terça-feira, 30 de dezembro de 2008

No quarto dia de ataques, mortos passam de 340 em Gaza

No quarto dia do maior ataque já realizado por Israel à faixa de Gaza, não há nenhum sinal que indique possibilidade de um cessar-fogo. Mais de 340 pessoas já morreram e pelo menos 1.400 ficaram feridas no conflito. Nesta terça, os ataques israelenses continuaram, e vieram horas depois que mísseis lançados por militantes palestinos mataram um soldado israelense. Fontes médicas oficiais disseram que os ataques desta terça já mataram pelo menos dez pessoas.

Segundo os últimos dados da agência de notícia Reuters, o número de mortos passa de 347. Para a France Presse, o conflito já matou ao menos 360. Já a Associated Press arrisca 364. A ONU (Organização das Nações Unidas), assegura que, deste número, pelo menos 62 são civis.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta segunda-feira que seu país vai travar uma guerra "até as últimas conseqüências contra o grupo militante palestino Hamas e seus aliados na faixa de Gaza". "Nós queremos paz, e estendemos a mão mais de uma vez ao povo palestino", afirmou Barak. "Não temos nada contra o povo de Gaza, mas temos uma guerra até o amargo fim contra o Hamas e suas extensões", completou o ministro.

Um militante do Hamas conclamou os grupos palestinos a responderem usando todos os "meios possíveis contra Israel", incluindo "operações de mártires", o que pode ser interpretado como ataques suicidas.

Ataque terrestre
Forças terrestres israelenses estão se agrupando na fronteira com Gaza, e o governo de Israel declarou "zona militar fechada" em áreas ao redor do território palestino.

De acordo com o governo israelense, a medida foi tomada devido ao risco de ataques palestinos com foguetes contra alvos israelenses na região em retaliação contra a ofensiva em Gaza. Israel alega que mais de 110 foguetes foram lançados do território desde o último sábado.

A decisão de fechar a região ao redor da faixa de Gaza, a convocação de 6,5 mil reservistas e a movimentação de tropas na fronteira são sinais de que uma operação terrestre está sendo preparada por Israel.

Os ataques israelenses tiveram início depois que falharam as negociações para renovar um cessar-fogo que durou seis meses entre Israel e o grupo extremista Hamas, que domina a faixa de Gaza

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