quinta-feira, 31 de março de 2011

Frigorífico Mataboi pede recuperação judicial

A empresa suspendeu, desde o dia 21, as operações de abate em quatro das cinco unidades que possue no país, uma delas em Santa Fé de Goiás.


O frigorífico Mataboi entrou com pedido de recuperação judicial no município de Araguari (MG), onde fica a sede da empresa. Por meio de nota divulgada em seu site, a companhia disse que a atual situação é "plenamente" reversível e que permanecerá "representada normalmente por seus sócios, diretores e funcionários.


" O frigorífico havia suspendido, desde a segunda-feira, dia 21, as operações de abate em quatro das cinco unidades que possui no País: Santa Fé de Goiás, Araguari (MG), Rondonópolis (MT) e Três Lagoas (MS). A empresa ainda tem mais uma unidade em Araçatuba (SP).


Conforme informações do mercado, o Mataboi nunca teve problemas com o pagamento de pecuaristas. Antes da recuperação judicial, no dia 17, o Supremo Tribunal Federal (STF), tinha rejeitado, por unanimidade, os embargos de declaração propostos pela União contra a decisão que desobrigou o frigorífico mineiro de recolher o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), notícia positiva para a companhia.


O Mataboi foi fundado em 1949 e é um dos frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para a União Europeia. Por conta das dificuldades financeiras, o Mataboi já demitiu cerca de 1.050 funcionários em suas filiais no País. Na unidade de Araguari, sede da companhia, 250 dos 1,5 mil empregados foram dispensados, de acordo com o Sindicato Rural do município.


Já na unidade de Três Lagoas (MS), todos os 500 colaboradores foram demitidos. De acordo com o Sindicato Rural de Santa Fé de Goiás, não houve, até o momento, demissões na unidade, que possui 700 funcionários, mas os pecuaristas da região que fornecem gado à companhia não recebem pagamentos desde o último dia 22.


"Recomendamos aos produtores rurais cautela nas novas negociações", ressalta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, José Manoel Caixeta Haun.
 IBGE vai lançar Índice de Preços ao Produtor São Paulo- A partir da próxima terça-feira, 5 de abril, os agentes econômicos terão à disposição mais um indicador de preços domésticos para ajudar a traçar os seus cenários: o Índice de Preços ao Produtor (IPP), calculado IBGE.


Trata-se de um indicador mensal das variações de preços cobrados pela indústria de transformação que, ao contrário de outros índices semelhantes, será alimentado por informações dos preços efetivamente fechados nas negociações entre a indústria e os clientes, e não pelos chamados "preços de lista".


Ou seja, captará movimentos relevantes, como os descontos concedidos aos clientes - alheios a preços de catálogo -, permitindo, assim, um retrato mais fiel da inflação nesse segmento. O índice foi elaborado com o objetivo de primeiro suprir as pesquisas macroeconômicas do IBGE, como as contas nacionais, que apontam a variação do PIB, e também a Pesquisa Industrial Anual (PIA).


Atualmente, essas pesquisas utilizam como deflator o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), da FGV. Outra novidade é que será o primeiro índice de preços no Brasil passível de revisão.


O gerente do IPP, Alexandre Brandão, disse ontem que o índice terá periodicidade mensal, sendo elaborado sempre com a participação de, no mínimo, 95% das 1.400 empresas envolvidas na coleta - um nível adequado, segundo ele, de confiabilidade.(AE)▩

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