domingo, 4 de abril de 2010

Copa faz dobrar as vendas de TVs

Comércio está aquecido desde janeiro. Consumidor deve aproveitar guerra de promoções
Lídia Borges

As redes e lojas de eletroeletrônicos já investem pesado no marketing para a Copa do Mundo 2010 e o carro-chefe das vendas, como sempre em véspera de campeonato mundial, são as TVs.

Pela previsão da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), em todo o País devem ser comercializados cerca de 12 milhões de televisores até o fim deste ano, 33% a mais do que os cerca de 9 milhões vendidos no ano passado.

No mercado goiano, as vendas já estão aquecidas desde o início do ano. Em fevereiro, a procura por TVs nas lojas do Fujioka cresceu 34% comparadas com o mesmo mês de 2009. No Novo Mundo, os negócios superaram em 54% as vendas do ano passado. A previsão das duas redes é de que o consumo dobre até o fim deste semestre.

ApostaJá nas lojas do Extra e do Ponto Frio, a aposta é ainda maior: a previsão é de 110% de aumento até junho. Na Eletrosom, o crescimento até agora foi de 11,12%. “Muita gente que ainda tem TV de tubo (convencional) e estava esperando uma oportunidade para trocar o aparelho por outro com nova tecnologia vai fazê-lo agora”, afirma o diretor comercial do Fujioka, Carlos Alberto Yoshida.

Apesar da corrida pela compra de TVs antes da Copa, não deve faltar produtos nas prateleiras, como aconteceu no fim do ano passado. “As lojas estão bem abastecidas e, desta vez, os fornecedores estão preparados para a demanda”, afirma o gerente comercial da rede Novo Mundo, José Roberto de Souza.

Nesse sentido, o Grupo Pão de Açúcar (que abrange as lojas Extra e Ponto Frio) informa que antecipou as compras e já adiantou 60% do estoque do ano de TVs para este primeiro semestre.
Na Novo Mundo, o modelo mais procurado entre os televisores atualmente são os de tela de cristal líquido (LCD) de 32 polegadas, ressalta José Roberto. “Mas as de 40 polegadas de LED também comandam o crescimento de vendas de TV para a Copa.”

As TVs de LED são uma evolução da LCD e têm melhor resolução de imagem. Custam, em média, 30% mais do que as LCDs comuns, segundo informação da Gerência de Vendas do Fujioka.

PreçoHá menos de três meses para o campeonato mundial, que será realizado na África do Sul, o consumidor já consegue aproveitar preços mais baixos que as promoções de início de ano e a tendência é de que a forte concorrência no varejo gere oportunidades de negócios vantajosos para o consumidor.

Pesquisando preços e modelos de TVs de LCD há dois meses, a professora Nina Rosa Cardoso Soares, 34, diz que este é um bom momento para comprar o novo aparelho. Segundo ela, de janeiro para cá, há opções de televisores com mais acessórios e tecnologia mais avançada, com preços mais acessíveis.

Para Nina, não há necessidade de que a tela seja muito grande, mas ela faz questão de que haja conversor digital integrado e entrada USB. “Vou escolher entre uma de 32 ou 36 polegadas, com marca conhecida, que tenha certa garantia”, explicava a professora, enquanto olhava as opções numa loja do Centro.

Os noivos Fabiana Gonçalves de Araújo, 28, e Cláudio Evangelista, 34, aproveitaram as vantagens da proximidade da Copa para comprar uma TV para o casamento, que será ainda este mês. Depois de uma pesquisa de preço, Fabiana conseguiu encontrar uma promoção de Full HD por menos de R$ 1.400. Mas pelo valor, teve de abrir mão do conversor digital.

O advogado Ronan Duarte, 28, aproveitou que esteve em Goiânia no mês passado para comprar um televisor para a sua casa em Araguapaz. Ele diz que, comprando na capital, conseguiria economizar em torno de R$ 500. “Além disso, sempre em ano de Copa, têm muitas promoções. Quis aproveitá-las”, ressalta.

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Mas para conseguir fechar um bom negócio, o consumidor precisa ficar atento principalmente à guerra de anúncios entre as empresas. Isto porque, com a grande procura de produtos e o consumo nacional aquecido, é possível que haja uma pequena alta de preços até junho, afirma o professor do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fia, Cláudio Felisoni.

“Acontece igual com chocolate na Páscoa: todo mundo vai comprar, e se o varejo tem a chance de cobrar preços mais altos, vai fazer isso”, afirma o professor.

A dica de Felisoni é utilizar a própria divulgação das redes como arma de barganha. “É muito fácil pesquisar preços na internet. Imprimir as melhores ofertas e levá-las às lojas para tentar negociar preços mais baixos pode funcionar”, diz. (Com Agência Estado)
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