quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cresce venda de material de construção no Estado

Comércio de produtos para construção aumentou 5% em Goiás no mês passado, ante julho de 2008


O setor de material de construção já superou a crise financeira que abalou as economias mundiais desde setembro do ano passado.

As vendas de produtos, do básico ao acabamento, aumentaram 5% em Goiás em julho, na comparação com igual período do ano passado. Esse mesmo porcentual também foi registrado na relação com junho e nos últimos sete meses do ano.

Na média nacional, a alta das vendas foi de 4,5%, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Associação dos Comerciantes de Material de Construção no Estado de Goiás (Acomat). Os dados do País foram levantados pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

Segundo o presidente da Acomat, Leonardo Léles Rocha, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), desde abril último, e a oferta de crédito pelo governo para a compra alavancaram as vendas de material.

Leonardo Rocha prevê incremento maior nos negócios a partir de agora, ao citar que, nesse período do ano, de estiagem, é quando as pessoas aproveitam para reformar seus imóveis ou acelerar a construção da casa própria.

Além disso, acrescenta o presidente da Acomat, os consumidores estão mais confiantes na economia e decidiram reformar ou ampliar e até desengavetar projetos de construção da casa nova.

Esse é o caso do empresário Gilson Alves Gomes. Desde janeiro ele programava ampliar o seu supemercado Quintanilha, no Parque Atheneu, em Goiânia. Mas só há um mês começou as obras, porque as vendas do seu estabelecimento reagiram e os preços do material de construção diminuíram com o IPI menor.

Ontem, Gilson Gomes comprou cerâmica e argamassa para o piso do supermercado. “Espero concluir a obra em 30 dias e garantir mais conforto aos meus clientes.”

AumentosOntem, numa reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília, o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, manifestou a apreensão do setor com os aumentos de preços de algumas matérias-primas no mercado exterior, que já estão refletindo no Brasil.

Ele lembrou que o PVC, principal matéria-prima para a fabricação de tubos e perfis na construção civil, teve reajustes superiores a 23% nos últimos 30 dias. No mercado interno, as altas acumuladas nos últimos 60 dias chegam a 14%, com perspectivas de novos aumentos. “Estamos trabalhando no limite e não vamos conseguir segurar os repasses para os consumidores”, alerta Cláudio Elias.

O presidente da Acomat, Leonardo Rocha, confirma os aumentos de alguns produtos no atacado e que os reflexos já são sentidos no varejo em Goiás. Mas ressalta que há produtos que tiveram queda de até 15% este ano, como o aço. “A retração do consumo de aço no mercado externo favoreceu os compradores aqui no Brasil.”

A Anamaco também registrou queda média de 8,5% nos preços de tintas, cerâmicas e cimento, devido a redução do IPI. O presidente da entidade estima que os preços de outros produtos também continuarão a cair em função da menor alíquota do imposto.

Ele lembra que agora as lojas estão conseguindo girar todos os estoques antigos. As mercadorias novas estão chegando com preços menores, que são repassados aos consumidores finais, garante o presidente da Anamaco.

0 Comentar: