quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Inadimplência recua 10% em janeiro, informam lojistas

'Bom cenário do emprego e renda' contribuem para quitar dívidas, diz CNDL.Consultas sobem 5,3% em janeiro, contra o mesmo mês de 2010.
A taxa de inadimplência recuou 10% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira (10) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Na comparação com dezembro, porém, a inadimplência avançou 5%. "Isso é compreensível, pois estamos vindo do maior mês de faturamento do exercício. Em virtude de que as vezes há um descontrole no orçamento das pessoas, quando a festa é muito boa e elas gastam além de seu orçamento. Mas estão perfeitamente controláveis", avaliou Vitor Kock, vice-presidente da CNDL.

De acordo com a CNDL/SPC, essa queda da inadimplência no primeiro mês deste ano, contra janeiro de 2010, reflete à baixa base de comparação em janeiro do ano passado, mês ainda afetado, segundo a análise, pela crise econômica mundial. A queda da inadimplência no mês passado também se deve ao "bom cenário do emprego e renda", o que contribui para o pagamento de dívidas.

A CNDL lembra que sua base de dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, mas não inclui as operações com cartões de crédito. As transações com cartões de crédito absorvem cerca de 20% do volume total de operações, segundo estimativas da entidade.

ConsultasA CNDL e o SPC Brasil informaram também que o número de consultas realizadas subiu 5,3% em janeiro deste ano, contra o mesmo mês de 2010. "O aumento no número de consultas vem acompanhando o incremento das vendas em virtude do aquecimento da demanda interna. Essa evolução no consumo interno só foi possível graças aos sucessivos aumentos da massa salarial. O aumento dos empregos formais também contribuiu para tal resultado", informaram as entidades.

Também foi registrado em janeiro um aumento de 12,32% no cancelamento de registros de inadimplência. Segundo a CNDL e o SPC Brasil, é possível observar uma "mudança de comportamento" dos consumidores nos últimos meses, com o valor do registro ficando abaixo de R$ 250. Os baixos valores contribuem para a renegociação das dívidas, explicaram as entidades.

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