quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Editorial

Falta de polícia

Goiânia paga caro, como demonstra a escalada da violência na cidade, pela falta de investimentos suficientes para a capacitação da Polícia Militar ao longo de três décadas, no curso das quais a população aumentou em 80%, enquanto o efetivo da PM cresceu apenas 18%, conforme mostrou reportagem publicada neste jornal, domingo.

A proporção de 1 policial para cada 978 habitantes de Goiânia é uma carência temerária no caso do combate ao crime. Em Brasília, a proporção é de 1 policial para 161 moradores e mesmo assim existe alto índice de violência.

Essa insuficiência fez com que aumentasse muito na cidade a contratação, por empresas e condomínios, de sistema privado de segurança. Que nem sempre oferece corpos de seguranças realmente bem preparados para enfrentar criminosos.

Além de número adequado de policiais, o bom preparo do efetivo colocado nas ruas para proporcionar segurança à população é, não se questiona, fator relevante para a eficiência na missão de combate ao crime. Portanto, mesmo que bem preparado, um efetivo muito insuficiente em face da escalada do crime não dará conta da tarefa. Nada mais perceptível do que isso hoje em Goiânia.

Segurança pública, saúde e educação são as áreas que precisam receber as prioridades do governo e o grau compatível de recursos. Por que a segurança não está tendo este tratamento? A sociedade tem toda a razão em cobrar esta atenção adequada.

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