quarta-feira, 29 de julho de 2009

Inadimplência é a maior em 9 anos

Dado divulgado pelo BC se refere aos empréstimos bancários feitos por empresas

Brasília - Puxada pelas operações com empresas, a inadimplência nos empréstimos bancários subiu pelo sétimo mês seguido e chegou ao nível mais alto em nove anos, segundo dados do Banco Central. Em junho, os atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos das prestações atingiam 5,7% da carteira de crédito dos bancos, patamar que não era alcançado desde setembro de 2000.

Nos financiamentos destinados a pessoas físicas, porém, a inadimplência ficou estável em 8,6%. Já nos créditos para empresas, essa taxa subiu de 3,2% para 3,4% entre maio e junho. Em dezembro do ano passado, o nível de atraso nas transações com pessoas jurídicas estava em 1,8%. Os números se referem apenas às operações de crédito comercial, ou seja, não incluem empréstimos cujas taxas de juros são controladas pelo governo, como nos financiamentos do BNDES.

CréditoO Banco Central também informou ontem que o volume de crédito ofertado pelos bancos subiu 1,3% em junho deste ano, para R$ 1,27 trilhão, ou 43,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que é um valor sem precedentes.

Em maio deste ano, segundo números revisados pelo BC, o volume do crédito bancário estava em R$ 1,26 trilhão, ou 42,8% do PIB. A expectativa do Banco Central é de que o crédito bancário suba de 14% a 15% neste ano, chegando à marca de 45% do PIB no fim deste ano.

Segundo os dados apresentados, os bancos têm oferecido mais financiamentos e o juro cobrado dos clientes cai há sete meses. A taxa média de juros cobrada nas suas operações com pessoas físicas caiu de 47,3% ao ano em maio para 45,6% ao ano em junho, o menor valor desde dezembro de 2007 (43,9% ao ano), informou o Banco Central.

Contribuem para a queda dos juros bancários, neste ano, as reduções da taxa básica efetuadas pelo BC, além do aumento da oferta de crédito. No caso dos juros básicos, a Selic, que iniciou 2009 em 13,75% ao ano, atualmente está em 8,75% ao ano após cinco reduções. (FP e AG)

0 Comentar: