quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Inadimplência tem queda recorde


São Paulo - A inadimplência do consumidor teve declínio recorde no começo de 2010. As melhores condições de crédito no Brasil e o uso do 13º salário para execução de dívidas colaboraram para a queda, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado ontem. Conforme o índice, na confrontação mensal, de janeiro contra dezembro, a redução no descumprimento foi de 6,3%, o maior porcentual de queda para janeiro desde 1999, quando começou o indicador.

O decréscimo na quantidade de cheques sem fundos e a menor inadimplência nos bancos também puxaram a queda do índice. O recuo da inadimplência em janeiro foi derivado da queda de 16,2% no retorno de cheques por carência de fundos, lançados por pessoas físicas (contribuição de 2,8 pontos porcentuais no declínio de 6,3% do índice de inadimplência).

Logo depois, os débitos não-honrados junto às instituições financeiras, que caíram 5,1% em janeiro, contribuíram com 2,4 pontos porcentuais no recuo do índice. Conforme os economistas da Serasa Experian, empresa de serviços de informações para apoio na tomada de decisões empresariais, a maior confiança dos agentes da economia cooperou para a renegociação de dívidas.

Os especialistas também salientam que a esperança para os próximos meses é que o descumprimento prossiga retrocedendo, caminhando com o desenvolvimento econômico. Em janeiro, as compras natalinas ainda não refletiram na inadimplência.

AnualNo confronto anual, de janeiro de 2010 com o mesmo mês de 2009, a queda da inadimplência foi ainda maior, anotando 8,1%, o maior porcentual para este mês desde a instituição do índice. Para os analistas da Serasa, este panorama é justificável, considerando-se que, em janeiro de 2009, o País passava pelo período mais crítico da crise internacional, que incrementou a inadimplência, tornando-se uma base elevada para comparação. Já em janeiro de 2010, a situação econômica é oposta, com crescimento, criação de empregos e evolução da renda.
Os débitos com os bancos representam a maior parcela da inadimplência do consumidor no País. Em janeiro de 2010, a modalidade representou 47,7%, no indicador. Em 2009, este porcentual era de 43,6%

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