terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aumenta o uso do cheque pré-datado

O consumidor goiano está voltando a utilizar mais o cheque pré-datado como forma de financiamento de suas compras no varejo. A constatação é da Telecheque , empresa especializada na verificação e garantia de cheques.
O banco de dados da empresa é alimentado por informações fornecidas pelo Banco Central, por instituições financeiras, usuários do sistema e parceiros.

De acordo com a Telecheque, do total de cheques emitidos no Estado em julho, 83,24% eram pré-datados. No mesmo mês do ano anterior, a participação dos pré-datados era de 69,11%, o que representou aumento de 20,42% no período. Esse índice é superior à média nacional, que apresentou crescimento foi de 11,07%.

O diretor regional do Centro-Oeste da Telecheque, César Palácio, atribui o aumento do uso do cheque pré-datado ao fim da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) desde janeiro último, mas principalmente ao aumento da oferta de crédito e ao crescimento mais vigoroso da economia brasileira.

César Palácio lembra que o cheque pré-datado é um meio de pagamento muito popular, cuja utilização tem crescido nos dois últimos anos. A retomada se tornou ainda maior a partir de janeiro último, principalmente no varejo.

A comerciante Gleusa Ribeiro admite que voltou a usar mais o cheque pré-datado para o pagamento de compras depois do fim da CPMF, já que agora não incide mais o imposto sobre o cheque.

“Muitas vezes o lojista permite parcelar sem acréscimo, o que estimula ainda mais o pré-datado”, diz a comerciante. Além disso, ela conta que já foi assaltada várias vezes e por isso não gosta mais de andar com dinheiro vivo, prefere levar o talão de cheques.

Apesar do avanço dos meios eletrônicos de pagamento (cartões de débito e de crédito), para o consumidor o cheque pré-datado é uma modalidade que permite maior flexibilidade na negociação com o lojista, argumenta o diretor da Telecheque. Se a pessoa não conseguir pagar poderá tentar negociar com lojista novo prazo e juros menores do que se a fatura vencida em questão for a do cartão de crédito, por exemplo.

Na avaliação do presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), José Evaristo dos Santos, a participação do cheque pré-datado pode ter crescido, mas não deverá chegar a representar 38% do faturamento do comércio varejista de Goiânia, como ocorreu há cerca de cinco anos.

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