terça-feira, 29 de setembro de 2009

Torne o café da manhã na padaria uma refeição saudável

Pular o café da manhã.
Muita gente tem esse hábito, que é supercondenado pelos nutricionistas. E não é para menos. Deixar de fazer essa primeira refeição, depois de uma noite de sono, pode resultar em mais fome ao longo do dia e a ingestão de 10% a mais de calorias que o normal.
"Hipoglicemia, baixo rendimento, falta de concentração e náuseas também são consequências de ficar sem comer logo cedo", alerta a nutricionista do MinhaVida, Roberta Stella. Uma das desculpas mais ouvidas de quem salta direto para o prato do almoço é a falta de tempo. Então, que tal optar por fazer o café da manhã na padaria? Dá para ir além da média com pão na chapa. Por outro lado, se as opções são muitas, as chances de escorregar e fazer refeições fora da dieta também são grandes. Assim, é preciso direcionar as escolhas para fazer o desjejum do jeito certo. A primeira refeição do dia deve incluir alimentos com os nutrientes importantes para o organismo. "O café da manhã é a refeição que vai aumentar o metabolismo para as nossas atividades diárias, devendo ser uma refeição energética à base de carboidratos e proteínas", explica a nutróloga Paula Cabral, da Clínica Hagla, do Rio de Janeiro. Abaixo, tire bom proveito dos acertos do balcão.

Cesta de pães
O tradicional pão é uma ótima pedida e pode ser enriquecido com queijos magros, além de presunto ou peito de peru sem a capa de gordura, boas fontes de proteínas. Até o pão doce pode ser consumido pela manhã, desde que seja "queimado" depois com a ajuda de exercícios físicos. Mas as opções mais saudáveis ainda são as versões integrais. "Os pães integrais contêm mais fibras, vitaminas e minerais, quando comparados com os pães que levam apenas farinha refinada" , explica a nutricionista Roberta Stella.

Leite com moderação
De acordo com a nutróloga Paula Cabral, o consumo de carboidratos com bebidas à base de leite deve ser evitado. Os melhores acompanhamentos são café, chá ou sucos. "O leite fermenta tudo que estiver associado a ele. A fermentação engorda, desacelera o metabolismo, baixa o rendimento, gera gases e dores de cabeça', explica ela. 'Muitas pessoas não conseguem digerir o leite, após a infância, e começam com uma intolerância que passa despercebida, causando transtornos alimentares."

Invista nos sucos turbinados
No balcão da padaria, o suco é uma ótima pedida, principalmente se você vai muito cedo para a academia. As versões que misturam frutas e vegetais são ainda mais bem-vindas. Como, por exemplo, suco de laranja batido com rúcula, agrião ou cenoura. "A adição melhora o teor de fibras, vitaminas e sais minerais da bebida ?", explica Paula Cabral. "Mas o melhor horário para sua ingestão é o horário da tarde, quando a energia está diminuindo. Por conter frutose, um açúcar simples, o líquido consegue ser absorvido com rapidez.", recomenda.

Prateleira das proteínasInvista neles.
Os queijos são boas fontes de proteína, nutriente importante para a construção dos novos tecidos do organismo, e de cálcio, participante da formação dos ossos. Comparando os queijos brancos (queijo minas, ricota e cottage) com os amarelos, os primeiros apresentam menos calorias, devido ao menor teor de gorduras.

O corredor das guloseimas
Bolos, tortas, sonhos, bombas e outros quitutes confeitados podem ser uma verdadeira perdição na padaria. Eles não precisam ser abolidos do seu cardápio matinal, mas também não podem tomar conta dele. "Doces pela manhã só com moderação. Eles fazem o organismo produzir mais insulina para dar conta dos picos de glicose, o que retarda o metabolismo e pode se tornar um ciclo vicioso", diz Paula.

Fique longe dessa turma
Evite os alimentos ricos em gordura saturada e colesterol. "O elevado consumo destes tipos de gordura está relacionado ao desenvolvimento de males como as doenças cardiovasculares", aponta Roberta. Dessa forma, tente substituir manteiga, ovo frito, omelete, queijos amarelos e salsicha para montar um café da manhã mais saudável. Risque também a pizza, os salgadinhos, como a coxinha, e os folhados. "Açúcares refinados e achocolatados também devem ser evitados, já que não fornecem nutrientes importantes para o organismo e são de rápida absorção, fazendo com que a sensação de fome volte mais depressa", completa.

Iogurte com granola
Difícil uma padaria que não conte com esta dupla, amigona da dieta. Ricos em fibras, os cereais matinais ajudam a regular o funcionamento do intestino e dão maior sensação de saciedade ao longo do dia, evitando o excesso alimentar e retardando a sensação de fome.

domingo, 27 de setembro de 2009

Meirelles é exceção

A possível candidatura de Henrique Meirelles ao governo goiano, sonhada por uns, coloca em questão a presença de Goiás no cenário nacional. O presidente do Banco Central é, sem dúvida, o goiano que ocupa o mais destacado cargo na República Brasileira, sem desmerecer os ilustres senadores e deputados federais. Contudo, uma questão é certa, seu cargo e a sua permanência no mesmo, ao longo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, não se apresenta como demanda de Goiás e nem em razão da força política estadual. Os motivos e razões de um goiano dirigir o Banco
Central foram e são de outra natureza.
Itami Campos

Neste sentido, há diferenças entre a presença de Goiás na economia e na política brasileira. Goiás, desde os anos de 1930 e, especialmente, a partir dos anos 1980, passou a ter uma presença maior na economia brasileira. A economia estadual, hoje, apresenta avanços em setores industriais, situando-se entre as principais economias brasileiras, com crescente índice de exportação de produtos. No entanto, na cultura, na área jurídica e nem na política Goiás se destaca nacionalmente.

Ao longo da República foram poucos os goianos que ocuparam cargos de destaque nacional, de ministro de Estado principalmente. Verificando os nomes de ministros goianos, tem-se uma relação não muito grande. Leopoldo de Bulhões, chefe político estadual no início da República, torna-se ministro da Fazenda em 1902-1906 e em 1910-1911, mas perde a chefia política regional, ainda ministro de Rodrigues Alves. Durante muito tempo, nenhum político goiano chegou ao primeiro escalão federal. Nem Antônio Ramos Totó Caiado, inconteste chefe político goiano de 1909 até 1930, nem Pedro Ludovico, mais influente chefe político goiano de 1930 até a década de 1970, ocuparam posição de destaque no cenário nacional. No regime parlamentarista (1961-1963), o jornalista Alfredo Nasser, paulista radicado em Goiás, ocupou a Pasta da Justiça (1961-1962). Durante o regime militar (1964-1984) nenhuma liderança de Goiás se destaca nacionalmente.

A partir de 1985, a presença goiana no plano nacional tem sido maior. Foram ministros de Estado: Íris Rezende (duas vezes), Flávio Peixoto (duas vezes), Henrique Santillo e Ovídio de Angelis. Parece refletir alteração na relação de força do Estado com a Federação, mesmo assim ainda menor que a de muitos outros Estados. No governo Lula, além de Meirelles, nenhum goiano ocupou pasta ministerial. E tem sido pequena a presença goiana nos segundo e terceiro escalões, apesar da proximidade territorial de Brasília. Observe-se que alguns Estados utilizam-se estrategicamente desses escalões intermediários para capitalizar vantagens nas disputas por verbas e outros recursos junto ao governo federal.

Ao que tudo indica, o político goiano apresenta-se humilde, acanhado e pouco articulado em Brasília, se comparado a políticos de outras regiões. Contraditoriamente, quando prestigiado nacionalmente, lhe retiram espaço regionalmente ou, no mínimo, não tem reconhecimento efetivo de sua expressão política nacional. Muitos são os políticos goianos que, com destaque no Congresso Nacional, passam a ter dificuldade em manter seu eleitorado.

No que se refere ao presidente do Banco Central, mostra-se evidente o assédio de políticos goianos para sua filiação partidária e mesmo para candidatura a cargo executivo. Além disso, a postulação de uma candidatura parece ser mais pressão e interesse de grupos políticos regionais que vontade do próprio Meirelles em apostar suas fichas, obtidas em gestão bancária e do setor financeiro, num jogo político de difícil previsão. Embora lhe seja reconhecido o sucesso na estabilização da economia brasileira na crise do capitalismo global, há dúvidas se esse êxito na economia se reverterá em votos nos rincões goianos. Daí a questão: por que o assédio para filiação e candidatura, se o próprio nunca manifestou claramente a vontade de candidatar-se? Será por seu prestígio nacional, pois, ele não tem base eleitoral em Goiás.

Vale considerar que política envolve recursos e poder, mas também capacidade de articulação. O processo eleitoral apresenta-se como espaço para ser trabalhado com habilidade, mas cheio de manhas e artifícios. Quem tem força eleitoral e peso político pode pretender bancar o jogo, mas arrisca-se a perder, mesmo porque na política não há espaço para ingenuidade, sendo que a autoridade advém dos votos obtidos.

Itami Campos, cientista político, é pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da UniEvangélicaitamicampos@gmail.com

sábado, 26 de setembro de 2009

Desigualdade ainda é grande

Entre 2003 e 2008, houve redução de 39,72% da pobreza em Goiás. Embora o avanço tenha sido expressivo, ele ainda é inferior ao da média nacional (43,03%), de acordo com a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em Goiás, no período de cinco anos (entre 2003 e 2008), 1,270 milhão de pessoas melhorou de vida, passando a integrar as classes A, B e C.

Desse total, 252 mil são goianienses, de acordo com o estudo Atlas do Bolso dos Brasileiros, da FGV, coordenado pelo professor Marcelo Cortes Neri.

MisériaNo País, no mesmo período , 19,3 milhões de pessoas saíram da linha da miséria, com renda abaixo de R$ 137,00.

Entre as 27 capitais, o município de Palmas (TO) foi o que registrou a maior redução de pobres, seguido de Vitória (ES), Goiânia, Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).

Em termos de renda, Goiás ocupa a 9ª posição, com média por trabalhador de R$ 474,04, enquanto em Goiânia esse valor sobe para R$ 721,00.

Os trabalhadores mais bem remunerados no Brasil são os do Distrito Federal, com renda média de R$ 961,33, enquanto os que ganham menos são os maranhenses, com R$ 220,86. (Sônia Ferreira)


Porcentual de mais ricosaumenta no Estado

Goiás tem quase 10% da população na classealta. Em 2003, esse porcentual era de 6%
Sônia Ferreira

No Estado de Goiás, menos de 10% da população (9,98%) pertencem à classe alta, mas quando se analisa apenas Goiânia, esse índice salta para 21,67%. Estão na classe alta as pessoas com renda superior a R$ 4.807,00.

Mais da metade dos moradores goianos (54,87%) está enquadrada na classe média, com renda mensal entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00, índice bem superior ao da média nacional, de 49,2%.

A conclusão é de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenado pelo professor Marcelo Cortes Neri, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O campeão de concentração de renda é o Distrito Federal, seguido do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro (veja quadro).

Na capital federal, 26,5% da população pertencem à classe AB. Em todo o Brasil, essa classe representa 10,4% do total. Portanto, Goiás está abaixo da média nacional. Mas em 2007, a classe alta no Estado era ainda menor, 8,82%, e em 2003 eram apenas 6% da população.

O menor porcentual da população com renda mais alta está no Maranhão, com apenas 3,08%. Ao mesmo tempo, o Estado nordestino tem a segunda maior proporção de pobres, com 33,8% da população classificada na classe E. Em relação a 2007, diminuiu a proporção de pobres no Maranhão, pois naquele ano 38,3% estavam na classe E.

RendaPelos critérios da FGV, compõem a classe AB quem tem renda domiciliar superior a R$ 4.807,00. Entre R$ 1.115,00 e R$ 4.806,00 estão os integrantes da classe C.

Com renda domiciliar de R$ 768,00 a R$ 1.114,00 estão os brasileiros da classe D. Finalmente, quem tem renda inferior a R$ 768,00, está na classe E.

O maior patamar de pobres está em Alagoas, com 38,8% do total. Os dados da FGV revelam aumento da proporção de pobres entre os alagoanos, já que em 2007, 37,9% estavam na classe E.
Em todo o País, 16% da população são incluídos na camada mais pobre.

DesempregadosEm Goiás, o porcentual é de 10,25%. Do total de desempregados no País, 25,6% estão na classe D. Entre os empregados agrícolas, 22,3% também estão na classe D.

Santa Catarina tem a menor proporção de pobres no País, com 4,53% da população pertencente à classe E. Apesar da menor número de pobres entre os catarinenses, houve aumento na proporção na comparação com 2007, quando 3,67% da população local estava na classe E. Já em Goiás, o porcentual de mais pobre caiu no ano passado, nas comparações com 2008 (11,86%) e com 2003 (23,25%).
Classe média Na chamada classe média, a maior proporção do País também coube a Santa Catarina, onde 65,4% da população está na classe C. Em 2007, 67,4% da população catarinense era de classe média. Goiás ocupa a 6ª posição no ranking nacional entre os Estados com o maior porcentual da população concentrada na classe média.
Já em Goiânia, 77,31% dos moradores se enquadram na classe C, destacando-se na 7ª posição no ranking nacional entre as 36 principais cidades brasileiras.
Em sentido inverso, 27,7% da população de Alagoas é de classe média. Em 2007, 26,9% da população alagoana estava na classe C. Segundo a FGV, 49,2% da população brasileira pertence à classe C.
Classes A,B,C e D A FGV aponta que 67,8% dos empregados com carteira assinada no País está na classe C. Essa classe concentra ainda 57,13% dos funcionários públicos brasileiros. A classe C tem ainda a maior proporção de desempregados, com 38,8% do total.
Já na classe D, a maior proporção está no Pará, onde 34,1% da população local estão nessa faixa de renda.
Santa Catarina, novamente, tem a menor proporção, com 13,2% da população na classe D.
A classe AB concentra 54,3% dos contribuintes para a previdência. Na classe C, estão outros 37,8%; 4,3% dos contribuintes estão na classe D, e 3,4 % estão na parcela mais pobre da população brasileira. (Com Folhapress)

Quem adotará nossos idosos?




As projeções demográficas vêm demonstrando que o século 21 se caracterizará pelo incremento significativo de idosos na formação da sociedade brasileira. Os anos 50 e 60 foram os anos do boom populacional. Anos marcados por acentuado coeficiente de natalidade, pessoas nascidas nesse período são chamadas de baby boomers. No entanto, a partir do ano de 2010 e 2020 os baby boomers entrarão na idade idosa. São os baby boomers transformando-se em elderly boomers.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008, para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos existiam 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, o quadro muda e para cada 100 crianças de 0 a 14 anos existirão 172,7 idosos. Os avanços da área biomédica e as melhorias nas condições de vida da população repercutem positivamente na média de vida do brasileiro (expectativa de vida ao nascer) de 45,5 anos de idade, em 1940, para 72,7 anos, em 2008. Tendência que, segundo o IBGE, continuará nos anos seguintes, alcançando em 2050 o patamar de 81,29 anos, basicamente o mesmo nível atual da Islândia (81,80), Hong Kong, China (82,20) e Japão (82,60).

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou quatro políticas de maior importância para a população idosa em crescimento: renda para compensar a perda da capacidade laboral (previdência e assistência social), saúde, cuidados de longa duração e a criação de um entorno favorável, que inclua aspectos como habitação, infraestrutura e acessibilidade. Daí ser imperativo pensar no futuro dos idosos.

No Brasil, o suporte proporcionado pela família, base principal do apoio oferecido ao idoso pelo tripé família-comunidade-Estado, como na maioria dos países em desenvolvimento, deverá enfrentar dificuldades crescentes. Chaimowicz, estudioso no assunto, destaca algumas dificuldades. A primeira delas, a inexistência de políticas sociais de suporte aos cuidadores, em referência aos familiares ou outros indivíduos que prestam auxílio direto ao idoso em suas atividades básicas; a segunda, o tamanho das famílias no Brasil, que vem diminuindo devido à queda da fecundidade; a terceira dificuldade a ser enfrentada está no aumento de separações conjugais, idosos residindo sozinhos, casais que optam por não ter filhos, e mães que criam sozinhas seus filhos; finalmente, a quarta dificuldade identificada, qual seja idosos residindo com familiares cuja renda total não ultrapassa três salários mínimos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recentemente sancionou a nova Lei Nacional de Adoção, que cria mecanismos para evitar o afastamento do convívio familiar da criança, impede que os menores fiquem mais de dois anos em abrigos e acelera o processo de adoção. O texto é centrado na garantia do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em analogia à questão, no outro extremo da vida, temos o Estatuto do Idoso, que nas suas disposições preliminares relata: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.

São extremos da vida muito bem respaldados pelo ordenamento jurídico brasileiro. No entanto, faz-se necessário o cumprimento da lei.

A adoção nesse contexto ganha significado particular, pois que este gesto sempre ensejou no imaginário popular um ato voltado essencialmente à infância. Na perspectiva aqui abordada, adotar significa acolher e assumir as particularidades e necessidades de uma população imprudentemente esquecida, a população que envelhece. O idoso, a família, a comunidade e o Estado estão preparados?

Enfim, estes são alguns desafios face ao envelhecimento populacional.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bicicleta melhora trânsito e a saúde


Aumenta em Goiânia o número daqueles que trocaram o carro pela ‘magrela’

Criado na Europa há 11 anos, o Dia Mundial Sem Carro foi celebrado ontem em vários países. Para marcar a data, que visa a redução da poluição ambiental, melhoria do trânsito e da qualidade de vida da população, as pessoas foram convidadas a deixar seus carros na garagem durante todo o dia e a buscar outros meios de locomoção pelas cidades. Em Goiânia, capital com uma das maiores frotas do País, o movimento nas ruas mostrou que os goianienses deixaram a data passar em branco.

Como acontece diariamente, pelo menos nos dias úteis, quase 900 mil veículos, incluindo cerca de 700 mil carros e motocicletas, circularam pelas ruas da capital no Dia Mundial Sem Carro, cuja celebração ocorre dentro da Semana Nacional de Trânsito. Mas, na contramão daqueles que não deixam o carro parado nem mesmo em uma data especial, aos poucos vem aumentando o número de goianienses que opta por outro meio de transporte.

O biólogo Fernando Ferrari de Morais, de 30 anos, faz parte do time dos que já trocaram o carro pela bicicleta. A troca aconteceu há quatro anos, quando ele ainda morava em Campinas (SP). “Mandei consertar uma bicicleta que tinha em casa e percebi que, se não começasse a pedalar, teria jogado dinheiro fora”, recorda Fernando.

Para evitar o prejuízo, ele passou a usar a bicicleta diariamente, inclusive para ir trabalhar. Quando se mudou para Goiânia, manteve o hábito. Morando no Setor Negrão de Lima e trabalhando no Setor Bueno, Fernando pedala diariamente cerca de 14 quilômetros, apenas no trajeto de ida e volta do serviço.

O uso do carro fica restrito aos passeios com a namorada e às idas ao supermercado, por exemplo. “Isso porque não consigo carregar as compras na bicicleta”, diz Fernando, que não abre mão dos equipamentos de segurança, como óculos, luva e capacete, nem do respeito às leis de trânsito. “Ciclista também precisa obedecer à sinalização”, ensina o biólogo, que garante só ter tido ganhos com a troca do carro pela bicicleta. As pedaladas diárias melhoraram a saúde de Fernando. E o físico também: em seis meses, ele emagreceu18 quilos. Outro ganho foi de tempo. Em dias chuvosos, por exemplo, ele gasta cerca de 40 minutos de carro para ir de casa ao trabalho. Com a bicicleta, esse tempo não passa de 21 minutos.

O meio ambiente e o trânsito também ganharam com a escolha de Fernando. “Além da bicicleta não poluir, seu uso ainda representa um carro a menos nas ruas e, consequentemente, menos tumulto no trânsito”, diz o biólogo, para quem se mais pessoas optassem pela bicicleta a segurança nas ruas poderia melhorar. Para incentivar o uso do veículo, ele sugere mais investimentos na sinalização das vias e na educação de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres para o respeito às leis de trânsito.

Na casa de Sirlene Bonifácio da Silva, de 38 anos, o carro também é deixado apenas para os passeios de toda a família ou para situações emergenciais. O transporte coletivo também só é usado em casos raros. No dia-a-dia, ela, o marido José Serra e as filhas Isabella e Gabriella recorrem mesmo às bicicletas e caminhadas.

As deficiências no transporte coletivo da capital, com ônibus lotados e quase sempre atrasados, foram as principais razões que levaram Sirlene a aderir ao uso da bicicleta. “Mesmo saindo mais cedo de casa, frequentemente chegava atrasada ao trabalho”, conta Sirlene, que mora na Vila Romana, próximo à BR-153, e gasta cerca de uma hora no percurso dos dois ônibus que precisa pegar para chegar ao trabalho, no Setor Oeste.

De bicicleta, ela não leva mais de meia hora para percorrer os 6 quilômetros entre sua casa e o trabalho. O marido de Sirlene também só vai para o serviço de bicicleta.

Para renovar o Planeta


Oficialmente, o 21 de setembro significa, no sul do mundo, o início da primavera, assim como no norte, o calor do verão se abranda e se entra no outono. Neste ano, são os povos indígenas que marcam para o início de outubro o que, nas culturas guarani e também quétchua, se chama de “minga” e que os brasileiros do Centro-Oeste denominam de “mutirão” ou trabalho comunitário para salvar o Planeta. Foi uma decisão tomada pelos índios e índias, representantes de diversos povos originários de todo o continente, no 9º Fórum Social Mundial em janeiro de 2009: realizar assembleias para articular estratégias de defesa do Planeta, em vista da próxima Conferência Mundial sobre o Clima que se realizará em Copenhague, em dezembro.

A Minga Global por la Madre Tierra, que se realizará em Quito, se iniciará no 12 de outubro, dia que lembra a chegada de Colombo e suas caravelas ao Caribe, ao mesmo tempo em que convoca a humanidade para possibilitar à Terra uma nova primavera. Em sintonia com esta conferência, muitas outras ocorrerão por todo o continente. O projeto é propor formas de as comunidades locais contribuírem para a defesa das florestas, assim como para a proteção dos rios e do ar.

Os povos indígenas querem impedir que o capitalismo continue destruindo a natureza, sob o pretexto de um progresso econômico que representa apenas lucro para uma elite minoritária de pessoas inconsequentes.

No início da década de 60, o papa João XXIII propunha aos católicos uma oração que pedia a Deus uma nova primavera para a Igreja. Este rejuvenescimento eclesial começou a ocorrer com o Concílio ecumênico Vaticano II, que, além dos bispos, reuniu representantes de outras confissões cristãs, para renovar a Igreja Católica e ajudá-la a se inserir no mundo moderno como irmã da humanidade e servidora da paz e da justiça. Este acontecimento que representou um forte início de renovação para a vida eclesial católica acabou repercutindo na teologia e na ação de muitas outras Igrejas cristãs que também viveram um bom processo de renovação interior e social.

No começo deste século 21, uma nova primavera se anunciou não mais para as Igrejas e sim para toda a humanidade e para o Planeta, através dos diversos fóruns sociais, internacionais e locais. Ao proclamar que “um novo mundo é possível”, pessoas originárias de todos os continentes e pertencentes às mais diferentes classes sociais e funções se comprometem em colaborar ativamente para que este caminho de renovação possa se abrir para as sociedades humanas, divididas por tantas injustiças, e para a natureza, agredida e ameaçada de extinção.

Tanto as ações dos fóruns sociais como do mutirão realizado pelas comunidades indígenas para salvar o Planeta são atos proféticos porque se baseiam em ações comunitárias de base. Sabem que as iniciativas de governos e empresas para preservar o Planeta são fundamentais, mas se estas não se inserem em um conjunto de cuidados cotidianos vividos por cada pessoa e comunidades locais, mesmo as melhores iniciativas públicas seriam como um edifício sem alicerce. Por isso, as comunidades indígenas comprometem a todos os seres humanos e não apenas a governantes, empresários e poderosos do mundo. Pedem que tratemos os animais e as plantas como seres vivos e dotados de sensibilidade e não apenas como mercadorias; propõem que nos relacionemos com respeito e compaixão para com cada ser da natureza, procurando nele contemplar uma companhia na comunidade da vida e não apenas um objeto a ser consumido.

Estas conferências e diálogos indígenas são atos proféticos ainda pelo fato de não se basearem apenas em princípios ideológicos e critérios técnicos, por mais importantes que estes sejam. São propostas que se inserem nas tradições espirituais da humanidade e propõem uma verdadeira espiritualidade ecológica que ultrapassa os limites de cada confissão religiosa e se abre a todos os caminhos espirituais e culturas. Um documento cristão do século 2 dizia: “Queres encontrar a Deus? Olha uma planta, ouve a voz de um animal, ou mesmo quando contemplas uma pedra, poderás descobrir que ali está presente o amor que te gerou”.

Marcelo Barros é monge beneditino e escritor

Saúde bucal e qualidade de vida


O último e mais completo estudo epidemiológico sobre saúde bucal no Brasil foi realizado em 2003 (SB Brasil). Revelou condição bastante preocupante. O Brasil possuía cerca de 30 milhões de pessoas com perda de algum dente e 8% da população sem nenhuma dentição; 13% dos adolescentes nunca fizeram avaliação com dentista e 45% dos brasileiros não tinham acesso a escova de dentes. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos indivíduos com 18 anos devem ter todos os dentes e o estudo revelou que apenas 55% desta população apresentava tal condição. Outro dado alarmante: as necessidades de tratamento com prótese dentária para reposição de dentes perdidos começavam entre 15 e 19 anos.

Por que a saúde bucal no Brasil apresenta números tão cruéis? Não é por falta de dentistas. Com cerca de 230 mil cirurgiões dentistas para uma população de 190 milhões de brasileiros, há uma média de 1 dentista para cada 900 pessoas. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia, esta é uma proporção considerada satisfatória, diante da preconização da OMS, de 1 para cada 1.500 pessoas.

Se reportarmos à história de investimento em saúde pelo poder público, há a convicção de que a realidade da saúde bucal do brasileiro exposta acima é o reflexo da cultural falta de prioridade com saúde do brasileiro. Mais que ficar discutindo o que deveria ter sido feito, ideal é buscar a implementação de políticas sérias e abrangentes de saúde bucal. Políticas que priorizem a valorização das equipes de saúde bucal e, sobretudo, que os recursos investidos tenham destinos certos.

O Projeto Brasil Sorridente, integrando o Programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Ministério da Saúde, foi criado em 2004 com a proposta de mudar a caótica realidade de saúde bucal do brasileiro. E, de acordo com dados oficiais, no período de 2003 a 2006 foram investidos R$ 1,2 bilhão na promoção de saúde bucal, com promessa de que até 2010 o montante investido atingirá R$ 2,7 bilhões. Diante de números tão expressivos, há que se esperar mudanças profundas na realidade atual. Novo estudo para levantamento epidemiológico está previsto para 2010.

O 15º Congresso Internacional de Odontologia de Goiás, realizado esta semana em Goiânia, propõe como temática central Brasil Sorridente: uma Nova Realidade Social? Oportunidade de compartilhar experiências que podem promover uma maior eficácia ao projeto. Espera-se que, ao final, tenhamos uma resposta convincente ao questionamento proposto e que os debatedores não se furtem em expor os reais resultados obtidos até então. Há que se ter a consciência de que se trata de uma discussão indispensável na atual conjuntura de transformação socioeconômica por que passa nosso País.

É fato que a saúde bucal reflete em vários aspectos na qualidade de vida do indivíduo. Tanto é verdade que em pesquisa recente, neste mês, abordando as profissões que despertam mais confiança na população, os dentistas ficaram em terceiro lugar, atrás apenas dos bombeiros e pilotos de aviação.

A pessoa com limitações na mastigação dos alimentos, seja por algum quadro de dor ou pela perda de dentes, pode ter comprometido todo o processo de digestão, resultando em problemas mais graves à saúde geral. Há inúmeros tipos de cefaléias cujo fator causal encontra-se no sistema mastigatório. E obviamente quando isto ocorre o profissional responsável pelo diagnóstico e tratamento é o cirurgião dentista.

Portanto, há evidências da necessidade de promovermos e mantermos um padrão aceitável de saúde bucal. Para tanto, todos precisam estar envolvidos e conscientes de suas responsabilidades.

Sicknan Rocha, especialista, mestre e doutor em Reabilitação Oral/Unesp, é prof. adjunto da Faculdade de Odontologia da UFG

Da garagem de casa aos R$ 500 milhões por ano

Sung Un Song, dono da fabricante de placas para computador Digitron, sobreviveu ao contrabando do mercado de informática e, hoje, é a possui a única empresa licenciada pela Intel no mundo para produzir placas-mãe
Por Viviane Maia

Song, da Digitron: espírito "garageiro" sempre
Em meio ao improviso doméstico, dividindo espaço com sua máquina de lavar, Sung Un Song começou a montar placas-mãe para computadores.

A ideia de ter seu negócio próprio surgiu durante o período da faculdade em que fazia Engenharia Eletrônica, na Escola Politécnica da USP. “Não tinha nenhum capital para montar uma empresa. A saída foi começar a empreitada na garagem de casa”, diz Song. O empresário se inspirou em nomões como Bill Gates e Michael Dell, que também começam no fundo do quintal. No início da Digitron, em 1986, quando o mercado de informática brasileiro ainda engatinhava, este sul-coreano naturalizado no Brasil montava placas-mãe dia e noite. “Com a ajuda de duas pessoas, fazíamos 1.000 placas por mês”, afirma.

Com o passar dos anos, a Digitron foi conquistando mercado entre os integradores (empresas que montam computadores) e chegou as 40.000 unidades por mês. Hoje, com a produção de 1 milhão de placas por mês e faturamento de R$ 500 milhões por ano, a empresa é a única empresa no mundo licenciada para produzir placas-mãe com a marca Intel. Como conseguiu chegar lá? “Investimos num período em que o risco de investir era grande, já que os produtos ilegais respondiam por 60% do mercado”, afirma.
Em vez de trocar de ramo ou investir em um novo produto, Song ampliou a produção. Ele acreditava que a empresa que estivesse preparada para o momento da explosão dos computadores legalizados sairia na frente. “Acho que isso faz parte do meu espírito garageiro, de não desistir nunca. Acreditava que chegaria uma hora que o consumidor iria optar por máquinas com garantia, fato que o mercado ilegal não oferecia”. Não deu outra: em 2005, o governo assinou a MP do Bem que dava incentivo aos fabricantes de computadores em território nacional. Isso fez com que o preço das máquinas caísse até 40% e o faturamento da Digitron chegasse a R$ 220 milhões.

A fábrica da Digitron em Manaus
O crescimento da fabricante brasileiras chamou a atenção da Intel, que, por meio de seu braço de investimentos Intel Capital, procurava fomentar a fabricação de placas no Brasil para tentar combater o mercado cinza, nome dado ao contrabando de componentes. Em 2006 as duas empresas fecharam uma parceria e a Intel tornou-se sócia minoritária da Digitron. “Um dos fatores que fizeram com que investíssemos na Digitron foi a visão empreendedora de Song e a moderna estrutura da fábrica”, diz Fábio de Paula, diretor de investimentos da Intel Capital. Mas, não foi só isso que fez com que a Intel decidisse, pela primeira vez, terceirizar a produção em um país. Com a fabricação local, as placas da Intel ficariam cerca de 20% mais baratas do que as importadas, só com a redução dos impostos. Com esses números, os brasileiros convenceram a matriz. O valor do acordo não foi revelado, mas, segundo Song, o montante foi usado em troca de maquinário, capital de giro e para construir uma segunda fábrica em Manaus.
Especula-se que o investimento conjunto com a Intel tenha chegado a US$ 12 milhões de dólares, dos quais US$ 10 milhões foram destinados à montagem da linha de produção e outros US$ 2 milhões em equipamentos da Digitron. Para manter a qualidade dos produtos, cada placa da Digitron recebe um selo e um número. Por meio dessa identificação, a equipe da Intel nos Estados Unidos pode acompanhar cada item via internet, em tempo real. Assim é possível saber facilmente quando há um problema na produção.
vendas para a Intel respondem por 50% de toda a produção da Digitron. Com a parceria, a empresa faturou R$ 500 milhões em 2008. E espera crescer mais de 30% neste ano. Agora, a companhia está investindo em placas para notebooks, nettops (um desktop compacto) e netbooks. “É sempre bom começar algo novo. É como se eu estivesse nos tempos da garagem”, afirma.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

SERASA

Emissão de cheques sem fundo cai 11% em agosto

São Paulo - A emissão de cheques sem fundo caiu 11% em agosto, na comparação com julho, conforme o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Segundo o levantamento, em agosto foram devolvidos 19,6 cheques a cada mil compensados, ou seja, de todos os cheques compensados no País, 1,96% foram devolvidos.

Em julho, por sua vez, as devoluções de cheques representaram 2,21% do total de compensados, ou seja, foram devolvidos 22,1 cheques a cada mil compensados. O cheque é considerado desprovido de fundos a partir de sua segunda devolução.

Segundo os analistas da Serasa, a melhora da conjuntura econômica, acompanhada pelo crescimento do emprego, principalmente o formal, são fatores que explicam a redução no número de cheques devolvidos. O efeito calendário, com os dois dias úteis a menos em agosto, também é mencionado como facilitador do decréscimo.

AcumuladoJá na variação entre o acumulado de janeiro a agosto de 2009 sobre o mesmo período de 2008, a inadimplência com cheques cresceu 14,2% ante os compensados. Nos oito primeiros meses do ano, foram devolvidos 22,5 cheques por mil compensados (2,25% de inadimplência com cheques), ao passo que em igual acumulado do ano anterior, foram 19,7 cheques devolvidos por mil compensados.

A alta no volume de cheques sem fundos também é verificada na variação anual, agosto de 2009 sobre agosto de 2008, com 8,9% de crescimento. (Folhapress)

Multa por falta de cinto sobe 730%

Infrações como dirigir falando ao celular e estacionar em local proibido também cresceram

Em plena Semana Nacional de Trânsito, em que todas as vozes reforçam a necessidade de um comportamento mais responsável do condutor nas ruas e avenidas das cidades brasileiras, estatísticas comprovam que o motorista goianiense mantém antigos maus hábitos ao volante. Considerando estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito em Goiás (Detran-GO), infrações como não usar o cinto de segurança, falar ao celular e estacionar em local proibido explodiram.

No primeiro caso, o aumento foi de 730% entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2008. No ano passado, segundo o Detran, 2.731 condutores foram flagrados dirigindo sem o equipamento de segurança. Em 2009, o número de infrações por falta de uso do cinto saltou para 22.683 (veja estatísticas no infográfico). Chama a atenção, também, o aumento da quantidade de motoristas autuados falando ao celular enquanto dirigem, infração que cresceu 69,3% entre 2008 e 2009.

Somados os vários artigos do Código de Trânsito Brasileiro que tratam do uso das áreas urbanas como vagas de estacionamento, as infrações por infringir as normas em vigor neste quesito aumentaram 40,3% entre janeiro e agosto deste ano. Quando comparado o número total de infrações registradas em 2008 e em igual período de 2009, o aumento foi bem menos significativo. As estatísticas mostram, por exemplo, redução drástica da quantidade de infrações por excesso de velocidade. Este ano, o contrato da Agência Municipal de Trânsito (AMT) com a empresa que operava os equipamentos eletrônicos foi questionado pela Justiça. A AMT, porém, não relaciona a redução dos autos de infração por excesso de velocidade ao referido processo, alegando que não houve desligamento nem cancelamento de multas.

Presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Antenor Pinheiro diz que o avanço na quantidade de infrações como no caso do não- uso do cinto de segurança revela a fragilidade da fiscalização. “Para a atual geração de motoristas, o que funciona é uma dura política de fiscalização.” Para Antenor, disseminou-se entre os condutores brasileiros a falsa ideia de que a autuação pela falta do uso de cinto de segurança só seria possível a partir do momento em que há abordagem do motorista infrator pelo agente. No entanto, explica, normas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em vigor desde 2000 já consideravam a possibilidade de a autuação se dar mesmo com o condutor em trânsito. Confiante no fato de que ser abordado é algo muito remoto, o condutor insiste em dirigir sem cinto. “Cerca de 30% dos condutores já não usam mais o cinto de segurança”, arrisca Antenor. Polêmicas à parte, o Conselho Nacional de Trânsito bateu o martelo este ano e decidiu que o motorista não precisa ser parado para ser multado pela falta do cinto.

GravíssimasDados da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal em Goiás confirmam que mais da metade das infrações de trânsito registradas nas BRs em Goiás (56%) são enquadradas como gravíssimas pelo Código de Trânsito Brasileiro. São exemplos desse tipo de infração as ultrapassagens proibidas e o excesso de velocidade, que lideram o ranking das multas mais comuns nas BRs.

Somadas às infrações consideradas graves, as duas categorias representam mais de 80% do total de autuações registradas neste ano pela PRF.

Uma ação educativa, ontem pela manhã, dentro da programação da Semana Nacional de Trânsito, a Polícia Rodoviária Federal, em parceria com a Secretaria de Educação do município de Aparecida de Goiânia, envolveu 32 mil alunos em uma blitz mirim na BR-153.

ANÁLISE
Trânsito com planejamento
Parece absurda uma manchete de jornal que destaca aumento de 700% do número de infrações por falta do uso de cinto de segurança, especialmente se considerarmos que muitas outras manchetes já destacaram a adesão quase que completa dos condutores a um dos itens mais importantes para a segurança pessoal do condutor e dos passageiros do veículo. Um resultado que mostra que uma semana por ano para falar de trânsito não é suficiente para transformar comportamentos e construir uma cultura de respeito e responsabilidade nas ruas. O trânsito que mata milhares de pessoas todos os anos no Brasil, muitas delas por não estar usando o cinto na hora do acidente, requer ações planejadas. O ano todo. (D.A)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Motivação & Sucesso

Seja ojetivo

Um dos maiores problemas na comunicação está na pouca objetividade das pessoas ao se comunicar, seja oralmente ou por escrito. A falta de objetividade impede a boa comunicação que deve ser clara, concisa e harmônica.

Pessoas prolixas, que não vão direto ao ponto, confundem o receptor de suas mensagens e podem ser fonte de problemas sérios na comunicação dentro da empresa.

Assim, quando falar ou escrever, seja sucinto, breve, claro, rápido e conciso. Não enrole, não utilize palavras rebuscadas, frases longas e palavras difíceis. Não fique enrolando o outro lado. Lembre-se que toda comunicação tem como objetivo passar uma idéia a outra(s) pessoa(s) e isso requer objetividade e para ser objetivo você tem que ser simples.

Tomo também cuidado para não entulhar a sua mensagem com vários temas diferentes, pois um assunto poderá anular o outro e o receptor da mensagem ficará sem saber em que deverá dar mais atenção.

Observe, também, se você não tem o hábito de colocar “URGENTE” em tudo que escreve. Se você banalizar a urgência, quando alguma coisa realmente for importante, ninguém dará a devida atenção. Da mesma forma, ao solicitar alguma coisa, cuidado para não pedir tudo “para ontem”, pois ninguém mais o levará a sério quando o pedido for realmente de grande urgência.

A comunicação é fundamental para o sucesso pessoal, profissional e empresarial. Ao escrever mensagens, fale só do assunto a ser tratado. Ao escrever no Google Tallk, seja objetivo e não fique esperando o outro lado manifestar. Escreva seu assunto direto e aguarde.

Cuide bem da forma de falar e escrever. Seja simples e direto.

Pense nisso. Sucesso!...

domingo, 20 de setembro de 2009

SERTANEJO

Falcão sepultado em Morrinhos


O corpo do cantor sertanejo Antônio Rosa Ribeiro, o Falcão, da dupla Felipe e Falcão, foi sepultado ontem no cemitério São Miguel, em Morrinhos. Ele morreu por volta das 23 horas de sexta-feira, no Hospital São Lucas, em Goiânia. Segundo nota oficial da Phonox Music, que administrava a carreira da dupla, o cantor morreu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias.

Falcão iniciou sua carreira como cantor da década de 80, quando era apresentador de festivais musicais. Nessa época ele conheceu Felipe, seu parceiro de 24 anos. Os dois gravaram inúmeros sucessos, como as músicas Que Pena, Grito de Amor e Deixa eu te Amar. No decorrer da carreira eles gravaram 14 CDs e 2 DVDs.

O cantor era jornalista por formação e foi apresentar de telejornal da Televisão Anhanguera antes de ingressar na carreira musical. Diversos fãs demonstraram em suas páginas na internet a tristeza por perder o artista.

Falcão estava na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital São Lucas desde 4 de setembro com quadro grave de erisipela (infecção causada por bactéria que propaga pelos vasos linfáticos). Na última semana ele apresentou melhoras. Por volta das 17 horas de sexta-feira ele teve a primeira parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo durante a tarde. Sua morte foi anunciada às 23 horas. O corpo do cantor foi velado no Ginásio de Esportes Nego Romano em Morrinhos, para onde foi levado ainda de madrugada.
Amigo meu e do Juarez, gerente do Móveis Estrela de Morrinhos, onde o mesmo era cliente VIP da filial. Tinha um pesque pague e nós sempre íamos pra lá quando estávamos em Morrinhos. Que Deus o tenha. Um ótima pessoa, um batalhador. Mas a única certeza que temos é essa, a morte.

PAQUISTANEZES

Click no link abaixo e veja imagens do Paquistão.

http://click.uol.com.br/?rf=home-vC-duasfotos1&u=http://noticias.uol.com.br/album/090919_album.jhtm?abrefoto=19

Por que as mulheres fazem sexo?

Por, pelo menos, 237 razões diferentes descobriu um estudo conduzido pela psicóloga Cindy Meston, professora da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, em parceria com David Buss, especializado em psicologia evolucionista. Mais de mil mulheres – de 18 a 87 anos – contaram à pesquisadora seus motivos mais altruístas ou mais mesquinhos para transar com um parceiro – e agora essas histórias fazem parte do livro Why Woman Have Sex: Understanding Sexual Motivations from Adventure to Revenge (Por que as mulheres fazem sexo: entendendo as motivações sexuais da aventura à vingança), que chega no fim deste mês às livrarias americanas.

Nesta entrevista ao Mulher 7×7, Cindy revela as principais motivações das mulheres para transar e afirma que refletir sobre as razões que as levam ao sexo pode melhorar sua vida na cama.

Antes de fazer a pesquisa, o que a senhora esperava ouvir entre as razões das mulheres para fazer sexo?
O resultado do estudo a surpreendeu?Cindy – Sabíamos que íamos encontrar mais razões do que as que imaginávamos, mas ficamos chocados com a sua diversidade. Variavam de razões muito altruístas, em que as mulheres queriam transar para fazer seus parceiros se sentirem bem ou então porque tinham pena do homem – porque ele era virgem, nunca tinha tido uma namorada – até razões muito mundanas. Há, por exemplo, as que transam para aliviar a dor de cabeça, para aliviar a cólica menstrual e até para se manterem aquecidas no frio! Ou porque estavam entediadas e queriam simplesmente algo para fazer. Há também as razões bastante egoístas, como vingança e competição com outra mulher pela conquista, por exemplo. Entre as más razões para se fazer sexo também estão a solidão e o fato de não se sentir bem consigo mesmo.

De que forma fatores como nível educacional e religião influenciam na vida sexual das mulheres?Sabe-se, por exemplo, que, quanto mais anos de estudo tem, maior a probabilidade de uma mulher ter um orgasmo. Provavelmente porque elas tendem a procurar mais informações sobre suas necessidades e que tipos de estímulos precisam para atingir o orgasmo. Religião e crenças culturais também têm um grande impacto. Elas estão por trás de várias das razões pelas quais as mulheres fazem ou deixam de fazer sexo. Algumas mulheres fazem sexo porque acreditam que ele faz parte de seu dever, já que há algumas citações na Bíblia sobre fazer sexo com o marido. Ou porque ouvem a mensagens passadas por suas avós e mães de que elas devem agradar seus homens, e não tentarem achar outro que as satisfaça.

A senhora se decepcionou com os motivos mesquinhos que levam as mulheres a transar?
Não. Acho que eles apenas mostram a riqueza do universo. E acho que o estudo ajuda as mulheres a refletir sobre as razões pelas quais elas mesmas transam. E ler histórias de outras mulheres sobre isso pode ajudá-las a fazer escolhas melhores. Por exemplo, fazer sexo por uma razão específica pode ter levado a mulher a sentir remorso, culpa. Outras razões podem fazê-la sentir-se melhor. Sabendo disso, elas podem melhorar suas escolhas.

De que maneira saber por que transam pode ajudar a vida sexual de uma mulher?
O livro não é de auto-ajuda, mas nós damos muitas informações sobre como as pessoas podem melhorar suas vidas sexuais. De qualquer forma, espero que, ao mostrar histórias de várias mulheres, o livro as ajude a identificar suas motivações para fazer sexo e a avaliar quais razões levaram a boas e a más experiências. Pensar “por que estou fazendo isso” ajuda a tomar decisões corretas, quase como tornar a mulher uma “consumidora consciente” de sexo. Qualquer mulher que tem vida sexual há mais tempo lembra-se de pelo menos algumas situações que elas prefeririam esquecer. Muitas mulheres carregam culpa, arrependimento, perguntam-se por que elas não foram fortes o suficiente, e, lendo o livro, elas vão perceber que muitas mulheres, assim como elas, fazem, vez ou outra, más escolhas. E entender por que elas fizeram essa má escolha, por que não disseram não àquele cara, pode ajudar. Às vezes elas não se sentiam atraídas, não queriam fazer sexo, mas não conseguiram dizer não e se sentiram muito mal depois disso. Para grande parte das mulheres, falta confiança e consciência do direito de dizer não. O cara pode ser bonito e ela se sentir mal de dizer não. Ou ela pode ter sofrido situações de coerção no passado e achar que não há limites para o seu corpo. Elas podem nunca aprender que é OK dizer não.

Existem razões pelas quais as mulheres nunca deveriam transar?
Não, porque o sentimento em relação ao sexo varia radicalmente de mulher para mulher. Uma mulher que entrevistamos, por exemplo, disse que fazia sexo porque se sentia sozinha, extremamente sozinha, e por isso queria ficar com alguém pelo menos uma noite. E isso a fazia sentir-se mais confiante, melhor consigo mesma no dia seguinte. Era uma experiência positiva para ela. Outras mulheres relataram fazer sexo porque estavam sozinhas e, depois, se sentiram ainda mais sozinhas. Tudo depende de cada um, e de suas histórias do passado, do que acreditam ser certo ou errado. Mas, definitivamente, uma boa razão para fazer sexo é porque é bom.

Quais são as principais razões por que as mulheres transam?
A razão número 1 citada pelas mulheres em nosso estudo foi sentir atração pela pessoa. A número 2, a busca pelo prazer físico, ter um orgasmo, sentir-se bem. A terceira razão é o amor, reforçar os laços do casal. Depois deles é que vêm todos os outros, como vingança, competição e tédio. Só para deixar claro, é muito comum que as mulheres façam sexo com seus maridos esperando que eles façam o serviço doméstico, mas não tão frequente como transar por atração física ou por prazer.

É possível dizer que a vida sexual das mulheres melhorou nas últimas décadas?
O feminismo ajudou as mulheres?O feminismo certamente trouxe mais oportunidade de escolha, o que necessariamente é bom, mas acho que nossa atenção está voltada a agradar os parceiros, a como fazer sexo por 10 horas e a como ter um orgasmo enlouquecedor. Tudo que lemos nas revistas femininas é sempre sobre mais sexo e maior e melhor e isso está colocando uma grande pressão muito grande sobre as mulheres para atingir objetivos impossíveis. As mulheres começam a pensar “xi, todo mundo está tendo sexo maravilhoso, menos eu” e ficam desapontadas. Muito disso está mal representado. No mundo da pesquisa acadêmica, mais pesquisadores estão estudando as disfunções sexuais das mulheres, o que é bom, mas a grande questão é o que faz uma mulher ter uma experiência prazerosa com o sexo. E essa satisfação não está ligada a quantos orgasmos ela tem em um dia, definitivamente.

A aparência física tem relação com a satisfação sexual das mulheres?
A pressão para ter um corpo dentro dos padrões atuais de beleza tem um impacto tremendamente negativo sobre a libido. Não só sobre a das mulheres. Os homens também têm a impressão de que têm que ser musculosos como os que aparecem nas revistas voltadas para o público masculino. Talvez aqueles homens das revistas tenham até mais músculos do que as mulheres de fato querem, mas os homens reais acabam achando que têm que ser assim. A imagem corporal é uma grande questão mesmo. No meu laboratório, fizemos um estudo em que trazemos as mulheres, perguntamos como elas se sentem com seus corpos e medimos sua capacidade de excitar-se sexualmente antes e depois de elas verem fotos de modelos muito bonitas e magras. O resultado mostrou que essas imagens afetam negativamente a capacidade de excitação das voluntárias. Elas começam a se comparar com as modelos e se, numa situação de sexo, você ficar pensando como seu traseiro está, vai ser muito difícil se concentrar em sentir prazer. Se você fica pensando em que posição seu corpo tem que estar para esconder as gordurinhas, perde a graça. Essa deve ser a principal razão pela qual as mulheres têm mais chance de alcançar o orgasmo pela masturbação do que com o parceiro. Porque elas não têm que se preocupar com a aparência quando estão sozinhas!

E quais são os principais fatores para a mulher se sentir satisfeita com o sexo?
É o que estamos tentando entender! Mas a relação com o parceiro é fundamental. Combinar com o parceiro na cama é fundamental. Se o seu parceiro tem problemas sexuais e você, não, isso vai gerar problemas para os dois.

Qual é o principal obstáculo para ter uma vida sexual plena?
A principal reclamação entre as mulheres é a falta de desejo sexual. Nos Estados Unidos, um terço das mulheres reclama de ter baixa libido. E não há muito o que fazer nesse caso. Sabe-se que o testosterona pode ajudar algumas mulheres, mas não todas, porque o desejo de fazer sexo é algo muito complexo. Sabemos que, quanto mais longo o relacionamento, menor o desejo sexual, principalmente por causa do tédio e da falta de espontaneidade. Uma das mulheres de nosso estudo, casada há muitos anos, relatou que o sexo se tornou uma rotina entediante, então ela se deita e fica fazendo listas de compra de supermercado na cabeça enquanto transa. Ela diz que ama o marido, mas o tédio é um grande assassino do desejo.

E os homens?
Por que eles fazem sexo?Bom, eles não são simples máquinas de sexo. O estereótipo de que as mulheres transam por amor e os homens por atração não tem comprovação científica. Muitos homens transam por amor, para se sentir ligados à parceira, e muitas mulheres só querem satisfação física. Mas é verdade que os homens em nossa pesquisa têm uma tendência maior de agarrar as oportunidades de transar. Se a situação se apresentar, eles têm maior probabilidade de fazer sexo do que as mulheres. É muito mais fácil também para um homem ficar excitado, fisiologicamente. Um homem pode ter uma ereção por uma razão completamente não-sexual, como a sensação da própria roupa sobre o pênis, por exemplo. Não é preciso um estímulo sexual para que o homem queira fazer sexo. As mulheres são de outro modo, é anatômico. O nosso corpo funciona de maneira diferente. Certamente os homens têm maior facilidade de ter uma razão física para fazer sexo, mas é tão simples assim.

sábado, 19 de setembro de 2009

Rir no ambiente de trabalho é bom até para o chefe, mostra estudo
Bom humor no escritório levanta o ânimo da equipe, diz pesquisa.Entrevistas revelaram o que é engraçado para empregados de sete países.

Rir deixa o ambiente de trabalho melhor, segundo a pesquisa (Foto: Reuters)

Rir no escritório faz bem, pois levanta o ânimo dos colegas e potencializa o status do chefe, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (18) pela escola de direção empresarial da Universidade Bocconi, de Milão.

De acordo com o estudo, realizado entre 1.860 funcionários de empresas de Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e Japão, 98% dos entrevistados reconheceram que lançam mão do humor no escritório e 99% afirmaram que apreciam o bom humor.

Quanto ao que faz rir mais no local de trabalho, o estudo destacou que em todos os países os empregados gostam dos jogos de palavras. Na Itália, o mais comum são piadas sobre sexo e religião, além de palavrões e gestos.

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Na Alemanha, no Reino Unido e sobretudo nos Estados Unidos, o sexo e a religião parecem ser temas tabu. Os empregados são mais autoirônicos e brincam com as diferenças de hierarquia.

O comportamento dos franceses se parece mais com o dos italianos, e inclusive com os russos. Mas esses riem menos das piadas de sexo e mais dos palavrões.

Os escritórios mais tristes são os do Japão, porque ali os funcionários evitam assuntos que inspiram piadas e só se divertem com os jogos de palavras.

DEPRESSÃO

Você é triste e não sabia...

Nada menos que 47% dos casos de depressão ainda não são diagnosticados, diz pesquisa revelada esta semana.

Tem gente que é triste e não sabe

Ou melhor, sabe, mas quem não vê ou não quer ver é o médico, o clínico geral.

É assim: quase metade das pessoas que estão em desconforto com a vida, sentem-se mal, desanimadas e/ou sem forças para ir à luta, com muito ou sem nenhum apetite, tanto o normal como o sexual, com insônia ou dormindo demais, e vai a um clínico geral em busca de ajuda, acaba ganhando receita de vitamina ou de aspirina, quando está mais é com vontade de tomar estricnina

Por quê? Especula-se: os médicos generalistas não estão preparados para reparar na tristeza da pessoa, ou naquela paralisia que é anterior à tristeza e que impede a pessoa de tornar-se pessoa de verdade, interagindo com a vida em função de suas vicissitudes, e não de fantasias deletérias e incapacitantes --o sintoma de fundo da depressão.

Posto que precisa atentar para tantas outras funções, as hepáticas, glandulares e hormonais, o clínico desavisado ou apressado na sua consulta de 15 minutos acaba deixando para lá outra funções muito mais complicadas, porque dizem respeito ao estado de espírito.

- Você é feliz?

Imagina quanta gente iria se assustar se o médico do posto de saúde perguntasse isso na consulta ao cidadão que perdeu a vontade do emprego e da mulher, está oito quilos mais gordo e tem desânimo até para suspirar?

Porque convencionou-se que essas "frescuras", aqui incluída a tristeza se fim que chega de mansinho e se instala nas mentes transtornadas, são coisas à toa.

Não, doutor, a tristeza que vem com a depressão é a do pior tipo, dá vontade de morrer mesmo, porque é aquela que não tem motivo

Porém, e sempre há um porém, a tal pesquisa (publicada originalmente na "Lancet" e esta semana na Folha) traz um aparente paradoxo: em 20% dos casos diagnosticados, o paciente não tem depressão coisa nenhuma.

Parece, mas não é, o que deixa ainda mais claro aquilo que faz com que a depressão não seja notada nos outros 47% lá de cima: ela se parece com muitas outras coisa.

Parece com disfunção da tireóide, parece com a dor da perda de alguém que morreu ou de um amor que se foi, parece com disfunção hormonal que aumenta o peso, parece com anemia, parece com insônia causada por estresse, enfim.

Faz 11 anos que me interesso por esse tema, desde que comecei a ficar sem apetite, com excesso de sono, sem vontade de fazer nada que causasse prazer e sobretudo triste, muito triste. Desde então tenho visto a gradativa diminuição do preconceito (contra psiquiatras e "remédios de tarja preta"), o surgimento de antidepressivos fantásticos, a volta da auto-estima em quem luta contra esse transtorno e a vida de muita gente, inclusive a minha, melhorar.
até especialistas preocupados com o fato de a depressão estar "virando moda", temor que os 20% de diagnósticos errados de certa forma comprovam.

O que espanta, no entanto, é que médicos generalistas possam, de acordo com a pesquisa, se enganar em quase metade dos casos que atendem.

Ok, os psiquiatras estão aí para isso, mas a coisa seria bem mais simples se, assim como o fazem doutores bacanas de horizontes amplos, os clínicos auscultassem não apenas o coração e a pressão, mas também as dores que vêm da alma, que muitas vezes revelam todos os males do corpo.

Um dia, quem sabe, chegaremos lá

CORRIDA AO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS

Bye, PMDB!

Ex-presidente da Comdata irista, Benitez Calil deixou o PMDB e ontem estava no escritório do senador Marconi para filiar no PSDB e trabalhar na campanha do tucano.

IBGE

Somos 6 milhões

Cidades com mais de 100 mil habitantes em Goiás, segundo divulgou ontem o IBGE:

Goiânia (1.281.975),
Aparecida (510.770),
Anápolis (335.960),
Luziânia (210.064),
Rio Verde (163.021),
Águas Lindas (143.179),
Valparaíso (123.444)
e Trindade (104.979).

A menor população é de Anhanguera: 1.018.

No Estado todo: 5.920.300 habitantes.

Iris: PMDB é o melhor para Meirelles

Para o prefeito, partido é o mais consolidado no Estado e daria maior respaldo político ao presidente do BC

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), voltou ontem a defender que o partido seria a melhor opção para o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, levar adiante seu projeto político. O prefeito disse que o PMDB é o mais consolidado em Goiás e poderia lhe dar maior respaldo político tanto regionalmente quando nacionalmente.

“Entendo que se ele (Meirelles) avaliar bem, o partido que tem melhores condições para dar respaldo a qualquer projeto que ele quiser desenvolver no próximo ano é o PMDB”, afirmou o prefeito à imprensa durante entrega de alimentos adquiridos pela Prefeitura a entidades filantrópicas.

“No PMDB ele (Meirelles) pode ser candidato a presidente da República, pois nós não temos um nome; pode ser candidato a vice-presidente numa coligação, pode ser candidato a senador, a governador, a qualquer coisa.”

O prefeito ressalvou, no entanto, que o presidente do BC não teria a garantia antecipada da cúpula do PMDB de que poderia ser candidato a governador, cargo que ambiciona disputar. Alegou que essa discussão tem de ser levada às bases partidárias e que não cabe a ele definir o nome da sigla para a sucessão estadual.

Embora a candidatura de Meirelles seja uma possibilidade para o PMDB disputar o governo do Estado, Iris lembrou que é natural que dentro da sigla seu próprio nome seja o mais lembrado para encabeçar a chapa majoritária em 2010, devido a sua trajetória política. Mas ressalvou que o momento ainda é de estruturar um projeto de governo e, portanto, prefere que a discussão de nomes seja feita somente no próximo ano.

Após sua filiação no PP ter sido dada como certa, Meirelles entabulou nos últimos dias diálogo com lideranças peemedebistas, que mostram interesse em sua adesão. Avalia se o PMDB seria uma opção mais palpável para tentar unir os partidos da base do presidente Lula em Goiás para enfrentar o senador Marconi Perillo (PSDB).
A bancada federal do partido que conversaram com Meirelles no início da semana contam que ele se diz muito inseguro quanto ao espaço que teria no partido. No PP, afirma, sua candidatura ao governo estaria garantida. No PMDB não conta com essa certeza.

O próprio presidente estadual da legenda, Adib Elias, acredita que será difícil Meirelles conquistar a candidatura a governador no PMDB. Justifica que, além da falta de trânsito do presidente do BC com as bases do partido, Iris aparece mais bem colocado nas pesquisas sobre a sucessão estadual. A expectativa é de que Meirelles defina seu futuro político até o final da próxima semana.

EntornoIris criticou ontem a cúpula nacional do PMDB por não ter garantido legenda para o ex-governador Joaquim Roriz disputar o governo do Distrito Federal. A posição do diretório regional do partido de apoiar a reeleição do governador José Roberto Arruda (DEM), respaldada indiretamente pelo comando nacional, provocou a desfiliação de Roriz na quinta-feira.
Fiquei extremamente chocado com essa posição da cúpula do PMDB. Um partido que joga fora um governo do Distrito Federal não está pensando bem, não refletiu convenientemente. Porque Joaquim Roriz é o líder mais forte daquela região”, criticou.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Japoneses que ganham menos têm menor chance de fazer sexo, diz pesquisa

O economista afirma que quase 2,3 milhões de mulheres que exigem parceiros com salários mais altos podem virar solteironas e que, se o governo não mudar as regras, homens de meia idade podem continuar virgens


O aprofundamento da recessão econômica no Japão está criando não apenas um “abismo” entre salários, mas também condenando muitos homens solteiros a viver sem sexo.
A conclusão é de um economista que reuniu vários estudos para mostrar que quanto menor o salário de um homem solteiro japonês, menos chances ele tem de arrumar uma namorada ou até mesmo perder a virgindade. Em artigo publicado na revista “Sapio”, o economista Takashi Kadokura diz que as chances de conquistar uma mulher caem drasticamente para os homens solteiros que ganham menos de R$ 80 mil ao ano, ou seja, pouco mais de R$ 6,6 mil ao mês.
Pesquisa do site de relacionamento Math.com mostra que 46% das mulheres que procuram um pretendente esperam que ele ganhe mais do que essa quantia. Mais: 29% responderam que não sairiam com um homem que ganhasse menos do que R$ 120 mil anuais.
O problema é que, segundo o Ministério do Interior do Japão, apenas 1,58 milhão de homens solteiros ganha mais do que R$ 80 mil por ano. Comparando esse número ao último resultado do censo de 2005, em que 3,87 milhões de mulheres estavam na faixa de 25 a 34 anos, pode-se concluir que 2,28 milhões de mulheres japonesas terão de encarar a solteirice pelo resto de suas vidas – se não baixarem seu padrão de exigência.
Os baixos salários para japoneses do sexo masculino também estão fazendo com que eles iniciem a vida sexual mais tarde – ou sequer passem por essa fase. Uma pesquisa mostra que um em cada quatro homens japoneses na faixa dos 30 aos 34 anos nunca fez sexo na vida – tornando-se “pobres virgens de meia-idade”.
Esses homens solteiros também não ganham o suficiente para freqüentar prostíbulos legalizados ou qualquer tipo de sex shop, já que muitos estabelecimentos só aceitam clientes cadastrados, que pagam mensalidade. Na pesquisa realizada com 300 homens solteiros via internet, o economista Kadokura descobriu que 73,9% dos que se encaixavam no patamar de ganho mais baixo, menos de R$ 40 mil ao ano, não estavam sequer saindo com alguém, enquanto 85,5% disseram nunca ter pisado num prostíbulo ou estabelecimento ligado a sexo.
Na outra ponta, homens com salários entre R$ 180 mil e R$ 240 mil (entre R$ 15 mil e R$ 20 mil mensais) atraem namoradas (33,3%) e podem ir a bordéis (37%). Em compensação, eles se confessaram tão estressados ou fisicamente exaustos devido às demandas do trabalho que não conseguiam aproveitar as vantagens de ganhar mais em sua vida sexual.
A conclusão do economista é que para evitar que o “abismo sexual” se torne ainda maior, o novo governo terá de adotar medidas para fazer com que a diferença entre os salários seja menor e a jornada de trabalho reduzida, diminuindo a distância entre homens e mulheres na hora de ir para a cama

A mente corrupta

Como nasce ou se forma uma mente corrupta?

Charles Reade dá a dica: “Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito, e você colhe um caráter. Semeie um caráter, e você colhe um destino”.

A consciência humana não é um fato isolado das circunstâncias. Cada pessoa nasce com dados biológicos: uma estrutura óssea, uma característica herdada. Mas a consciência não. Ela se forma e se constitui a partir da localidade física (o corpo) numa interação com o ambiente, a saber, a família, a comunidade, as relações de trabalho e outras mais.

Essa tendência para o ambiente, para além de si mesma, é a grande trama que faz a consciência alcançar a sobrevivência: os reparos morais, as interdições éticas e o que garante gratificação, reconhecimento e identificação de si mesma.

É nessa busca pelo ajuste, por adequar-se ao meio, pela aceitação dos outros, que se instala a mediação entre o que é bom ou ruim. O que não é bom para si (a consciência), mas é bom para o ambiente é assim tratado: ou caio fora de determinada circunstância ou aceito o pensamento corrente para me ajustar e ficar.

Isso prova, então, que a consciência de cada um é construída tendo em vista obter a aceitação dos pares. Ninguém consegue ter consciência de si, e somente só. Não. A consciência de cada um é sempre “consciência de”, ou seja, ela é carente de objetos, relações, gratificações, etc. E é então nessa busca pelo aceite que um ambiente corrupto pode produzir mentes corruptas.

Tudo bem, as coisas não são simples assim. Porém não há evidências de que os atos de corrupção brotam singularmente das pessoas, sem que antes tenham sido garantidos como meio de satisfação em um dado ambiente. O que passa disso é doença ou está além da possibilidade humana de entender pela razão. Por isso, um modo eficaz de combater a corrupção é fazer com que a indignação a ela seja coletiva, e não apenas pontual, como está nas páginas de livros de ética guardados em bibliotecas.

Se a mente recebe do ambiente sua gratificação, logo é preciso propor ao coletivo aquilo que lhe é próprio: a legitimidade de interditar a corrupção. Mas se a mente interage com o meio, então de onde poderá emergir a saúde da consciência em um ethos que acredita no jeitinho brasileiro, no slogan “todo mundo faz, por que eu não”? Será que Marques de Maricá tem razão quando deduz que um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto? Eis aí o desafio! Por enquanto o que se pode constatar é que as ruas estão desertas, sem protestos, e o cidadão, inerte.

Wagno Oliveira de Souza é Mestre em Filosofia Política e professor

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Motivação & Sucesso

Diga sempre “nós”, em vez de “eu”, principalmente na empresa.


Há pessoas que têm o péssimo hábito de dizer “eu fiz”; “eu vou providenciar”; “eu vou dar uma solução”, etc. em vez de dizer “nós fizemos”; “nós iremos providenciar”; “nós daremos uma solução”, mesmo quando o fazer, o providenciar e o solucionar envolvem outras pessoas da empresa. Aliás, numa empresa, assim como na própria vida, nada conseguimos sozinhos. Sempre dependeremos da ajuda, da participação, do envolvimento de outras pessoas. Por isso, chega mesmo a ser falta de educação dizer “eu faço”; “eu vou providenciar”; etc. em vez de “nós fazemos”, etc.

Confesso que me sinto muito desconfortável ao conversar com presidentes, diretores, chefes, supervisores, gerentes que dizem sempre “eu” em vez de “nós”. A impressão que me dá é que essas pessoas se sentem “reis” e “rainhas” em vez de líderes que sabem que nada conseguirão sozinhos e precisam do apoio e da participação de seus liderados e colegas de trabalho.

Nunca se deve dizer “minha empresa” e sim “nossa empresa”; “meu produto” e sim “nosso produto” “minha loja e sim” “nossa loja. Até mesmo quando uma ideia tiver sido exclusivamente sua, será mais polido dizer “tivemos uma ideia” em vez de “eu tive uma ideia” quando falar de sua ideia a pessoas estranhas. Da mesma forma, vejo casais que nunca dizem “nós”, mesmo na presença do outro cônjuge.

Não é de boa educação um marido dizer “eu quero convidar você para jantar em minha casa”. O correto seria dizer “nós queremos convidar você para jantar em nossa casa”, pois a casa não é só dele e falando “eu queria” pode dar a impressão de que o outro cônjuge não tinha o mesmo desejo de fazer o convite.

Da mesma forma, nunca devemos nos elogiar a nós mesmos. Há um ditado que diz “elogio em boca própria é vitupério” (ato vergonhoso). Deixe sempre que os outros o elogiem; que os outros falem bem de você. Lembre-se que a verdade sempre aparecerá e você não precisa elogiar-se a si mesmo, o que pode até demonstrar ser você uma pessoa insegura de sua própria capacidade.

Veja se você não tem o hábito de dizer “eu” em vez de “nós” e também de se autoelogiar o tempo todo. Sempre é tempo de se corrigir. Acredite que as pessoas reparam essa sua forma egocêntrica de falar e fazem comentários que você, por certo, não gostaria de ouvir.
Pense nisso. Sucesso!

Bateu? Tire o seu carro da rua

Há um mês a amt não registra mais acidentes sem vítimas. mas motorista ainda não sabe o que fazer

Carla de Oliveira
As mudanças no registro de acidentes em Goiânia têm gerado dúvidas e reclamações dos motoristas. Desde 17 de agosto, quem se envolve em batidas sem vítimas deve retirar o veículo do local, procurar um dos postos da Agência Municipal de Trânsito (AMT) e pagar uma taxa de 21 reais para registrar a ocorrência.

Se o acidente ocorrer no final de semana ou à noite, é preciso esperar o próximo dia útil para efetuar o registro. Os envolvidos têm prazo de cinco dias úteis para fazer o boletim de ocorrência. O procedimento, que já era previsto no artigo 178 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), não tem sido bem aceito por parte da população.

No dia 3 de setembro, a designer Ana Bandeira, de 33 anos, se envolveu em um acidente perto do Terminal Rodoviário de Goiânia. Desde então, Ana trafega com o carro estragado e indignada. “No dia, nós chegamos a agência mais próxima, às 18h02 e não fomos atendidos porque o agente já havia saído. Depois disso, tive de ir sozinha fazer o registro porque a pessoa culpada pelo acidente não podia mais acompanhar ”, diz.

PeríciaPresidente da AMT, Miguel Tiago explica que nada mudou no registro dos acidentes sem vítimas. Segundo ele, antes da alteração, as pessoas ficavam no local, obstruindo o trânsito, aguardando a chegada do agente, porque pensavam que ele faria uma perícia.

“O boletim é o mesmo. O agente ia ao local para fazê-lo e colocava a versão das duas partes. Não se tratava de perícia, mas as pessoas esperavam que o agente resolvesse o problema”, assinala.
O presidente da AMT frisa que, mesmo que as partes procurem fazer o registro em separado, o documento gerado será único.

“O procedimento é semelhante ao registro de boletim de ocorrências criminais. A pessoa que se diz vítima não precisa levar o outro lado para fazer o registro. Ocorre de cada parte procurar delegacias diferentes e isso não prejudica o processo”, compara.

Miguel Tiago destaca que a mudança foi implementada por recomendação do Ministério Público (MP), já que havia previsão no CTB, e não por iniciativa própria da AMT. Ele acrescenta que o valor do documento é o mesmo, independente ter sido emitido no local do acidente ou na agência da AMT, e que o problema tem sido a desinformação.

EMBRIAGUEZ

Bafômetro não é obrigatório

São Paulo - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) decidiu ignorar a recomendação da Advocacia-Geral da União (AGU) e não vai prender motoristas que se recusarem a fazer o teste do bafômetro. A PRF encaminhou há 15 dias a todos os seus agentes a instrução normativa 03/2009 que disciplina os procedimentos na fiscalização do consumo de álcool por motoristas. Segundo o texto, recusar-se a fazer o teste ou exames de sangue e urina não configura infração, a não ser em casos de condutas configuradas como crimes, como o envolvimento em acidentes ou fuga de operações.

No fim de julho, a AGU emitiu um parecer atestando a legalidade do uso do bafômetro nas atividades de fiscalização e no qual afirma que recusar o teste deve ser enquadrado no crime de desobediência, artigo 330 do Código Penal. Atualmente, as pessoas que se recusam a fazer o teste e que aparentemente estão embriagadas não podem seguir viagem, têm a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e pagam multa de R$ 955.

A instrução normativa também orienta os agentes em relação à constatação de embriaguez. O texto aconselha o agente a verificar uma lista com sintomas elaborada pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Os agentes devem observar se o motorista está sonolento, com olhos vermelhos, roupa desarrumada, odor de álcool, se está agressivo e se tem dificuldade para se manter equilibrado. A embriaguez só deve ser configurada após a constatação do “conjunto” desses casos e não somente um.

O texto orienta que os motoristas podem repetir os testes 15 minutos após o primeiro, se discordarem do resultado. As pessoas podem até mesmo escovar os dentes ou fazer bochechos com qualquer produto. Se os índices de álcool foram diferentes, valerá o menor. Os agentes deverão respeitar uma tabela com índices de tolerância para as medições. A AGU ressalta que o parecer não tem efeito direto na administração pública. Não pode ser usado por outros órgãos de fiscalização como amparo legal. (AE)

Educação: de pai pra filho


O sucesso educacional depende de fatores que ultrapassam a sala de aula e os muros das escolas. Mesmo que tudo fosse perfeito – melhores professores, ótima infraestrutura, ensino em tempo integral –, ainda assim a aprendizagem de um aluno dependeria muito da participação ativa e exigente dos pais. Mesmo que o estudante se esforce, seus avanços serão limitados se não houver dedicação da família.

Thiago Peixoto
Tentar transferir a responsabilidade da educação para a escola é algo que nunca deu e nunca dará certo. As experiências de sucesso revelam a importância da participação da família e da comunidade no ambiente escolar. Onde os pais vigiam, censuram, cobram, apoiam e aplaudem, a educação melhora. O contrário se verifica onde a maioria dos pais se omite e despreza a participação na vida educacional dos filhos.

Quem não teve acesso a um ensino de qualidade tende a valorizar menos a educação. Pude comprovar isso de perto visitando famílias alheias à vida escolar de seus filhos. A realidade é ainda mais dura em famílias com baixa escolaridade e com baixa renda mensal: pais incentivam filhos a abandonar a escola, pois preferem vê-los trabalhando e levando dinheiro para casa. O que pode até satisfazer as necessidades mais urgentes da família, mas os condena a um futuro lamentável e limitado. Cria-se um círculo vicioso que atingirá as próximas gerações.

Uma realidade triste da nossa sociedade que só pode ser combatida com educação de qualidade. Percebendo isto, algumas escolas públicas adotaram ações para encarar este crônico problema. Foram além das tradicionais reuniões de pais e mestres e criaram a função de “coordenador de pais”, cargo este geralmente ocupado por uma pessoa de credibilidade. É este coordenador o responsável por visitar famílias de alunos cujos pais não estão integrados ao ambiente escolar. É ele também que mobiliza e organiza atividades especiais com participação dos pais e alunos, como oficinas e palestras educativas.

Os pais precisam se conscientizar de que participar da escola não é o mesmo que apenas se informar sobre seus filhos. É preciso acompanhar a aprendizagem e o desenvolvimento educacional pra valer. Saber se eles estão indo às aulas, auxiliar na lição de casa, apontar aos gestores da escola quais as deficiências e falhas verificadas, ter um canal de diálogo aberto com os professores, sugerir, opinar, tomar decisões em conjunto. Esse esforço resultará na transformação de dois mundos aparentemente diferentes num lugar comum, onde os alunos serão os principais beneficiados.

Thiago Peixoto é economista, deputado estadual (PMDB) e um dos coordenadores, em Goiás, do comitê Todos Pela Educação