terça-feira, 7 de abril de 2009

Aumenta inadimplência entre a baixa renda de SP, aponta pesquisa

Pesquisa realizada pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) aponta que aumentou a participação da baixa renda no total da inadimplência. O levantamento feito em março foi realizado junto a 703 consumidores que procuram informações no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Comparativamente a setembro de 2008, a faixa de renda familiar até três salários mínimos (R$ 465 a R$ 1.395) apresentou aumento de 32% para 59% do total de inadimplentes. Segundo o economista Marcel Solimeo, isso reflete o acesso dos consumidores de menor rendimento ao mercado de crédito nos últimos anos.

A inadimplência da faixa de quatro a cinco salários (R$ 1.861 a R$ 2.325) foi de 18% do total em setembro para 13% me março. Já a faixa mais rica, entre sete e dez salários (R$ 3.266 a R$ 4.651), respondeu por 3% dos inadimplentes, ante 4% na pesquisa anterior.

Solimeo explica, porém, que essa maior participação da baixa renda não significa que o segmento apresente inadimplência superior ao das demais faixas de rendimentos. "Ela reflete o seu crescimento no total dos financiamentos, pois estudos do SCPC mostram que existe pequena diferença de comportamento em termos de inadimplência entre os novos consumidores, onde predomina a baixa renda, e os antigos", detalha a pesquisa.

Dívidas
O carnê de loja ainda é a principal fonte de financiamento, com 34% dos débitos, seguido de empréstimos (crédito pessoal) e cartão de loja, com 29%; cartão de crédito (19%) e cheque (18%).

Sobre o principal motivo da inadimplência, o desemprego foi o mais citado (48%), seguido por descontrole de gastos (12%). Apesar disso, a pesquisa indica que 65% dos pesquisados não se encontram desempregados.

Em relação ao pagamento das dívidas, dos 52% dos entrevistados que manifestaram a intenção de quitar seus débitos nos próximos 30 dias, 73% pretendem utilizar recursos retirados do salário.

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