sábado, 1 de maio de 2010

Mercado cresce 48% em dois meses

SEGURO

O goiano está incorporando a cultura do seguro em seu orçamento familiar. Somente nos dois primeiros meses do ano, o faturamento do setor em Goiás atingiu R$ 290,2 milhões, um crescimento de quase 48% em relação ao mesmo período de 2009. Mesmo com a crise, no ano passado o setor faturou R$ 1,78 bilhão no Estado, 20,4% mais que no ano anterior, quando o faturamento havia somado R$ 1,48 bilhão. Entre os motivos do bom desempenho, estão a migração da classe D para a classe C, que passou a ter mais bens para proteger, e a criação de produtos populares.

No País, o setor faturou cerca de R$ 100 bilhões em 2009, um crescimento de 13,4% sobre 2008 e a segunda maior taxa de evolução no mundo, perdendo apenas para a China. O segmento pessoas, que inclui produtos como previdência privada, seguros de vida individuais e coletivos e contra acidentes pessoais, foi o mais procurado pelos goianos no ano passado. Os seguros de automóveis ficaram em segundo lugar, com R$ 441 milhões. Somente nos dois primeiros meses deste ano, o segmento automóvel faturou R$ 71,7 milhões no Estado, 18,5% mais que em 2009.
“Em cada segmento existe uma ótima oportunidade de crescimento”, disse o presidente da Bradesco Vida e Previdência e da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Marco Antônio Rossi, ontem, em Goiânia, durante Workshop sobre Seguros para Profissionais de Imprensa. Ele lembrou que apenas 16% da população brasileira tem seguro residencial.

PopularesEntre outros fatores, Marco Antônio Rossi atribui o bom desempenho ao fato de o seguro ter atingido todas as classes sociais depois da criação de produtos mais populares.

O setor acredita que ainda existe muito espaço para crescimento, já que o faturamento do setor equivale a apenas 3,5% do PIB nacional. Para isso, está investindo na divulgação junto à sociedade sobre a importância do seguro nas finanças. Uma das medidas é a realização do evento Viver Seguro, que já foi realizado no município de Rio Verde e este mês chegará a Anápolis.
Para o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados (Fenacor), Armando Vergílio, o seguro é uma questão cultural, pois grande parte da população ainda acha que ele é caro, complexo e inacessível.

Mas ele adverte que isso já está mudando, pois hoje a pessoa adquire desde uma garantia estendida ou um seguro que garante o pagamento das prestações em caso de desemprego ao comprar um eletrodoméstico. “As empresas precisam criar mais produtos que atendam cada vez mais a realidade econômica da baixa renda.”

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