terça-feira, 10 de junho de 2008

Preços disparam e inflação chega a 1,97% no mês

Alimentos lideram escalada de aumentos em Goiânia, seguidos de transportes e habitação, conforme pesquisa da Seplan-Go

Pressionada principalmente pela alta dos alimentos, com destaque para arroz e carnes, a inflação de Goiânia disparou em maio, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado pela Secretaria de Planejamento de Goiás (Seplan-GO). A taxa do período ficou em 1,97%, contra 0,77% em abril. Foi o maior índice desde outubro de 2005, quando a inflação da capital goiana foi de 2,17% devido ao aumento da passagem de ônibus urbano.
A superintendente de Estatística, Pesquisa e Informação da Seplan, Lillian Maria Silva Prado, ressaltou que quatro grupos contribuíram para que o índice de maio atingisse esse resultado: alimentação, transportes, habitação e vestuário. Entretanto, o que mais pesou foi o reajuste dos alimentos, cujo índice médio foi de 3,86%. O arroz foi o produto que mais subiu no mês passado: 27,33%. Em contrapartida, o feijão carioca apresentou queda de 12,42%.
A carne bovina teve aumento médio de 10,44%. Os cortes com maiores reajustes foram a paleta (14,24%) e o coxão duro (13,88%). Também foram apuradas altas na carne suína (5,66%), no frango (6,82%) e nos ovos (8,07%). Problemas no abastecimento do trigo puxaram os preços da farinha de trigo (10,24%), macarrão (7,81%) e do pão francês (3,41%).
Para Lilian Prado, a elevação dos preços do arroz e das carnes se deve à menor e crescimento da demanda. De janeiro a maio, o arroz acumula alta de 41,48%. O cereal deve estabilizar este mês, mas em um patamar mais elevado.
No caso da carne bovina, houve redução do plantel de animais. Como agora tem início o período da entressafra, há tendência de novos aumentos do produto.