sábado, 26 de setembro de 2009

Porcentual de mais ricosaumenta no Estado

Goiás tem quase 10% da população na classealta. Em 2003, esse porcentual era de 6%
Sônia Ferreira

No Estado de Goiás, menos de 10% da população (9,98%) pertencem à classe alta, mas quando se analisa apenas Goiânia, esse índice salta para 21,67%. Estão na classe alta as pessoas com renda superior a R$ 4.807,00.

Mais da metade dos moradores goianos (54,87%) está enquadrada na classe média, com renda mensal entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00, índice bem superior ao da média nacional, de 49,2%.

A conclusão é de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenado pelo professor Marcelo Cortes Neri, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O campeão de concentração de renda é o Distrito Federal, seguido do Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro (veja quadro).

Na capital federal, 26,5% da população pertencem à classe AB. Em todo o Brasil, essa classe representa 10,4% do total. Portanto, Goiás está abaixo da média nacional. Mas em 2007, a classe alta no Estado era ainda menor, 8,82%, e em 2003 eram apenas 6% da população.

O menor porcentual da população com renda mais alta está no Maranhão, com apenas 3,08%. Ao mesmo tempo, o Estado nordestino tem a segunda maior proporção de pobres, com 33,8% da população classificada na classe E. Em relação a 2007, diminuiu a proporção de pobres no Maranhão, pois naquele ano 38,3% estavam na classe E.

RendaPelos critérios da FGV, compõem a classe AB quem tem renda domiciliar superior a R$ 4.807,00. Entre R$ 1.115,00 e R$ 4.806,00 estão os integrantes da classe C.

Com renda domiciliar de R$ 768,00 a R$ 1.114,00 estão os brasileiros da classe D. Finalmente, quem tem renda inferior a R$ 768,00, está na classe E.

O maior patamar de pobres está em Alagoas, com 38,8% do total. Os dados da FGV revelam aumento da proporção de pobres entre os alagoanos, já que em 2007, 37,9% estavam na classe E.
Em todo o País, 16% da população são incluídos na camada mais pobre.

DesempregadosEm Goiás, o porcentual é de 10,25%. Do total de desempregados no País, 25,6% estão na classe D. Entre os empregados agrícolas, 22,3% também estão na classe D.

Santa Catarina tem a menor proporção de pobres no País, com 4,53% da população pertencente à classe E. Apesar da menor número de pobres entre os catarinenses, houve aumento na proporção na comparação com 2007, quando 3,67% da população local estava na classe E. Já em Goiás, o porcentual de mais pobre caiu no ano passado, nas comparações com 2008 (11,86%) e com 2003 (23,25%).
Classe média Na chamada classe média, a maior proporção do País também coube a Santa Catarina, onde 65,4% da população está na classe C. Em 2007, 67,4% da população catarinense era de classe média. Goiás ocupa a 6ª posição no ranking nacional entre os Estados com o maior porcentual da população concentrada na classe média.
Já em Goiânia, 77,31% dos moradores se enquadram na classe C, destacando-se na 7ª posição no ranking nacional entre as 36 principais cidades brasileiras.
Em sentido inverso, 27,7% da população de Alagoas é de classe média. Em 2007, 26,9% da população alagoana estava na classe C. Segundo a FGV, 49,2% da população brasileira pertence à classe C.
Classes A,B,C e D A FGV aponta que 67,8% dos empregados com carteira assinada no País está na classe C. Essa classe concentra ainda 57,13% dos funcionários públicos brasileiros. A classe C tem ainda a maior proporção de desempregados, com 38,8% do total.
Já na classe D, a maior proporção está no Pará, onde 34,1% da população local estão nessa faixa de renda.
Santa Catarina, novamente, tem a menor proporção, com 13,2% da população na classe D.
A classe AB concentra 54,3% dos contribuintes para a previdência. Na classe C, estão outros 37,8%; 4,3% dos contribuintes estão na classe D, e 3,4 % estão na parcela mais pobre da população brasileira. (Com Folhapress)

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