domingo, 15 de junho de 2008

Ministro japonês diz que Obama perderá porque é negro

O ministro e porta-voz do governo japonês, Nobutaka Machimura, afirmou que o provável candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, terá muitas dificuldades para vencer as eleições gerais porque é negro, segundo declarações publicadas por uma revista japonesa.
A "Shukan Bunshun", uma das revistas mais influentes do país, publicou uma declaração do ministro em que afirma que "muito além das aparências, os Estados unidos são um país conservador".
"Obama é negro e Hillary é uma mulher. Penso que será difícil ganhar", declarou Machimura, segundo a revista que cita declarações feitas à imprensa em fevereiro deste ano.
"É provável que McCain [provável candidato republicano] ganhe finalmente as eleições", afirmou ainda.
Contudo, um colaborador de Machimura desmentiu formalmente que o ministro tenha dado tais declarações. "A reportagem é totalmente carente de fundamente. Não deveriam se deixar manipular por uma revista tão estúpida", declarou à agência de notícias France Presse.
Complexo
Outro líder mundial deu declaração polêmica sobre a candidatura de Obama. O líder da Líbia, Muammar Gadaffi, afirmou nesta quinta-feira que Obama, "é um negro com complexo de inferioridade" e deverá "comportar-se pior que os brancos" caso se torne presidente dos EUA, segundo declarações publicadas pelo jornal inglês "The Guardian".
De acordo com o editor do jornal, Ian Black, Gadaffi "reforçou sua reputação de quem dá declarações polêmicas" ao reagir à promessa de Obama de manter o apoio dos EUA a Israel.
Para o líder líbio, Obama deveria destinar à África o dinheiro alocado a Israel e construir uma represa no rio Congo que suprisse a demanda de energia elétrica de todo o continente.
"O anúncio de Obama de que uma Jerusalém unificada deveria ser a capital eterna de Israel, e de que ele apoiará isso com US$ 30 bilhões [cerca de R$ 49 bilhões] nos próximos dez anos, decepcionou esperanças nossas e dos africanos", disse ainda Gadaffi.
"Tememos que Obama, por ser um negro com complexo de inferioridade, aja pior ainda que os brancos. Nós lhe pedimos que tenha orgulho de si mesmo como negro, e que sinta que toda a África o apóia", disse Gadaffi.