sábado, 1 de maio de 2010

Especialistas ensinam o segredo para quem precisa comer fora de casa

"A gente tem que ter muito cuidado com onde a gente está comendo”, afirma a professora de nutrição Raquel Botelho, da UNB.

Prato feito Brasil afora. Será que o PF é sempre bom, barato e saudável? Antes de comer o seu, confira.


“A gente é responsável pelo que a gente come. Então, não é porque a gente come fora de casa que eu vou comer qualquer coisa. Porque, às vezes, as pessoas têm essa relação. ‘Eu vou comer sempre um arroz e feijão, porque é mais saudável do que comer um sanduíche ali da esquina’. E nem sempre isso é verdadeiro. A gente tem que ter muito cuidado com onde a gente está comendo”, afirma a professora de nutrição Raquel Botelho, da Universidade de Brasília (UNB).

Cuidado para não exagerar. E fique de olho no preparo dos alimentos. “Então, se for nas cubas do restaurante, a gente consegue ver aquele feijão que começa a ter aquela nata, aquele sobrenadante que é aquela gordura, que normalmente sobe. O arroz não precisa brilhar. Ele é opaco. Quanto mais ele é soltinho e brilhante, mais óleo ele levou”, ressalta a professora da UNB.

“Aquela cuba com peito de frango grelhado, se você conseguir puxar os peitos com a colher que está lá para ser servido, você vai ver que ela tem um óleo por baixo. Quer dizer, quanto mais óleo, é porque realmente foi frito e não grelhado”, diz Raquel Botelho.

Você deve estar pensando por onde começar. Mas, se você puder cozinhar em casa, pelo menos, no fim de semana, aproveite. “Podem ser processos altamente gratificantes a serem feitos em grupo pela família, como sempre foi. Não usar o alimento como meio de trocar afetividade é uma perda muito grande para nossa sociedade”, ressalta o professor e pediatra José Augusto Taddei , da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “É um momento de conversar, de interagir e de criar essas vinculações afetivas e sensitivas, porque junto com o afeto vem a sensação do gosto do alimento”.

Durante as gravações, uma receita fez sucesso na nossa equipe. Foi o picadinho feito com talos de verduras e com aquela parte branca da melancia. “Na parte branca da melancia, tem mais fibras do que na parte da polpa mesmo. No talo do agrião, tem mais proteína do que na própria folha do agrião”, declara a nutricionista Lícia Sanchez Vendruscolo.

Muita gente pode torcer o nariz um pouco para essa história de talo, porque não está habituado a isso. Como vencer esse preconceito? “Você faz a receita, deixa todo mundo experimentar e depois explica o que tinha. Porque, no final das contas, ela fica boa”, explica a nutricionista. “Aproximadamente, seria R$ 6 o prato inteiro. Ao todo, são R$ 6 para seis pessoas. Vai sair uma média de R$ 1 por pessoa. Barato e saudável ao mesmo tempo”.Você já fez a sua lista de compras? Experimente novas receitas. Aceite este desafio e bom apetite!

1 Comentar:

Anônimo disse...

Para o almoço, eu sempre como fora de casa. Nunca tenho tempo de cozinhar, então algumas vezes vou a uma temakeria em são paulo perto do meu trabalho.