Braga, a culpa não é só do desemprego causado pela crise financeira, mas do próprio nível de endividamento do consumidor, que está elevado hoje, com a ajuda da propagação de empréstimos consignados no mercado financeiro.

Na opinião do educador financeiro Reinaldo Domingos, como grande parte dos consumidores que faz compras a prazo não costuma planejar o orçamento, não prevê todas as despesas e tem dificuldades para pagá-las depois. “É isso que leva ao endividamento excessivo e à inadimplência, com a restrição ao crédito para novas compras”, alerta o educador Reinaldo Domingos. (LM)

Parcelamento exige disciplina financeira

O economista e consultor financeiro Marcus Antônio Teodoro alerta que algumas pessoas acumulam prestações com outras despesas fixas do orçamento doméstico, que também podem aumentar de um mês para outro, causando o descontrole.

Para ele, existe uma cultura da prestação enraizada, mas o grande problema é a falta de planejamento presente e futuro. “É preciso considerar imprevistos, como a perda de um emprego, queda da renda e até doenças. Falta educação para isso”, adverte Marcus.

Parcelado Na opinião do educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia financeira, a opção pelo pagamento parcelado guarda mais relação com o que ele chama de “zona de conforto”, onde as pessoas gastam um dinheiro que não têm e se endividam só para satisfazer um desejo. “O melhor seria o consumidor se informar sobre o preço à vista e tentar pechinchar para liquidar a conta de uma única vez.”

Parcelar uma compra pode significar pagar o dobro do valor à vista pelo produto. Para o coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-Fia), Cláudio Felizoni, o problema é que o consumidor brasileiro é mais sensível a prazos que a valores.

A professora Andréia Cínthia de Oliveira sempre compra a prazo, mas com muito planejamento, e nunca aceita pagar juros. “Comprei um aparelho de som e preferi pagar em seis vezes para não pagar juros”. (LM)

Mais da metade prefere pagar compras à prestação

Pesquisa mostra que, quanto maior a idade, maior a disposição do consumidor de comprar a prazo, sobretudo produtos eletrônicos


Lúcia Monteiro
Quase todos os aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e os móveis que a dona de casa Luana Cristina Xavier Moura tem em sua residência foram pagos em prestações. Os dois aparelhos de TV, o guarda-roupas da filha e o sofá da sala foram parcelados em seis vezes, a geladeira e o fogão em dez e até a máquina fotográfica foi paga em três parcelas. Ela reconhece que o acúmulo de prestações já causou sérios descontroles ao orçamento da família, que vive da renda variável do marido dela, trabalhador autônomo.

“Se não for assim, a gente não consegue comprar porque nunca dá para juntar dinheiro”, justifica. Mesmo com as experiências negativas, ela avisa que logo pretende comprar também um computador a prazo.

De acordo com pesquisa feita pela GfK, quarta maior empresa de pesquisa de mercado no mundo, que ouviu mil pessoas em 12 capitais ou regiões metropolitanas do País, 59% dos consumidores preferem pagar à prazo os eletroeletrônicos que compra, ainda que possa bancar o preço à vista com desconto.

A pesquisa mostrou que, quanto maior a idade do entrevistado, maior sua disposição de adquirir produtos a prazo. “Os mais velhos, principalmente os aposentados, têm mais condições de planejar suas finanças porque contam com uma renda fixa”, explica o diretor de Atendimento de Novos Negócios da GfK, Antônio Carlos Parrela.

Nas lojas, a prática da compra parcelada é ainda maior que o índice revelado pela pesquisa. Na rede Novo Mundo, por exemplo, somente entre 10% e 15% das vendas são feitas à vista. No restante, 65% são vendas parceladas no carnê e 35% no cartão de crédito. O diretor administrativo da rede, Agenor Braga, informa que o prazo preferido é o de dez meses. Segundo ele, descontos no pagamento à vista só podem ser negociados sobre o preço normal de tabela, e nunca sobre promoções.
ImediatismoMuita gente parcela as compras para pagar no futuro e não ficar descapitalizado no momento. “A pessoa escolhe uma prestação que cabe no orçamento e prefere usar o dinheiro que tem para consumir mais hoje. É o imediatismo”, diz o economista e consultor de finanças pessoais Marcus Antônio Teodoro, autor do livro Erros e acertos na gestão do dinheiro.

Mas ele alerta que, mesmo quando o parcelamento é anunciado sem juros, pagando à vista é possível obter um desconto. No caso de longas prestações, o consultor adverte que o prejuízo é bem maior, já que os juros médios no crediário variam de 4% a 5% ao mês. “Esse índice pode ser ainda maior, dependendo do cadastro do cliente”, destaca.

Muitas vezes, as próprias lojas incentivam a venda à prazo. Para o consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo, o setor é refratário a descontos, pois depende em grande parte de suas receitas financeiras, obtidas com juros e outras taxas dos financiamentos. Vale lembrar que o fato de a pessoa precisar voltar à loja todo mês para pagar uma prestação também pode garantir novas vendas.

Mesmo assim, Eugênio acredita que sempre há possibilidade de algum abatimento á vista, por menor que seja, em negociações com o vendedor ou gerente.

“Os melhores descontos são concedidos apenas no momento em que o comprador se mostra irredutível e a venda pode ser perdida”, diz. (Com Agência Estado

sábado, 18 de julho de 2009

Entenda o que pode levar à demissão por justa causa

Demitidos nessas circunstâncias não recebem verbas rescisórias.Segundo especialista, é a principal penalidade contra o trabalhador.


Atualmente, as únicas demissões no setor privado que precisam de justificativa são aquelas em que o trabalhador comete faltas. Veja abaixo o que pode levar à demissão por justa causa, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Confira lista de concursos e oportunidades

Leia também:
Juízes preveem 'enxurrada' de ações se STF restringir liberdade para demitir


Saiba o que pode levar à demissão por justa causa
- "Ato de improbidade": roubar ou lesar a empresa, por exemplo
- "Incontinência de conduta ou mau procedimento": quebras as regras internas ou assediar outro funcionário, por exemplo
- "Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço": desrespeitar cláusula de exclusividade, por exemplo
- "Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena": condenação criminal para a qual não haja possibilidade de recurso
- "Desídia no desempenho das respectivas funções": faltar, chegar atrasado, negligenciar tarefas, por exemplo
- "Embriaguez habitual ou em serviço": chegar bêbado ao trabalho, por exemplo. No caso dos alcoólatras diagnosticados por médico como tal, não vale, segundo o advogado trabalhista Sérgio Batalha, uma vez que se trata de doença e o indivíduo deve ser encaminhado para tratamento
- "Violação de segredo da empresa": divulgar para quem quer que seja informações confidenciais a respeito do trabalho
- "Ato de indisciplina ou de insubordinação": descumprir ordens do superior imediato, por exemplo
- "Abandono de emprego": a CLT não fixa a quantidade de dias seguidos que caracterizam o abandono. Porém, os tribunais consideram é caracterizado abandono deixar de comparecer ao trabalho por trinta dias seguidos
- "Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou ocorrência de ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem": xingar a empresa ou colegas, por exemplo
- "Prática constante de jogos de azar": organizar jogos ilegais, como jogo do bicho, no ambiente de trabalho, por exemplo; há questionamentos sobre a prática fora do ambiente de trabalho e sobre se o trabalhador for viciado em jogos, o que pode ser caracterizado como doença
- "Atos atentatórios à segurança nacional": cometer ações contra a segurança nacional mesmo que não tenha nenhuma ligação com o trabalho

O que perde quem é demitido por justa causa?
- Aviso prévio
- Multa de 40% sobre o FGTS
- Saque do FGTS
- Férias e 13º proporcional
- Possibilidade de pedir o seguro-desemprego

Quais os direitos de quem é demitido por justa causa?
- Receber os dias trabalhados e as férias vencidas, se eventualmente houver
- Questionar judicialmente a demissão se considerar que foi injusta; é aconselhável procurar o sindicato da categoria profissional para obter informações
Fonte: artigo 482 da CLT; Sérgio Batalha, advogado trabalhista e conselheiro da OAB-RJ; e juiz trabalhista Cláudio Antônio Freitas Delli Zotti

Para o advogado Sérgio Batalha, a demissão por justa causa é considerada pela Justiça a "penalidade mais grave" ao trabalhador e só deve ser aplicada em casos excepcionais.

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"E não basta a empresa simplesmente alegar a justa causa. A razão está sempre com o trabalhador. Se o empregador não conseguir fazer uma prova convincente, a demissão pode ser revertida. O entendimento dos tribunais é no sentido de que a prova deve ser robusta ", avalia Batalha. Batalha afirma ainda que as faltas mais leves previstas na CLT para justa causa não são aceitas pela Justiça se a empresa não adotar medidas intermediárias.

"Faltar no trabalho por exemplo ou trabalhar de forma descuidada. Isso não é o tipo de falta que se pode demitir de primeira. Tem de haver penalidades. Advertência, suspensão de um dia, depois de três dias. Se reincidir, aí sim aplica justa causa."

O juiz trabalhista Cláudio Antônio Freitas Delli Zotti, de Belo Horizonte, informou que "quase 95% das demissões por justa causa são questionadas judicialmente".

A Ferrovia Norte-Sul no Sudoeste

A Ferrovia Norte-Sul no Sudoeste


Cilene Guimarães

Comentários sobre o trajeto da construção da Ferrovia Norte-Sul no Sudoeste do Estado indicavam a possível exclusão de Jataí. O presidente da Valec, Juquinha das Neves, confirmou, felizmente, que a obra vai até Jataí, através da construção de um ramal e de um porto seco, com o objetivo de atender não só a cidade como outras vizinhas. São municípios de uma das regiões de maior produção de grãos e carne do País: Mineiros, Chapadão do Céu, Caiapônia, Doverlândia, Serranópolis, Perolândia...

Terras que nos últimos anos despertaram o interesse de usinas de álcool e açúcar. Ali está surgindo um novo pólo de produção de biocombustível, prestes a entrar em operação. Com tamanho potencial, não seria de bom senso excluir o transporte de toneladas de milho, soja, sorgo, feijão, carne bovina, suína e de aves, produtos industrializados e, em breve, de biocombustível, dos benefícios do transporte ferroviário.

A verdade é que ninguém quer ficar fora desse projeto, por se tratar de um divisor no processo de desenvolvimento econômico do Estado – e do País. Trará inúmeros benefícios, num País abastecido pelo transporte rodoviário de cargas caro e obsoleto, não só pelo seu custo mas pelos desperdícios inerentes à esse sistema, inclusive alvo fácil de assaltantes.

Uma obra que já movimenta bilhões de reais não só nos trechos em andamento, mas no parque industrial de produção de componentes para a ferrovia. Os recursos aplicados neste início da obra são apenas um aperitivo para o grande volume que movimentará após a sua conclusão, com o transporte de toneladas de lucro para os produtores, os municípios, os Estados, o País.

Garantir a construção de um ramal da ferrovia até Jataí, um dos maiores produtores de milho safrinha do País, precisa ser um compromisso de todos os políticos do Sudoeste, numa mobilização permanente, em conjunto com os empresários e a sociedade. Não podemos deixar passar essa oportunidade, como já ocorreu em passado recente, quando a cidade perdeu indústrias para outros municípios.

A ferrovia vai ligar o Brasil de Norte a Sul, reduzindo o custo de escoamento da produção. E dará maior competitividade ao Centro-Oeste, tão carente em transporte de cargas.

Quase 250 mil multas em 2009

Excesso de velocidade é a infração mais cometida na capital. Furar sinal vermelho ocupa 2º lugar

O goianiense é flagrado cometendo 1.365 infrações de trânsito por dia. Pelo menos esta foi a média diária que os 400 agentes de trânsito e os 126 equipamentos eletrônicos, responsáveis pela tarefa conseguiram registrar no primeiro semestre de 2009. Ao todo, foram aplicadas 248.606 multas neste período, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Entre outros fatores, a Agência Municipal de Trânsito (AMT) e o Detran evitam divulgar números da arrecadação por receio do rótulo de indústria da multa. Mas, ao multiplicar somente as cinco infrações mais cometidas com os respectivos valores, chega-se à quantia de R$ 16.188.467,50.

Dos agentes, 150 são servidores da AMT. O restante é formado por policiais militares, que compartilham a função, mediante convênio. Por isso, o número de infrações cometidas em Goiânia é algo incalculável. Em 2003, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Universidade Católica de Goiás mostrava que, de cada 8 mil infrações de trânsito em Goiânia, apenas 1 era flagrada por agente de trânsito ou equipamento eletrônico.

Acidentes
Desde então a frota de Goiânia saltou de 630 mil para 878 mil veículos. Já o número de agentes de trânsito é praticamente o mesmo. Atualmente, cada agente trabalha cerca de seis horas por dia e ainda precisa atender a ocorrências de acidentes de trânsito sem vítima, o que acaba atrapalhando na fiscalização a motoristas infratores.

Eles também atuam fazendo desvio de tráfego, acompanhando manifestações, orientando os motoristas em caso de pane elétrica nos semáforos e como batedores, dando apoio a eventos e operações especiais. Para tornar mais eficiente o trabalho dos agentes, a AMT abriu concurso para contratação de mais cem servidores.

Pelo menos no atendimento a acidentes leves, a AMT estima que os agentes deixem de realizar este tipo de trabalho pelos próximos 60 dias. Na fiscalização eletrônica existem 43 lombadas, que registram a velocidade dos veículos, e 83 equipamentos instalados em semáforos, que ajudam a evitar o avanço do sinal vermelho.

Mais cometidas
No quesito infração, o maior problema em Goiânia, segundo o controle de notificações do Detran, é o excesso de velocidade - que só pode ser aferido por equipamento eletrônico.

Andar acima da velocidade permitida gerou 54.507 multas no primeiro semestre deste ano em Goiânia. Furar o sinal vermelho ou desobedecer parada obrigatória ocupam o segundo lugar no ranking. Foram aplicadas 29.034 notificações.

No começo do ano, a servidora pública Janaína Lopes da Silva, de 29 anos, foi multada na Avenida D, no Setor Oeste, por usar o celular enquanto dirigia. “Paguei 85 reais de multa. Acho caro, principalmente porque esse dinheiro não é investido na melhoria do trânsito da cidade”, diz.

Dirigir utilizando o aparelho telefônico é a terceira infração mais cometida pelo goianiense este ano. Agentes de trânsito emitiram 17.328 multas deste tipo.

Também estão entre as principais infrações, pela ordem, deixar de usar o cinto de segurança, estacionar em desacordo com as normas de trânsito, parar sobre a faixa de pedestres ou sobre o passeio, em locais ou horários proibidos. Estas infrações são consideradas médias ou graves. O valor da multa varia, em geral, de R$ 85,13 a R$ 191,54.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

HISTÓRIAS DO PADRE LEO

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quais são os esportes mais sedentários?







- Qual é o esporte mais antigo?

- Em qual esporte as bolas atingem as maiores velocidades?O bilhar é o esporte que gasta menos calorias, de acordo com o livro Fisiologia do Exercício, de William McArdle, mas é impossível definir um ranking oficial. “Existem centenas de variáveis envolvidas. Um mesa-tenista pode gastar mais calorias em uma partida do que um jogador de futebol em um jogo inteiro”, diz o médico Samir Daher, da Confederação Brasileira de Handebol. O ritmo com que o esporte é praticado, a frequência, o biótipo do praticante e o deslocamento exigido pelo jogo são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração. Assim, não há uma lista definitiva dos esportes mais e menos sedentários, e sim estimativas. A lista abaixo, por exemplo, estima quanto um indivíduo com 70 quilos gasta de calorias durante uma hora de atividade. Aliás, nem o conceito de esporte é consenso: aqui, consideramos esporte toda atividade física sujeita a regulamentos e que geralmente visa a competição. No futuro, quem sabe até jogar videogame vá ser considerado um esporte. Se isso acontecer, o Nintendo Wii pode entrar para a lista dos sedentários: em uma hora, ele queima 150 calorias, de acordo com um estudo da Universidade John Moores, na Inglaterra. :-’)
MOLEZA F.C.
Os esportes mais sedentários...
BILHAR (176 kcal) É um esporte que requer mais concentração do que força física. Como há poucos deslocamentos – e, quando existem, são curtos e lentos –, não acelera muito o metabolismo
CANOAGEM por lazer (185 kcal) Na canoagem amadora, não é preciso lutar contra correntezas fortes – o esportista apenas segue o fluxo da água, sem contrações muito vigorosas para executar o movimento
DANÇA LIVRE (214 kcal) Por não ser profissional, requer só movimentos suaves, sem grandes deslocamentos ou movimentos complexos. Com isso, acaba gastando menos calorias
VÔLEI (245 kcal) Apesar de exigir saltos e movimentos intensos, tem deslocamentos extremamente curtos, de 2 a 3 metros, que reduzem o consumo calórico
ARCO-E-FLECHA (273 kcal)O esporte depende mais da parte psicológica. O esforço físico fica concentrado nos braços, que precisam segurar o arco corretamente e aguentar o tranco da flechada

DUREZA F.C....
e os que mais fazem suar
BOXE (932 kcal) O esporte exige que o atleta se desloque bastante e dê vários pulinhos de um lado para outro para desviar do adversário, fora a energia gasta com os golpes
SQUASH (890 kcal) Bater a bolinha contra a parede parece brincadeira de criança, mas envolve muito deslocamento, velocidade, flexibilidade, força e resistência
JUDÔ (819 kcal)Assim como as outras artes marciais, é um esporte que exige força, daí sua queima calórica. Sua prática também requer flexibilidade e coordenação motora
NATAÇÃO - CRAWL (655 kcal) Ao nadar nesse estilo, também conhecido como nado livre, o esforço maior fica por conta das pernas, dos braços e das costas, apesar de o esporte trabalhar o corpo todo
BASQUETE (580 kcal) A queima de calorias é beneficiada principalmente pelo deslocamento em quadra. Cada atleta percorre, em média, 8 quilômetros durante uma partida

Chocolate Quente



Tipo de Culinária: Outros
Categoria: Bebidas
Subcategorias: Outras
Rendimento: 10 porções
Tem algo mais reconfortante que uma boa xícara de chocolate quente? Além de ser quase como um carinho, é gostoso e nutritivo.
Ingredientes

1 lata(s) de Creme de Leite Mococa
1 lata(s) de Leite condensado Mococa
1 litro(s) de leite
4 colher(es) (sopa) de chocolate em pó
1 colher(es) (sopa) de amido de milho
1 colher(es) (café) de noz-moscada
2 unidade(s) de canela em pau
6 unidade(s) de cravo-da-índia
1 1/2 xícara(s) (café) de rum

Misture o leite, o leite condensado, o chocolate, o amido de milho, a noz-moscada, o cravo e a canela. Coloque no fogo e espere ferver. Retire do fogo e misture o creme de leite. Coe para retirar os pedaços de canela e o cravo. Misture o rum e pode se deliciar com o seu chocolate quente.

Infográfico: como identificar a dengue

Estado do Rio de Janeiro viveu epidemia de dengue em 2008.
Aprenda como identificar a doença.
Click no link abaixo e veja como identificar e se prevenir de dengue.

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL360145-5606,00-INFOGRAFICO+COMO+IDENTIFICAR+A+DENGUE.html

Busca por crédito supera patamar do início da crise, diz Serasa


A busca por crédito pelos consumidores voltou a crescer no primeiro semestre deste ano. Segundo levantamento da Serasa, houve uma alta de 4% em junho na comparação com maio - o que levou a busca por crédito a chegar ao final do semestre acima do patamar registrado em outubro do ano passado. A alta de junho foi a quarta mensal consecutiva, “refletindo não apenas o fato de que o grau de confiança dos consumidores sobre os rumos da economia tem crescido mês após mês, mas também a constatação de que as condições de crédito para as pessoas físicas, sobretudo no que dizem respeito a prazos e custos, já se encontram mais favoráveis do que estavam ao início do 4º trimestre de 2008”, diz a Serasa em nota. Apesar da recuperação, a busca do consumidor por crédito ficou 6,8% menor do que a registrada no primeiro semestre do ano passado.

Por classe de renda
Na análise por classe de renda, a demanda por crédito cresceu mais entre os consumidores com rendimento mensal de até R$ 500 (alta de 5,2% sobre maio), seguidos pelos de rendimento mensal entre R$ 500 e R$ 1.000 (alta de 4,9%). Entre as classes intermediárias, com renda entre R$ 1.000 até R$ 10.000, as altas variaram entre 3,4% e 3,7%. Apenas entre os consumidores com rendimento acima de R$ 10.000 houve queda em junho, de 3.8%.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Saiba quando fechar a boca

Falar demais pode ser um pecado maior do que a timidez. Conheça cinco situações em que é melhor não dizer nada

Enquete: Você sabe quando deve ficar com a boca fechada?

Profissionais em todo o mundo sofrem com a timidez. Contudo, é no problema oposto – falar em excesso – que residem os efeitos mais danosos à carreira. É o que afirma a escritora de negócios Tamara “Tammy” Erickson, autora do badalado Plugged In. Tammy elencou, num artigo recente, as cinco situações em que é mais conveniente ficar de boca fechada:

Evite excesso de explicações_ O excesso de explicação, segundo ela, é um veneno, especialmente perigoso às equipes de venda. “Depois que o cliente já manifestou que vai comprar o produto, não perca tempo descrevendo mais um de seus itens ou benefícios.” A informação, quando em excesso, gera confusão e irritação. O princípio vale para a conduta do profissional no escritório. Seja sucinto, aconselha ela. Quando alguém perguntar no corredor “como vai você?”, não dê uma folha corrida de sua vida.

Sem desculpas na hora errada_O profissional deve estar sempre bem preparado. Porém, se acontecer o infortúnio de não estar, deve evitar as desculpas. Além de inócuas (não melhorarão o desempenho), elas o deixarão sob uma luz desfavorável frente aos colegas. “Começar uma reunião avisando a todos que você não teve tempo de se preparar adequadamente soa a insolência, desrespeito e desleixo”, diz Tammy. Também gera animosidade. “Lembre-se que, provavelmente, o colega da cadeira ao lado ficou até as 2 da manhã se preparando para a reunião.”

Não faça perguntas tolas_Elas mostrarão – de modo cristalino e pungente – o seu desconhecimento do assunto e despreparo. Esta é a dica mais capciosa da lista. Afinal, se você não domina um assunto, como vai saber se a sua pergunta é inteligente ou não? A saída é a discrição e a cautela, de acordo com a autora. Uma coisa é certa: evite dar espetáculos de pretensa erudição sobre assuntos que não domine. É uma receita certa para o desastre.

Não banque o engraçadinho_As piadas em ambiente de trabalho são uma perigosa via de mão dupla. O bom humor, quando dosado, é uma excelente ferramenta para tornar o profissional benquisto, quebrar o gelo e desfazer hostilidades. Contudo, não arrisque muito e saiba usá-lo. Ninguém gosta de engraçadinhos.

Evite o óbvio_É o caso da enfermeira que, antes de dar a injeção, avisa que “a agulha está esterilizada”. O reforço de um pressuposto pode ter efeito contrário: manchar uma reputação. Imagine um contador que avisa aos clientes de que não os está enganando. Foi uma situação assim, aliás, que inspirou Tammy a escrever sobre o bico calado. Durante um voo, o comandante, depois de informar sobre a previsão de chegada para dali a uma hora, fez um acréscimo: “Não se preocupem, temos combustível para chegar”. Felizmente, o aviso passou despercebido à maioria, mas não foi exatamente tranquilizador

Emissão de cheques cai à metade

Desde 2000, com o aumento do uso de cartões, número de cheques compensados no País caiu de 2,6 bilhões para 1,39 bilhão


Brasília - A forma como o brasileiro paga suas contas está mudando. Desde 2000, o número de cheques compensados no País caiu à metade, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Naquele ano, 2,63 bilhões de cheques foram compensados no mercado interbancário (cheques emitidos por um banco e apresentados a outro). No ano passado, esse número caiu para 1,39 bilhão.

Mais sujeitos a fraudes, os cheques perderam espaço para os cartões de crédito e débito e para as transações eletrônicas. De 2000 a 2008, o número de operações com os dois tipos de cartão cresceu mais de cinco vezes, de 800 milhões para 4,3 bilhões anuais.

“O uso do cheque caiu porque houve a criação e a expansão de outras formas de pagamento e financiamento”, diz Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa. “O cheque pré-datado, por exemplo, é venda a prazo, e concorre diretamente com o parcelamento no cartão de crédito”, explica.

Em muitos casos, a preferência pelo uso do cartão de crédito é do próprio varejo. Isso porque, caso o cliente deixe de pagar a conta, a inadimplência é transferida à administradora. Mas, pela tranquilidade de não levar calote, o comércio paga à administradora uma taxa sobre o valor da venda.

No pagamento à vista, os clientes também vêm preferindo o plástico ao papel. “O cartão de débito é uma forma até mais segura de fazer um pagamento do que ficar usando cheque”, diz Almeida.

Segundo Walter Tadeu de Faria, assessor técnico da Febraban, as operações eletrônicas também vêm tomando o espaço dos cheques. “Esse tipo de transação vem caindo nos últimos anos em vista da implantação, a partir de 2002, do sistema brasileiro de pagamentos. Uma boa parte de cheques migrou para a transferência eletrônica”, diz o assessor da Febraban.

Alto valor Mas se o número de cheques emitidos já perde para o de operações com cartões, em volume, o papel ainda é imbatível. Em 2008, os brasileiros gastaram R$ 1,05 trilhão no cheque – e “só” R$ 322,5 bilhões nos cartões de crédito e débito. Resultado da disparidade no tamanho dos gastos: enquanto o valor médio das operações no cartão de crédito foi de R$ 86 em 2008, no cheque esse valor foi de R$ 835, segundo a TeleCheque.

“O consumidor brasileiro tem hoje uma renda média de quase R$ 1 mil, o que significa que ele tem um limite baixo no cartão de crédito. Então, o brasileiro não consegue comprar uma geladeira, uma máquina de lavar, material de construção, essas coisas, no cartão”, explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque.

Por essa característica, o cheque ainda é um instrumento de crédito muito forte no País, aponta Praxedes. E sua importância cresceu com a crise. “Com a oferta de crédito reduzida, o comércio teve de buscar alternativas para financiar o consumidor, e aí voltou a crescer o uso do pré-datado”, argumenta Carlos Henrique de Almeida, da Serasa.

Walter de Faria, da Febraban, no entanto, alerta para os perigos desse recurso. “As pessoas, com o cheque pré-datado, postergam o compromisso financeiro, acreditando que vão ter uma situação financeira melhor mais para frente. Mas isso pode se reverter numa inadimplência mais adiante”. (Agência Globo

domingo, 12 de julho de 2009

Uso de cartões avança, e emissão de cheques cai à metade desde 2000

Em valor, porém, cheques ainda são ‘imbatíveis’ como meio de pagamento.Pré-datados viram recurso para financiamento em tempos de crise.

A forma como o brasileiro paga suas contas está mudando: desde 2000, o número de cheques compensados no país caiu à metade, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Naquele ano, 2,63 bilhões de cheques foram compensados no mercado interbancário (cheques emitidos por um banco e apresentados a outro). No ano passado, esse número caiu para 1,39 bilhão.

Mais sujeitos a fraudes, os cheques perderam espaço para os cartões de crédito e débito e para as transações eletrônicas. De 2000 a 2008, o número de operações com os dois tipos de cartão cresceu mais de cinco vezes, de 800 milhões para 4,3 bilhões anuais. “O uso do cheque caiu porque houve a criação e a expansão de outras formas de pagamento e financiamento”, diz Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa. “O cheque pré-datado, por exemplo, é venda a prazo, e concorre diretamente com o parcelamento no cartão de crédito”, explica. Em muitos casos, a preferência pelo uso do cartão de crédito é do próprio varejo. Isso porque, caso o cliente deixe de pagar a conta, a inadimplência é transferida à administradora. Mas, pela tranquilidade de não levar “calote”, o comércio paga à administradora uma taxa sobre o valor da venda.

Total de cheques compensados, mês a mês, entre agosto do ano passado e maio deste ano (Editoria de Arte/G1)
No pagamento à vista, os clientes também vêm preferindo o plástico ao papel. “O cartão de débito é uma forma até mais segura de fazer um pagamento do que ficar usando cheque”, diz Almeida. Segundo Walter Tadeu de Faria, assessor técnico da Febraban, as operações eletrônicas também vêm tomando o espaço dos cheques.

“Esse tipo de transação vem caindo nos últimos anos em vista da implantação, a partir de 2002, do sistema brasileiro de pagamentos. Uma boa parte de cheques migrou para a transferência eletrônica”, diz.

Alto valor
Mas se o número de cheques emitidos já perde para o de operações com cartões, em volume, o papel ainda é imbatível.

Em 2008, os brasileiros gastaram R$ 1,05 trilhão no cheque – e “só” R$ 322,5 bilhões nos cartões de crédito e débito. Resultado da disparidade no tamanho dos gastos: enquanto o valor médio das operações no cartão de crédito foi de R$ 86 em 2008, no cheque esse valor foi de R$ 835, segundo a TeleCheque.

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“O consumidor brasileiro tem hoje uma renda média de uns R$ 1 mil, o que significa que ele tem um limite baixo no cartão de crédito. Então ele não consegue comprar uma geladeira, uma máquina de lavar, material de construção, essas coisas, no cartão”, explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque. Por essa característica, o cheque ainda é um instrumento de crédito muito forte no país, aponta Praxedes.

E sua importância cresceu com a crise. “Com a oferta de crédito reduzida, o comércio teve que buscar alternativas para financiar o consumidor, e aí voltou a crescer o uso do pré-datado”, diz Almeida, da Serasa.

“Substituiu o financiamento bancário, as financeiras, que tiveram um período de ruptura”, completa. Faria, da Febraban, no entanto, alerta para os perigos desse recurso. “As pessoas, com o cheque pré-datado, postergam o compromisso financeiro, acreditando que vão ter uma situação financeira melhor mais para frente. Mas isso pode se reverter numa inadimplência mais adiante”.

sábado, 11 de julho de 2009

Dá para ser feliz no trabalho? (trecho)

Dois novos livros de filósofos redefinem a importância da atividade profissional para nossa formação como seres humanos. E ajudam a responder a uma pergunta que aflige milhões de pessoas

É possível que algum dia olhemos o trabalho, tal como ele é exercido hoje, com uma espécie de nostalgia. Talvez os estudiosos do futuro descrevam os escritórios do início do século XXI como locais de encontro e aprendizado, de uma vida social relativamente rica, em que as pessoas eram instigadas a resolver problemas, fazer amigos, às vezes viver romances, exercitar um pouco de política, gastar algumas horas em conversas fiadas perto da máquina de café, navegar pela internet e – por que não? – até realizar algum serviço útil de quando em quando. Para ter uma visão benevolente do mundo do trabalho, basta olhar sua evolução. Na maior parte da história da civilização, os bens que consumíamos eram feitos por escravos ou servos. Mesmo o trabalho livre não o era tanto. Artesãos da Idade Média costumavam dormir embaixo da bancada em que trabalhavam, nas guildas europeias. No início da era industrial, a situação não era melhor: as jornadas podiam chegar a 14, 16 horas, inclusive para crianças, e não havia regulamentação de nenhuma espécie.

Pode causar algum espanto, então, que os pensadores modernos encarem a rotina trabalhista de hoje como um problema, uma questão a ser esclarecida, entendida... trabalhada. Isso acontece porque o trabalho adquiriu um significado completamente novo, como mostram dois livros recém- -lançados por dois filósofos modernos. Em cada um deles, o trabalho – e seu papel em nossa vida – é totalmente redefinido. Em The pleasures and sorrows of work (Os prazeres e tristezas do trabalho, ainda sem previsão de lançamento no Brasil), o filósofo suíço-britânico Alain de Botton afirma: “A mais notável característica do trabalho moderno talvez esteja em nossa mente, na amplamente difundida crença de que o trabalho deve nos tornar felizes. Todas as sociedades tiveram o trabalho em seu centro. A nossa é a primeira a sugerir que ele possa ser muito mais que uma punição ou uma pena.
A nossa é a primeira a sugerir que deveríamos trabalhar mesmo na ausência de um imperativo financeiro”. Tão ligado está o trabalho à definição de nossa identidade que, quando somos apresentados a uma pessoa, a pergunta mais imediata que fazemos não é de onde ela vem ou quem é sua família, mas o que ela faz. Se o trabalho assumiu essa importância tão central em nossa vida, é natural que não nos contentemos apenas com o que ele nos traz. Nós sempre soubemos que o trabalho é a ação de transformar algo: matéria-prima em objetos, tarefas em serviços. Hoje nos preocupamos também com o que ele faz de nós, como ele nos transforma.

MP diz que 'nome sujo' não pode barrar contratação de empregado

Quem se sentir prejudicado pode denunciar, informa promotoria.Juízes, porém, divergem sobre decisão de empresa de não contratar.


Alfredo Francisco Lopes, de 42 anos, promotor e supervisor de vendas, disse que perdeu oportunidade por estar endividado (Foto: Reprodução / Álbum de Família)
O Ministério Público do Trabalho considera discriminação a prática de empresas que consultam serviços de proteção ao crédito antes de decidir sobre a contratação de futuros empregados, segundo informou a procuradora Valdirene Silva de Assis, vice-coordenadora nacional de combate à discriminação do órgão.

Leia também: Saiba os problemas que a inadimplência pode causar para o devedor

Confira lista de concursos e oportunidades

"O empregador não pode interferir na esfera privada no empregado. Quando faz isso e contrata em razão de eventual certidão que seja apresentada, temos uma questão de discriminação. É uma situação irregular, em que a honra é afetada e dá direito a indenização por danos morais", avalia Valdirene.

Não há regra expressa na Constituição e na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sobre a contratação de funcionários que tenham o chamado "nome sujo". Somente para os bancários há previsão legal de demissão por justa causa em caso de inadimplência.O promotor e supervisor de vendas Alfredo Francisco Lopes, de 42 anos, está há um mês desempregado e acha que não consegue emprego por causa da inadimplência.

"Um amigo que é subgerente de uma empresa viu meu currículo, achou minha qualificação boa, mas disse que o fato de eu estar devendo pode me prejudicar." O promotor diz que entrega em média 20 currículos por dia em supermercados, estabelecimentos comerciais e para representantes comerciais no Rio de Janeiro. "O departamento de recursos humanos costuma puxar o CPF e aí vê que está endividado", diz. Ele conta que a empresa onde seu cunhado trabalha não quis empregá-lo porque constatou que ele estava "com o nome sujo". "As empresas poderiam contratar a pessoa endividada e dar um período para ela limpar o nome", sugere. “Sem conseguir emprego, como fazer para pagar?”, questiona. Lopes disse que ficou inadimplente após emprestar dinheiro a um terceiro. A situação narrada ao G1 por Alfredo Francisco Lopes é comum, de acordo com a procuradora do MPT, Valdirene Silva de Assis. Atualmente, segundo ela, há diversos casos sendo investigados no país.

Êxito da ação
Ela afirmou que, para uma ação protocolada na Justiça do Trabalho ter êxito, é preciso que o empregado junte o maior número possível de provas. "Não precisa de prova para ingressar com a ação, mas precisa para ganhar", afirmou a procuradora.

Valdirene disse ainda que testemunhas ou uma ligação, mesmo que não gravada, pode servir como prova. "Se alguém da empresa tiver dito isso por telefone, pode-se pedir que quebre o sigilo telefônico." A procuradora atua no MPT do Amazonas e disse que recentemente denunciou uma empresa que fazia verificação da situação de crédito dos candidatos. "A empresa mudou atuação, assumiu o compromisso de que não faria mais. Assinou um termo de ajuste de conduta." O trabalhador que se sentir vítima de discriminação em razão da verificação dos dados cadastrais deve buscar a procuradoria regional do trabalho de seu estado - clique aqui para ver - e fazer a denúncia. O ideal é que sejam apresentadas provas. Mesmo se não houver, segundo Valdirene de Assis, os procuradores investigam as denúncias. A Serasa informou que, no contrato com as empresas parceiras, há cláusula que proíbe a verificação dos cidadãos para finalidades que não sejam as da relação de consumo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a Serasa já cancelou contratos ao verificar que os dados foram usados em processos seletivos das empresas. Quem souber que uma empresa cometeu o ato, pode procurar a Serasa e denunciar.

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Juízes
Os juízes, no entanto, divergem sobre o tema. Para o juiz do trabalho da 1ª Vara de Trabalho de Taguatinga (DF), Rogerio Neiva Pinheiro, as empresas têm atualmente liberdade para contratar.

"A Constituição proíbe a discriminação por sexo, raça, cor, idade. Mas não dispõe sobre a inadimplência. Entra a discussão: não contratar porque tem o nome negativado é discriminação?" Na avaliação de Neiva Pinheiro, a empresa pode interpretar que o candidato não honrou um compromisso financeiro.

"Honrar uma dívida é de natureza obrigacional e moral. Você quer contratar alguém que não honra seus compromissos?" Segundo ele, porém, há a questão de que não contratar alguém com nome "negativado" é atentar contra a liberdade do trabalho. "Tudo depende da situação concreta, qual é a atividade que exerce e em que situação ficou inadimplente." O juiz paulista Manoel Antonio Ariano, que há seis anos atua como substituto no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, disse que nunca julgou um caso sobre o tema e avalia que a maioria das negociações fica na esfera do Ministério Público. "É preciso visualizar cada caso, ver se há dano de fato. Suponhamos que faça o teste e é aprovado, perde tempo em exames, deixa de ir para outro emprego. Daí a empresa diz que não pode contratar porque tem o nome sujo. Pode pedir danos morais, mas depende de cada caso." Titular da 21ª Vara de Trabalho de Belo Horizonte (MG), o juiz José Eduardo de Resende Chaves Júnior considera que avaliar o crédito do candidato é discriminatório.

"Parte do princípio de que não pode haver discriminação e também de que a forma de a pessoa sair da dificuldade é estando empregado. Isso não vale, porém, para os bancários."

Bancários
A única menção a restrição de empregados com nome sujo na CLT é no caso dos bancários. O artigo 508 diz que, "considera-se justa causa, para efeito de rescisão de contrato de trabalho do empregado bancário, a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis". Para a procuradora do trabalho Valdirene Silva de Assis, mesmo com a previsão em lei, deve-se considerar cada caso isoladamente.

"A situação concreta vai dizer se exigência é razoavel ou se é sem propósito. Não obstante ele estar dentro do quadro, mas se não tiver nenhuma atuação que possa colocar em risco a situação do patrimônio deve ser avaliado." A secretária de finanças do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), diz que a entidade atua para reverter as demissões por justa causa de bancários. "São muitos os casos do tipo, mas a demissão não ocorre de uma vez. O empregado é advertido antes." Segundo ela, em algumas situações é possível reverter a demissão. "Nós alegamos que a inadimplência ocorreu por questões específicas. O empregado não foi no shopping e comprou tudo que viu na frente. São casos de doença na família, por exemplo." Ivone disse que, nesses casos, o banco tem linhas de financiamento específicas. Ela afirmou que o sindicato tenta "há anos" obter a revogação do artigo 508 da CLT. Ivone disse que já há projeto na Câmara dos Deputados com essa finalidade desde 2007. "Mas não foi analisado nem em comissão. Não é prioridade para eles. Mas continuamos tentando."