terça-feira, 21 de outubro de 2008

É melhor casar ou morar junto

Sabe quando já não faz mais sentido cada um no seu canto, mas vocês não sabem bem o que fazer? Morar juntos ou casar? Nos dias de hoje, a dúvida pode soar um tanto quanto careta, mas entender bem a diferença entre as situações pode ajudar você a não cair em uma enrascada.

"Na prática não há diferença entre estar casado e morar junto. Mas algumas pessoas podem não se sentir casadas quando apenas moram juntos, e isso fica no inconsciente", comenta a psicóloga Marina Vasconcellos. O importante é que os dois estejam cientes e satisfeitos com a situação, independentemente se moram juntos ou se houve a troca de alianças.
Segundo a terapeuta sexual Cláudya Toledo, a mulher tende a se sentir menos amada quando não há um marco que sele a união. "A mulher se sente amada quando é pedida em casamento e isso faz com que ela tenha mais facilidade para engravidar e para se sentir à vontade com a relação. Ela fica mais segura", conta.
Cláudya comenta ainda que a mulher pode sentir dúvida sobre as intenções do homem quando não há um marco de início da relação. "O casamento não é um papel, não é somente aquela idéia tradicional de noiva e união civil. Ele é uma união que tem que ser clara, com um marco de inicial. Aí o casal pode organizar suas vidas juntos, sem dúvidas".
A publicitária Juliana Gontad, 26 anos, mora com o namorado Rogério Mendes, 33 anos, a pouco mais de um ano. O casal, que está junto há seis anos, resolveu unir as "trouxas" depois de uma conversa a dois. "Tudo melhorou. A cumplicidade aumenta muito, o que torna a relação mais intensa", comenta Juliana. Para ela, não há diferença de comprometimento entre morar junto e casamento. "Talvez um dia a gente efetive a união por motivos burocráticos, dizem que em algumas situações é vantagem estar casado no papel. Mas seria só por isso", completa.
Ao contrário de Juliana, alguns casais não conseguem encontrar uma sintonia quando não há uma união efetiva. Segundo Cláudya, quando as duas partes não se sentem verdadeiramente entregues na relação alguns probleminhas podem surgir. O homem, por exemplo, tende a não planejar sua vida com aquela parceira - o que resulta em uma não tão bem sucedida carreira profissional, já que ele não se vê como o "homem da casa". "Já a mulher não consegue investir tanta energia nesse parceiro. Ela pode se negar a ir a uma festa da empresa dele, por exemplo, por não se sentir a esposa", complementa.
Adepta do estilo mais tradicional, a fisioterapeuta Mônica Medeiros Silva Reina, 30 anos, achou que o melhor seria se o casamento fosse oficializado e as alianças trocadas. "Quando não há compromisso oficializado, o casal se separa com mais facilidade em momentos de briga. É mais fácil abrir mão e voltar para a casa dos pais", explica.
Casada há três anos com o fisioterapeuta Leandro de Souza Reina, 30 anos, ela também passou pela experiência de dividir o mesmo teto sem compromisso. "Foram três anos de 'panos de bunda juntos'", brinca. Se a experiência foi válida? "O relacionamento ficou mais sério, mas só não nos casamos antes por falta de dinheiro. Mesmo porque, esse sempre foi nosso desejo".
Para quem se sente incomodada em apenas morar junto e sonha com um casamento, tradicional ou não, vale a dica da terapeuta Cláudya. "Se o morar junto for um teste para descobrir se o casal dá certo, coloque um limite de tempo para isso. Mas é importante frisar que para a mulher é bastante dolorido o fato de estar 'sendo testada'. Isso pode causar uma angustia que acaba deixando-a menos amorosa no relacionamento", finaliza.

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