terça-feira, 1 de julho de 2008

Alta dos juros e da inflação deixa financiamentos menos atraentes

BC já aumentou os juros duas vezes neste ano para conter os preços.Economistas dizem que, por enquanto, é melhor evitar empréstimos de longo prazo.
Com o aumento da inflação, os brasileiros já fizeram as contas e perceberam que os financiamentos estão ficando mais caros, uma vez que, além da taxa de juros, os empréstimos também trazem indexadores que estão ligados diretamente à alta dos preços.

Veja o site do Jornal NacionalO Banco Central (BC) já admite que a inflação deve ultrapassar a meta central prevista pelo governo, que é de 4,5%. Deve chegar a 6,3%, ainda pouco abaixo do teto máximo, dentro da margem de tolerância de 2 pontos percentuais, ou 6,5%. Para manter os preços sob controle o BC já aumentou, neste ano, duas vezes a taxa básica de juros. Com a economia caminhando assim é hora de o brasileiro rever os hábitos.

Nas lojas, o consumidor já percebeu que os prazos de pagamento estão menores e os juros só sobem. "Cada mês tem subido um pouquinho mais. O valor que eu pagava no mês anterior, já não pago no mês seguinte. Eu pago a mais", diz a pedagoga Aline Quadros Soares.
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Dívidas
Segundo o mesmo BC, 80 milhões de pessoas no país estão endividadas ou pagando financiamentos. E o juro do cheque especial, em maio, chegou a 157,1% ao mês. As taxas de financiamentos de veículos também subiram. Com medo de não conseguir pagar o parcelamento de cinco anos, a analista de suporte Simone Pereira dos Santos Lopez, teve que pensar bastante antes de comprar o carro. "A gente achou que com essa parcela, à taxa de 1,3% (por mês), a gente ia conseguir pagar, mesmo que a inflação subisse", diz a consumidora.

Prazos
Ter cuidado com financiamentos longos e procurar juros menores, além de pesquisar os preços mais baratos, como fez Simone, são conselhos dos economistas.

"Famílias e empresas terão que ter mais cautela, cortar gastos ao longo dos próximos 6 ou 12 meses, para que não tenham dor de cabeça ao longo deste período”, ressalta o economista Fábio Silveira.

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