quinta-feira, 23 de junho de 2011

Negócios

Indústrias de móveis querem ampliar mercado no Estado

Setor tem crescido 20% ao ano e espera elevar sua participação nas vendas internas

Pedro Silvério em sua indústria:"Produto de qualidade" As indústrias goianas de móveis querem ampliar sua participação no mercado moveleiro no Estado, que ainda compra 70% dos produtos que demanda em outros estados, principalmente do Sul do País. O setor cresce 20% ao ano em Goiás, impulsionado pela expansão do mercado imobiliário, mas a meta é crescer ainda mais nos próximos anos, já que o Estado é conhecido pela alta qualidade de seus produtos. O que falta é quantidade.

Para ampliar sua participação no mercado, elas estão se fortalecendo através do associativismo e se capacitando para aumentar sua produtividade em projetos como o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), desenvolvido pelo Sindicato das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeira de Goiás (Sindmóveis), Sebrae e Federação das Indústrias do Estado (Fieg). Ontem, os empresários do setor participaram do 2º Encontro de Madeira e Móveis Goiás 2011 e conheceram um projeto do Sindmóveis para melhoria organizacional e tecnológica do Arranjo Produtivo Local (APL) do setor.

Goiás tem hoje 1.300 empresas do setor, que geram cerca de 13 mil empregos diretos. Uma delas é a Atacadista de Móveis Brasil (Amobras), do empresário Pedro Silvério Pereira, que está há 30 anos no mercado e gera 110 empregos. Para ele, a participação no Procompi rendeu uma nova visão para atender melhor o mercado, num momento de crescimento. "Já temos os melhores produtos do País em qualidade, mas deixamos a desejar em quantidade", avalia.

Incentivo

Para o presidente do Sindmóveis e diretor da Fieg, Manoel Paulino Barbosa, o grande benefício do Procompi, que está na segunda edição, é o incentivo à melhoria da qualidade e emprego de tecnologia nas empresas.

Ele é realizado ao longo de 18 meses e conta com a participação de 21 empresas por adesão nesta etapa.

"Esta segunda edição do projeto registrou grande procura por parte das empresas, porque todas as metas de crescimento em produtividade e vendas foram alcançadas na primeira", informa Manoel.

Segundo ele, o programa é adotado em todo Estado, mas o de Goiânia se tornou referência nacional pelo sucesso alcançado nas metas. Manoel informa que Goiás também tem grande potencial para ampliar mercados fora de seu território por causa de sua localização geográfica privilegiada, que facilita o transporte de matérias-primas e produtos acabados, além de contar com uma mão de obra de menor custo. "Estamos entrando no Sudeste com a mesma força que o Sul do País e preço menor", destaca.

O projeto apresentado ontem tem foco na modernização da gestão empresarial, melhoria da produtividade e da qualidade de produtos e processos traduzidos no aumento da competitividade e na ampliação de acesso a mercados.

O gerente de Indústria do Sebrae Goiás, Claudio Laval, diz que a meta é incentivar a participação de mais empresários nos projetos, visando a melhoria da produtividade, competitividade e associativismo das empresas, fortalecendo o setor.

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