segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Falta cimento no mercado nacional e preços disparam

São Paulo - Falta cimento no mercado. É o que dizem os construtores, os varejistas e os consumidores, embora os fabricantes do produto neguem. Todos estão de acordo, no entanto, que desde 2006 a demanda pelo material tem crescido gradativamente, puxada pelo aquecimento do mercado imobiliário e pelo aumento da renda da população - que tem se animado a construir ou encarar reformas para ampliar a casa.

Com o produto escasso e a procura alta, vale a lei de que os preços sobem. Nos últimos 12 meses até agosto, segundo dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), o consumo do material cresceu 12% no volume físico, em relação a 2007.
O preço, por sua vez, aumentou 28,7%, no mesmo período, de acordo com levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo(Sinduscon-SP).

Há cerca de três semanas, duas fábricas da Votorantim Cimentos – uma em Itaú de Minas (MG) e outra em Santa Helena (SP) – tiveram a produção parcialmente paralisada para manutenção de equipamentos.

Na segunda-feira passada, as fábricas voltaram a funcionar normalmente. Mas a redução no ritmo de fabricação do produto por duas semanas preocupou o mercado e pressionou ainda mais os preços.

A Votorantim Cimentos, detentora de 40% do mercado, nega que o produto esteja em falta. “O que existe é que o estoques estão muito pequenos”, afirmou Marcelo Chamma, diretor da empresa. (Agência Estado)

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