sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Japoneses que ganham menos têm menor chance de fazer sexo, diz pesquisa

O economista afirma que quase 2,3 milhões de mulheres que exigem parceiros com salários mais altos podem virar solteironas e que, se o governo não mudar as regras, homens de meia idade podem continuar virgens


O aprofundamento da recessão econômica no Japão está criando não apenas um “abismo” entre salários, mas também condenando muitos homens solteiros a viver sem sexo.
A conclusão é de um economista que reuniu vários estudos para mostrar que quanto menor o salário de um homem solteiro japonês, menos chances ele tem de arrumar uma namorada ou até mesmo perder a virgindade. Em artigo publicado na revista “Sapio”, o economista Takashi Kadokura diz que as chances de conquistar uma mulher caem drasticamente para os homens solteiros que ganham menos de R$ 80 mil ao ano, ou seja, pouco mais de R$ 6,6 mil ao mês.
Pesquisa do site de relacionamento Math.com mostra que 46% das mulheres que procuram um pretendente esperam que ele ganhe mais do que essa quantia. Mais: 29% responderam que não sairiam com um homem que ganhasse menos do que R$ 120 mil anuais.
O problema é que, segundo o Ministério do Interior do Japão, apenas 1,58 milhão de homens solteiros ganha mais do que R$ 80 mil por ano. Comparando esse número ao último resultado do censo de 2005, em que 3,87 milhões de mulheres estavam na faixa de 25 a 34 anos, pode-se concluir que 2,28 milhões de mulheres japonesas terão de encarar a solteirice pelo resto de suas vidas – se não baixarem seu padrão de exigência.
Os baixos salários para japoneses do sexo masculino também estão fazendo com que eles iniciem a vida sexual mais tarde – ou sequer passem por essa fase. Uma pesquisa mostra que um em cada quatro homens japoneses na faixa dos 30 aos 34 anos nunca fez sexo na vida – tornando-se “pobres virgens de meia-idade”.
Esses homens solteiros também não ganham o suficiente para freqüentar prostíbulos legalizados ou qualquer tipo de sex shop, já que muitos estabelecimentos só aceitam clientes cadastrados, que pagam mensalidade. Na pesquisa realizada com 300 homens solteiros via internet, o economista Kadokura descobriu que 73,9% dos que se encaixavam no patamar de ganho mais baixo, menos de R$ 40 mil ao ano, não estavam sequer saindo com alguém, enquanto 85,5% disseram nunca ter pisado num prostíbulo ou estabelecimento ligado a sexo.
Na outra ponta, homens com salários entre R$ 180 mil e R$ 240 mil (entre R$ 15 mil e R$ 20 mil mensais) atraem namoradas (33,3%) e podem ir a bordéis (37%). Em compensação, eles se confessaram tão estressados ou fisicamente exaustos devido às demandas do trabalho que não conseguiam aproveitar as vantagens de ganhar mais em sua vida sexual.
A conclusão do economista é que para evitar que o “abismo sexual” se torne ainda maior, o novo governo terá de adotar medidas para fazer com que a diferença entre os salários seja menor e a jornada de trabalho reduzida, diminuindo a distância entre homens e mulheres na hora de ir para a cama

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