quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sinal de alerta sobre a juventude

Reportagem do POPULAR mostrou, recentemente, o crack como a droga mais consumida atualmente entre os jovens da capital. Mostrou, ainda, o alto poder destrutivo da substância entorpecente, cujo uso e circulação estão diretamente ligados à criminalidade.

Menos de uma semana depois de ler sobre essa lamentável realidade, me deparo com a publicação, por este mesmo jornal, dos resultados de um estudo realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. A pesquisa mostra que Goiás possui quatro cidades entre as que apontam maior risco de violência contra os jovens no Brasil. Parece inacreditável, mas o estudo antecipa a quantidade de mortes que serão registradas nesta faixa etária até 2012: são 761.

No último domingo, nova reportagem, sob o título Jovens ricos de Goiânia entram para o crime e desafiam a polícia, mostra outra faceta de uma escalada de más notícias envolvendo nossa juventude. Fiquei ainda mais sobressaltado.

Como cidadão, pai de adolescentes e dirigente de uma das mais importantes instituições civis do País, penso que passou da hora de tomarmos atitudes concretas visando frear esta sequência de fatos altamente negativos envolvendo a população jovem. Apesar da gravidade da tenebrosa onda de notícias, pois nas três oportunidades são demonstrados números reais, pouca ou quase nenhuma ação ou reação efetiva tenho visto para o enfrentamento dos problemas, inclusive por parte das autoridades ligadas à segurança pública.

Será que vamos todos, inclusive as autoridades, assistir inertes, numa odiosa atitude de omissão generalizada, aos jovens se entregando diariamente às drogas, homicídios e aos crimes em geral sem nenhuma grande mobilização social?

Que País é este que, às voltas com o seu cotidiano de denúncias, vê o seu futuro ser levado às piores manchetes dos jornais sem um grito firme de reação? Evidente que o custo social, e mesmo econômico, de irmos deixando para depois o início de uma efetiva tomada de posições é incalculável e, pior, irrecuperável.

Há uma luz vermelha alertando para a urgência de lutarmos para tirar a juventude da marca do tiro e afastá-la da “bola da vez”, o crack, senão vamos pagar muito caro em um futuro que se anuncia bruto. Há o risco, inclusive, de ouvirmos uma legião de “caras pintadas” a nos dizer que somos nós os responsáveis por vê-la se transformar em “caso de polícia”, na triste expressão usada numa daquelas três reportagens.

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