segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ICMS foi eleito imposto “inimigo” do empresário

Em um estudo especial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre a qualidade do sistema tributário brasileiro, detectou-se que o empresário reprova o atual modelo. Já se sabia que o empresário brasileiro critica o elevado número de tributos no País. O que não se sabia era a extensão desta rejeição. Segundo a pesquisa, é de 96%. No que se refere à transparência, 86% reprovam o sistema tributário. Com relação à simplicidade, a reprovação é de 90%.


Entre os impostos “inimigos”, que causam maior impacto negativo na competitividade das empresas, o que liderou a pesquisa foi o ICMS, para 70,1% dos empresários. Foram muitos citados ainda ‘contribuições previdenciárias’ (62,5%), Cofins (58,2%), PIS (25,6%), Imposto de Renda PJ (25,3%) e IPI (24%).


Quando perguntado sobre a principal característica do sistema tributário do País, 91% dos empresários deram como resposta “tributação excessiva”.


Se perguntados sobre a unificação das alíquotas do ICMS deveria ser prioridade em uma reforma tributária, a aceitação já não é tão unânime: 72% concordam.


Segundo o economista da Fieg, Cláudio Henrique de Oliveira, no total, 1.692 empresas foram entrevistadas, sendo 915 pequenas, 535 médias e 242 grandes. A pesquisa foi realizada em julho. Para Cláudio Henrique, este retrato serve para reflexão do quanto o País está descontente com o sistema tributário. “Se a pesquisa fosse realizada com o consumidor, a rejeição seria na mesma proporção”, disse o economista.


83,5% dos empresários brasileiros apontam que a estabilidade das regras tributárias brasileiras são ruim ou muito ruim. Outra insatisfação do contribuinte empresarial é quanto ao prazo para recolhimento dos tributos, que é desaprovada por 76% dos empresários.

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