quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Construção

Venda de material está em alta

Comércio de material cresceu 6,07% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado


Fotos: Sebastião Nogueira
Luizmar compra telhas:  cobertura da casa antes das chuvas
Luizmar compra telhas: cobertura da casa antes das chuvassua casa
Fotos: Sebastião Nogueira
  Elizabete quer aproveitar a estiagem para pintar
Elizabete quer aproveitar a estiagem para pintar

Nas lojas de material de construção de Goiânia e Aparecida de Goiânia o clima entre os vendedores é de euforia. É um corre-corre de um lado para o outro, telefones tocando e clientes entrando e saindo após pegarem um orçamento de preços ou de fazerem as compras do material. Essa correria toda tem uma explicação: todos querem começar ou acelerar as obras antes que comece o período chuvoso em Goiás.

O reflexo disso é o aumento de 6,07% nas vendas domésticas de material de construção em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse foi o terceiro mês consecutivo de vendas em alta, após um trimestre de queda. De acordo com a Associação Brasileira de Material de Construção (Abramat), em relação a julho, o varejo de material apurou alta de 6,79% nas vendas.

No acumulado de 2011, entretanto, as vendas do setor registraram expansão de 1,57%, permanecendo bem abaixo da meta da entidade de encerrar o ano com aumento de 5%.

Reforma

A autonma Elizabete Araújo Sabag, residente no Parque Amazonas, está contribuindo para o incremento das vendas de material de construção em Goiás. Depois de 13 anos, ela decidiu fazer uma reforma em sua casa e teve de ir às compras.

"Aproveitei esse período de seca em Goiânia para trabalhar na reforma da minha casa, construindo uma suíte e para pintar todo o imóvel", revela a consumidora.

O comerciante Luizmar Gratão partiu para a construção da sua casa própria. Ele conta que a obra está na fase de cobertura e acabamento e agora precisa correr para não ter problemas no período chuvoso.

Contudo, o comerciante reclama que tem enfrentado problemas com a falta de mão-de-obra e com o aumento dos preços de alguns materiais. Ele cita que o cimento, depois de sumir do mercado, na semana passada, começa a ser ofertado mas com o preço que chega a R$ 21,90 a saca, contra R$ 18,00 cobrados anteriormente. Já a telha ondulada, que custava R$ 49,90, passou para R$ 51,90. "Os preços voltaram a ficar indexados", lamenta.

Acabamento

Em agosto, a comercialização de material de acabamento foi superior à dos itens de base, com crescimento de, respectivamente, 10,35% e 3,76% ante o mesmo período em 2010. Já em relação a julho, as vendas de insumos de acabamento foram 7,31% maiores, enquanto as de itens básicos subiram 6,49%.

O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção no Estado de Goiás (Acomac-GO), Leonardo de Lélis Rocha, cita que, em Goiás, o Natal do setor é comemorado nos meses de julho a outubro. É quando as "forguinhas", ou seja, as pessoas físicas, desenvolvem suas obras.

A gerente da loja Cemaco do Parque Amazonas, Mônica Machado, observa que, realmente, os consumidores estão acelerando suas compras de material. Ela confirma que o mercado está com problemas em relação à oferta de cimento. "As indústrias estão entregando menos e a demanda continua aquecida", afirma a gerente.

A Abramat trabalha com a expectativa de continuidade do crescimento das vendas de material de construção. O otimismo está apoiado na continuidade da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para material até 2012 e na continuidade da elevada disponibilidade de crédito e do elevado nível de emprego no mercado.

No mês passado, o número de empregos na indústria de material de construção aumentou 5,58% ante o mesmo mês do ano passado.

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