sábado, 21 de junho de 2008

Endividamento entre paulistanos cai mas inadimplência aumenta entre maio e junho

SÃO PAULO - O número de paulistanos endividados se manteve praticamente inalterado entre maio e junho, com recuo de 50% para 49% dos consumidores consultados pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O levantamento mensal feito pela entidade com 1.360 consumidores da capital paulista mostra que no confronto com junho do ano passado, quando essa participação era de 62%, a queda foi de 13 pontos percentuais. A pesquisa mostra também que o comprometimento da renda no pagamento de dívidas neste mês avançou apenas um ponto percentual, ficando em 32%.Apesar da pequena retração no endividamento, o nível de inadimplência avançou dois pontos percentuais em relação a maio, para 33%. O índice, entretanto, é bem menor do que o registrado um ano antes, quando a inadimplência era de 41%.A pesquisa mostra que aumentou a proporção de endividados entre os consumidores que ganham até três salários mínimos. Essa categoria contava com 55% de endividados em maio e agora lidera a pesquisa com 57% de paulistanos nessa faixa de renda. Também é essa a categoria com mais inadimplentes (49%).Entre os que têm renda mensal entre 3 a 10 salários mínimos os endividados diminuíram de 58% para 53%. Nessa faixa de renda, 29% estão inadimplentes. Na categoria de consumidores que ganham mais de 10 salários os inadimplentes são 19% do universo pesquisado, para um nível de endividamento de 39%.Entre os inadimplentes, 67% pretendem pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso, percentual menor do que os 71% apurados no mês anterior. Essa intenção é maior ente consumidores que ganham mais de 10 salários mínimos (80%). Para os que ganham entre 3 e 10 salários mínimos a intenção de quitar débitos atrasados é de 77%, acima dos 54% detectados entre os inadimplentes que ganham menos de 3 salários mínimos.Na avaliação de 40% dos inadimplentes, a principal razão para o atraso no pagamento dos compromissos é o descontrole financeiro. O desemprego é citado por 26% dos consultados.O prazo médio do comprometimento da renda dos paulistanos com pagamento de dívidas é de 3 meses a 1 ano em 41% dos casos. Comprometimento médio de até três meses atinge 26% dos endividados e prazos superiores a 1 ano são reportados em 32% dos casos.Ao avaliar o atraso nos casos de inadimplência, 34% dos consumidores têm atraso de 30 a 60 dias, 25% dos inadimplentes estão atrasados com seus compromissos há mais de 90 dias. Outros 23% estão com compromissos atrasados há 30 dias e 18% têm contas atrasadas por um período entre 60 e 90 dias.Da base consultada, 53% dos paulistanos têm dívidas com cartão de crédito e 20% mencionam dívidas com carnês. Gastos com alimentação, eletrodomésticos e vestuário são os mais citados. As mulheres encontram-se mais endividadas que os homens (51% e 48% respectivamente) e também mais inadimplentes (33% e 32% respectivamente).Entre consumidores com até 35 anos, 52% estão endividados e 34% estão com contas em atraso. Entre os paulistanos com idade acima de 35 anos, os endividados são 45% e os inadimplentes são 31%.

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