terça-feira, 10 de junho de 2008

Casas Bahia investe R$ 1 bi em mídia

Os três maiores anunciantes do país continuam os mesmos -Casas Bahia, Unilever e AmBev , ordem que se repete desde 2003 -, mas ao analisar o investimento publicitário por atividade econômica, muita coisa mudou em 2007. É o que se conclui do Projeto Inter-Meios, relatório de investimento em mídia produzido pela PricewaterhouseCoopers para a editora Meio & Mensagem. O levantamento lista os 300 maiores anunciantes do país, que aplicaram juntos R$ 10,25 bilhões em 2007. Só a Casas Bahia injetou um décimo disso, batendo pela primeira vez a casa do bilhão (R$ 1,002 bilhão).
No varejo, a baiana Insinuante passou à frente do Grupo Pão de Açúcar e investiu R$ 142,7 milhões em 2007 (30% a mais), enquanto a verba do concorrente caiu 15%, para R$ 134,2 milhões. No ranking geral, o Pão de Açúcar foi do quarto para o 13º lugar. Quem também enxugou verbas foi o Itaú: queda de 25% para R$ 106,6 milhões, que o levou do oitavo para o 18º lugar. O Bradesco, por sua vez, subiu quatro posições (da 10ª para a sexta). O Real manteve o 25º lugar, enquanto o HSBC arrancou, partindo da 44ª à 27ª posição (R$ 88,4 milhões), à frente do Santander (que caiu do 22º para o 38º lugar).
"As mudanças acontecem nos setores que vêm registrando maior competição", diz Salles Neto, presidente do Meio & Mensagem. Em higiene pessoal e beleza, a Johnson & Johnson deu um impulso de 120% na verba, para R$ 61,5 milhões (foi da 75ª para a 37ª posição). Com exceção da Fiat (quinta maior anunciante), as montadoras também mudaram de lugar: Ford subiu três posições (4º lugar), passando à frente da Fiat e da GM, que caiu quatro degraus (10º lugar). A Volks subiu dois (14º).
Entre os anunciantes do governo, a Caixa Econômica Federal continua líder (R$ 229,9 milhões), seguida por Petrobras (R$ 160,7 milhões) e Banco do Brasil (R$ 148,4 milhões). Em São Paulo, o salto se deu na Prefeitura da capital, da ordem de 32%, para R$ 25,2 milhões, perto do que investiu o governo paulista (R$ 27,3 milhões), cuja verba caiu 39%. (DM)