segunda-feira, 27 de junho de 2011

Saúde

Dobra o número de adultos com diabete

26 de junho de 2011 (domingo)

São Paulo - O número de adultos com diabete no mundo mais do que dobrou nos últimos 30 anos, chegando a quase a 350 milhões de pessoas. A conclusão é de um estudo global publicado na prestigiosa revista médica Lancet . Foram pesquisados dados de 199 países e territórios, desde 1980 até 2008.

O número é bem maior do que o que constava em uma previsão feita para 2010, publicada em 2009 no periódico Diabetes Research and Clinical Practice , que estimava o número de diabéticos em 285 milhões.

As diferenças podem ser explicadas pelo maior número de estudos usados pela pesquisa do Lancet e pela diferença de metodologias.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Imperial College London e de Harvard, e teve apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Fundação Bill e Melinda Gates.

Dos 347 milhões de pessoas no mundo que têm diabetes, 40% estão na China e na Índia, e outros 10% moram nos EUA e na Rússia.

Obesidade

Grande parte desse aumento (cerca de 70%) se deve ao crescimento e ao envelhecimento da população (o que aumenta o risco de desenvolver diabete). Mas os pesquisadores notaram uma forte correlação entre a prevalência de diabete e a tendência mundial de aumento do IMC (Índice de Massa Corpórea), principalmente entre as mulheres.

A diabete aumentou mais nos países do Pacífico, que agora têm os maiores níveis de diabete no mundo. Nas Ilhas Marshall, por exemplo, uma em cada três mulheres e um a cada quatro homens têm diabete.

PAÍSES RICOS

Entre os países ricos, o aumento da diabete foi maior na América do Norte, principalmente nos Estados Unidos, e relativamente baixo na Europa Ocidental.

As taxas de diabete e de glicose foram maiores nos Estados Unidos, como esperado, na Groenlância, em Malta, na Nova Zelândia e na Espanha, e mais baixas na Holanda, na Áustria e na França.

As regiões com menores níveis de glicose foram a África subsaariana, seguida pelo leste e pelo sudeste da Ásia.

"A diabete pode ser o principal assunto em se tratando de saúde global na próxima década", disse um dos autores do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College de Londres

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