terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Desemprego sobe forte e vai a 8,2% em janeiro, diz IBGE

População desocupada cresceu 20,6%, para 1,9 milhão de pessoas.Rendimento médio real dos trabalhadores subiu para R$ 1.318,70.

Após registrar em dezembro o menor nível desde 2002, a taxa de desemprego no país registrou forte alta em janeiro, para 8,2%, a maior desde abril do ano passado, refletindo a piora na situação econômica mundial. Em dezembro, a taxa havia ficado em 6,8%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de janeiro é similar à do mesmo mês do ano passado, quando ficou em 8,0%. A população desocupada cresceu 20,6% em frente a dezembro, para 1,9 milhão de pessoas. Em janeiro, a população ocupada nas seis regiões pesquisadas reduziu-se em 1,6% em relação ao mês anterior, para 21,2 milhões de pessoas.
Frente a janeiro de 2007, no entanto, a população ocupada representa uma alta de 1,9%, ou cerca de 385 mil postos de trabalho. O número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou menor no mês – 1,3% na comparação com dezembro, para 44,9% da população ativa.
O desemprego também atingiu os empregados sem carteira assinada: na passagem de dezembro para janeiro, esse contingente teve uma queda de 4,5%.

Corte de vagas
O resultado apresentado pelo IBGE nesta sexta-feira já era amplamente esperado pelos analistas. Desde novembro, o Ministério do Trabalho vem apresentando números que mostram uma forte redução no número de vagas formais de trabalho no país.
Só nesses meses, foram eliminados quase 800 mil empregos. A 'defasagem' entre os dados do Ministério do Trabalho ocorre por conta das diferenças de metodologia. O Ministério analisa os dados apenas de empregos formais, em 1.102 municípios de todo o país.
Já o IBGE leva em conta empregos formais e informais em apenas seis regiões metropolitanas. Nessas áreas analisadas pelo IBGE, a indústria tem peso menor – justamente o setor que vem apresentando o maior número de demissões pelos dados do Ministério.

Rendimento
Mesmo com menos vagas, o rendimento m médio real habitual dos trabalhadores subiu 2,2% no mês, para R$ 1.318,70 – uma alta de 5,9% frente a janeiro de 2008. Alta também no rendimento médio real domiciliar per capita, de 1,7% no mês e 6,4% no ano, para R$ 840,62.
Já a massa de rendimento real efetivo dos ocupados de dezembro de 20081 (R$ 35 bilhões) mostrou variação de 17,6% no mês e 7,1% na comparação com dezembro de 2007.

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