sábado, 11 de outubro de 2008

Lula diz que crise não chegou ao país e que Marta Suplicy 'sofre de preconceito'

'Estamos com uma crise de trilhões e ela não chegou ao Brasil', disse.Ao elogiar situação econômica, Lula pediu votos para Marta.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (10) que a crise de "trilhões e trilhões de dólares" que afeta o mundo até agora "não chegou neste país" e que a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, "sofre de preconceito". As declarações foram dadas durante um encontro de Marta com líderes de igrejas evangélicas, em um hotel da Zona Sul de São Paulo.

De acordo com o presidente, o Brasil "quebrou" em duas ocasiões anteriores diante de crises econômicas externas, referindo-se às crises da Rússia e asiática. "Só os Estados Unidos colocaram US$ 850 bilhões para reparar a crise. O primeiro-ministro da Inglaterra colocou US$ 1 trilhão. Este país quebrou duas vezes. Na crise russa, foram US$ 40 bilhões. Na asiática, US$ 70 bilhões. Ou seja, duas crises que quebraram o Brasil duas vezes. Nós estamos com uma crise de trilhões e trilhões e até agora ela não chegou ao Brasil", disse.

Lula admitiu, no entanto, que a crise "é grave" e "vai pegar o mundo inteiro". "Mas a grande verdade é que o Brasil nunca esteve tão preparado como está. Ou seja, nós não vamos parar nenhuma obra do PAC, todas vão continuar. Vamos continuar todos os investimentos. Vamos terminar bem este ano", afirmou.

Ao elogiar a situação econômica do país, Lula aproveitou para pedir votos para Marta Suplicy, justificando que vai precisar da ajuda dela "para enfrentar a crise". "Vamos precisar da união desse povo brasileiro para que a gente possa vencer mais esta crise. E para isso acho importante a gente dar a esta companheira a oportunidade de ela governar esta cidade nos meus dois últimos anos de governo. Ela governou nos meus dois primeiros anos de mandato, mas a gente pegou o país arrebentado e pudemos fazer muito pouco", disse.
Para a Lula, a ex-prefeita tem sido vítima de preconceito na campanha. A declaração foi dada um dia depois da pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo", a primeira do segundo turno. Nela, Marta está 17 pontos atrás (54% a 37%) do prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição.

"Ela é vítima de preconceito justamente pelas coisas boas que ela fez nesta cidade. Quem sabe pelo bilhete único? Quem sabe pelos CEUs?", indagou. E lembrou das críticas sofridas por alguns dos programas do governo federal voltados às classes pobres para ilustrar o preconceito.
"Diziam que o Bolsa Família é assistencialista. É a forma de preconceito mais hipócrita de quem não entende a alma deste país, é a hipocrisia de quem nunca passou fome. As pessoas não sabem o milagre da multiplicação de R$ 50 na mão de uma mãe que precisa alimentar o filho. Por isso que eu digo que esta campanha sofreu de preconceito nesta cidade, justamente pelas coisas boas que a Marta fez", insistiu, reforçando o pedido de voto na candidata do PT.

1 Comentar:

Anônimo disse...

Será uma aberração se Marta ganhar a Prefeitura de São Paulo... Putíssima. Isso não é preconceito, é valorizar a ética...