terça-feira, 1 de julho de 2008

Posto vende gasolina adulterada com 96% de álcool em Diadema

Fiscalização do Ministério Público e da Agência Nacional do Petróleo flagrou crime."É tudo menos gasolina", disse engenheiro da ANP, Jorge Darós, após perícia


Um posto de abastecimento na Grande São Paulo bateu nesta segunda-feira (30) o recorde nacional de adulteração de combustível. Isto é, caso exista esse tipo de competição entre os fraudadores.
Veja o site do Jornal da GloboNoventa e seis por cento do que se comprava num posto da cidade de Diadema como gasolina, era álcool. O posto fica numa das principais avenidas da cidade. Mas em vez de gasolina, o caminhão tanque flagrado abastecendo o posto estava carregado de solventes. O motorista, pego em flagrante, desconversou sobre a origem do produto. "O menino que trabalha aqui perguntou se eu podia fazer um frete pra ele, eu peguei e fiz”, disse o motorista do caminhão Antonio Fernandes.
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Promotores do grupo de combate ao crime organizado descobriram que o solvente foi retirado de um dos tanques subterrâneos do posto. Os donos temiam a fiscalização, mas a fraude foi descoberta. Técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP) recolheram amostras de combustível das bombas em funcionamento. Quando fez o teste da qualidade, o especialista tomou um susto, porque quase não encontrou gasolina na amostra colhida na bomba do posto. "Basicamente esse produto é quase na sua totalidade álcool. Nós temos aqui aproximadamente 96% álcool!", afirmou o engenheiro da ANP. Noventa e seis por cento de álcool, sendo que o máximo permitido por lei é 26%. "É tudo menos gasolina, de acordo com a legislação”, disse Jorge Darós, da ANP. Na semana passada, o Jornal da Globo mostrou que a máfia da gasolina voltou a agir em São Paulo. Amostras colhidas em vários postos indicaram misturas de solventes com até 64% de álcool e nem uma gota de gasolina boa. Os golpistas compram solventes diretamente de distribuidoras clandestinas. E o álcool muitas vezes sai de usinas por meio de um esquema de notas fiscais frias. Segundo o próprio sindicato que representa donos de postos, a adulteração já atinge um em cada três postos da Grande São Paulo. Mas nunca se viu uma fraude tão escandalosa como essa descoberta em Diadema. "É lamentável. Eu nunca me deparei com combustível com qualidade tão ruim!", declarou o promotor Roberto Wider Filho. As bombas foram lacradas e três pessoas presas no posto

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