terça-feira, 30 de março de 2010

Fusão cria 2ª maior rede de varejo

Ricardo Eletro e Insinuante formam uma rede com 528 lojas em 16 Estados e no Distrito Federal, com 15 mil funcionários e faturamento anual de R$ 5 bilhões
Agência O Globo

São Paulo - A mineira Ricardo Eletro e a baiana Insinuante anunciaram ontem a fusão de suas operações, dando origem à segunda maior rede de varejo de eletrodomésticos e móveis do País. São 528 lojas em 16 estados e no Distrito Federal, 15 mil funcionários e faturamento anual combinado de cerca de R$ 5 bilhões.

A meta já anunciada é dobrar de tamanho em até quatro anos através de novas associações e compras. Forte em Minas e na Região Nordeste, mas ainda com reduzida penetração nos mercados do Rio e de São Paulo, as duas empresas viram na associação o único caminho para tentar reagir à gigante formada por Pão de Açúcar e Casas Bahia.

“Acho que temos condição de fazer o mesmo que eles (Pão de Açúcar e Casas Bahia) estão fazendo, mas do nosso tamanho — disse Ricardo Nunes, presidente da da Ricardo Eletro e da nova Máquina de Vendas, holding que vai abrigar as operações das duas companhias.

Pressionadas pela concorrência, as empresas anunciaram planos de chegar a mil lojas e a receita de R$ 10 bilhões em 2014, e abocanhar uma fatia de até 15% do mercado. Ainda assim, seriam números distantes do líder Pão de Açúcar, que hoje já conta com 1.015 pontos de venda (considerando Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro) e faturamento em 2008 de R$ 18,2 bilhões.

Para atingir o objetivo, o alvo será principalmente a compra ou associação com outros grupos regionais. Segundo o presidente da Insinuante, Luiz Carlos Batista, o mercado caminha para um processo irreversível de consolidação, em que as pequenas redes regionais terão cada vez menos poder de barganha junto a fornecedores. “Esses empresários vão ficar mais confortáveis com a gente.”

Procurado, o Pão de Açúcar não comentou a operação. Já o Magazine Luiza, que caiu para o terceiro lugar no ranking com faturamento de R$ 3,8 bilhões, divulgou nota para dizer que “assim como aconteceu no setor de supermercados, as uniões e fusões no segmento de eletro são esperadas”.

De capital fechado, as empresas não divulgaram dados sobre geração de receita ou endividamento e rebateram informações de mercado de que a Ricardo Eletro teria maior volume de dívidas. (Agência Globo)

0 Comentar: